Logótipo Próximo Futuro

"A cor que caiu do céu", em estreia no Próximo Futuro

Sergio Wolf nasceu em Buenos Aires em 1963. Crítico, docente, argumentista e realizador cinematográfico. Foi juri de festivais internacionais de cinema em Los Angeles, Gijón, Montreal, Gramado e Valdivia. É o realizador da longa metragem que estreia hoje na 2ª sessão da Cinemateca do Próximo Futuro, dedicada a filmes de Ficção Científica de África e América Latina, El Color que cayó del cielo (A Cor que Caiu do Céu), de 2014: um documentário em torno dos caçadores de meteoros, numa viagem a partir de Campo del Cielo, na Argentina, até Pittsburgh e Tucson, nos Estados Unidos, que é também a descoberta da sabedoria indígenas, de mitos, lendas e figuras deste universo. 

Un meteorito ha caído en la provincia de El Chaco, en Argentina, en la zona de Campo del Cielo. A partir de esa premisa, Sergio Wolf encontró una historia extraordinaria. Tan extraordinaria que, si uno la cuenta, nadie la creería. Pero para eso está el documental: para rescatar historias desconocidas y, al mismo tiempo, sorprendentes. Eso es lo que nos presenta “El color que cayó del cielo”, segundo documental del cineasta y crítico de cine argentino.

¿Cómo descubrió Wolf el proyecto? “El que terminó siendo el productor ejecutivo del filme me contó unas líneas, y ahí se dibujó un documental”, comenta el realizador, quien está en Lima para presentar su película. “En mi caso, siempre aparece un documental narrativo. Me interesa la excavación de historias desconocidas y creo que esta historia tenía todo: cubría un arco temporal muy largo, tenía el tema del tráfico de meteoritos, el lado de los conquistadores de meteoritos. La dificultad fue construir una unidad en una historia que tenía varias líneas”, añade el realizador.

En efecto, cómo dice Wolf, el meteorito de 37 toneladas se convierte en un objeto de deseo, tanto de un científico de la Nasa, William Cassidy, como de Robert Haag, un comerciante de estas piedras estelares que fue a Argentina a intentar robárselo, por increíble que parezca. El cineasta va a EE.UU. y entrevista a estos dos personajes. “Mi idea, al ir a Estados Unidos, fue dejar que la gente hablara e inventar situaciones a través de las cuales un personaje muestre lo que es sin que yo tenga que poner un texto en off. Si no arruinaba la escena, el personaje se iba a definir por sí mismo, cosa que ocurrió”, señala el realizador.

EL HOMBRE DE LOS METEORITOS
Sin duda, Haag resulta un absoluto descubrimiento: un auténtico ‘showman’, capaz de contarte las historias más increíbles delante de la cámara. “Intuía el tipo de personaje que era Haag”, dice Wolf. “Yo me preguntaba cómo podía un tipo ser capaz de robarse un meteorito de 37 mil kilos. Y confiaba que el desarrollo de la escena iba a funcionar: sabía que no iba a comenzar preguntádole del robo, sino que él hablara lo que quisiera de los meteoritos y en un momento llegar al robo. Y era un reto manejar el personaje sin que te comiera toda la película, aunque es inevitable que, al final, todos te hablen de Haag. Pero siempre hay una estrella”, añade el cineasta, quien considera que encontrar buenos personajes es fundamental en un documental.

O artigo completo, aqui

Adirley Queirós em entrevista

O filme Branco Sai, Preto Fica, de Adirley Queirós (Brasil, 2014), que se apresenta no Próximo Futuro dia 23 de Junho, parte de eventos reais, uma rusga num baile funk onde morreram dois jovens e onde a polícia pronunciou a frase que dá título à longa-metragem. O filme  recebeu o prémio especial do júri e o prêmio da crítica internacional do 55º Festival Internacional de Cinema de Cartagena das Índias, na Colômbia e também o prémio do Festival de Brasília. Em entrevista, o realizador 


Você acabou de fazer um filme que dialoga com a ficção científica. Há a pretensão de fazer um filme de gênero apenas?

Pretendo. Mas acho que, por enquanto, muito mais leio do que vejo filmes. Me empolga muito mais a literatura, às vezes, do que os filmes. Acho que dá pra explorar muito mais pela literatura que por uma referência fílmica. Pretendo fazer um filme 100% de ficção, que embarque totalmente no gênero, sem concessões, sem ficar explicando. Na verdade, esses filmes que eu faço que ficam ali no limite (do gênero) são também resultado de uma limitação orçamentária e uma limitação de edital. Ganho edital de documentário e, às vezes, tenho que tentar convencer as pessoas que o que faço é um documentário, caso contrário elas pedem o dinheiro de volta. O Branco Sai mesmo, se não houvesse a limitação do documentário no edital, eu já iria direto na proposta de narrativa de gênero. Mas ainda com essa proposta de liberdade dos atores, com a memória. A memória de pessoas que têm mais de 40 anos é a memória narrativa de filmes de ação. Porque os filmes que a gente via, e as histórias que ouvíamos eram todas narrativas, as músicas eram narrativas, o rap, clássicos da MPB, Geni. Acho que a memória passa por essa linha narrativa. Quero explorar a memória junto com o gênero. Não necessariamente fazer um filme como o Mad Max, mas explorando esses sistemas nossos.

Você falou de memória narrativa…

Quando falo de memória narrativa é que o que a gente tem de referência pra contar as histórias são referências muito narrativas. A memória sai disso. Tem início, meio, fim, ponto de virada. Quando você propõe uma pessoa a contar a realidade dela, na minha cabeça, a pessoa tem esses paradigmas todos do politicamente correto. Se eu vou abordar um personagem periférico, o que ele tem de construção narrativa periférica são os telejornais, são as narrativas “sociais”. Então esse cara começa a dramatizar, sofrer, a se colocar num lugar de sofrimento e piedade. Se internaliza essa narrativa, como se a pessoa que fosse ouvir aquele personagem necessariamente estivesse em um lugar de classe maior do que ele. Como se necessariamente essa outra pessoa tivesse um poder de juiz. Porque ela vem pra julgar aquele personagem e enquadrá-lo numa narrativa. Mas se a gente propõe a esse narrador periférico que ele apareça dentro de um arquétipo de ficção, essa narrativa dele virá amarrada à ideia de filme de ação e aventura. E aí acho que esse personagem chega num certo ponto, em que não existe uma orientação de corte, e ele tem que responder à própria fruição do pensamento, e aí ele começa a ter gagueira. E isso eu acho massa. Na gagueira sai o filme. Ele se livrou daquele espírito do homem cordial, e passa a atuar a partir de sua memória, e aí ele começa a se emocionar. Acho minha busca é no limite dessas coisas: a narrativa enquanto documentário e a narrativa desse cara ficcional. E aí vem também uma coisa de preparação da equipe pra essas reações, porque ela tem que estar preparada pra gagueira do cara. A nossa busca de cinema é muito por essas narrativas. Até a ideia de ver os filmes passa por isso. Dia desses vimos aquele documentário careta, o Lixo Extraordinário, um filme perverso, reacionário, e aí começamos a discutir como aqueles personagens estão enquadrados nessa leitura do pobre que transforma, mas que conhece seu lugar.

A entrevista completa, aqui

Skoonheid - a beleza para terminar a cinemateca do Próximo Futuro

Publicado4 Jul 2013

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A beleza, a obsessão, a homofobia, o ciúme, a família, a juventude, juntos no filme de Oliver Hermanus que encerra hoje, às 22h00 a Cinemateca do Próximo Futuro.

" “Skoonheid” (Beauty) which recently made history by being the first Afrikaans film to be shown at the Cannes Film Festival. The fifth local director to show at Cannes, Hermanus’ movie was screened in the “Un Certain Regard” section of Cannes’ official selections, which runs alongside the Palme d'Or. The youngest director in the section, Hermanus’ peers included Gus van Sandt of “Good Will Hunting” and “Milk” fame."

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A dança na rua - The African Cypher

Publicado2 Jul 2013

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Um documentário premiado para ver esta noite. Compreender a dança de rua como uma etapa na formação de uma nova geração. Os desejos, os obstáculos, as esperanças e as vitórias. A solidariedade e a rivalidade entre crews, os ritos de iniciação contemporâneos, a construção da identidade.Tudo isto está em "The African Cypher".

The African Cypher is the birthplace of ritual celebration, council, story telling and dance.
“I dance as if I have a gun to my head.” – Mada Sthembiso, (Shakers&Movers) 
Street dance in South Africa is a complex, convoluted underworld; that, like most sub-cultures, exists as a sum of its participants. 
In Mapetla, Soweto if you steal phones and hand bags you will not live long. The community will kill you. If you do a heist, they will tell the police you are not there. Prince tells me this as we walk back to Mada’s place from the shisa nyama. (an informal outdoor fire where you can buy some meat to cook and drink a beer.)

