Logótipo Próximo Futuro

Em preparação

A ser preparada há vários meses, Present Tense é a exposição de fotografia que ocupará a galeria do piso 01 em Lisboa a partir de 21 de Junho, e que depois seguirá para Paris.

António Pinto Ribeiro, curador da mostra, propõe uma reflexão sobre a contemporaneidade do sul da África e sobre a prática fotográfica naquela região. Délio Jasse, Dillon Marsh, Filipe Branquinho, Guy Tillim, Jo Ractliffe, Kiluanji Kia Henda, Mack Magagane, Malala Andrialavidrazana, Mauro Pinto, Paul Samuels, Pieter Hugo, Sabelo Mlangeni, Sammy Baloji e Tsvangirayi Mukwazhi são os fotógrafos convidados, alguns deles trazendo series produzidas especificamente para o Póximo Futuro.

"Independentemente dos géneros – retrato, paisagem documento, fotojornalismo – são as fotografias sobre o “Present Tense” que queremos mostrar e, este conceito de “Present Tense”, engloba também a tensão entre as linguagens, a opção pela cor ou pelo preto e branco e o detalhe divergindo do panorâmico."

Há mais informações aqui

BES Photo 2013 - Inaugura amanhã

Inaugura amanhã às 19:30 a 9ª Edição do Prémio BES Photo. A exposição com trabalhos de Albano Silva Pereira (Pt) Filipe Branquinho (Mz) Pedro Motta (Br)| e Sofia Borges (Br) pode ser vista até 2 de Junho no Museu Berardo com entrada livre.

"Esta é a terceira edição duplamente marcada pela internacionalização do prémio - por via do alargamento do âmbito de seleção dos artistas que pode ser de nacionalidade portuguesa, brasileira ou dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP’s), como pela itinerância da exposição que, após ser apresentada no Museu Berardo, é inaugurada em São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, a 18 de Junho de 2013.
A escolha dos quatro artistas selecionados é da responsabilidade de um júri internacional constituído por Agnaldo Farias (Instituto Tomie Ohtake, Brasil), Delfim Sardo (crítico e curador, Portugal) e Bisi Silva (Centro de Arte Contemporânea de Lagos, Nigéria).
O vencedor do BES Photo será conhecido a 7 de maio. A decisão será tomada pelo Júri de Premiação internacional a anunciar brevemente."

Para conhecer o concurso e os anteriores premiados pode ler-se mais aqui

Próximo Futuro no Mindelo até 12 Novembro!

vista geral das instalações fotográficas

Vista da instalação fotográfica de Filipe Branquinho nas ruas do Mindelo, Cabo Verde (foto de Ana Cordeiro/IC-CCP, Pólo do Mindelo, 2012)

O Pólo do Mindelo do Camões / Centro Cultural Português informa que de 6 a 12 de Novembro 2012, por iniciativa da Fundação Gulbenkian, estão instaladas nas ruas de Mindelo (Rua 5 de Julho e Praça D. Luís) um conjunto de 12 fotos, impressas em lona, de dois fotógrafos moçambicanos: Camila de Sousa e Filipe Branquinho.

Esta exposição, organizada em parceria com o Programa Gulbenkian Próximo Futuro,  tendo estado patente ao público em Lisboa (nos jardins da Fundação), de junho a setembro do corrente ano, é agora reinstalada no Mindelo por ocasião do 9º Encontro das Fundações da CPLP. 

A montagem destas instalações fotográficas no Mindelo foi organizada pelo Pólo do Mindelo do IC/CCP, com o apoio do Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento.

Mais sobre os fotógrafos Filipe Branquinho e Camila de Sousa, aqui e aqui. E sobre o Pólo do Mindelo do Centro Cultural Português, aqui.

vista geral de instalação fotográfica

Vista da instalação fotográfica de Camila de Sousa nas ruas do Mindelo, Cabo Verde (foto de Ana Cordeiro/IC-CCP, Pólo do Mindelo, 2012)

Pobre del artista africano que no sea bastante folcolorico

Publicado no blog "África no es un país" este artigo de Tania Adam revela a realidade espanhola no que se refere à representação do "Africano" e da sua produção artística

 

 Excerto de Expresiones del África Negra en Barcelona

"A pesar de todo, en general existe un escaso conocimiento del trabajo de los creadores africanos, y es casi absoluto para el caso de la diáspora. Por ello es "habitual" que se piense que no existe producción cultural más allá de las expresiones tradicionales y folclóricas, o de las grandes figuras musicales como el senegalés Youssou N'Dour, el marfileño Alpha Blondie, o artistas mimados de los circuitos del world music como Amadou&Mariam, Rokia Traoré, o Toumani Diabaté. Sin embargo, y pese a la inexistencia de infraestructuras y apoyos institucionales o financieros para la creación del sector cultural, el continente no está parado, sino en constante mutación, especialmente a nivel musical (Chema Caballero nos deleita casi cada sábado, en este mismo blog, con algunas de las actuales joyas musicales del continente)."

Todo o artigo pode ser lido aqui 

Ocupações

Publicado30 Jun 2012

Etiquetas filipe branquinho próximo futuro 2012



(fotos Filipe Branquinho)

Esta série de seis fotografias é um pequeno recorte de um projeto fotográfico chamado “Ocupações” que comecei em inícios de 2011. 
Este conjunto de retratos foi realizado em cidades moçambicanas, de modo a captar o seu espírito  através da arquitetura, da paisagem e dos seus ocupantes. O foco deste trabalho é um determinado grupo social que representa uma maioria  e que está presente em todo o tecido urbano: nos grandes centros, nos bairros da periferia, na zona costeira, nos condomínios privados, etc. Cada fotografia é singular e  pretende dignificar o retratado no exercício da sua ocupação e na forma como este dialoga com o espaço que ocupa. É no conjunto dos retratos que as cidades são desvendadas,  na luz que as envolve, na sua paleta de cores e na história das pessoas que ali vivem.

