Logótipo Próximo Futuro

Otelo Burning e Rewind - o ciclo continua

Publicado30 Jun 2013

Etiquetas Otelo Burning Rewind cinemateca próximo futuro

Otelo Burning é o filme agendado para esta segunda feira na cinemateca do Próximo Futuro. Repete-se trambém Rewind, o que torna a sessão ainda mais apelativa. Liberdade é o denominador comum destes dois filmes. O custo da sua conquista, o custo da sua privação e o direito que todos temos a ela.

AYEYE (expressão de pânico, face a um perigo eminentes) e ASKIES (expressão usada como pedido de desculpa) são as palavras do calão sul africano que Joan Legalamitlwa escolheu para associar a estes dois  filmes. 

Anamnhã, segunda feira, às 22h00 no Anfiteatro ao ar Livre

Silêncio!

Publicado29 Jun 2013

Etiquetas horacio macuacua

Horácio Macuácua traz uma peça Premiada (Orobroy, stop!) e uma peça nova (Smile if you can), em rodagem, para Lisboa ver. Silêncio! e vamos por os olhos nestes bailarinos. No S. Luiz, este fim de semana, às 21:00.

Silêncio!

Publicado29 Jun 2013

Etiquetas horacio macuacua dança

Horácio Macuácua traz uma peça Premiada (Orobroy, stop!) e uma peça nova (Smile if you can), em rodagem, para Lisboa ver. Silêncio! e vamos por os olhos nestes bailarinos. No S. Luiz, este fim de semana, às 21:00.

Vai perder os Jagwa?

Publicado28 Jun 2013

Etiquetas música Jagwa tânzania afropunk

Os Jagwa Music são as maiores estrelas do mchiriku, o grande fenómeno musical da Tanzânia nos últimos 20 anos

As descrições e as imagens testemunhais das subidas a palco do grupo Jagwa Music são algo de verdadeiramente electrizante por si só. Onde quer que chegam, este oito fazedores daquilo a que arriscam chamar afro-punk instalam um transe colectivo cantado e dançado associável a rituais anciões. Mas, afinal, partindo de percussões tradicionais, a sua sonoridade é depois amplificada por teclados de meia dúzia de tostões tocados de forma hipnótica e juntando tudo numa música urbana de magnífica selvajaria. Este caldo musical fabricado na Tanzânia, altamente improvisado, dá pelo nome de mchiriku e é mais um exemplo de música moderna parida nas periferias, neste caso de Dar es Salaam. As letras, conta-se e nós acreditamos, versam um conjunto temático tão abrangente quanto: sobrevivência básica, desemprego, infidelidade amorosa, uso de drogas, sida e voodoo. A 28 de Junho, no Antifeatro ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian, este será um dos grandes chamarizes do Festival Próximo Futuro, montra de cultura contemporânea apontada especialmente à investigação e à criação na Europa, em África, na América Latina e nas Caraíbas.

O mchiriku tornou-se o grande fenómeno musical da Tanzânia nos últimos 20 anos quando uns órgãos Casio baratinhos e descontinuados começaram a circular e a ser integrados nas bandas que antes se dedicavam a uma música de dança popular chamada chakacha, tocada em bailes e casamentos. Tal como fizeram os Konono nº1 com os likembés ou os Staff Benda Bilili com o satongé, também os Jagwa Music — as maiores estrelas do movimento — rapidamente começaram a amplificar os instrumentos, adulterando o som com uma distorção que falseia o sinal original mas dota a música de uma avassaladora energia primária. A nível local, o mchiriku é música de má fama, de arruaceiros e de pequena criminalidade. Ou seja, é música de uma energia visceral, marginal, directamente das ruas para cima de um palco.

A popularidade do colectivo Jagwa Music disparou após a edição de Bongo Hotheads, pela Crammed Discs, levando o grupo a actuar em alguns grandes festivais de Verão europeus — como Roskilde, na Dinamarca —, onde a sua energia não destoa da hegemonia rockeira. 