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Otelo Burning e Rewind - o ciclo continua

Publicado30 Jun 2013

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Otelo Burning é o filme agendado para esta segunda feira na cinemateca do Próximo Futuro. Repete-se trambém Rewind, o que torna a sessão ainda mais apelativa. Liberdade é o denominador comum destes dois filmes. O custo da sua conquista, o custo da sua privação e o direito que todos temos a ela.

AYEYE (expressão de pânico, face a um perigo eminentes) e ASKIES (expressão usada como pedido de desculpa) são as palavras do calão sul africano que Joan Legalamitlwa escolheu para associar a estes dois  filmes. 

Anamnhã, segunda feira, às 22h00 no Anfiteatro ao ar Livre

Askies, Eina, Aweh!

O ciclo de cinema do sul da África continua hoje.  “Rewind”, “Mmitlwa” e  “Gangesters Film” fazem a programação de hoje. Numa altura em que o mundo está suspenso pelo respirar de Nelson Mandela, a oportunidade de ver esta cinematografia é também uma oportunidade para pensar sobre o nosso futuro próximo.

São três as palavras a juntar ao ’dicionário‘ que estamos a construir, tantas quantos os filmes propostos para hoje, que, na sua diversidade, vão desde uma cantata a uma performance passando por um casting para atores, na Cidade do Cabo.

Askies (associada ao filme “Rewind”) é a expressão usada como pedido de desculpa ou de lamentação por alguma coisa penosa como, por exemplo, «Soube da morte do teu avô. Askies».

Eina (associada ao filme “Mmitlwa”) poderia traduzir-se por ’ai‘, uma expressão de dor física.

Aweh (associada ao filme “Gangesters Film”), saudação utilizada em particular entre a comunidade multicor da Cidade do Cabo.

Mzansi, que é como quem diz Sul


Começa hoje, na Cinemateca do Próximo Futuro, o ciclo Mzansi, uma proposta da curadora sul africana Joan Legalamitlwa para conhecermos melhor o que se passa ao sul. O artigo de Ana Dias Cordeiro no Jornal Público do passado dia 21 apresenta-nos de forma mais profunda a programação escolhida.

África tecnológica e global

Em África, pode haver contágio de coisas boas. Para fora dela, também. Na moda, na música, no cinema. Os DJ europeus renderam-se aos sons electrónicos da música shangaan da África do Sul. A Louis Vuitton inspirou-se nos cobertores basotho do povo do Lesotho. A dança pantsula, que enche as ruas dos bairros pobres da África do Sul e veio de Moçambique, está num dos filmes no ciclo de cinema no Próximo Futuro, The African Cypher, mas também no vídeo do tema Run the World(Girls) da norte-americana Beyoncé. A cantora convidou dois bailarinos de pantsula do grupo Tofo Tofo de Moçambique, que vira dançar num vídeo no YouTube, para dançarem com ela.

"O mundo é muito mais pequeno do que nós o concebemos", diz ao telefone Joan Legalamitlwa a partir de Joanesburgo uns dias antes de apanhar um avião para Lisboa.

E nesse mundo afinal pequeno, a África do Sul espraia as suas cores e a sua vibrante diversidade. São mesmo estas as palavras de Joan Legalamitlwa, programadora do ciclo de cinema Mzansi - The reel South Africa inserido na Cinemateca Próximo Futuro, quando descreve o país, desde que este conheceu a liberdade (com as primeiras eleições multipartidárias em 1994 que deram a vitória a Nelson Mandela) e se abriu ao mundo.

"Mzansi é um calão sul-africano que significa "sul"", explica Joan Legalamitlwa no texto de apresentação do ciclo de cinema. Ou África do Sul. A ele está também associada uma ideia do que é inovador, recente e contemporâneo."

Como o ciclo de filmes que traz à Gulbenkian, uma amostra desse "caleidoscópio, dessa mistura de coisas e de cores" que representa o cinema - e a cultura contemporânea - na África do Sul, diz ao Ípsilon.

O que tem para mostrar "não é sobre o paradigma branco vs negro", esclarece. "É mostrar quem somos, como coexistimos, na nossa diversidade, como nação. Estes são certamente tempos interessantes", sublinha Joan Legalamitlwa. Tempos em que muito do que se faz na África do Sul (país) ou no sul de África (região) tem especial ressonância na Europa.

A África do Sul vive hoje o tumulto próprio da adolescência, acrescenta Joan Legalamitlwa. E entre o que de melhor está a acontecer: "As pessoas estão a encontrar formas inovadoras de fazer filmes".

Dá exemplos: SMS Sugar é o primeiro filme no mundo feito só a partir de imagens captadas por telemóveis. E é sul-africano.

Muitos jovens estão a sair para a rua com as câmaras ao ombro. Filmam e formam-se como realizadores depois. Deixaram de depender das ajudas do Estado.

Entre os filmes sul-africanos que vêm a Lisboa, estão Rewind de Liza Key (composição musical a partir de fragmentos de testemunhos gravados nas audições da Comissão Verdade e Reconciliação, onde vítimas do apartheid contaram as suas histórias e agressores confessaram a culpa), Material de Craig Freimond (história de um jovem muçulmano de uma família muito tradicional que quer tornar-se comediante contra a vontade do pai), ou Otelo Burning de Sara Blecher (através dos olhos de uma criança, conta a história de um grupo de miúdos de um bairro de lata negro que aprendem surf, ou de como um novo mundo se abriu às novas gerações com o fim do apartheid).

Há ainda The African Cypher de Bryan Little (história de jovens que encontram na dança de rua e na música uma alternativa ao crime), Elelwani de Ntshaveni wa Luruli (viagem à paisagem rural e tradicional que acompanha uma jovem universitária que os pais prometem em casamento ao rei da Venda Region), Skoonheid (Beauty) de Oliver Hermanus (história de um homem de negócios branco sul-africano que nutre um ressentimento escondido contra os negros da África do Sul), Mmitlwa (uma performance vídeo da artista Lerato Shadi) e ainda de Teboho Edkins (o mesmo realizador de Thato)

Gangster Project. "Gangster Project é um filme muito sul-africano", diz Teboho Edkins, um filme que gira à volta de "questões de raça e proximidade que são particulares da África do Sul" mas que ele espera sejam "entendidas universalmente". E conclui: "São muitas as questões a abordar em África. Tentar encontrar uma voz distinta para as exprimir é algo que me inspira." Uma nova geração está a emergir, e que essencialmente depende dela mesma. Mas não só.

Co-produções com a Europa

A curadora Joan Legalamitlwa, que foi membro de júris de vários festivais de cinema e de documentário na África do Sul ou na Europa (Festival de Cinema Documental de Amesterdão) diz que o interesse de produtores europeus pelo que se faz no seu país está a alimentar a emergência de "um novo cinema sul-africano".

De França ou da Alemanha, Canal+, Arte ou Goethe Institut, mas também da televisão Al-Jazira, são nomes que surgem associados em co-produções de jovens realizadores independentes sul-africanos.

O cinema é o que melhor conhece Joan Legalamitlwa mas a curadora diz que outras artes e expressões de criação contemporânea também estão a suscitar um interesse além-fronteiras.

O interesse visível na recente capa de um número especial da edição francesa da revista Courrier International, dedicada a África, que vai buscar o título Afrique 3.0 a um livro de dois jornalistas sul-africanos Richard Poplak e Kevin Bloom prestes a ser publicado na África do Sul. Os editores explicam: Se a África 1.0 era a do colonialismo europeu, e a África 2.0 a que se seguiu às independências, a África 3.0 reflecte um continente em plena reinvenção, também ligado às novas tecnologias.

Depois da África 2.0, há um novo mundo a abrir-se aos artistas e criadores sul-africanos que, desde então, atravessam fronteiras, reinventam oportunidades mostrando os seus trabalhos ao mundo ou ao continente.

Ana Dias Cordeiro Jornal Público 21-06-2013

Cinemateca Próximo Futuro - "Nostalgia da Luz"

Publicado6 Jul 2012

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No Chile, a três mil metros de altitude, astrónomos de todo o mundo reúnem-se no deserto de Atacama para observarem as estrelas. 
No deserto, o céu é tão translúcido que lhes permite ver até aos limites do universo. É também um sítio onde o intenso calor do sol mantém os restos humanos intactos: múmias, exploradores, mineiros mas também os restos mortais dos presos políticos da ditadura. Enquanto os astrónomos examinam as distantes galáxias em busca da provável vida extraterrestre, no sopé dos observatórios, as mulheres vão cavando o solo do deserto em busca dos parentes desaparecidos.

6 Jul 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre 

Ciclo de Cinema Árabe - Crescer, Uma Infância Dolorosa - 5 de Julho

Publicado5 Jul 2012

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"Corações Queimados"

Ahmed El Maanouni

Marrocos
ficção, 2007, 84’ 
línguas originais: inglês/francês/árabe
(legendado em português)

Amin, um jovem arquiteto que vive em Paris, regressa subitamente a Fez, Marrocos, onde o seu tio está a morrer. Não voltou a falar com o homem que o criou desde que deixou Fez, a sua terra natal, dez anos antes para se instalar e estudar em Paris. 
As visitas que o jovem arquiteto faz ao hospital e a visão de crianças de tenra idade postas a trabalhar reavivam as feridas profundas da sua dolorosa infância. O seu amigo de há muito, o artesão Aziz, exorta-o a não se render aos ressentimentos do passado. A morte do tio não alivia as angústias do jovem, forçando-o a encontrar as suas próprias respostas dentro da sua alma.

