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the Africa Portal project

Publicado11 Out 2011

Etiquetas africa initiative africa portal cigi mak saiia

The Africa Portal is an online knowledge resource for policy-related issues on Africa. An undertaking by the Centre for International Governance Innovation (CIGI), Makerere University (MAK), and the South African Institute of International Affairs (SAIIA), the Africa Portal offers open access to a suite of features including an online library collection; a resource for opinion and analysis; an experts directory; an international events calendar; and a mobile technology component—all aimed to equip users with research and information on Africa’s current policy issues.

A key feature to the Africa Portal is the online library collection holding over 3,000 books, journals, and digital documents related to African policy issues. The entire online repository is open access and available for free full-text download. A portion of the digital documents housed in the library have been digitized for the first time as an undertaking of the Africa Portal project. Facilitating new digitization projects is a core feature of the Africa Portal, which aims to improve access and visibility for African research.

The Africa Portal is part of the Africa Initiative project.

Para saber mais basta clicar aqui.

EUNIC Studio 2011: candidaturas em curso

Decorre até ao próximo dia 16 de Outubro o prazo de inscrição para participar no Workshop “Recicla a cidade, abordagem à sustentabilidade e a arquitectura”, organizado pela EUNIC South Africa, e cuja 4º Edição vai ter lugar em Johannesburg entre os dias 21 e 26 de Novembro do corrente ano.

O programa de 2011 será baseado num novo caso de estudo sobre um edifício de Hillbrow (Joanesburgo), em que, participantes de diferentes nacionalidades estudarão juntos as possibilidades de transformação e melhora de dito edifício no marco de um programa internacional de intercâmbio.

O centro da cidade de Johannesburg e em Hillbrow, possui história e uma complexa configuração. Está composta de um moderno património de grande edifícios de características de interesse arquitectónico. No passado estes edifícios eram residências de uma camada próspera da população, hoje estes edifícios são o abrigo de uma camada da população em dificuldades, sendo a maior parte imigrantes. 

O objectivo é de propor transformações para estes prédios, para que se convertam em casas decentes e ao alcance do maior número possível de pessoas. É o reciclar urbano, transformando as situações existentes e usando as mesmas como ponto de partida para qualquer projecto. Trabalhar num edifico ocupado é complicado, mas ao mesmo tempo é uma oportunidade, um desafio arquitectónico.

Baseado no princípio da precisão, uma investigação será efectuada das situações existentes, isto tornará possível a avaliação das acções a serem tomadas.

O trabalho resultante do workshop será exposto em Durban na conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP 17).

Entre os convidados internacionais destacam nomes como:

- Iain Low / arquitecto / South Africa

- Carin Smuts / arquitecto / South Africa

- Frans Sebothoma / building management / South Africa

- Frédéric Druot / arquitecto / France          

- Françis Kere / arquitecto / Germany / Burkina Fasso

- Alex Ely / arquitecto / England

- Christophe Hutin / arquitecto / France

Mais informações no website da EUNIC e um atalho para o relatório do curador da última edição aqui.

Naipaul, "The Masque of Africa – Glimpses of African belief"

 

(Versão brasileira de Marcos Bagno, 2011)

É a última obra de V.S. Naipaul, o Nobel da literatura nascido nas ilhas de Trinidad, e é um livro de viagens a seis países africanos. Começa pelo Uganda, onde o autor esteve uma primeira vez em 1966, e depois descreve em narrativas autónomas a Nigéria, o Gana, a Costa do Marfim, o Gabão e acaba em Joanesburgo.

As descrições dos países não têm continuidade de uns para outros, salvo situações muito pontuais, e isso introduz desde logo a ideia da diversidade dos países e a negação da África como um continente homogéneo. O livro que o acaso fez com que fosse lido numa recentíssima tradução brasileira tem muitas qualidades que decorrem naturalmente do talento do escritor mas sobretudo por este assumir um ponto de vista crítico sem nenhuma complacência ou relativismo cultural face aos países e situações que encontra e descreve. Os outros aspectos particularmente fascinantes decorrem do facto do autor, que conhece profundamente a história pré-colonial destes países, nos relatar com pormenores a genealogia de muitos destes reinos, costumes, tradições, línguas e, sem nunca assumir uma descrição neutral, nos dar uma visão a partir deste olhar “interior” sobre estas realidades.