Gonçalo Frota, Jornal Público, 9 de Maio 2013

Askies, Eina, Aweh!

O ciclo de cinema do sul da África continua hoje.  “Rewind”, “Mmitlwa” e  “Gangesters Film” fazem a programação de hoje. Numa altura em que o mundo está suspenso pelo respirar de Nelson Mandela, a oportunidade de ver esta cinematografia é também uma oportunidade para pensar sobre o nosso futuro próximo.

São três as palavras a juntar ao ’dicionário‘ que estamos a construir, tantas quantos os filmes propostos para hoje, que, na sua diversidade, vão desde uma cantata a uma performance passando por um casting para atores, na Cidade do Cabo.

Askies (associada ao filme “Rewind”) é a expressão usada como pedido de desculpa ou de lamentação por alguma coisa penosa como, por exemplo, «Soube da morte do teu avô. Askies».

Eina (associada ao filme “Mmitlwa”) poderia traduzir-se por ’ai‘, uma expressão de dor física.

Aweh (associada ao filme “Gangesters Film”), saudação utilizada em particular entre a comunidade multicor da Cidade do Cabo.

Mzansi, que é como quem diz Sul


Começa hoje, na Cinemateca do Próximo Futuro, o ciclo Mzansi, uma proposta da curadora sul africana Joan Legalamitlwa para conhecermos melhor o que se passa ao sul. O artigo de Ana Dias Cordeiro no Jornal Público do passado dia 21 apresenta-nos de forma mais profunda a programação escolhida.

África tecnológica e global

Em África, pode haver contágio de coisas boas. Para fora dela, também. Na moda, na música, no cinema. Os DJ europeus renderam-se aos sons electrónicos da música shangaan da África do Sul. A Louis Vuitton inspirou-se nos cobertores basotho do povo do Lesotho. A dança pantsula, que enche as ruas dos bairros pobres da África do Sul e veio de Moçambique, está num dos filmes no ciclo de cinema no Próximo Futuro, The African Cypher, mas também no vídeo do tema Run the World(Girls) da norte-americana Beyoncé. A cantora convidou dois bailarinos de pantsula do grupo Tofo Tofo de Moçambique, que vira dançar num vídeo no YouTube, para dançarem com ela.

"O mundo é muito mais pequeno do que nós o concebemos", diz ao telefone Joan Legalamitlwa a partir de Joanesburgo uns dias antes de apanhar um avião para Lisboa.

E nesse mundo afinal pequeno, a África do Sul espraia as suas cores e a sua vibrante diversidade. São mesmo estas as palavras de Joan Legalamitlwa, programadora do ciclo de cinema Mzansi - The reel South Africa inserido na Cinemateca Próximo Futuro, quando descreve o país, desde que este conheceu a liberdade (com as primeiras eleições multipartidárias em 1994 que deram a vitória a Nelson Mandela) e se abriu ao mundo.

"Mzansi é um calão sul-africano que significa "sul"", explica Joan Legalamitlwa no texto de apresentação do ciclo de cinema. Ou África do Sul. A ele está também associada uma ideia do que é inovador, recente e contemporâneo."

Como o ciclo de filmes que traz à Gulbenkian, uma amostra desse "caleidoscópio, dessa mistura de coisas e de cores" que representa o cinema - e a cultura contemporânea - na África do Sul, diz ao Ípsilon.

O que tem para mostrar "não é sobre o paradigma branco vs negro", esclarece. "É mostrar quem somos, como coexistimos, na nossa diversidade, como nação. Estes são certamente tempos interessantes", sublinha Joan Legalamitlwa. Tempos em que muito do que se faz na África do Sul (país) ou no sul de África (região) tem especial ressonância na Europa.

A África do Sul vive hoje o tumulto próprio da adolescência, acrescenta Joan Legalamitlwa. E entre o que de melhor está a acontecer: "As pessoas estão a encontrar formas inovadoras de fazer filmes".