"El-Banate Dol – Estas Miúdas"

Tahani Rached

Egito
documentário, 2005, 68’
língua original: árabe
(legendado em português)


“El-Banate Dol – These Girls” (Estas Miúdas) mergulha no universo das jovens que vivem nas ruas do Cairo, um universo de violência e opressão mas também de liberdade. Sejam mulheres, crianças ou mães, Tata, Mariam e Abeer vivem apenas no presente.
Os dias delas estão cheios de perigos, brigas, danças, risos... e de solidariedade. Relata também a história do encontro delas com Hind, uma pessoa luminosa, muçulmana praticante, que usa véu e vive animada pelos princípios universais do respeito pelo outro. É um mundo invisível a olhos indiferentes, que testemunha os labores vitais e secretos da sociedade.

5 Jul 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre

Ciclo de Cinema Árabe - Noite Argelina - 4 de Julho

Publicado4 Jul 2012

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‎"Com os Pés Assentes na Terra"

Amine Hattou

Argélia 
ficção/curta-metragem, 2011, 9’
língua original: árabe
(legendado em português)

Desde jovem, Nassim acorda a pairar sobre a sua cama.



"Frouxamente, um sábado de manhã"

Sofia Djama

Argélia
ficção/curta-metragem, 2011, 28’
língua original: francês
(legendado em português)

Certa tarde, em Argel, Myassa é atacada por um violador. 
Myassa regressa a casa e, mais uma vez, a velha canalização não funciona e ela não pode tomar banho. Na manhã seguinte, Myassa tem dois objetivos: fazer queixa à polícia do ataque que sofreu e encontrar um canalizador. Porém, encontra-se face a face com o violador. 

"Mascaradas"

Lyes Salem 

França / Argélia
ficção, 2008, 92’
língua original: árabe 
(legendado em português)


Uma aldeia algures na Argélia. Orgulhoso e pretensioso, Mounir aspira a ser reconhecido pelos seus méritos. O seu calcanhar de Aquilles: todos gozam com a sua irmã, Rym, que adormece em todo o lado. 
Uma noite, quando chega a casa bêbedo, Mounir grita para a praça da vila que se encontra vazia, que um rico homem de negócios estrangeiro pediu a mão da sua irmã. De um dia para o outro, todos querem ser seus amigos. Cego pela sua mentira, Mounir mudará, sem querer, o destino da sua família. 


4 Jul 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre 

Ciclo de Cinema Árabe - Noite Tunisina - 3 de Julho

Publicado3 Jul 2012

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‎"Porquê eu"
 

Amine Chiboub

Tunísia 
ficção/curta-metragem, 2011, 13’
língua original: árabe
(legendado em português)

O CEO de uma empresa é repreendido ao telefone pela mulher. 
Impotente, descarrega sobre o seu assistente que, por sua vez, se vinga na secretária que, por sua vez, ralha com o paquete. Este, mal sai do escritório, espalha o mau humor pela cidade

‎"O Lamento do Peixe Vermelho"
 

Oubeyd-Allah Ayari

Tunísia
ficção/curta-metragem, 2011, 12’
língua original: francês
(legendado em português)


Há momentos na vida em que tudo nos pertence, momentos que duram apenas breves segundos mas, mesmo assim, há quem ache que possui a eternidade.

"Khorma, Filho do Cemitério"

Jilani Saadi

Tunísia 
ficção, 2002, 100’
língua original: árabe
(legendado em português)

Khorma é diferente! Com o seu cabelo ruivo e a sua pele estranhamente branca para um tunisino, muita gente pensa que é atrasado. 
Bou Khaled, seu mestre, resolve protegê-lo e ensina-lhe os segredos do negócio. Khorma aprende a anunciar casamentos, nascimentos e mortes no seu bairro, em Bizerte. Mas, um dia, o velho Bou Khaled comete um erro grave: anuncia a morte de uma mulher local em vez de anunciar o casamento da sua filha. Khorma é escolhido para o substituir.

3 Jul 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre

Ciclo de Cinema Árabe - Noite Egípcia (cont.), 2 Julho

Publicado2 Jul 2012

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"Alexandria, Porquê?"

Youssef Chahine
Egito
Ficção, 1978, 133’
Língua original: árabe
(legendado em português)

Este filme marcou uma radical recente reviravolta introspetiva na carreira de Chahine, com um brusco abandono dos seus musicais e melodramas dos anos 50 e dos seus posteriores filmes épicos e políticos.
O primeiro de quatro filmes semiautobiográficos, intitulados "Retrato do Artista Enquanto Jovem", "Alexandria, porquê?" focaliza-se num adolescente precoce, cujos sonhos e tentativas esperançosas para se tornar ator se desenrolam contra um fundo vívido de Alexandria, durante a Segunda Guerra Mundial. Um elenco forte inspira o jovem herói teatral de Chahine com uma riqueza de subenredos dramáticos -- ora hilariantes, ora comoventes -- sobre a vida em tempo de guerra. A natureza autobiográfica e o sabor nostálgico de "Alexandria, porquê?" tornam-no uma das obras mais acessíveis de Chahine, um filme encantador e divertido com uma mensagem antiguerra fortemente subversiva e passional.

"Atef"

Emad Maher
Egito
Ficção/curta-metragem, 2009
8’, língua original: árabe
(legendado em português)

Chuva e nomes trocados podem, por vezes, ser catalisadores para que dois estranhos conversem.


2 Jul 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre 

Ciclo de Cinema Árabe - A vida em imagens, 28 Junho

Publicado28 Jun 2012

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Que Mundo Maravilhoso

Faouzi Bensaidi
Marrocos
Ficção, 2006, 99’
Línguas originais: francês/árabe 
(legendado em português) 
 

Casablanca é uma cidade de contrastes, ao mesmo tempo moderna e antiga. Kamel é um assassino profissional que recebe os seus contratos através da Internet.
Depois de alguns sucessos, contacta com regularidade Suad, uma prostituta ocasional, para fazer amor com ela. Muitas das vezes é Kenza quem responde. Ela é polícia de trânsito, responsável pelo policiamento da maior rotunda da cidade. Em pouco tempo, ele apaixona-se por esta voz e prepara-se para encontrá-la. Hicham, outro assassino profissional que sonha ir para a Europa, infiltra-se nos contratos de Kamel por acaso.

No Final do Dia

Sherif El-Bendary
Egito
ficção/curta-metragem, 2006, 9’
língua original: árabe
(legendado em português)

O Soliman está mais alto? Questionou o pai de Soliman quando o seu filho de 32 anos o visitou.
Baseado no conto do escritor egípcio Ibrahimaslan.

Dia e Noite
 
Islam El-Azzazi
Egito
ficção, curta-metragem, 2011, 30’
língua original: árabe
(legendado em português)

Raouf passa os dias a tentar obter lucro e a fazer jogos de poder com os outros, especialmente com Nadia, sua noiva. Memórias e contemplação da vida espalham-se também pelo decorrer do dia… É um dia vulgar na vida de Raouf.

 

Ciclo de Cinema Árabe - Noite Marroquina, 27 Junho

Publicado27 Jun 2012

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A Falésia
 

Para Hakim e para Said, seu irmão mais novo, o dia passa-se a ganhar dinheiro com pequenas tarefas. Primeiro, no cemitério onde pintam com cal as sepulturas e, depois, junto de um comerciante de bebidas alcoólicas que é cego. À beira da falésia, umas quantas garrafas vazias podem ser a sorte das criança.

Faouzi Bensaidi
Marrocos 
Ficção, 1998
18', sem diálogos

Labutadoras

Tânger - Hoje, quatro mulheres de vinte anos de idade trabalham para passar o dia e vivem durante a noite. Elas trabalham duramente, divididas em duas categorias: têxteis e camarões. A obsessão delas é estarem constantemente em movimento. «Aqui estamos», dizem. De manhã à noite, o ritmo é frenético enquanto percorrem a cidade. Tempo, espaço e dormir são uma raridade. Mulheres para toda a obra que ainda trabalham para os seus homens e para as suas casas vazias. Esta é a louca corrida de Badia, Imane, Asma e Nawal.

Leïla Kilani
Morrocos
Ficção, 2011
106’, língua original: francês/árabe
(legendado em português) 




 O Muro

Uma história curta e infindável de um muro que se ergue contra os homens.

