Logótipo Próximo Futuro

Ocupações

Publicado30 Jun 2012

Etiquetas filipe branquinho próximo futuro 2012



(fotos Filipe Branquinho)

Esta série de seis fotografias é um pequeno recorte de um projeto fotográfico chamado “Ocupações” que comecei em inícios de 2011. 
Este conjunto de retratos foi realizado em cidades moçambicanas, de modo a captar o seu espírito  através da arquitetura, da paisagem e dos seus ocupantes. O foco deste trabalho é um determinado grupo social que representa uma maioria  e que está presente em todo o tecido urbano: nos grandes centros, nos bairros da periferia, na zona costeira, nos condomínios privados, etc. Cada fotografia é singular e  pretende dignificar o retratado no exercício da sua ocupação e na forma como este dialoga com o espaço que ocupa. É no conjunto dos retratos que as cidades são desvendadas,  na luz que as envolve, na sua paleta de cores e na história das pessoas que ali vivem.

FILIPE BRANQUINHO (Moçambique, 1977) trabalha atualmente como freelancer em fotografia e ilustração. No Brasil, o desenho e a ilustração surgem de forma sistemática e consciente, através do contacto com as disciplinas artísticas na UEL (Universidade Estadual de Londrina/Brasil) a par da formação em arquitetura. É também neste contexto que decide experimentar a fotografia como arte. Participou em diversas exposições coletivas e individuais no Brasil, em Moçambique e na África do Sul. Tem diversas obras em coleções particulares, no acervo do Museu de Arte Moderna de Londrina, Brasil, e do Instituto Camões de Maputo.

Até 30 Set 2012
Jardim Gulbenkian
Entrada livre 

Gladys

Publicado30 Jun 2012

Etiquetas Elisa Zulueta próximo futuro 2012


Gladys é a segunda peça encenada pela atriz, dramaturga e realizadora chilena Elisa Zulueta e foi estreada em julho de 2011, no Teatro del Puente, em Santiago do Chile.

Durante uma festa da família de Ander, no dia 6 de janeiro, que aguardava a chegada dos Reis Magos, Ian, seu filho mais velho, tem uma surpresa que irá transformar a paz desta festa de Natal. Há vinte anos que a irmã mais nova, Gladys, sofre de uma síndrome chamada de Asperger, tendo sido enviada para a América sem nenhuma razão específica ou bilhete de regresso, apesar das suas necesidades especiais, obrigando-a a desembaraçar-se sozinha. Estabelece-se em San Diego, dedicando-se à venda de t-shirts à porta do zoológico da cidade. Depois de algumas cartas enviadas, Gladys é localizada e levada de volta ao Chile para desenterrar segredos escondidos, após o exílio da sua família. Na Noite de Reis, Gladys involuntariamente vem a confrontar a sua história com a da família que tinha escolhido esquecer. Uma família aparentemente tranquila, sem problemas, mas sustentada por uma mentira de há vinte anos atrás que só agora se vem a descobrir. As verdadeiras razões para a partida de Gladys, esse segredo tão bem guardado e o olhar cego para a sua deficiência são algumas das questões que esta família terá de enfrentar. Durante a noite irá confrontar-se com aqueles que acreditam que se deve viver mantendo tudo em silêncio e com aqueles que precisam de saber quem são realmente. Duas maneiras de viver a vida: aqueles que precisam de enfrentar e viver e aqueles para os quais a ordem familiar consiste em evitar tudo o que causa sofrimento. «Gladys pretende voltar ao mais alto realismo, sem sensacionalismos cénicos, mas com as palavras e as ferramentas do ator, de volta para a verdade da vida real, dando ao público uma obra em que este se reveja, com a qual se emociona e possa refletir», disse Elisa Zulueta.

ELISA ZULUETA (Chile, 1981) é atriz e tem trabalhado no cinema (“Tanto tempo e minha mãe”), no teatro (“Estaciones de paso”) e em televisão (na telenovela “Lola y Feroz”). Em 2009, fez a sua estreia de sucesso como dramaturga e encenadora com “Pérez” e, em 2011, adaptou este texto para roteiro de uma longa-metragem dirigida por Álvaro Viguera. Em julho de 2011, lançou o seu segundo trabalho, “Gladys”, no Teatro del Puente.