FILIPE BRANQUINHO (Moçambique, 1977) trabalha atualmente como freelancer em fotografia e ilustração. No Brasil, o desenho e a ilustração surgem de forma sistemática e consciente, através do contacto com as disciplinas artísticas na UEL (Universidade Estadual de Londrina/Brasil) a par da formação em arquitetura. É também neste contexto que decide experimentar a fotografia como arte. Participou em diversas exposições coletivas e individuais no Brasil, em Moçambique e na África do Sul. Tem diversas obras em coleções particulares, no acervo do Museu de Arte Moderna de Londrina, Brasil, e do Instituto Camões de Maputo.

Até 30 Set 2012
Jardim Gulbenkian
Entrada livre 

Africultures - Filipe Branquinho

Publicado15 Mai 2012

Etiquetas filipe branquinho fotografia moçambique

Filipe M.C. Branquinho was born in 1977 in Maputo, Mozambique.

He works as a freelance photographer and illustrator. Hes graduating in Architecture by UEM (Universidade Eduardo Mondlane, Maputo / Mozambique) and attended the same course at UEL (Universidade Estadual de Londrina / Brazil).

His passion for the arts (including photography) was born in the environment they grew up in Maputo, the coexistence with the environment and many of the artistic masters and national benchmarks.

In Brazil the design and illustration appear systematically and consciously, through contact with the artistic disciplines together with architectural training. It is in this context that decides to try to photography as art.

He participated in several group and solo exhibitions in Brazil, Mozambique and South Africa has several works in private collections.

Ler em Africultures.

Ocupações, de Filipe Branquinho, poderá ser vista no Próximo Futuro a partir de 22 de Junho.

"OCUPAÇÕES"

Publicado20 Abr 2012

Etiquetas moçambique filipe branquinho fotografia

OcupaçõesOcupações

, Filipe Branquinho

Moçambique tem uma área de 799,380 KM². Este território, está ocupado por homens e mulheres, crianças e velhos, nacionais e estrangeiros, católicos e muçulmanos, zions e ateus, doentes e sãos, famílias e órfãos, patrões e empregados, pedintes e doadores, justos e bandidos.

Esta serie de 12 retratos é um mosaico que ilustra a ocupação territorial, social e imagética de um país. O espaço tomado pelo individuo, a sua presença na paisagem e no tecido social são a materialização da sua existência. De igual forma, o retrato materializa códigos e valores associados à sua imagem e ao seu desempenho. O trabalho ou o passatempo fazem pose no corpo do retratado e o que a lente fixa são todas as singularidades de um ofício encarnadas pelo melhor modelo: aquele se ocupa do seu exercício.

Filipe Branquinho

Maputo ocupada até domingo

© Camila de Sousa

Está a decorrer nestes dias em Maputo a segunda edição das Ocupações Temporárias que tem por "chave" a precariedade. Inaugurou, ou melhor: o conjunto das cinco intervenções passou a ocupar vários lugares da cidade no dia 11 de Setembro, data do 10º aniversário sobre os atentados às Torres do World Trade Center de Nova Iorque.

A produtora das Ocupações, Elisa Santos, definiu-as como intervenções que assinalam o ”dia que marca o fim do mito da inviolável segurança, o fim da tranquilidade colectiva”.

Numa cidade e num país em mutações rápidas e com uma opinião pública muito pouco sustentada e pouco interventiva, que lugar ocupam os artistas neste processo de constituição de uma cidade aberta ao mundo? E que artistas são estes?

Os artistas que intervêm correspondem à mais recente geração de criadores já muito distantes da geração de Malangatana e Shikane, como de Naguib e mesmo do Muvart (este último, o movimento surgido no princípio da década deste século). Estes novos artistas são os artistas "conectados" pelas redes sociais, visitantes de sites, links, em estado constante de recepção via sms ou facebook e são artistas com preocupações sociais tomadas de um modo muito próprio. Nenhuma vertente sociológica é neles predominante mas rebelam-se contra os casos de corrupção pública, de desigualdade social, de falta de espaço no espaço público. Cada vez que intervêm escolhem o meio mais adequado e à parte disto são músicos, fotógrafos, desenhadores, pintores.

© Filipe Branquinho

O resultado das instalações – cuja descrição exaustiva pode ser vista em http://ocupacoestemporarias.blogspot.com/ – é uma constelação de rebeldia artística. Bem distante em termos de produção, de impacto mediático e de notoriedade, é como se de algum modo assistíssemos a um remake no Maputo da exposição "Quando as atitudes tomam formas", de 1969, com curadoria de Harald Szeemann.

No conjunto as Ocupações são de uma fragilidade de produção enorme dada a escassez dos meios, mas esta fragilidade dá-lhes uma inovação no processo de criação artística na actualidade moçambicana muito importante e a diversidade das propostas é uma das grandes mais-valias do processo, tanto mais que a qualidade plástica e interventiva das mesmas é determinante. Sejam as fotos e o vídeo assombrosos de Camila de Sousa, os retratos da exaltação da dignidade dos retratados de Filipe Branquinho, o Facebook em materiais pobres com intervenções públicas da autoria de Azagaia, o muro a graffiti de mitologias urbanas de ShotB Hontm, os desenhos das situações utópicas de Jorge Fernandes.

APR

   Cartaz das "Ocupações Temporárias"