Faouzi Bensaidi
Marrocos
Ficção, 2000, 10’
Língua original: francês
(legendado em português) 

Ciclo de Cinema Árabe - Noite Egípcia, 26 Junho

Publicado26 Jun 2012

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O Paraíso dos Anjos Caídos


Um sem-abrigo morre de overdose. Os amigos não toleram a ideia de não o poderem ver vivo. Tabl – ’tambor‘ é a sua alcunha – deixou uma vida de luxo, o emprego e a família por uma vida de anarquia e loucura num grupo de almas perdidas. Mounir Rasmi (seu verdadeiro nome) era, ainda há dez anos, um pai ideal, um bom marido e um ser humano comum. O jogo com a morte principia. Há maior realidade do que a morte? Esta sua outra vida é real, embora estagnada. Tabl vive-a atravessando uma história de submundo, ilustrando um presente ilógico alucinante, enfrentando um passado de bem-estar e de vida facilitada. O tempo presente é sempre usado e os amigos fazem tudo o que está ao seu alcance para adiar a separação. Um filme onde a disciplina se torna anarquia, caos, realidade e onde os anjos caídos criam o seu próprio paraíso, impondo as suas leis, normas, prazeres e desejos. Um filme onde o Cairo é a cidade de nenhures.

Oussama Fawzi
Egito

 Zafir (Expira)

Ao longo de muitos anos de vida em comum, o silêncio recai sobre o casamento de um homem de 70 anos e da sua mulher, um silêncio que exprime o tédio e a agonia de uma vida de rotina interminável, um silêncio que só é interrompido pelos seus suspiros e respirações.

 

Omar Zohairy
Egito, 2011

26 Jun 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre

"Villa+Discurso", de Guillermo Calderón: estreia HOJE!

As actrizes de 'Villa+Discurso': Carla Romero, Francisca Lewin e Macarena Zamudio

ESTREIA ABSOLUTA em Portugal, hoje mesmo (às 19h00) na Gulbenkian, da mais recente peça da Companhia Playa (Chile), composta por duas partes e com encenação e dramaturgia de Guillermo Calderón (autor da inesquecível "Neva", que no ano passado esteve no Próximo Futuro): "VILLA + DISCURSO". E já pode adquirir os seus bilhetes via on-line, antes que esgotem!

O tema da primeira parte – “Villa” – é aparentemente simples: que fazer àquela casa que tem esse passado tão histórico e é uma memória a preservar da luta clandestina e da tortura? Três actrizes discutem frente a uma mesa sobre a qual está uma maqueta da Villa Grimaldi. A partir deste dispositivo realista, aparentemente simples, até banal num campo mediático, Calderón constrói uma das mais fortes, sólidas, profundas dramaturgias sobre a criação humana das artes, a validade da arte contemporânea, o debate democrático, os conflitos ideológicos, o papel da museografia. E em nenhuma situação há qualquer sinal da introdução ideológica possível do autor.

 

E chega a segunda parte – “Discurso” –, que decorre na mesma sala e com as mesmas actrizes. É uma  ficção da despedida da Presidente Michelle Bachelet quando deixou o Palácio presidencial. Começa «Hoje não vos vou falar com palavras dóceis e esperadas…». E segue-se um manifesto do exercício do poder do ponto de vista de alguém que se assume como mulher, pediatra, optimista e socialista. E é fascinante como Calderón pega numa matéria tão arriscada, numa personagem que é considerada como a melhor presidente da história do Chile e interroga o que é o poder.

A programação do PRÓXIMO FUTURO continua ainda hoje, mas às 22h00, com a exibição do filme "Africa United" (Reino Unido/Ruanda/África do Sul), da realizadora sul-africana Debs Gardner-Paterson, no écrãn gigante do Anfiteatro ao Ar Livre. Os bilhetes, a 3 Eur cada, também podem ser adquiridos via on-line.

A extraordinária história de três miúdos (aos quais se juntam outros dois) que viajam 5 mil quilómetros para assistir ao Campeonato do Mundo de Futebol na África do Sul. Jogando com a ingenuidade como capacidade de sedução, com respostas rápidas e tendo como principal utensílio de viagem o calendário de  jogos da Taça do Mundo, os nossos ’pequenitos‘ protagonistas vão atravessar as infinitas terras africanas em busca de um sonho improvável. À medida que vão andando, constituem uma tribo – um grupo de indigentes – de personalidade brilhante e destruidora, que os ajuda a negociar um caminho através de uma série de situações gloriosas, perigosas, hilariantes e até mesmo bizarras. Através destes miúdos, vamos encontrar uma África desconhecida, experienciando a dura realidade de um passeio épico através de sete países, assim como a alegria, o riso e a esperança – o ubuntu – que surge da realização em comum desta incrível jornada.

HOJE, 1 de Julho (sexta-feira) 

19h00 Sala Polivalente do CAM TEATRO / Cada bilhete: 15 Eur

Villa+Discurso (Chile, 2011, aprox. 110'), de Guillermo Calderón 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA (última sessão da CINEMATECA PRÓXIMO FUTURO/Verão 2011) / Cada Bilhete: 3 Eur

Africa United (Reino Unido/Ruanda/África do Sul, 2010, 84'), de Debs Gardner-Paterson 

AMANHÃ, 2 de Julho (sábado)

21h30 Sala Polivalente do CAM TEATRO / Cada bilhete: 15 Eur

Villa+Discurso (Chile, 2011, aprox. 110'), de Guillermo Calderón 

A Bolívia num elevador: CINEMATECA Próximo Futuro, hoje!

Hoje, às 22h, passa na Cinemateca PRÓXIMO FUTURO o filme boliviano, feito em Santa Cruz, "El Ascensor", realizado e produzido por Tomás Bascopé e Jorge Sierra. "El Ascensor" passa-se sobretudo entre as paredes de um elevador.

Entrevistado enquanto produtor executivo, Sierra chega mesmo a fazer uma analogia entre a sobrevivência nesse espaço exíguo e no mundo de hoje: "Somos pessoas diferentes, encerradas num mesmo espaço que não se pode dividir. E se não chegarmos a um diálogo, terminaremos com um desastre". E explica: "A história [desenvolvida com Tomás Bascopé] submerge a Bolívia no elevador. Cada personagem identifica a grande parte da população. 'O Elevador' é o que a Bolívia é agora, um espaço de convivência. Nada sai dali e se não chegam a um acordo pode acontecer um desastre".

Sinopse de "El Ascensor" (2009)

Na véspera de Carnaval, à saída de um supermercado, um jovem empresário é raptado por dois assaltantes e conduzido ao prédio onde fica a sua empresa, para que aí possam assaltar o seu cofre. Ao subirem de elevador, este bloqueia. Não há ninguém que os possa socorrer porque todos os funcionários já abandonaram o edifício. Os assaltantes e a vítima vão ficar presos no elevador durante os três dias que dura o Carnaval, tentando aprender a viver juntos numa situação ora explosiva, ora dramática

Amanhã (dia 1 de Julho), às 19h00, estreia em Portugal a mais recente peça da Companhia Playa (Chile), composta por duas partes e com encenação e dramaturgia de Guillermo Calderón (autor da inesquecível "Neva", que no ano passado esteve no Próximo Futuro): "VILLA + DISCURSO". E já pode adquirir os seus bilhetes via on-line, antes que esgotem!

O tema da primeira parte – “Villa” – é aparentemente simples: que fazer àquela casa que tem esse passado tão histórico e é uma memória a preservar da luta clandestina e da tortura? Três actrizes discutem frente a uma mesa sobre a qual está uma maqueta da Villa Grimaldi. A partir deste dispositivo realista, aparentemente simples, até banal num campo mediático, Calderón constrói uma das mais fortes, sólidas, profundas dramaturgias sobre a criação humana das artes, a validade da arte contemporânea, o debate democrático, os conflitos ideológicos, o papel da museografia. E em nenhuma situação há qualquer sinal da introdução ideológica possível do autor.

 

E chega a segunda parte – “Discurso” –, que decorre na mesma sala e com as mesmas actrizes. É uma  ficção da despedida da Presidente Michelle Bachelet quando deixou o Palácio presidencial. Começa «Hoje não vos vou falar com palavras dóceis e esperadas…». E segue-se um manifesto do exercício do poder do ponto de vista de alguém que se assume como mulher, pediatra, optimista e socialista. E é fascinante como Calderón pega numa matéria tão arriscada, numa personagem que é considerada como a melhor presidente da história do Chile e interroga o que é o poder.

HOJE, 30 de Junho (quinta-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA / Cada Bilhete: 3 Eur 

El Ascensor, de Tomás Bascopé e Jorge Sierra (Bolívia, 2009)

AMANHÃ, 1 de Julho (sexta-feira)

19h00 Sala Polivalente do CAM TEATRO / Cada bilhete: 15 Eur

Villa+Discurso, de Guillermo Calderón (Chile, 2011)

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Cada Bilhete: 3 Eur

Africa United, de Debs Gardner-Paterson (Reino Unido/Ruanda/África do Sul, 2010)

pioneiros do cinema africano e 'docudrama' na Gulbenkian

Na foto: a cineasta Rahmatou Keïta, realizadora de "Al'Lèèssi... une actrice africaine"

Na sessão de hoje contamos com dois filmes que já têm lugar assegurado na história do cinema:

- "Border Farm" é um 'docudrama' realizado pela artista e cineasta Thenjiwe Nkosi, cujo argumento e interpretação é partilhado com o Dulibadzimu Theatre Group.