Elisa Zulueta
Chile
30 Jun 2012 - 22:00 | 1 Jul 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre
Entrada 15 € 

Contos de Reis

Publicado30 Jun 2012

Etiquetas teatro praga próximo futuro 2012




Nesta proposta do Teatro Praga ”As mil e uma noites” árabes são Contos de Reis que valem ouro que é trocado ’por miúdos‘.
Em pleno Jardim Gulbenkian, quatro histórias, contadas por dois pares de atores, guiam os espetadores pela narrativa sugerindo-lhes e incentivando-os a uma participação ativa. Depois de estabelecermos as premissas narrativas, apresentadas as personagens e resumida a trama com rapidez e simplicidade, transformamos a imaginação em teatro e vestimos os espetadores de heróis, inimigos, ladrões, princesas e monstros. Basta um cartaz, um tapete ou um turbante, o cenário faz-se com pouco, mas todos podem entrar dentro da história, dizer as palavras mágicas e ser Ali Babá, o Aladim ou o Príncipe Brilhante. A proposta do Teatro Praga é a de um jogo de descoberta e representação que aproxima as histórias de quem as ouve, transformando os espetadores em contadores.

TEATRO PRAGA nasceu em 1995 e está sedeado no Espaço Teatro Praga, em Lisboa. Colabora regularmente com algumas das mais prestigiadas estruturas culturais em Portugal e tem-se apresentado em festivais e teatros de diversos países europeus (Itália, Reino Unido, Alemanha, França, Hungria, Eslovénia, Estónia, Eslováquia e Dinamarca). Trata-se de um grupo de artistas que trabalham sem encenador e que pretendem sublinhar a irrepetibilidade da prática teatral. São sempre diferentes, estão em constante metamorfose e sujeitam-se a variações imprevisíveis deles próprios. Os espetáculos são acontecimentos que, sem porem de lado a sua condição física de teatro (ficção), vão em busca da ’responsabilidade máxima do espectador‘, ou seja, de encontrar uma comunidade no meio do caos ficcional.



Teatro Praga
29 Jun - 19:00 | 30 Jun - 11:30 | 30 Jun - 17:00 | 1 Jul - 11:30 | 1 Jul - 17:00 | 7 Jul - 11:30 | 7 Jul - 17:00 | 8 Jul - 11:30 | 8 Jul - 17:00 | 2012
Tenda
Entrada 5 €

"Instalação Sonora", Chelpa Ferro - Carpe Diem - making of

Publicado30 Jun 2012

Etiquetas chelpa ferro carpe diem



Instalação Sonora, Chelpa Ferro no Carpe Diem.
30 de Junho, 16h00 

a propósito de "Gladys"

Publicado29 Jun 2012

Etiquetas Elisa Zulueta próximo futuro 2012


A propósito do Gladys, a peça apresentada ontem no Teatro das Figuras em Faro numa colaboração entre este Teatro eo Próximo Futuro, um espectador escreveu : 

"‎Teatro
Talvez já estivessem nos penatis. Eu via uma família funcionantemente disfuncional a preparar um jantar onde tudo acontece. Uma emocionante peça com um rigor raro e de sensibilidade tocante na abordagem de uma situação candente. Abordagem numa perspectiva sistémica da problemática de uma família tocada pelo síndrome de Asperger. Um ensaio ao vivo sobre o assunto, servido por uma dramaturgia impressionante e uma interpretação exemplar.
Aconteceu TEATRO. Ontem. No pequeno auditório do Teatro das Figuras.
Vai estar no próximo sábado, em Lisboa. Para quem puder, vale a pena."