De um modo ou de outro perpassa em todas as narrativas uma reflexão e um questionar subtil das consequências das independências nestes países e mesmo o fim do apartheid na África do Sul inquestionavelmente exaltado lhe merece várias perguntas sobre o legado negativo que o mesmo provocou na sociedade sul-africana de hoje: “Nas palavras do extraordinário escritor sul-africano Rian Malan (nascido em 1954) – buscando sempre sem retórica ou falsidade e, de modo quase religioso, uma explicação para o sofrimento racial do seu país –, os brancos construíram uma base lunar para a sua civilização; quando ela desmoronou, não havia nada ali para os negros ou brancos” (pág. 246). E mais adiante há um tabu que o interpela: “Mas um pouco como Fatima (nome de uma personagem) em busca de sua identidade, eu me senti encurralado na África do Sul, e vi que aqui raça era tudo e um pouco mais; que a raça mergulha tão fundo quanto a religião em outros lugares” (pág. 253).

Finalmente, seja no Uganda, na Nigéria ou na África do Sul, há páginas dedicadas aos ‘horrores’ que são as descrições de práticas de feitiçaria, bazares inteiros de pedaços de corpos de animais vendidos como amuletos de protecções ou ritos de sacrifício, que muitos africanos reclamam como práticas identitárias e que Naipaul não tolera e denuncia não admitindo a este propósito qualquer relativismo cultural.

António Pinto Ribeiro

o novo hino da Tunísia depois da Revolução

Publicado6 Out 2011

Etiquetas enti essout hino liberdade tunísia

Chers amis,

Voila la chanson de la Tunisie libre « inti essout» (« you are the voice »), made by le projet UNDP «  appui au processus électoral en Tunisie » .  Les paroles de la chanson en arabe et en français sont en pièces jointes .

Le clip sur YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=NlQWeym46H8&NR=1

Cette chanson a été écrite par des jeunes chanteurs et paroliers tunisiens pour que les Tunisiens soient sensibilisés sur l’importance de leurs voix. La voix de chacun compte le 23 octobre, élections de l’Assemblée Constituante. Rendez vous avec l’histoire a ne pas manquer.

Bonne écoute, bon ikhtiar ya Tounes (choix) et salamat,

Fouad

e ainda da Cidade do Cabo...

Publicado5 Out 2011

Etiquetas cape town música thandiswa mazwai

François Abou Salem (1951-2011)

(AFP/Archives, © AHED IZHIMAN)

Notícia triste esta do falecimento do encenador François Abou Salem, que em Junho de 2007 participou no Fórum Cultural "O Estado do Mundo" com a encenação conjunta (com o seu amigo Amer Khalil) da epopeia de Gilgamesh.

RAMALLAH (Territoires palestiniens) — Le comédien, auteur et metteur en scène de théâtre franco-palestinien François Abou Salem est décédé à l'âge de 60 ans à Ramallah (Cisjordanie), a-t-on appris samedi soir auprès des forces de sécurité palestiniennes.

(...)

Né en 1951, François Gaspar Abou Salem a grandi à Jérusalem-Est, à Beyrouth et en France. Il se revendiquait et était considéré comme palestinien. Il avait commencé sa carrière avec le Théâtre du Soleil d'Ariane Mnouchkine. Parlant parfaitement arabe, il fut l'un des fondateurs de la compagnie Al-Hakawati, à l'origine de la création du Théâtre national palestinien (TNP), à Jérusalem-Est. Il était surtout connu comme directeur artistique de théâtre. Il a ainsi adapté des pièces de Dario Fo et Bertold Brecht pour le public palestinien. Ce Franco-palestinien a mis en scène de nombreuses créations internationales, notamment un "Enlèvement au Sérail" remarqué en 1997 à l'Opéra de Salzbourg. Il était aussi cinéaste.

"C'est une perte terrible aussi bien pour ses proches que pour le théâtre en Palestine et en général", a confié à l'AFP l'une de ses amies, l'avocate israélienne Léa Tzemel. François Abou Salem avait reçu le Prix Palestine en 1998 des mains de Yasser Arafat, le chef historique du mouvement national palestinien.

Sa dernière pièce, "Mon frère le chahid («martyr»)" met en scène la tragédie d'un homme dont le frère choisit de devenir un kamikaze malgré toutes ses tentatives de le dissuader. (...)

Para ler toda a notícia da AFP basta ir aqui.

call for papers: "Eating and drinking in Africa..."

Call for papers até 31 de Outubro de 2011 para um número especial da revista Afriques. Débats, méthodes et terrains d’histoire (Centre d'Études des Mondes Africains - Paris I) : "Manger et boire en Afrique avant le XXème siècle / Eating and drinking in Africa before the 20th century".