- "Al'Lèèssi... une actrice africaine", da realizadora Rahmatou Keïta, é dedicado aos pioneiros da produção cinematográfica no Níger, centrando-se particularmente na primeira mulher africana a aceitar desempenhar um papel no cinema.

Ambos imperdíveis, estes documentários passam hoje às 22h no écrãn gigante do Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian e o bilhete pode ser adquirido aqui mesmo, via on-line.

HOJE, 29 de Junho (quarta-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

Border Farm, de Thenjiwe Nkosi (África do Sul/EUA, 2010)

Al'lèèssi... Une Actrice Africaine, de Rahmatou Keita (Níger, 2004)

AMANHÃ, 30 de Junho (quinta-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

El Ascensor, de Tomás Bascopé e Jorge Sierra (Bolívia, 2009)

Hoje há cinema de animação, um documentário e um musical!

Cena do filme "Un Transport en Commun", de Dyana Gaye (França/Senegal), 2009 

O dia de hoje é muito especial: apresentará pela primeira vez cinema de animação de autores africanos! Seguir-se-á um documentário também rodado no Burkina Faso e um filme musical com a preciosa participação da Surnatural Orchestra (França/Senegal).

L'Afrique Animée (Burkina Faso, 2010, 15')

de Moumouni Jupiter Sodré

Trata-se de cinco filmes de animação – “L’Éléphant et le papillon”, “Les Trois poulets”, “Le Chevalier fou”,” Luka et la grenouill”e ”Le Baobab mystérieux” – realizados por estudantes de Cinema da Escola de Cinema de Animação do Burkina Faso, que contam pequenas histórias maioritariamente destinadas a crianças. A particularidade deste cinema de animação africano é a sua forte ligação à cultura oral desta região da África Ocidental.

 

Ti-Tiimou, (Burkina Faso, 2009, 30’)

de Michel K. Zongo 

Documentário sobre a delapidação dos recursos naturais na África Ocidental. Um filme sobre os agricultores que cultivam a terra no Leste do Burkina Faso: pequenos e grandes produtores de algodão, criadores de gado, produtores de frutas e legumes. Tantas pessoas cujo testemunho pode ajudar a entenderem melhor a magnitude do problema e a propor soluções para o futuro, com novas abordagens à forma de utilização dos solos, um dos problemas fulcrais da humanidade no próximo futuro. Prémio Melhor Documentário na 26.ª edição do Media Forum de Ouagadougou, Burkina Faso, 2010.

Un Transport en Commun (França/Senegal, 2009, 48')

de Dyanna Gaye 

É o fim do Verão. Durante uma viagem de Dakar para Saint-Louis, os passageiros de um bush taxi cantam canções que, de algum modo, relatam as suas vidas. É uma viagem demasiado longa para se fazer sob um calor tão intenso e o tráfego nas estradas está infernal. O francês surge misturado com uma série de exóticas línguas locais, canções e conversas. O tempo que estes viajantes passam juntos, que à partida nada têm em comum, permite-lhes partilhar um pouco das suas vidas. As canções de “Un Transport en commun” são todas escritas pela realizadora Dyana Gaye e interpretadas pela Surnatural Orchestra (uma grande banda com 19 músicos) e pelo Ensemble Les Cordes. Neste filme, onde os números musicais coreografados alternam com sequências de um realismo extraordinário, Dyana Gaye apresenta-nos uma visão extremamente refrescante de África, através de uma comédia musical em que a esperança é o mote.

HOJE, 28 de Junho (terça-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

L'Afrique Animée, de Moumouni Jupiter Sodré (Burkina Faso, 2010)

Ti-Tiímou, de Michel Zongo (Burkina Faso, 2009)

Un Transport en Commun, de Dyanna Gaye (França/Senegal, 2009)

AMANHÃ, 29 de Junho (quarta-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

Border Farm, de Thenjiwe Nkosi (África do Sul/EUA, 2010)

Al'lèèssi... Une Actrice Africaine, de Rahmatou Keita (Nigéria, 2004)

música para dançar com BALOJI: concerto único hoje às 19h!

É hoje, às 19h00, no Anfiteatro ao Ar Livre do Jardim Gulbenkian, que terá lugar o concerto único do músico BALOJI no PRÓXIMO FUTURO

Cada bilhete custa 10 Euros e pode adquiri-lo on-line aqui.

Europa e África compõem a personalidade de Baloji, músico congolês a viver em Bruxelas. Esta bipolaridade geográfica transparece claramente no seu projecto artístico, cruzando o hip-hop fluido com uma soul inflamada ou o high life, sempre tocado pelo omnipresente voodoo subsariano. Baloji representa fielmente uma África pós-exótica, assimilando sem complexos o ‘vaivém’ intercontinental de influências e informação e mostrando-se, principalmente, muito consciente das questões colocadas pelo debate pós-colonial. É membro de uma orgulhosa linhagem de músicos africanos que se caracterizam por uma sólida consciência política, quase cínica, mas não desprovida de esperança. No entanto, numa actuação sua jamais se perde um forte sentido de festa e diversão.

PRÓXIMO EVENTO / 28 de Junho (terça-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

L'Afrique Animée, de Moumouni Jupiter Sodré (Burkina Faso, 2010)

Ti-Tiímou, de Michel Zongo (Burkina Faso, 2009)

Un Transport en Commun, de Dyanna Gaye (França-Senegal, 2009)

Entretanto, no Jardim Gulbenkian encontra também as propostas de arte pública desenvolvidas pelos artistas Nandipha Mntambo (“Casulo – Cocoon”), Kboco (“Abrigo Sublocado”) e pelo colectivo Raqs Media (“However Incongruous”), a par das intervenções artísticas de Bárbara Assis PachecoRachel KormanIsaías Correa e Délio Jasse nos Chapéus-de-sol concebidos pela arquitecta Inês Lobo.

Para ver e disfrutar até 30 de Setembro de 2011.

Notícias sobre a CINEMATECA Próximo Futuro...!

CERRO NEGRO (23'), de João Salaviza, em estreia mundial hoje na Gulbenkian

Público destacou a iniciativa do Programa Gulbenkian PRÓXIMO FUTURO em encomendar novos filmes aos realizadores João Salaviza (Portugal), Vincent Moloi (África do Sul) e Paz Encina (Paraguai).

Para ler o artigo completo de Francisco Valente basta clicar aqui.

Os três filmes têm estreia mundial hoje, às 22h00, no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian

Ontem o Anfiteatro encheu para (re)ver o magnífico "Fitzcarraldo" (Alemanha Ocidental/Peru, 1982), de Werner Herzog, exibido em 35mm.

Aqui pode ler a crónica sobre "Fitzcarraldo" que foi publicada, também ontem, no jornal Público, pelo maior escritor da Amazónia: Milton Hatoum!

Aproveitamos para lembrar os nossos espectadores e leitores que são bem-vindos comentários, opiniões e sugestões sobre o PRÓXIMO FUTURO, aqui no Blog, no Facebook e Twitter.

ESTREIA MUNDIAL na Cinemateca Próximo Futuro: hoje!

É hoje, no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian, às 22h00, que estreiam mundialmente os 3 filmes encomendados pelo programa PRÓXIMO FUTURO aos realizadores João Salaviza (Portugal), Vincent Moloi (África do Sul) e Paz Encina (Paraguai), tendo por produtor delegado os Filmes do Tejo.

Cerro Negro, de João Salaviza

João Salaviza tem feito um cinema actual, sem 'pressas', sem constrições de formato, com a liberdade e engenho de um autor empenhado não só em captar imagens, mas em fazer cinema com ideias, óptima direcção de actores e dramaturgias eficazes e de solução surpreendente. Do filme que fez a convite do Próximo Futuro, diz «Anajara e Allison são um casal de emigrantes brasileiros em Lisboa. Duas solidões que se protegem mutuamente, ao mesmo tempo que lutam contra uma separação forçada. Anajara regressa do trabalho ao amanhecer. Desta vez não vai poder dormir durante o dia, nem levar Luri à escola. A setenta quilómetros de distância, Allison espera para reencontrar a mulher e o filho. Hoje é dia de visita na prisão de Santarém.


Hidden Life, de Vicent Moloi

“Hidden Life” explora o mundo secreto da ambiguidade moral. O porto de mar da Cidade do Cabo é um mundo impressionantemente complexo. É uma das mais movimentadas intersecções culturais do mundo onde os fluxos de pessoas transaccionam bens e ‘humanidade’. Entre as inúmeras personagens que se podem encontrar no porto, as sugar girls (as prostitutas que trabalham na área) formam relações profundamente ambivalentes, envolvendo tantos conflitos como cooperação entre si, com os donos dos bordéis e com os marinheiros. É um mundo duro: todos tratam de si buscando a todo o custo a subsistência.