Gladys
Elisa Zulueta
Chile

30 Jun 2012 - 22:00 | 1 Jul 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre
Entrada 15 €  

Contos de Reis

Publicado29 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro 2012 teatro praga




Nesta proposta do Teatro Praga ”As mil e uma noites” árabes são Contos de Reis que valem ouro que é trocado ’por miúdos‘.
Em pleno Jardim Gulbenkian, quatro histórias, contadas por dois pares de atores, guiam os espetadores pela narrativa sugerindo-lhes e incentivando-os a uma participação ativa. Depois de estabelecermos as premissas narrativas, apresentadas as personagens e resumida a trama com rapidez e simplicidade, transformamos a imaginação em teatro e vestimos os espetadores de heróis, inimigos, ladrões, princesas e monstros. Basta um cartaz, um tapete ou um turbante, o cenário faz-se com pouco, mas todos podem entrar dentro da história, dizer as palavras mágicas e ser Ali Babá, o Aladim ou o Príncipe Brilhante. A proposta do Teatro Praga é a de um jogo de descoberta e representação que aproxima as histórias de quem as ouve, transformando os espetadores em contadores.

TEATRO PRAGA nasceu em 1995 e está sedeado no Espaço Teatro Praga, em Lisboa. Colabora regularmente com algumas das mais prestigiadas estruturas culturais em Portugal e tem-se apresentado em festivais e teatros de diversos países europeus (Itália, Reino Unido, Alemanha, França, Hungria, Eslovénia, Estónia, Eslováquia e Dinamarca). Trata-se de um grupo de artistas que trabalham sem encenador e que pretendem sublinhar a irrepetibilidade da prática teatral. São sempre diferentes, estão em constante metamorfose e sujeitam-se a variações imprevisíveis deles próprios. Os espetáculos são acontecimentos que, sem porem de lado a sua condição física de teatro (ficção), vão em busca da ’responsabilidade máxima do espectador‘, ou seja, de encontrar uma comunidade no meio do caos ficcional.



Teatro Praga
29 Jun - 19:00 | 30 Jun - 11:30 | 30 Jun - 17:00 | 1 Jul - 11:30 | 1 Jul - 17:00 | 7 Jul - 11:30 | 7 Jul - 17:00 | 8 Jul - 11:30 | 8 Jul - 17:00 | 2012
Tenda
Entrada 5 €

Chelpa Ferro + Pedro Tudela

Publicado29 Jun 2012

Etiquetas chelpa ferro pedro tudedela próximo futuro 2012

Os Chelpa Ferro, também com Luiz Zerbini e Sérgio Mekler, têm-se firmado no cenário da música contemporânea brasileira com um trabalho que combina experiências com instrumentos musicais tradicionais aliados a recursos eletrónicos, esculturas e instalações tecnológicas, durante as apresentações ao vivo e as exposições. Apresentando-se ao vivo em parceria inédita com o artista português Pedro Tudela, os Chelpa Ferro farão uma performance espontânea, a partir da troca entre os artistas, uma elaborada textura sonora composta por ruídos, guitarras, baterias eletrónicas, samplers, baixo e efeitos digitais envolvendo o público em um ambiente de experimentação auditiva e potencialização sensorial. O improviso é a sua forma de construção, o som é a sua matéria-prima.
 
CHELPA FERRO (Brasil,1995) é um grupo multimédia composto pelos artistas plásticos Luiz Zerbini, Barrão e Sérgio Mekler, constituído em 1995. Em 2007, realizaram a exposição “ON-OFF Poltergeist”, na Meskalito Gallery (Londres). Em 2008, tocaram no Festival NetMage, em Bolonha (Itália). Em 2009, ocuparam o Octogono da Pinacoteca (São Paulo) com a instalação “Totoro”. Participaram na Bienal do Mercosul e lançaram um documentário dirigido por Carlos Nader sobre a trajetória do grupo. No ano de 2010, apresentaram “Jungle Jam”, em Londres, na Galeria Sprovieri, e concorreram ao Nam June Paik Award. Em 2011, apresentaram a instalação “Spaceman/Caveman”, na Galeria Vermelho (São Paulo) e realizaram um concerto e uma exposição no Aldrich Museum (EUA).


PEDRO TUDELA
(Portugal, 1962) é artista plástico. Desde 1982, tem participado em vários festivais de performance. Autor e apresentador dos programas na rádio XFM “Escolhe um dedo” e “Atmosfera reduzida”, entre 1995 e 1996. Em 1992, por ocasião da exposição "mute...life", fundou o coletivo multimédia Mute Life dept.[MLd]. Enveredou na produção sonora, em 1992, participando em concertos, performances, edições discográficas em Portugal e no estrangeiro. Cofundador e um dos elementos do projeto de música experimental eletrónica @c. Membro fundador da Media Label Crónica. Trabalha como cenógrafo, desde 2000. Participou em inúmeras exposições coletivas, nacionais e internacionais, desde o início da década de 80.