Monique Chastanet (CNRS/CEMAf/Université Paris 1), Gérard Chouin (IFRA-Ibadan/CEMAf/ArScAn), Dora de Lima (CRHM/Université Paris 1), Thomas Guindeuil (CEMAf/Université Paris 1)

CFP Published online since April 2010 (http://afriques.revues.org), Afriques. Débats, méthodes et terrains d’histoire is the only journal devoted to the history of Africa before the 20th century. For its fifth thematic issue, scheduled for late 2012, Afriques is calling for papers on: “Eating and drinking in Africa before the 20th century: Cuisines, exchanges, social constructions”. Ten years will, in 2012, have passed since the publication of Cuisine et société en Afrique: histoire, saveurs, savoir-faire (M. Chastanet, F.X. Fauvelle-Aymar and D. Juhé-Beaulaton, eds.), still one of the very few books devoted to this topic. It described the history of foods, dishes, drinks and commensality in Africa. The fifth issue of Afriques would like to update this description while focusing on the period before the 20th century, as is the journal’s wont.
Para continuar a ler, basta consultar a H-Net Discussion Networks.

Maputo ocupada até domingo

© Camila de Sousa

Está a decorrer nestes dias em Maputo a segunda edição das Ocupações Temporárias que tem por "chave" a precariedade. Inaugurou, ou melhor: o conjunto das cinco intervenções passou a ocupar vários lugares da cidade no dia 11 de Setembro, data do 10º aniversário sobre os atentados às Torres do World Trade Center de Nova Iorque.

A produtora das Ocupações, Elisa Santos, definiu-as como intervenções que assinalam o ”dia que marca o fim do mito da inviolável segurança, o fim da tranquilidade colectiva”.

Numa cidade e num país em mutações rápidas e com uma opinião pública muito pouco sustentada e pouco interventiva, que lugar ocupam os artistas neste processo de constituição de uma cidade aberta ao mundo? E que artistas são estes?

Os artistas que intervêm correspondem à mais recente geração de criadores já muito distantes da geração de Malangatana e Shikane, como de Naguib e mesmo do Muvart (este último, o movimento surgido no princípio da década deste século). Estes novos artistas são os artistas "conectados" pelas redes sociais, visitantes de sites, links, em estado constante de recepção via sms ou facebook e são artistas com preocupações sociais tomadas de um modo muito próprio. Nenhuma vertente sociológica é neles predominante mas rebelam-se contra os casos de corrupção pública, de desigualdade social, de falta de espaço no espaço público. Cada vez que intervêm escolhem o meio mais adequado e à parte disto são músicos, fotógrafos, desenhadores, pintores.

© Filipe Branquinho

O resultado das instalações – cuja descrição exaustiva pode ser vista em http://ocupacoestemporarias.blogspot.com/ – é uma constelação de rebeldia artística. Bem distante em termos de produção, de impacto mediático e de notoriedade, é como se de algum modo assistíssemos a um remake no Maputo da exposição "Quando as atitudes tomam formas", de 1969, com curadoria de Harald Szeemann.

No conjunto as Ocupações são de uma fragilidade de produção enorme dada a escassez dos meios, mas esta fragilidade dá-lhes uma inovação no processo de criação artística na actualidade moçambicana muito importante e a diversidade das propostas é uma das grandes mais-valias do processo, tanto mais que a qualidade plástica e interventiva das mesmas é determinante. Sejam as fotos e o vídeo assombrosos de Camila de Sousa, os retratos da exaltação da dignidade dos retratados de Filipe Branquinho, o Facebook em materiais pobres com intervenções públicas da autoria de Azagaia, o muro a graffiti de mitologias urbanas de ShotB Hontm, os desenhos das situações utópicas de Jorge Fernandes.

APR

   Cartaz das "Ocupações Temporárias" 

“Cartas do meu Magrebe” de Ernesto de Sousa

Agora que assistimos a um boom de edições de livros que, de um modo ou de outro se podem classificar dentro do género de ‘Literatura de Viagens’, foi publicado pela Tinta da China um conjunto de cartas de Ernesto de Sousa publicadas originariamente no Jornal de Notícias (JN) entre Novembro de 1962 e Abril de 1963. A este conjunto de cartas a edição acrescenta um prefácio de Isabel do Carmo (à época mulher do escritor), correspondência com o JN a propósito da censura feita a algumas cartas e, finalmente, duas outras cartas a Isabel do Carmo. O mais interessante destas cartas é o testemunho que fica de uma época feito por alguém com uma forte cultura visual e uma abordagem política onde a esperança na mudança do mundo na sequência da independência da Argélia e processo de libertação das ex-colónias europeias é importante nestes relatos. Há uma tal empatia com a ‘Libertação’, um tal entusiasmo com "os ventos de mudança" que as cartas de viagem são uma apologia de todo o processo. Elas relatam fundamentalmente os aspectos urbanos do país, são descrições impressionistas de um olhar maravilhado pela descoberta, pela surpresa daquela realidade – da qual, de facto, pouco se sabia em Portugal – e para o jornalista e cineasta todas as pessoas que encontra na viagem são o pretexto para a elegia de um povo libertado. Há algo de ingénuo nestas descrições e muito de ausência de história sobre a realidade visitada mas é de facto um muito bom testemunho de um europeu no norte de África na década de sessenta. As fotografias que acompanham as cartas revelam o olhar singular do cineasta de D. Roberto.