Viento Sur, de Paz Encina

Esta é uma história sobre desaparecidos e sobre os métodos utilizados para esses desaparecimentos. Justino e Domingo são dois irmãos pescadores que vivem num ambiente de repressão local. Obrigados a esconderem-se num casebre, terão de decidir se vão ou não fugir do país, se devem ou não abandonar as suas famílias, se devem separar-se, se podem ou não abrir uma janela. No meio de tantas dúvidas, aparece um realizador que tenta filmar algo que se supõe que tenha acontecido. Um modo de resgatar a memória,  um modo invulgarmente poético, alguma memória. Um filme da realizadora do filme “Hamaca Paraguaya”.

Amanhã às 19h00, também no cenário idílico do Anfiteatro ao Ar Livre, haverá um concerto certamente memorável do rapper belga de origem congolesa: BALOJI! O músico fez-se notar quando gravou "Hotel Impala", em 2008. Mas foi com "Kinshasa Succursale", lançado em 2010, que obteve ampla atenção internacional, sobretudo com o seu primeiro single: "Karibu Ya Bintou" (Bem-vindo à Vida no Limbo), para o qual contou com a preciosa colaboração do seu conterrâneo Konono N. 1. Não perca, reserve já o seu lugar através da bilheteira on-line.

HOJE, 25 de Junho (sábado)

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

ESTREIA MUNDIAL Encomenda PRÓXIMO FUTURO

Cerro Negro, de João Salaviza (Portugal, 2010, 23')

Hidden Life, de Vincent Moloi (África do Sul, 2010, 23')

Viento Sur, de Paz Encina (Paraguai, 2010, 21')

AMANHÃ, 26 de Junho (domingo)

19h00 Anfiteatro ao Ar Livre MÚSICA / Cada bilhete: 10 Eur

BALOJI (Congo - Bélgica)

HOJE: um histórico, AMANHÃ: novos em estreia mundial!

(Cena do filme "Fitzcarraldo", de Werner Herzog)

Na Cinemateca Próximo Futuro há um conjunto de objectivos, já anunciados, dos quais, um, nos é particularmente caro: apresentar pontos de vista de realizadores e de filmes originários de um determinado continente, quando se confrontam com temáticas de outro continente.

No caso da relação Europa-América Latina, é verdadeiramente fascinante o conjunto de olhares que representaram e se auto-representaram quando esta situação se verifica. “Fitzcarraldo” é um grande filme de Werner Herzog e de Klaus Kinski (na medida em que a personagem criada por este actor definiu a dimensão heróica do filme). É uma odisseia no interior da Amazónia, no século XIX, contada como uma aventura demencial mas nem por isso menos humana. E é esta aventura que revela uma enorme paixão pela arte e de uma forma desregrada como se prova pelo tipo de missão que “Fitzcarraldo” decidiu levar a cabo.

E se hoje tem a rara oportunidade de ver o histórico "Fitzcarraldo" no écrãn gigante do Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian, amanhã é a vez da imperdível ESTREIA MUNDIAL dos filmes encomendados e produzidos pelo PRÓXIMO FUTURO a três realizadores de diferentes países: "Cerro Negro", de João Salaviza (Portugal); "Hidden Life", de Vincent Moloi (África do Sul); e "Viento Sur", de Paz Encina (Paraguai).

HOJE, 24 de Junho (sexta-feira)

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA / Bilhete único: 3 Eur

Fitzcarraldo, de Werner Herzog (Alemanha/Peru), 1982, 35mm, 157’

AMANHÃ, 25 de Junho (sábado)

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA / Bilhete único: 3 Eur

ESTREIA MUNDIAL Encomenda PRÓXIMO FUTURO

Cerro Negro, de João Salaviza (Portugal, 2010, 23')

Hidden Life, de Vincent Moloi (África do Sul, 2010, 23')

Viento Sur, de Paz Encina (Paraguai, 2010, 21')

CINEMATECA no Anfiteatro ao Ar Livre: começa HOJE!

Hoje às 19h00 sobe ao palco pela última vez na Sala Polivalente do CAM o duplo espectáculo do grupo LAKKA (Brasil), exemplar da renovação do panorama sul-americano da dança contemporânea: "O corpo é a mídia da dança?"+ "Outras partes".

E tem início a CINEMATECA Próximo Futuro! É uma CINEMATECA que deseja que os filmes apresentados possam constituir narrativas visíveis sobre os países, as pessoas, as paisagens, os criadores oriundos dos continentes que são foco do Próximo Futuro: América Latina e Caraíbas, África e Europa. Tal como nas edições anteriores, aqui se apresentam durante vários dias, às 22:00, no ecrã gigante instalado no ANFITEATRO AO AR LIVRE do Jardim da Gulbenkian, filmes de vários géneros, que vão do documentário à ficção.

A selecção dos filmes inclui obras antigas da história do cinema de África e da América Latina. Apresentará também pela primeira vez cinema de animação de autores africanos e será ainda possível ver, em estreia absoluta, três obras encomendadas e produzidas por este Programa a três cineastas: Vincent Moloi, João Salaviza e Paz Encina (Produtor Delegado: Filmes do Tejo). 

HOJE, 23 de Junho (quinta-feira)

19h00 Sala Polivalente do CAM DANÇA / Bilhete único: 12 Eur

"O Corpo é a Mídia da Dança? + Outras Partes

grupo LAKKA (Brasil) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA / Bilhete único: 3 Eur 

Apnée, de Mahassine Hachad (Marrocos), 2010, 10’

When China met Africa, de Marc e Nick Francis (Reino Unido), 2010, 75’ 

(Cena do filme "When China met Africa", de Marc e Nick Francis)

AMANHÃ, 24 de Junho (sexta-feira)

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA / Cada Bilhete: 3 Eur

Fitzcarraldo, de Werner Herzog (Alemanha), 1982, 35mm, 157’

LAKKA estreia hoje em Portugal: às 21h30 na Gulbenkian!

É hoje a grande estreia do espectáculo duplo do grupo LAKKA (Brasil) em Lisboa, na Sala Polivalente do CAM, no âmbito do Programa Gulbenkian Próximo Futuro! Dado o limite de lugares da Sala, aconselhamos vivamente a aquisição dos seus bilhetes on-line.

“O Corpo é a Mídia da Dança? + OUTRAS PARTES” é um projeto de dança que está organizado em forma de sistema, ou seja, uma parte leva ou pode levar a outra, uma vez que todas as partes possuem autonomia de criação. O objetivo do trabalho é fazer dança em vários suportes e formatos, no sentido de provocar os seguintes questionamentos no público: em que corpo é possível produzir dança hoje? Em que suporte? Em que mídia?

HOJE, 22 de Junho (quarta-feira)

21h30 Sala Polivalente do CAM DANÇA / Bilhete único: 12 Eur

"O Corpo é a Mídia da Dança? + Outras Partes

grupo LAKKA (Brasil) 

AMANHÃ, 23 de Junho (quinta-feira)

19h00 Sala Polivalente do CAM DANÇA / Bilhete único: 12 Eur

"O Corpo é a Mídia da Dança? + Outras Partes"

grupo LAKKA (Brasil)

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA / Bilhete único: 3 Eur 

Apnée, de Mahassine Hachad (Marrocos), 2010, 10’

When China met Africa, de Marc e Nick Francis (Reino Unido), 2010, 75’ 

CONTINUAM

10h00 às 18h00 (3.ª a domingo) Edifício-Sede EXPOSIÇÃO / Cada bilhete: 4 Eur (excepto aos domingos, que são de entrada livre)

"Fronteiras" / 8.ºs Encontros Fotográficos de Bamako

Até 28 de Agosto 2011

08h00 às 20h00 Jardim Gulbenkian ARTE PÚBLICA / Entrada Livre

NANDIPHA MNTAMBO (África do Sul)

KBOCO (Brasil)

RAQS MEDIA (Índia)

Até 30 de Setembro 2011

projecto CHAPEÚS-DE-SOL (arq. Inês Lobo)

BÁRBARA ASSIS PACHECO (Portugal)

RACHEL KORMAN (Brasil)

ISAÍAS CORREA (Chile)

DÉLIO JASSE (Angola)

Até 30 de Setembro 2011

Bilheteira on-line, aqui.

Site do PRÓXIMO FUTURO, aqui.
No Facebook, aqui.
No Twitter, aqui.

a CINEMATECA Próximo Futuro está prestes a começar!

Cena do filme AFRICA UNITED, 2010, da realizadora Debs Gardner-Paterson

(Reino Unido / Ruanda / África do Sul)

A Cinemateca Próximo Futuro é singular. É uma Cinemateca que deseja que os filmes apresentados possam constituir narrativas visíveis sobre os países, as pessoas, as paisagens, os criadores oriundos dos continentes que são foco do Próximo Futuro: América Latina e Caraíbas, África e Europa.

Tal como nas edições anteriores, aqui se apresentam durante vários dias, às 22:00, no ecrã gigante instalado no ANFITEATRO AO AR LIVRE do Jardim da Gulbenkian, filmes de vários géneros, que vão do documentário à ficção.