Dá exemplos: SMS Sugar é o primeiro filme no mundo feito só a partir de imagens captadas por telemóveis. E é sul-africano.

Muitos jovens estão a sair para a rua com as câmaras ao ombro. Filmam e formam-se como realizadores depois. Deixaram de depender das ajudas do Estado.

Entre os filmes sul-africanos que vêm a Lisboa, estão Rewind de Liza Key (composição musical a partir de fragmentos de testemunhos gravados nas audições da Comissão Verdade e Reconciliação, onde vítimas do apartheid contaram as suas histórias e agressores confessaram a culpa), Material de Craig Freimond (história de um jovem muçulmano de uma família muito tradicional que quer tornar-se comediante contra a vontade do pai), ou Otelo Burning de Sara Blecher (através dos olhos de uma criança, conta a história de um grupo de miúdos de um bairro de lata negro que aprendem surf, ou de como um novo mundo se abriu às novas gerações com o fim do apartheid).

Há ainda The African Cypher de Bryan Little (história de jovens que encontram na dança de rua e na música uma alternativa ao crime), Elelwani de Ntshaveni wa Luruli (viagem à paisagem rural e tradicional que acompanha uma jovem universitária que os pais prometem em casamento ao rei da Venda Region), Skoonheid (Beauty) de Oliver Hermanus (história de um homem de negócios branco sul-africano que nutre um ressentimento escondido contra os negros da África do Sul), Mmitlwa (uma performance vídeo da artista Lerato Shadi) e ainda de Teboho Edkins (o mesmo realizador de Thato)

Gangster Project. "Gangster Project é um filme muito sul-africano", diz Teboho Edkins, um filme que gira à volta de "questões de raça e proximidade que são particulares da África do Sul" mas que ele espera sejam "entendidas universalmente". E conclui: "São muitas as questões a abordar em África. Tentar encontrar uma voz distinta para as exprimir é algo que me inspira." Uma nova geração está a emergir, e que essencialmente depende dela mesma. Mas não só.

Co-produções com a Europa

A curadora Joan Legalamitlwa, que foi membro de júris de vários festivais de cinema e de documentário na África do Sul ou na Europa (Festival de Cinema Documental de Amesterdão) diz que o interesse de produtores europeus pelo que se faz no seu país está a alimentar a emergência de "um novo cinema sul-africano".

De França ou da Alemanha, Canal+, Arte ou Goethe Institut, mas também da televisão Al-Jazira, são nomes que surgem associados em co-produções de jovens realizadores independentes sul-africanos.

O cinema é o que melhor conhece Joan Legalamitlwa mas a curadora diz que outras artes e expressões de criação contemporânea também estão a suscitar um interesse além-fronteiras.

O interesse visível na recente capa de um número especial da edição francesa da revista Courrier International, dedicada a África, que vai buscar o título Afrique 3.0 a um livro de dois jornalistas sul-africanos Richard Poplak e Kevin Bloom prestes a ser publicado na África do Sul. Os editores explicam: Se a África 1.0 era a do colonialismo europeu, e a África 2.0 a que se seguiu às independências, a África 3.0 reflecte um continente em plena reinvenção, também ligado às novas tecnologias.

Depois da África 2.0, há um novo mundo a abrir-se aos artistas e criadores sul-africanos que, desde então, atravessam fronteiras, reinventam oportunidades mostrando os seus trabalhos ao mundo ou ao continente.

Ana Dias Cordeiro Jornal Público 21-06-2013

Estreia na Cinemateca do Próximo Futuro

A trilogia de ensaios cinematográficos de Filipa César revisita arquivos e reanalisa o passado recente da Guiné Bissau num registo cénico e ficcional, que nos ajuda a compor a história daquele e deste país.

“Sem flash. Homenagem a Ricardo Rangel (1924 – 2009)”, realizado a partir do arquivo de entrevistas efetuadas a propósito da exposição “Iluminando Vidas”, é apresentado em estreia nacional. Este documentário dá-nos uma visão crítica da obra do fotógrafo e também a perspetiva da proximidade daqueles que com ele conviveram e com ele trabalharam.