APR

de Cape Town...

Publicado29 Set 2011

Etiquetas áfrica do sul cape town música thandiswa mazwai



Wangari Maathai (1940-2011)

Publicado28 Set 2011

Etiquetas nairobi obituário prémio nobel quénia wangari maathai

(Portrait by Martin Row)

It’s time to pause and recall the life and spirit of Wangari Maathai, who died of cancer Sunday in a Nairobi hospital. Here’s her Times obituary, by Jeffrey Gettleman, our Nairobi bureau chief.

Maathai is best known for creating the Green Belt Movement, which has planted tens of millions of trees around Kenya, but she also personified a positive strain of environmentalism that stands out in a world where “woe is me” messages dominate. Click on the video clip above for a sample.

Her work centered on improving the lives of women, building a sustainable relationship between people and the land and education. Maathai won the Nobel Peace Prize in 2004 for her efforts. I encourage you to read the defense of her prize, which was criticized by some, from Anna Lappé and Frances Moore Lappé of the Small Planet Institute. Here’s a snippet:

Maathai’s genius is in recognizing the interrelation of local and global problems, and the fact that they can only be addressed when citizens find the voice and courage to act. Maathai saw in the Green Belt Movement both a good in itself, and a way in which women could discover they were not powerless in the face of autocratic husbands, village chiefs and a ruthless president. Through creating their own tree nurseries – at least 6,000 throughout Kenya – and planting trees, women began to control the supply of their own firewood, an enormous power shift that also freed up time for other pursuits.

Para continuar a ler a notícia no New York Times, basta clicar aqui.

Cape Town

Publicado28 Set 2011

Etiquetas áfrica do sul cape town cidade do cabo

Já não me lembrava que Cape Town era uma cidade tão bonita.

APR

Joburg Art Fair

(Na foto: vista da Joburg Art Fair)

Uma animação esta feira de arte de Joanesburgo na sua quarta edição. Uma feira local dir-se-ia, não fora o facto de haver várias galerias sul-africanas associadas a galerias norte-americanas ou galerias com representação em África, EUA e Europa. Situada numa das cidades satélites de Joanesburgo, a cidade de Sandton, a feira é o mais importante evento no que diz respeito ao mercado da arte subsariano mas conta com a presença de artistas e curadores do Magreb. Muito bem organizada como é característico dos profissionais sul-africanos, tem a dimensão ideal das pequenas feiras com critérios de selecção de galerias muito “apertados”, como é o caso também da recente feira inaugural do Rio de Janeiro e até da Frieze em Londres.

(Na foto: obras de William Kentdrige)

O manifesto interesse da Joburg Art Fair  vem do facto de só aqui  (ou no Armony Show de Nova Iorque, onde algumas destas galerias se apresentam) ser possível ver e acompanhar a mais recente produção nas artes visuais da África do Sul, Nigéria, Egipto, Marrocos ou Gana, por exemplo. Ao mesmo tempo a feira tenta incentivar um mercado local – a par dos coleccionadores internacionais que adquirem obras substantivas destes artistas – através de políticas de preços interessantes, acções  de formação de vários tipos de público, onde têm um papel importante as famosas Talks promovidas pela Alfa Romeo e conhecidas pelo público português via youtube. Algumas estrelas deste universo sul-africano estão presentes em pessoa e através das obras, como William Kentridge, Ayana V. Jackson, Mary Sibande, Gordon Clark, Moshekwa Langa, Kendell Geers, David Goldblatt, etc .

(Na foto: escultura de Mary Sibande)

Texto e imagens de António Pinto Ribeiro

"cultura contemporânea africana" em debate: 29 de Setembro

No próximo dia 29 de Setembro (5.ª f), às 18h30, haverá um "apontamento musical" com Celina Pereira, seguido de mesa-redonda sobre "Cultura Contemporânea Africana", contando com as seguintes participações: Celina Pereira (cantora caboverdiana); Filinto Elísio (escritor, poeta caboverdiano); Lúcia Marques (assistente do Programa Gulbenkian Próximo Futuro); Marta Lança (co-fundadora e editora do Buala); Joana Peres (directora artística e coreográfica da Allantantou Dance Company, Portugal); José António Fernandes Dias (responsável pelo AFRICA.CONT).