Chelpa Ferro + Pedro Tudela
Brasil/Portugal
29 Jun 2012 - 22:00
Teatro do Bairro
Entrada 12 € 

3x4

Publicado28 Jun 2012

Etiquetas camila de sousa próximo futuro


Camila de Sousa nasceu em Moçambique em 1985. A formação académica na área da Antropologia Visual é origem e suporte dos projectos artísticos que vem realizando. A sua pesquisa em torno da temática da representação do corpo feminino encarcerado levou-a a uma imersão nas cadeias femininas de Maputo (Moçambique), num trabalho de campo que durou mais de um ano. “3x4” é o resultado dessa pesquisa, dessa entrada da artista na cadeia Civil de Maputo e no Centro de Reclusão de Ndlhavela, e do acompanhamento das histórias de várias mulheres, desde a prisão preventiva à condenação e ao cumprimento da respectiva pena. Ao longo destes meses a artista conviveu com mulheres de nacionalidades diferentes, de idades e classes sociais diversas, com acusações e penas variadas, mas cujas histórias e experiências estão interconectadas por episódios de violência física e social, de separação, de expiação e de reconciliação. 

3x4 é a medida da cela que nunca é individual. No Centro de Reclusão estas mulheres cumprem já a sua pena, estão sentenciadas e condenadas. É aqui que refazem a sua história, e a reescrita começa por redefinir o local e o motivo da estadia naquele espaço. Dão-lhe estatuto de hospital psiquiátrico e assumem o período de reclusão como um tempo de cura, de recuperação de um desvio. 

3x4 é aqui uma serie de seis retratos de mulheres em pose de diva, nos seus divãs, que se espalham em liberdade pelos Jardins da Fundação, durante todo o Verão. São imagens que tentam criar um campo político de negociação e de recuperação do corpo feminino fracturado, que apesar de marcado pela violência patriarcal, não deixa, contudo, de ser um corpo feminino, senhor da sua sensualidade e do seu próprio movimento.

Elisa Santos

3x4, até 30 Set 2012 

Ciclo de Cinema Árabe - A vida em imagens, 28 Junho

Publicado28 Jun 2012

Etiquetas cinemateca próximo futuro próximo futuro

Que Mundo Maravilhoso

Faouzi Bensaidi
Marrocos
Ficção, 2006, 99’
Línguas originais: francês/árabe 
(legendado em português) 
 

Casablanca é uma cidade de contrastes, ao mesmo tempo moderna e antiga. Kamel é um assassino profissional que recebe os seus contratos através da Internet.
Depois de alguns sucessos, contacta com regularidade Suad, uma prostituta ocasional, para fazer amor com ela. Muitas das vezes é Kenza quem responde. Ela é polícia de trânsito, responsável pelo policiamento da maior rotunda da cidade. Em pouco tempo, ele apaixona-se por esta voz e prepara-se para encontrá-la. Hicham, outro assassino profissional que sonha ir para a Europa, infiltra-se nos contratos de Kamel por acaso.

No Final do Dia

Sherif El-Bendary
Egito
ficção/curta-metragem, 2006, 9’
língua original: árabe
(legendado em português)

O Soliman está mais alto? Questionou o pai de Soliman quando o seu filho de 32 anos o visitou.
Baseado no conto do escritor egípcio Ibrahimaslan.

Dia e Noite
 
Islam El-Azzazi
Egito
ficção, curta-metragem, 2011, 30’
língua original: árabe
(legendado em português)

Raouf passa os dias a tentar obter lucro e a fazer jogos de poder com os outros, especialmente com Nadia, sua noiva. Memórias e contemplação da vida espalham-se também pelo decorrer do dia… É um dia vulgar na vida de Raouf.