No final da sessão, Filipa César e Bruno Z‘Graggen estarão presentes para conversar com o público.

Sobre este Próximo Futuro

Publicado24 Jun 2013

Etiquetas antónio pinto ribeiro próximo futuro

A entrevista de António Pinto Ribeiro, curador do Programa Gulbenkian Próximo Futuro à RDP África, a propósito da programação deste ano que tem como tema proncipal o sul da África pode ser ouvida aqui 

Cadjigue

A Cinemateca do Próximo Futuro abre hoje com a estreia mundial do filme Cadjigue de Sana Na N'Hada, às 22h00 no Anfiteatro ao Ar Livre, com a presença do realizador.

"Earlier this year I was invited to join a film crew on assignment to one of Africa's least known archipelagos - the Bijagós. The plan was to make a feature film by director Sana N'hada about these islands' ancient culture and the dangers it faces nowadays. As I boarded the airplane my mind was filled with exciting expectations about my first experience in Africa and as part of a cinema production team."

Para saber mais sobre as filmagens pode navegar-se por aqui

CANCELADO

Publicado22 Jun 2013

Etiquetas Ricardo Chacal; Uma história à margem

Por motivos alheios ao programa Próximo Futuro e à Fundação Calouste Gulbenkian foi cancelada a apresentação do espetáculo "Uma História à Margem" de Ricardo Chacal, agendado para 5 de Julho às 23h30 no São Luiz Teatro Municipal.

A devolução do valor dos bilhetes já adquiridos será feita nas bilheteiras onde os mesmos foram comprados.

Pode usar a Carris para chegar ao Próximo Futuro

Publicado21 Jun 2013

Etiquetas programação carris Verão Próximo Futuro

"Para um mundo Sustentável" e "Present Tense" são dois bons motivos para estar mais atento à informação que encontra nos autocarros da Carris. Os transportes públicos de Lisboa criaram um "acesso" especial de acesso às duas exposições. Para isso é preciso encontrar os flyers do Próximo Futuro que estão nos autocarros. 

O Verão Começa aqui

Publicado21 Jun 2013

Etiquetas Verão Passes programação

Começa hoje o Verão do Próximo Futuro. Há eventos gratuítos, pagos e outros que precisam de convite. A Festa começa às 17h30 com as inaugurações da arte pública no Jardim. Ainda há passes disponíveis com acesso a todos os eventos.

Um velório particular

Publicado20 Jun 2013

Etiquetas Velório chileno teatro Cristián Plana

"Velório Chileno" é uma peça sobre um episódio banal, de uma noite entre amigos que comemoram o Golpe de Estado de Pinochet, na noite de 11 de setembro de 1973. Para ser vista dias 5 e 6 de Julho, às 22:00 no Teatro do Bairro.

“Me gusta porque es una historia cruda, que raya en lo patético, pero contada con un humor negro finísimo”, dice Cristián Plana, el director de Velorio chileno.

Pode saber-se mais sobre esta peça aqui, aqui e aqui

Badilisha poetry - uma rádio especial

Publicado19 Jun 2013

Etiquetas poesia

A poesia africana na diáspora tem uma voz particular. Normalmente jovem, interventiva e pouco conformada. Badilisha Poetry Radio é a plataforma podcast onde estas vozes se encontram.

Ver alguns destes autores ao vivo será possível no próximo dia 23 de Junho às 18:00 na Cabana

Marrabenta - dois para um solo

"Tempo e Espaço: Os Solos da Marrabenta" é a peça que Panaíbra Gabriel, coreógrafo moçambicano, traz ao Verão do Próximo Futuro. Trata-se de um solo que o bailarino executará dividindo o palco com o guitarrista Jorge Domingos. E em palco estarão também Gonçalo Mabunda e Fanny Mfumo, Pedro Homem de Mello e Amália Rodrigues, numa viagem sobre a identidade e o corpo. Tudo isto nos dias 22 e 23 de Junho às 21h00 no São Luiz Teatro Municipal (Sala Principal)

"Desde a independência, em 1975, Moçambique tem sido uma terra de transformações sociais e políticas, passou de um modelo inflexível comunista, abrindo-se gradualmente para uma frágil democracia. A performance explora essa noção de corpo africano de hoje: um corpo pós-colonial, um corpo plural que absorveu os ideais de nacionalismo, modernidade, socialismo e liberdade de expressão, o meu próprio corpo."