 

"Esta mesa redonda/tertúlia tem como objectivo promover a reflexão e o diálogo em torno da produção cultural africana na contemporaneidade, em particular nos países de língua oficial portuguesa, bem como debater as múltiplas formas de relacionamento entre cultura africana e cultura ocidental.

(...)

O Museu de São Roque da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa celebra a cultura africana, dedicando-lhe um evento de quatro dias ao longo dos quais a música, a dança, a poesia e o teatro animarão o claustro e as salas do museu. Este evento inclui, ainda, um ciclo de cinema documental, uma mesa redonda dedicada à temática da cultura contemporânea africana e degustação de comida africana. Os mais pequenos não foram esquecidos. Para eles, decorrerão oficinas de danças africanas e de construção de brinquedos com desperdícios. (...)"

Mais informações, no website do próprio Museu de São Roque.

Tarde de fim de verão...

Publicado23 Set 2011

Vista do "Casulo" de Nandipha Mntambo no Jardim Gulbenkian (© Catarina Botelho)

Tarde de fim de verão,  calor bom ao sol e algum vento nos jardins da Gulbenkian... estava a tentar fotografar o Casulo quando se me atravessam à frente, ligeirinhas,  avó, mãe e neta (esta pequenina, dois anos se tanto) e diz a avó: olha, minha querida, anda ver, é a casa dos patinhos, eles dormem aqui...ai não, não é (as três já lá dentro) … afinal é uma casa de banho, é uma casa de banho... (baixinho para a filha: isto é arte, isto é arte)... o que debatiam não sei, o certo é que ficaram lá tempo demais para mim e na minha impaciência voltei-me para o lago e pus-me a fotografar os mergulhos dos alegadamente efémeros inquilinos da casa, enquanto me afloravam ao pensamento dúvidas sobre abordagem pedagógica de permeio com a ilustração prática dos múltiplos significados e funcionalidades da arte pública.

Teresa Vieira

últimos dias para ver as instalações nos jardins

Vista da instalação "Abrigo Sublocado", do artista Kboco,

no jardim do CARPE DIEM - Arte e Pesquisa (© Fernando Piçarra)

Últimos dias para ver as instalações artísticas do PRÓXIMO FUTURO, distribuídas pelo Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian até ao próximo dia 30 de Setembro: do "Casulo" da sul-africana Nandipha Mntambo ao "However Incongruous" do colectivo indiano Raqs Media, passando pelos Chapéus-de-Sol da arquitecta Inês Lobo, que neste ano têm desenhos de Bárbara Assis Pacheco (Portugal), Rachel Korman (Brasil), Délio Jasse (Angola) e Isaías Correa (Chile).

Fruto de uma parceria entre o CARPE DIEM - Arte e Pesquisa e o Programa Gulbenkian PRÓXIMO FUTURO, a instalação do artista brasileiro Kboco foi remontada no jardim do Palácio Pombal, onde pode ser vista até o dia 24 de Setembro, de Quarta a Sábado, das 14h às 20h.

Para mais informações, basta navegar até ao site do Carpe Diem - Arte e Pesquisa.

Vista da instalação "Abrigo Sublocado", do artista Kboco,

no jardim do CARPE DIEM - Arte e Pesquisa (© Fernando Piçarra)

O editor de poesia

Carlito Azevedo na entrega do Prêmio Portugal Telecom de

Literatura, na Casa Fasano (foto: Mastrangelo Reino/Folhapress)

"Editar bem poesia é aceitar editar antimercadoria", diz escritor

Carlito Azevedo poderia talvez se acomodar na condição de um dos mais celebrados poetas contemporâneos brasileiros. Seu "Monodrama" (2009), publicado pela carioca 7Letras, grande celeiro de novos poetas no país, é um dos principais livros de poesia brasileira dos últimos anos.

Além disso, ele se firma como um grande agitador poético (é curador, com Augusto Massi, da coleção Ás de Colete, editada pela 7Letras e pela Cosac Naify, e mantém uma página mensal de poesia no jornal "O Globo"), articulando livros e autores em discussões que fogem aos chavões sobretudo por não abrir mão de um ingrediente muito escasso nas conversas sobre o gênero: o bom humor.

Tendo a possibilidade de se ver editado nas maiores casas do país, Carlito preferiu manter-se na pequena (embora longeva, com 15 anos) editora de Jorge Viveiros de Castro.

Para continuar a ler o artigo de Paulo Werneck na Folha Ilustrada, basta ir aqui.