 

Rulote

Publicado27 Jun 2012

Etiquetas nuno viegas próximo futuro 2012


Rulote, Nuno Viegas


Nuno Viegas (1977) fez a sua formação na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. O traço de ilustrador é visível nas suas telas, sempre de grandes dimensões, onde se vislumbram quotidianos bizarros, a cores fortes, e de pormenores extraordinários. As histórias que Nuno Viegas relata são dessossegadas e nelas deambulam personagens fantásticas como o “homem-tenda”, a “jangada puxada por balões coloridos” ou, mais recentemente, os porcos rosados de “Ainda sobram pérolas”, da série A de Animal, onde animais se transfiguram em imagens próprias da condição humana. 

Em RV, o artista parte do nomadismo associado à ideia do objeto que lhe é proposto como tela. Nos antípodas das viagens extraordinárias de Raymond Roussel, na sua rulote de nove metros de comprimento, está esta casca de noz entre o atlântico e o mediterrâneo, cheia de malas coloridas, anónimas, amontoadas, que invocam outras viagens, de fugas e desesperos.
RV remete-nos para os movimentos migratórios que tantas vezes de forma precária e clandestina cruzam fronteiras reduzindo a dimensão humana a um mero valor objetual ou a um valor de carga.

Elisa Santos


Até 30 Set 2012 

Ciclo de Cinema Árabe - Noite Marroquina, 27 Junho

Publicado27 Jun 2012

Etiquetas cinemateca próximo futuro próximo futuro

A Falésia
 

Para Hakim e para Said, seu irmão mais novo, o dia passa-se a ganhar dinheiro com pequenas tarefas. Primeiro, no cemitério onde pintam com cal as sepulturas e, depois, junto de um comerciante de bebidas alcoólicas que é cego. À beira da falésia, umas quantas garrafas vazias podem ser a sorte das criança.

Faouzi Bensaidi
Marrocos 
Ficção, 1998
18', sem diálogos

Labutadoras

Tânger - Hoje, quatro mulheres de vinte anos de idade trabalham para passar o dia e vivem durante a noite. Elas trabalham duramente, divididas em duas categorias: têxteis e camarões. A obsessão delas é estarem constantemente em movimento. «Aqui estamos», dizem. De manhã à noite, o ritmo é frenético enquanto percorrem a cidade. Tempo, espaço e dormir são uma raridade. Mulheres para toda a obra que ainda trabalham para os seus homens e para as suas casas vazias. Esta é a louca corrida de Badia, Imane, Asma e Nawal.

Leïla Kilani
Morrocos
Ficção, 2011
106’, língua original: francês/árabe
(legendado em português) 




 O Muro

Uma história curta e infindável de um muro que se ergue contra os homens.

Faouzi Bensaidi
Marrocos
Ficção, 2000, 10’
Língua original: francês
(legendado em português) 

Ciclo de Cinema Árabe - Noite Egípcia, 26 Junho

Publicado26 Jun 2012

Etiquetas cinemateca próximo futuro


O Paraíso dos Anjos Caídos


Um sem-abrigo morre de overdose. Os amigos não toleram a ideia de não o poderem ver vivo. Tabl – ’tambor‘ é a sua alcunha – deixou uma vida de luxo, o emprego e a família por uma vida de anarquia e loucura num grupo de almas perdidas. Mounir Rasmi (seu verdadeiro nome) era, ainda há dez anos, um pai ideal, um bom marido e um ser humano comum. O jogo com a morte principia. Há maior realidade do que a morte? Esta sua outra vida é real, embora estagnada. Tabl vive-a atravessando uma história de submundo, ilustrando um presente ilógico alucinante, enfrentando um passado de bem-estar e de vida facilitada. O tempo presente é sempre usado e os amigos fazem tudo o que está ao seu alcance para adiar a separação. Um filme onde a disciplina se torna anarquia, caos, realidade e onde os anjos caídos criam o seu próprio paraíso, impondo as suas leis, normas, prazeres e desejos. Um filme onde o Cairo é a cidade de nenhures.

Oussama Fawzi
Egito

 Zafir (Expira)

Ao longo de muitos anos de vida em comum, o silêncio recai sobre o casamento de um homem de 70 anos e da sua mulher, um silêncio que exprime o tédio e a agonia de uma vida de rotina interminável, um silêncio que só é interrompido pelos seus suspiros e respirações.