A peça foi apresentada no Festival Panorama em 2010, onde foi gravado o registo que se pode ver aqui. Há mais informações aqui  e sobre os mais recentes trabalhos de Panaíbra e dos seus bailarinos pode saber-se aqui 

Visitas guiadas à exposição de Bamako

Publicado12 Jun 2013

Etiquetas Visitas guiadas Bamako

© Henrique Figueiredo - Montagem da exposição "Bamako"

A primeira das cinco visitas guiadas à 9ª Edição do Encontros de Fotografia de Bamako é no dia 22/06 às 15:00.

Notre monde est-il durable? Bakari Emmanule Daou, artista do Mali, põe-nos a pensar com o título de uma série de fotografias que realizou em 2010. Em toda a parte a interacção humana com o ambiente precisa ser reinventada.

Nesta visita iremos explorar as questões da sustentabilidade pelo lado mais belo e positivo: desde a própria cenografia da exposição até às obras de artistas que reflectem as suas preocupações ambientais em torno da salvaguarda da vida, dos lugares e da beleza.

Como diz Fatoumata Diabaté, também do Mali, a propósito do seu trabalho L´Homme en animal, de 2011: Sinto que a vida só pode ser sustentável se se basear em valores e costumes não superficiais.

As datas das próximas visitas podem ser consultadas aqui

Um passe para o Próximo Futuro

Publicado11 Jun 2013

Etiquetas passe próximo futuro

Charlote Pistor

Oito dias de Cinemateca com 12 filmes, incluindo estreias, 9 espetáculos de dança, teatro e música, e um baile de garagem. O passe para esta festa está à venda só até 21 de Junho.Com um custo de 49€, o passe dá acesso a todos os espetáculos e resulta num desconto de 60% no custo total das entradas.

O Baile de Garagem com o DJ Rui Miguel Abreu e os Analog Africa Soundsystem (com Samy Ben Redjeb e Pedo Knopp) a partir das 24:00 do dia 21 de Junho é um dos bónus do Passe do Próximo Futuro. 

A Literatura do sul da África vai passar por aqui

Na Festa da Literatura e do Pensamento do sul da África estarão presentes alguns dos nomes mais importantes da produção literária daquela zona no continente. O queniano Binyavanga Wainaina, com o sul africanoIvan Vladislavic e o angolano Ondjaki são os convidados para uma conversa moderada por Teolinda Gersão, que certamente abordará as narrativas sobre África  feitas e os africanos.

"Wainaina found worldwide acclaim through How to write about Africa, his scathing satirical essay that is a mock tip-sheet for Western journalists writing about the African continent.

It includes lines such as: "Among your characters you must always include The Starving African, who wanders the refugee camp nearly naked, and waits for the benevolence of the West. Her children have flies on their eyelids and pot bellies, and her breasts are flat and empty. She must look utterly helpless."

O programa deste verão pode ver-se aqui

"Nous continuons à cultiver la mélancolie"

©Tatiana Macedo

A entrevista de António Pinto Ribeiro, curador do Próximo Futuro ao jornal Le Monde, na semana em que Portugal ocupou Paris com a sua mais recente criação artística.

Antonio Pinto Ribeiro est le commissaire général de "Proximo Futuro", vaste programme artistique lancé en 2009 par la Fondation Calouste Gulbenkian, et que l'on peut traduire par "le prochain futur", ou "le futur proche".