World Poetry Movement

Publicado21 Set 2011

Etiquetas colômbia medellin poesia world poetry movement

37 directors of poetry organisations, created the

"world poetry movement" and published a manifesto

874 poetry readings in 540 cities of 107 countries

874 poetry readings in 540 cities of 107 countries will be held this 24th of September, convoked by the organizations 100,000 Poets for Change (http://www.bigbridge.org/100thousandpoetsforchange/) and World Poetry Movement -WPM- (http://www.wpm2011.org/), on a day marked by a spirit which desires that a new time will open for humankind. The World Poetry Movement (WPM) was founded in Medellín (Colombia) on July 9, 2011, and in less than two months in existence it has achieved the incorporation and participation of 105 international poetry festivals, 76 international poetry organizations, and 673 poets from 124 nations.

(...)

This is not just about assessing the great number of poetry readings, performances and poetry interventions, both urban and rural, that are being prepared throughout the world’s continents for this date, but, above all, about celebrating the deep symbolism embodied in this new world poetry action, where essential forces come together and which has an impact on the heart of the human history – a history that seems still to go against the grain of life itself.

(...)

In Africa, 55 poetry readings will be held in capitals and other cities in 18 countries. 100 poetry events will be held in 19 Asian countries. 210 poetry interventions are scheduled to take place in 38 European countries. Oceania will have just 12 poetry readings – in Australia and New Zealand. The American continent will hold the highest number of poetry readings on the 24th of September next, with 453 events confirmed in 27 countries. Many of these events will additionally host poetry workshops and concerts.

Há mais para ler aqui.

Literatura Árabe do Norte de África (I): Albert Cossery

Nascido no Cairo em 1913 e falecido num hotel de Paris a 22 de Junho de 2008, Albert Cossery terá sido o último da geração dos chamados escritores dandies, título atribuído pelo tipo de vida urbana e flânneur que levavam. A sua obra, constituída por cerca de uma dezena de livros, tem como cenário de acontecimentos o seu Egipto do século XX.

No caso do romance "Les Couleurs de L’Infamie", lido na versão da tradutora brasileira Flávia Nascimento, trata-se da pequena história de um ladrão profissional – Ossama – descrito como um ladrão bom porque só rouba os ricos que se vê enredado numa história de corrupção que envolve um político detentor de um grande poder no Egipto sob o regime de Hosni Mubarak. Há como sempre em Albert Cossery uma metáfora da corrupção e da violência social deste regime – que acaba de cair – descritas nas ruas dos bairros pobres do cairo, na presença de milhares de mendigos na cidade, no confronto com a permanente corrupção que alimenta o regime. Parte da narrativa decorre no cemitério do Cairo, uma autêntica cidade que tivemos recentemente a possibilidade de ver no excelente documentário de Sérgio Tréfaut “A Cidade dos Mortos”.

Em "As Cores da Infâmia" há todo um manual de regras de comportamento para o ladrão que é profissional; corre riscos e tem princípios: “Não há nada de mais imoral do que roubar sem riscos” ou “Não inculquei em você a minha arte para que se tornasse um ladrão de cinema, cuja única preocupação é não desagradar ao público” (págs. 66 e 67). E com doses certas de ironia o autor sai das fronteiras do Egipto e fala do mundo: “Repare nas pirâmides. Neste país, não passa pela cabeça de ninguém construir uma pirâmide. O lugar está ocupado há 4 mil anos. Mas no estrangeiro tem-se erguido algumas pirâmides. Aliás essa é a moda da arquitectura moderna” (págs. 129-130).

APR

"el Humor", a partir da Argentina, em 2012

Publicado19 Set 2011

Etiquetas afuera 2012 argentina arte pública artes visuais humor

Con la presencia de  los curadores de esta nueva edición: Eva Grinstein, Alberto Nanclares, Ramón Parramón y Javier Martín-Jiménez.
Participan: Luz Novillo Corbalán y Pancho Marchiaro

La experiencia recogida en la primera edición de la muestra ¡AFUERA!, ha permitido al Centro Cultural España Córdoba proyectar su próxima edición mejorando en todo aquello que contribuya a una ampliación y expansión del evento. En esta ocasión, el carácter abierto de la muestra estará dado por las distintas y nuevas convocatorias que se abrirán en todas las áreas, posibilitando la inclución propuestas e ideas de artistas locales, nacionales e internacionales en diálogo con el contexto cordobés y sus problemáticas.

La temática alrededor de la cual se articulará el ¡Afuera! 2012 será el Humor. La propuesta se organizará tomando en consideración las múltiples perspectivas y abordajes de los usos del humor no sólo en sus diversas manifestaciones en el arte, sino también como componente simbólico cultural omnipresente en todas las culturas contemporáneas.