A selecção dos filmes inclui obras antigas da história do cinema de África e da América Latina. Apresentará também pela primeira vez cinema de animação de autores africanos e será ainda possível ver, em estreia absoluta, três obras encomendadas e produzidas por este Programa a três cineastas: Vincent Moloi, João Salaviza e Paz Encina (Produtor Delegado: Filmes do Tejo). 

As sinopses de todos os filmes da Cinemateca Próximo Futuro já estão disponíveis no site oficial do programa e cada bilhete/sessão custa apenas 3 Euros.

Relembramos o calendário dos visionamentos para que possa apontar o quanto antes na sua agenda:

Dia 23 de Junho (quinta-feira), 22:00

Apnée, de Mahassine Hachad (Marrocos), 2010, 10’

When China met Africa, de Marc e Nick Francis (Reino Unido), 2010, 75’ 

Dia 24 de Junho (sexta-feira), 22:00

Fitzcarraldo, de Werner Herzog (Alemanha), 1982, 35mm, 157’

Dia 25 de Junho (sábado), 22:00

[sessão PRÓXIMO FUTURO "Três Filmes, Três Realizadores"]

Cerro Negro, de João Salaviza

Hidden Life, de Vincent Moloi 

Viento Sur, de Paz Encina 

Dia 28 de Junho (terça-feira), 22:00

Afrique Animée, de Moumoni Jupiter Sodré (Burkina Faso), 2010, 15’ 

Ti-Tiimou, de Michel K. Zongo (Burkina Faso), 2009, 30’ 

Un Transport en commun, de Dyanna Gaye (França/Senegal), 2009, 48’ 

Dia 29 de Junho (quarta-feira), 22:00

Border Farm, de Thenjiwe Nkosi (África do Sul/EUA), 2010, 32’ 

Al'Lèèssi... Une Actrice Africaine, de Rahmatou Keita (Níger), 2004, 70'

Dia 30 de Junho (quinta-feira), 22:00

El Ascensor, de Tomás Bascopé e Jorge Sierra (Bolívia), 2009, 90'

Dia 1 de Julho (sexta-feira), 22:00

Africa United, de Debs Gardner-Paterson (Reino Unido/Ruanda/África do Sul), 2010, '84

Este fim-de-semana

Publicado9 Jul 2010

Etiquetas cinemateca próximo futuro spoken word

Estão a chegar ao fim as sessões da "Cinemateca Próximo Futuro" programadas para este Verão. Esta sexta-feira e sábado, sempre às 22h, no Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian, são apresentados os filmes:

Rostov-Luanda, de Abderrahmane Sissako
9 de Julho, sexta-feira

O realizador mauritano Abderrahmane Sissako (n.1961) regista, neste filme de 1997, a sua viagem por uma Angola dilacerada pela guerra, supostamente à procura de um velho amigo, mas, na verdade, tentando recuperar a esperança que ele próprio criara. Sissako conta que a independência de Angola, em 1975, representou para si um novo recomeço de África. Nos anos 80, como tantos jovens africanos, partiu para a União Soviética, atrás de formação técnica e política, e lá conheceu um angolano, Baribanga, cuja confiança no futuro do seu país encarnava a esperança que Sissako depositava em todo o continente. Mas os anos de guerra civil que se seguiram, entre facções angolanas apoiadas cada uma pela sua superpotência, além das outras catástrofes que se abateram sobre África, arrasaram o optimismo da geração de Sissako. "Rostov-Luanda" é pois uma expressiva resposta à desilusão que encontramos em muitos filmes africanos recentes, como Afrique, je te plumerai, Udju Azul di Yonta e Tableau Ferraille.

Tamboro, de Sérgio Bernardes

10 de Julho, sábado - ÚLTIMA SESSÃO

 

Documentário sobre o Brasil, na sua diversidade cultural, geográfica e social, com intervenções de Leonardo Boff, Rose Marie Muraro, Aziz Ab´Saber e Ailton Krenak, entre outros, e diversas participações especiais de músicos como Hermeto Pascoal, grupo Afroreggae, Velha Guarda da Portela, Seu Jorge e repentistas nordestinos. Nesta longa-metragem as principais questões sociais e ambientais do Brasil – a desflorestação, a luta pelas terras, a “favelização” e a criminalidade nos grandes centros urbanos – são projectadas formando um panorama quase muralista da civilização. Do Monte Roraima aos Aparados da Serra, o filme percorre todo o Brasil revelando imagens surpreendentes.

E no domingo, 11 de Julho, às 21h30, no Anfiteatro ao ar livre:

PALAVRAS NA CIDADE, um espectáculo inédito de spoken word

©Márcia Lessa

O espectáculo Palavras na Cidade, com direcção artística de Carla Isidoro e Chullage, encerra um desafio: juntar artistas que admiram ou praticam a poesia falada, mas que nunca a fizeram em conjunto.

Juntos pela primeira vez num espectáculo de spoken word, os artistas convidados são co-criadores do material inédito que levarão a palco. Uma viagem onde Lisboa, a urbanidade, as memórias e as histórias pessoais são trabalhadas na palavra falada. O DJ assume-se como artesão do cenário musical enquanto  os VJs desenham o ambiente visual para cada performance, concedendo ao espectáculo um fio condutor.

O Spoken Word tem reclamado o seu lugar dentro da cultura contemporânea urbana vivendo do improviso, da declamação pura ou revestido por música. Neste caso, Lisboa é o pano de fundo que permite tecer teias de contos, experiências e sonhos que remontam à oralidade das histórias para crianças, que tão bem conhecemos, ou à perpetuação de memórias e passados que os griots continuam a manter em certos países africanos. São estórias que brotam das ruelas, das aspirações cultivadas à beira Tejo e da luz que impregna a vida da cidade. Hoje, Aqui e Agora são motes para a construção do Palavras na Cidade, em que se criam narrativas de pertença e silábicas realidades.

Intérpretes: Birú, Chullage, Kalaf, Kika Santos, Nástio Mosquito, Vera Cruz.

Cenário Musical: DJ Ride

Cenário Visual/VJs: Droid-id (Paulo Prazeres, Luís André, António Forte)

Direcção Artística: Carla Isidoro e Chullage

O espectáculo Palavras na Cidade resulta de uma colaboração entre o programa Descobrir e o Próximo Futuro.

Soy Cuba- O Mamute Siberiano

Publicado8 Jul 2010

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Este filme do realizador brasileiro Vicente Ferraz conta a fascinante história do filme “Soy Cuba”, de Mikhail Kalatozov, primeira e única co-produção entre Cuba e a extinta União Soviética. Em 1962, a União Soviética, uma das maiores interessadas no sucesso e difusão da Revolução Cubana, envia para Cuba um de seus grandes cineastas, Mikhail Kalatozov (que poucos anos antes havia ganho a Palma de Ouro em Cannes, com o filme “Quando Voam as Cegonhas”), com a missão de realizar o que seria um grande poema épico. Kalatozov contou com recursos humanos e tecnológicos, como foi raro acontecer na História do Cinema. Foram dois anos de filmagens, que resultaram em algumas das mais impressionantes imagens da história do cinema. Apesar disso, o filme foi um retumbante fracasso, tanto em Cuba como na União Soviética, tendo sido de imediato arquivado até que, mais de 30 anos depois, Francis Ford Coppola e Martin Scorsese o resgataram do esquecimento. O documentário de Vicente Ferraz recorre à clássica estrutura de entrevistas e imagens de arquivo para contar a história dessa produção, da sua idealização até ao reconhecimento tardio.



 

Soy Cuba- O Mamute Siberiano, de Vicente Ferraz (Brasil)

8 de Julho, quarta-feira. 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

O preço justo do café

Publicado7 Jul 2010

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Black Gold, de Marc Francis e Nick Francis (Reino Unido)

7 de Julho, quarta-feira. 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

As multinacionais do café dominam os nossos centros comerciais e supermercados e comandam uma indústria avaliada em mais de 80 mil milhões de dólares, fazendo deste produto a mercadoria comercial mais valiosa do mundo, a seguir ao petróleo. Nós, consumidores, pagamos bem os nossos galões e cappuccinos, mas os cultivadores de café continuam a receber tão pouco que muitos se vêem forçados a abandonar os seus campos. É na Etiópia, berço da cultura do café, que o paradoxo se torna mais evidente. Tadesse Meskela tem como missão salvar da bancarrota 74 mil cultivadores em luta. Enquanto estes homens se esforçam por colher café da mais elevada qualidade no mercado internacional, Tadesse percorre o mundo à procura de compradores dispostos a pagar-lhes um preço justo. No contexto da passagem de Tadesse por Londres e Seattle, percebe-se o enorme poder dos negociantes multinacionais que dominam o negócio mundial do café. Os commodity traders de Nova Iorque, o comércio internacional de café e as negociatas dos líderes do comércio, na Organização Mundial do Comércio, representam bem os vários desafios que Tadesse enfrenta, na demanda por uma solução duradoura para os seus agricultores.