Essayiste, cofondateur en 1992 de Culturgest, principal centre culturel de Lisbonne financé par la banque Caixa Geral de depositos, il réfléchit à une esthétique portugaise dans la sérénité de cette fondation atypique, musée d'art contemporain cerné de jardins, centre d'art, fondé au début des années 1950 par un magnat du pétrole et devenu un rouage essentiel de la culture portugaise avec 90 millions d'euros de budget annuel en 2013.

On a souvent comparé la Fondation Gulbenkian à un ministère de la culture "bis"...

La Fondation a été un des principaux soutiens à la culture pendant le salazarisme, puis pendant les premières années de la démocratie, jusqu'aux années 1980. A cette époque, l'Etat portugais s'est mis à investir dans le cinéma, le théâtre, les arts contemporains.

Mais avec la crise actuelle et l'absence totale de vision culturelle du gouvernement [dirigé depuis 2011 par Pedro Passos Coelho (PPD/PSD), centre droit], les artistes se tournent à nouveau vers la Fondation Gulbenkian. Je n'ai pas le souvenir d'autant d'indigence politique depuis la dictature.

C'est une lente négligence. Par exemple, le Centre culturel de Belém (CCB), inauguré en 1992, a très bien fonctionné jusqu'en 2007. Mais aujourd'hui les salles de concert sont vides, le Musée d'art moderne Berardo, abrité par le CCB, est semi-privé. Il a beaucoup contribué à la valorisation de la collection de son propriétaire.

Comment le Portugal se situe-t-il aujourd'hui, culturellement ?

Le Portugal est un pays étrange, inégal, contradictoire. Nous avons une élite très instruite, très créative, des cinéastes, des architectes, des intellectuels d'une grande qualité. Mais la classe moyenne n'est pas au fait de la création. On lui a proposé un modèle de nouveau riche.

Nous avons vécu cinquante ans de salazarisme en étant à côté du monde. Nous n'avions accès à rien de contemporain, nous avons raté toutes les révolutions esthétiques. Puis l'Europe a apporté quantité d'argent, qui a servi à construire des bâtiments, des infrastructures, pas une nouvelle identité.

Comment définiriez-vous l'identité artistique portugaise ?

Par élimination. Ni espagnole, ni française, ni, ni... Je dirais que nous continuons à cultiver la mélancolie, la nostalgie, et que nous sommes imprégnés d'un certain expressionnisme du Sud. Bizarrement, la création portugaise a délaissé le baroque, elle est très incarnée, claire, nettoyée. Et bien sûr tournée vers l'Afrique et le Brésil, principalement pour les arts plastiques.

Et par rapport à l'Europe ?

Les Chantiers d'Europe, qui mettent cette année le Portugal à l'honneur, auraient pu être l'occasion d'un débat en profondeur, dont nous ne pouvons pas faire l'économie. La diffusion artistique est orientée vers l'Europe. Tous les créateurs se tournent vers elle, Paris étant une porte essentielle. Mais ils découvrent que ce n'est pas si simple, que cela ne fonctionne pas naturellement. D'où cette sensation d'être toujours à la périphérie. C'est un signe, auquel il convient de réfléchir.

La culture africaine est très présente à Lisbonne...

Bien sûr, et les temps changent. Il y avait avant la crise quarante mille Angolais vivant officiellement au Portugal ; aujourd'hui, près de cent mille Portugais sont partis vivre en Angola, à cause de l'effondrement économique ici et de la croissance là-bas. Cette inversion est fascinante.

"Smile if you can"

"Smile if you can" e "Orobroy, Stop!" são as duas peças que o coreógrafo moçambicano Horácio Macuácua traz ao Verão do Próximo Futuro dia 29 de Junho, no S. Luiz Teatro Municipal.

A dança contemporânea moçambicana tem, discretamente, vindo a ocupar espaço nos palcos internacionais. Horácio Macuácua é um dos convidados deste Verão do Próximo Futuro, trazendo duas peças.

