(Na foto: vista da Joburg Art Fair)
Uma animação esta feira de arte de Joanesburgo na sua quarta edição. Uma feira local dir-se-ia, não fora o facto de haver várias galerias sul-africanas associadas a galerias norte-americanas ou galerias com representação em África, EUA e Europa. Situada numa das cidades satélites de Joanesburgo, a cidade de Sandton, a feira é o mais importante evento no que diz respeito ao mercado da arte subsariano mas conta com a presença de artistas e curadores do Magreb. Muito bem organizada como é característico dos profissionais sul-africanos, tem a dimensão ideal das pequenas feiras com critérios de selecção de galerias muito “apertados”, como é o caso também da recente feira inaugural do Rio de Janeiro e até da Frieze em Londres.
(Na foto: obras de William Kentdrige)
O manifesto interesse da Joburg Art Fair vem do facto de só aqui (ou no Armony Show de Nova Iorque, onde algumas destas galerias se apresentam) ser possível ver e acompanhar a mais recente produção nas artes visuais da África do Sul, Nigéria, Egipto, Marrocos ou Gana, por exemplo. Ao mesmo tempo a feira tenta incentivar um mercado local – a par dos coleccionadores internacionais que adquirem obras substantivas destes artistas – através de políticas de preços interessantes, acções de formação de vários tipos de público, onde têm um papel importante as famosas Talks promovidas pela Alfa Romeo e conhecidas pelo público português via youtube. Algumas estrelas deste universo sul-africano estão presentes em pessoa e através das obras, como William Kentridge, Ayana V. Jackson, Mary Sibande, Gordon Clark, Moshekwa Langa, Kendell Geers, David Goldblatt, etc .
(Na foto: escultura de Mary Sibande)
Texto e imagens de António Pinto Ribeiro