Con este marco, la charla de presentación contará con la presencia de Eva Grinstein, quien conceptualizará sobre la muestra en un edificio recuperado de la Ciudad de Córdoba, Alberto Nanclares, quien nos comentará sus ideas sobre artistas y obras para la Sección del Espacio Público, y Ramón Parramón, quien llevará a cabo el programa de Residencias que se articulará con Ciudad de las Artes con la Escuela Figueroa Arlcorta. Por su parte Javier Martín-Jiménez hablará sobre el trabajo en torno a los proyectos en espacio público desde su gestación hasta su concreción pasando por el trabajo de gestión, financiación y puesta en marcha.

Para continuar a ler, basta ir até à Hipermedula...

Bolsa de mobilidade artística 2012

Bolsa de mobilidade artística "Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura", em parceria com Roberto Cimetta Fund

Tendo em vista a preparação de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, a Fundação Cidade de Guimarães e o Roberto Cimetta Fund (RCF)  abriram uma bolsa de mobilidade artística para apoiar o intercâmbio cultural entre a cidade de Guimarães (Portugal) e a região Euro-Árabe.

Se é artista ou agente cultural e deseja deslocar-se a Guimarães, ou se está em Guimarães a preparar um projecto de intercâmbio artístico e pretende participar numa residência, num workshop, num encontro de profissionais, num seminário ou conferência, então pode concorrer a esta bolsa para cobrir as despesas de deslocação e de autorização de permanência no local de destino, desde que as deslocações ocorram após o início das candidaturas (1 de Setembro).

No processo de selecção, será dada prioridade a candidaturas no âmbito das seguintes áreas artísticas: música, artes performativas, cinema, arte contemporânea, design e arquitectura, preferencialmente no contexto de projectos de residência.

A bolsa “RCF/Guimarães 2012 Mobility Fund” é promovida pelo RCF. Na atribuição desta bolsa são aplicáveis os seguintes critérios:

O objectivo da viagem deve potenciar um impacto de longo prazo no sector artístico na bacia do Mediterrâneo. Ou seja, a viagem deve contribuir para o reforço dos recursos existentes, que, por sua vez, podem ser partilhados em rede e promover o contacto entre artistas e operadores artísticos no próprio país ou região, de modo a manter, renovar e desenvolver as artes contemporâneas.

A viagem deve ter lugar após a data de início das candidaturas. Isto implica que o candidato terá de pagar as suas despesas antes mesmo de saber se a bolsa lhe será atribuída ou não.

Perfil dos candidatos:

Podem candidatar-se indivíduos que vivam ou trabalhem na região Euro-Árabe, independentemente da idade ou nacionalidade; São elegíveis candidatos que exerçam actividade como artistas, criadores, professores, agentes culturais, administradores ou gestores de projecto.

São elegíveis candidatos que não disponham de recursos próprios para financiar o seu projecto.

As candidaturas devem ser apresentadas individualmente, via e-mail, para o endereço: [email protected]. No máximo, apenas três membros de um mesmo grupo poderão beneficiar de uma subvenção relativa ao mesmo projecto. Um bolseiro só poderá recandidatar-se duas vezes. Os candidatos devem optar pela via de transporte mais económica, e apenas podem candidatar-se a um bilhete internacional de ida-e-volta, e, despesas de autorização de residência (transporte local não reembolsável).

O comité de selecção delibera a 1 de Dezembro de 2011 (data limite para recepção de candidaturas: 30/09/2011)

Os interessados devem visitar o sítio www.cimettafund.org e preencher o formulário de contacto. Ser-lhe-á devolvido o formulário de candidatura RCF/Guimarães2012.

Para mais informações sobre Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura consulte o sítio www.guimaraes2012.pt.

"Pinturas aeropostais" de Eugenio Dittborn

O chileno Eugenio Dittborn (Santiago do Chile, 1943) trabalha desde 1983 na produção de obras que designou de “Pinturas aeropostais”. O conceito é simples: as obras que são maioritariamente sobre papel, material plastificado ou vídeos, são criadas a partir de temas recorrentes como o conflito, a tragédia, a interrupção da viagem, o acidente, a distopia. Essas obras depois são enviadas para o destino da exposição dobradas (ou embaladas, no caso dos vídeos) e colocadas dentro de envelopes de encomenda postal, tendo escrito na capa o endereço, o remetente do artista e a descrição. À medida que vão sendo apresentadas em vários lugares estas obras vão acumulando no sobrescrito a listagem desses lugares por onde passaram.