No mesmo dia veremos "Orobroy, Stop!" trabalho premiado em 2010 no “Danse l’Afrique danse” realizado no Mali e "Smile if you can", criado em 2012. O mesmo programa repete-se no domingo dia 30 de Junho, no mesmo local.

"¿Qué intención tenías a la hora de montar Smile if you can?

Quería exponer mi visión sobre el valor del pueblo mozambiqueño, que a pesar de las dificultades del día a día, nunca se frustra. En Europa la gente se suicida porque de repente no tiene los mismos recursos económicos que antes. En mi país la gente no sabe si tiene dinero para tomar el transporte público al día siguiente, no sabe cuándo va a poder comer. Y a pesar de todo nunca deja de sonreír. Eso me parece admirable. Al mismo tiempo quería construir una crítica contra los gobernantes y las empresas extranjeras que absorben lo poco que tenemos. Intento alertar a los ciudadanos que debemos despertar y tomar más consciencia con lo que nos ocurre. De otra forma acabaremos vendiendo el país sin darnos cuenta."

Há mais para ler aqui

Janelas para Bamako

Publicado6 Jun 2013

Etiquetas Encontros Fotografia Bamako

Desmontagem da exposição 360º Ciência Descoberta

A montagem da exposição dos 9ª Edição dos Encontros de Fotografia de Bamako já começou. E a sala que a acolhe será completamente alterada. As janelas da galeria de exposições temporárias do edifício sede da Fundação Gulbenkian serão um elemento importante nesta mostra. 

"Ecological concerns, formerly limited to a restricted circle of alert visionaries, are now part of our everyday life and at the heart of all debates. Global warming, the exhaustion of mineral and food resources, deforestation, water shortages are today at the centre of all planetary issues and balances. Economic liberalism based on the consumer society has improved productivity and development, but it has also reinforced profit and inequality at the expense of basic respect for people and their environments."

Michket Krifa & Laura Serani

Para acompanhar tudo aqui

A Cabana em construção

© Henrique Figueiredo

A construção da Cabana que acolherá a Festa da Literatura e do Pensamento do Sul da África vai decorrendo nos Jardins da Fundação Gulbenkian.  Hoje é o dia Mundial do Ambiente, surpreenda-se pelo nosso Jardim.

Catarina licenciou-se em arquitectura e é nesta área que desenvolve o seu trabalho. A particularidade da sua produção está na opção pela construção artesanal com materiais locais, numa lógica de sustentabilidade de recursos e de relação com o meio. Na resposta ao convite  para a construção deste abrigo para conversas sobre o sul da África, a arquiteta manteve os mesmos princípios e técnicas que caracterizam o seu trabalho. As argilas que veremos na cobertura da construção foram recolhidas em 5 pontos diferentes do país, os tingimentos do sisal, foram efectuados com argila e tintos naturais.

A  participação de Catarina Pinto  na construção de Nandipha Mntambo, no Verão do Próximo Futuro 2011 pode ser vista aqui. O crescimento da Cabana e das outras instalações do Próximo Futuro podem ser seguidas aqui

Present Tense em Paris

© Sammy Baloji, “Kolwezi Shituru" 2009-2011

Present Tense, a exposição de fotografia do sul da África que inaugura em Lisboa no verão do Próximo Futuro, seguirá depois para Paris, integrando a Saison Afrique du Sud France. Uma mostra da produção mais recente de 14 fotógrafos africanos, algumas trabalhos feitos especialmente para esta exposição, numa abordagem às tensões actuais que ultrapassam o registo continental.

" S’intéresser à l’Afrique revient à s’intéresser à un continent où l’histoire de la photographie est particulièrement importante. Peu visibles en Europe bien que porteurs d’autant de talents que d’un regard aiguisé sur leurs sociétés, deux importantes générations de photographes sont ici présentées. Ces derniers développent deux tendances : alors que certains prouvent qu’ils n’oublient pas leur passé et leur histoire, d’autres se tournent désormais vers l’avenir."

Para saber mais aqui