Paseo

Publicado1 Jul 2010

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1 de Julho, quinta-feira. 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

Paseo, do chileno Sergio Castro San-Martin, começa por ser um filme on the road, através da auto-estrada que liga Santiago ao norte do país, circulando no sopé da cordilheira. Uma mãe leva o seu filho adolescente a ver o pai, de quem se separou há dez anos. São poucos os diálogos, apenas os essenciais, curtos e directos. O som que acompanha todo o filme é uma partitura cuidadosamente elaborada a partir dos ruídos da auto-estrada, do latido de cães, do som da siderurgia onde trabalha o pai, do chapinhar da água no lago, do som das ondas do Pacífico, do arfar de desejo do adolescente. O resultado e a interiorização do filme no espectador é subtil na forma e cúmplice na interioridade. Mais uma vez (como em muita da cinematografia chilena), o pai está ausente e é a mãe que toma as decisões. Nesta narrativa surpreendente, depois de ter levado o filho a conhecer o seu pai, a mãe acaba por partir sozinha, deixando-o entregue ao pai num dia em que este ensina o filho a disparar a sua carabina. Prémio do Júri do Festival de Cinema do Chile de 2009 – Sanfic5 - e seleccionado para os mais importantes festivais de cinema independente.

Para informações sobre as próximas sessões de cinema ao ar livre (6 a 10 de Julho), por favor consulte o nosso site.

Quase a explodir

Publicado30 Jun 2010

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30 de Junho, quarta-feira, às 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

Carregado de uma energia contagiante, o filme mexicano Voy a Explotar gira em torno da fuga romântica de Roman, 15 anos, filho de um respeitado embora corrupto político mexicano, e Maru, uma adolescente introvertida de classe média.

«A terceira longa-metragem do realizador Gerardo Naranjo chega-nos com uma forte recomendação: entre os seus muitos produtores executivos contam-se Gael Garcia Bernal e Diego Luna, melhores amigos de infância na vida real que interpretavam os adolescentes melhores amigos Julio e Tenoch, numa viagem com uma mulher de trinta e poucos anos no filme Y Tu Mama Tambien, um marco no cinema mexicano. E quando ficamos a saber que Naranjo foi ele próprio um adolescente rebelde em Salamanca (México), onde nasceu, e que aí fundou um cineclube universitário chamado Zéro de Conduite, nome da pequena obra-prima de Jean Vigo sobre a revolta dos alunos de uma escola, não nos surpreende que o seu filme Voy a Explotar seja sobre jovens em fuga. O que é invulgar é a forma como o filme evita muitos lugares-comuns dentro do género “Jovens Incompreendidos”. (…) O casal desesperado que tenta deixar para trás a grande cidade traz-nos à memória Pierrot le Fou, de Godard.» – John Walsh, The Independent, Jan. 2010

«Acho que nunca tinha visto um filme em que dois amantes em fuga não tivessem razões para se revoltarem. No México, neste momento, vivemos um período muito particular da história. Andamos distraídos com os media, a moda, a televisão, e não sabemos para que lado nos havemos de virar. Por isso quis mostrar neste filme um casal que tenta fazer uma revolução, sem ter nada a que se agarrar. Não têm livros, não têm filmes, estão perdidos, sem referências. Espero que Voy a Explotar possa servir como inspiração aos miúdos mexicanos para irem à procura de qualquer coisa em nome da qual possam lutar.» – o realizador, Gerardo Naranjo, em entrevista à Time Out de Londres, Jan. 2010

Próxima sessão de cinema ao ar livre

Publicado28 Jun 2010

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LOS VIAJES DEL VIENTO

Ciro Guerra, Colômbia, 2008, cor, 118’

29 de Junho, terça-feira, 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian. Preço: 3 euros

Filme legendado em português




 
«A música é uma parte importante da vida dos colombianos, acompanha-os em cada momento, desde que nascem, durante o crescimento, desde o primeiro amor até à morte – a música está sempre presente.» - Ciro Guerra, realizador

«As paisagens magníficas e variadas da Colômbia desempenham um papel central neste filme de Ciro Guerra (…) Através desta dupla fora do comum [Ignacio e Fermín], Guerra cria uma homenagem evocativa dos encantos da sua terra natal e da música dos seus celebrados acordeonistas. (…) Enquanto ponto alto do filme, o duelo de acordeões é tão dramático e inesperado que se torna uma experiência simplesmente imperdível.» - Diana Sanchez, Toronto International Film Festival

When We Were Black, 23 e 24 de Junho

Publicado23 Jun 2010

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23 de Junho, quarta-feira (1ª parte)

24 de Junho, quinta-feira (2ª parte)

Anfiteatro ao ar livre, 22h

When We Were Black conta em dois episódios uma história sobre a passagem para a idade adulta, mas também sobre a forma como a história e a política podem moldar a identidade individual. O filme procura fazer análise de como as identidades e as histórias pessoais podem coincidir e relacioná-las com acontecimentos políticos mais abrangentes. É um filme complexo, encantador e inteligente, com um apelo universal.

Esta mini-série foi rodada para televisão em quatro semanas, entre Setembro e Outubro de 2006. Premiada em sete categorias, incluindo a de Melhor Realização e de Melhor Série Dramática de Televisão, nos South African Film and TV Awards, em 2008 também esteve em competição na 21ª edição dos Rencontres Internationales de Television de Reims (França).

When We Were Black conta com um convidado especial no elenco, o actor sul-africano Presley Chweneyagae (conhecido por ter entrado no filme Tsotsi, vencedor em 2005 do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro), que no filme recita o poema histórico de Ingoapele Madingoane "Africa my Beginning".

Ingoapele Madingoane é o nome cimeiro de uma geração de poetas que trabalhava no Soweto no final dos anos 70, autor da obra seminal da literatura de “consciência negra” sul-africana, Africa my Beginning, publicada pela Ravan Press em Joanesburgo, em 1979. O livro foi banido pelas autoridades do apartheid dois meses depois de ser publicado. O poema, que se seguiu a um outro épico “Black Trial” (Julgamento Negro), foi largamente recitado por Ingoapele no Soweto, antes e depois da sua publicação e subsequente proibição. Acabou por tornar-se tão popular junto dos mais jovens que muitos miúdos e estudantes no Soweto sabiam o poema inteiro de memória. Ingoapele Madingoane morreu em 1996.

Um filme, duas histórias

Publicado22 Jun 2010

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A realizadora peruana Claudia Llosa aborda de forma crítica nesta obra uma época negra da história do seu país. Constituída em 2001, a “Comissão da Verdade e da Reconciliação” (CVR) já registou cerca de 70 mil assassinatos, bem como inúmeras violações, raptos e outros abusos de direitos humanos no período entre 1980 e 2000. Como metáfora da sociedade actual peruana, o filme descreve com mestria a dor de um país, ao lidar com os seus traumas e os seus mortos. A realizadora consegue narrar duas histórias num só filme, mas com um final significativo: acredita na redenção.

La Teta Asustada (Peru, 2009), de Claudia Llosa

Esta terça-feira, 22 de Junho, às 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

O Silêncio de José Tolentino Mendonça e o cinema de Claudia Llosa

Publicado21 Jun 2010

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Programa para dia 22 de Junho, terça-feira:

18h30, Auditório 2

O SILÊNCIO, por José Tolentino de Mendonça

Depois de “Wittgenstein” e de “Padres do Deserto”, depois dos “4 minutos e trinta e três segundos”, de John Cage, e de “Séculos de Prática Conventual”, depois de Susan Sontag e de Dionísio Areopagita, que sabemos sobre o silêncio?

JOSÉ  TOLENTINO MENDONÇAnasceu em 1965. Fez o doutoramento em Teologia, na Universidade Católica Portuguesa (Lisboa), com uma tese que aplica uma metodologia de análise literária ao texto bíblico. É, actualmente, professor de Estudos Bíblicos, na Faculdade de Teologia, da mesma Universidade, e desenvolve a sua pesquisa na área do Novo Testamento. Dirige a Revista Didaskalia e o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. É poeta e tradutor.  

22h, Anfiteatro ao ar livre

LA TETA ASUSTADA, de Claudia Llosa

Peru, 2009, cor, 95’

Filme da realizadora peruana Claudia Llosa (Lima, 1976) cuja história parte do facto da jovem Fausta (Magaly Solier) acreditar na lenda de ser portadora de uma doença rara, chamada "teta asustada", transmitida pelo medo e sofrimento através do leite materno, porque a sua mãe foi estuprada por terroristas num momento muito difícil no Peru, na década de 1980. A partir desta história, a realizadora desenvolve uma narrativa que assenta nos mecanismos ambíguos de distância e de proximidade, que condicionam todo o comportamento da protagonista. Guardar distância para conservar a autonomia, a frágil segurança, os seus recursos como pessoa e como trabalhadora; procurar a proximidade face à comunidade a que pertence, aos ritos populares de identificação, à beleza estonteante da natureza. Um filme de encantatórias imagens e de uma interpretação excelente de Magaly Solier. “La Teta Asustada” ganhou o Urso de Berlim de 2009 e foi seleccionado como candidato ao Óscar de 2010, para Melhor Filme Estrangeiro.