Há aqui uma nítida vontade de ‘transterritorialidade’ mas digamos que, para além deste método, há nas técnicas utilizadas, no suporte e nas linguagens, uma tal noção de espaço, de essencialidade, e de beleza que, o seu conjunto, nesta mostra no Centro Cultural do Santander de Porto Alegre, é de uma euforia contagiante, não perdendo a sua proximidade do abismo.

António Pinto Ribeiro

É a 8.ª edição da Bienal do Mercosul

É a oitava edição da Bienal do Mercosul, uma das mais singulares bienais de arte do mundo. Abriu no passado dia 10 em Porto Alegre, uma cidade do Rio Grande do Sul, e ocupa vários armazéns desafectados do porto, alguns museus e ainda vários sítios da cidade. O tema geral da Bienal é “Ensaios de Geopoética” e continua uma certa tradição de relação da arte com a política que tem caracterizado esta Bienal nas últimas edições.

A curadoria geral é de José Roca, que anuncia que a Bienal se propôs apresentar obras que reflectem a noção de território a partir das perspectivas geográfica, política e cultural. Aparentemente nada de muito novo neste enunciado que é suficientemente vago para permitir a apresentação de trabalhos organizados, estes sim, em “entradas” mais específicas e pertinentes. São elas: a( geo)poética propriamente dita, mercado, raça, questão, indígena, cadernos de viagem, entre outras. A montagem  – na secção apresentada  nos armazéns do porto – conta com um dispositivo de recepção das obras que é claro e estimula o cruzamento de múltiplas obras e projectos. Maioritariamente constituída por instalações e vídeos, a mostra não se limita a apresentar artistas oriundos dos países do Mercosul mas inclui artistas chineses, dos Camarões, egípcios, franceses, alemães, etc.

As obras que destacamos são da autoria de Duke Riley (EUA), Javier & Erika (Cuba) – “Haciendo mercado” –, Leslie Shows (EUA) – “Display of properties” –, Marcelo Cidade (Brasil) – “Luto e Luta” –, Paola Parcerisa   (Paraguai) – “Bandera Vacia” –, Paco Cao (Espanha) – “El veneno del baile “. Na secção Cadernos de Viagem, que resulta de viagens dos artistas pela região do Rio Grande do Sul e cujos resultados são maioritariamente muito felizes, realçam-se as obras de Beatriz Santiago Munõz – “Folc- industrial” – vídeo sobre os horários de trabalho dos operários das indústrias de Caxias de Sul – e “Nuevas Floras” de Maria Elvira Escallón, esculturas talhadas nas árvores vivas das Missões durante a evangelização, que actuam como um estilete na recepção do visitante.

António Pinto Ribeiro

(Fotos com obras de Leslie Shows e de Maria Elvira Escallón)

INFLUX: "O Sul é o novo Norte"

Publicado14 Set 2011

Etiquetas África artes visuais diáspora influx contemporary art

No próximo dia 17 de Setembro, a partir das 14h00, inaugura na galeria INFLUX Contemporary Art a exposição colectiva "O Sul é o novo Norte - arte contemporânea Africana".

A INFLUX CONTEMPORARY ART é uma galeria de arte contemporânea que expõe exclusivamente trabalhos de artistas de África e da Diáspora africana.

A galeria é um espaço amplo dividido em duas áreas expositivas contíguas localizada na zona do Lumiar em Lisboa.

Para saber mais, por aqui.

"Crossing African Borders: Migration and Mobility"

Fifth Annual Conference of the African Borderlands Research Network ABORNE

"Crossing African Borders: Migration and Mobility", ISCTE-IUL, Lisbon

(21-23 September 2011)

Focusing on the role of African borders in migratory movements, the Conference will address several topics and discuss the importance and role of borders to the circulation and identity building, the implications of border management and the strategies of populations for migration and border crossing. Panels will analyze current changes and their historical roots; discuss the mutual implications of cross-border circulation, migration and identities; present empirical evidence of transformations taking place; contribute to the theoretical debate and methodological approach of borderland studies in Africa.

Keynote:
"Traders and Borders in the Sierra Leone-Guinea Region, 19th and 20th Centuries: Comparative and Theoretical Implications"
Allen M. Howard | Professor Emeritus, Department of History, Van Dyck Hall, Rutgers University
 Panels:

Documentary film screenings:
 -
"Kalahari Struggle: Southern Africa’s San under Pressure" (53 min.) by Manuela Zips-Mairitsch and Werner Zips
 - " 'We have come full circle': The forced migration of Angolan !Xun and Namibian Khwe to Platfontein, South Africa" by Manuela Zips-Mairitsch and Werner Zips
 - "Border Farm" (32 min), by Thenijwe Niki Nkosi
- "Esta Fronteira Não Existe" (41min), Perfectview