 

Omar Zohairy
Egito, 2011

26 Jun 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre

Libye 2012 enfermement et traque aux migrants

Publicado26 Jun 2012

Etiquetas líbia primavera árabe revolução

Fédération internationale des droits de l’Homme (FIDH) - Migreurop - Justice sans frontières pour les migrants (JSFM)

À l’issue d’une mission d’enquête qui s’est déroulée en Libye du 7 au 15 juin 2012, nos organisations dressent un constat très inquiétant du traitement infligé aux migrants dans le contexte de confusion qui règne actuellement dans le pays. 

Riche de ses ressources pétrolières et peu peuplée, la Libye de Kadhafi recourait massivement à la main d’œuvre étrangère pour faire fonctionner son économie. Plus de six mois après la fin du conflit armé, qui avait provoqué la fuite de centaines de milliers de migrants vers la Tunisie, l’Égypte et les pays subsahariens, les migrants et réfugiés qui se trouvent en Libye aujourd’hui font l’objet de graves violations de leurs droits fondamentaux.

Alors que la situation du pays n’est pas encore stabilisée et qu’il n’existe pas de pouvoir central capable d’assumer la gouvernance de la Libye, des milices armées se sont adjugé la « mission » et le pouvoir de gérer la question des migrants, hors de toute légalité. À travers le pays, ces milices contrôlent, arrêtent, et enferment des étrangers dans des camps de rétention/détention improvisés. Au nom d’une prétendue préoccupation sécuritaire qui justifierait le « nettoyage des illégaux », ces groupes armés procèdent à de véritables « traques » aux migrants, en prenant essentiellement pour cible les ressortissants d’Afrique subsaharienne. 


in Sara Prestianni Flickr.

Labutadoras

Publicado26 Jun 2012

Etiquetas ciclo de cinema árabe próximo futuro


Portrait Leila Kilani "Sur la Planche" (On the Edge) Quinzaine des Realisateurs Directors fortnight Cannes 2011 

Dans la « Collection La SRF pour la QUINZAINE DES REALISATEURS », Vero CRATZBORN, membre de la Société des Réalisateurs de Films, présente un portrait de Leïla Kilani, réalisatrice du film « Sur la Planche» et de son équipe, lors de la présentation du film à Cannes en 2011.

As part of the series "The SRF for the Directors' Fortnight", Vero Cratzborn, director and member of the SRF, introduces her film about Leïla Kilani's "Sur la Planche (on the edge)" and her crew, shot during the film presentation at Cannes 2011.

Réalisation - Direction by Vero Cratzborn

Image - Cinematography by Alexandre Jamin & Bertrand Declinand (Cannes) - by Matthieu Bastid (Paris)

Son - Sound by Etienne Ement (Cannes) - by Colette Constantini (Paris)

Montage - Editing by Marie Lépine Pothon

Etalonnage - Color timing by Matthieu Bastid

 

Labutadoras

Tânger - Hoje, quatro mulheres de vinte anos de idade trabalham para passar o dia e vivem durante a noite. Elas trabalham duramente, divididas em duas categorias: têxteis e camarões. 
A obsessão delas é estarem constantemente em movimento. «Aqui estamos», dizem. De manhã à noite, o ritmo é frenético enquanto percorrem a cidade. Tempo, espaço e dormir são uma raridade. Mulheres para toda a obra que ainda trabalham para os seus homens e para as suas casas vazias. Esta é a louca corrida de Badia, Imane, Asma e Nawal. 

Leïla Kilani
Morrocos
Ficção, 2011
106’, língua original: francês/árabe
(legendado em português)

27 Jun 2012 - 22:00
Anfiteatro ao Ar Livre
Entrada 3 € | Comprar bilhetes

 

Death For Sale

Publicado26 Jun 2012

Etiquetas cinema marrocos

Tetouan, the Atlantic port city in the north of Morocco. Three young men decide to rob a jewellery store. They are among the hopelessly unemployed street population of Morocco's provincial cities, common thugs in the eyes of many but bound by solidar­ity and friendship. They see the heist as a means to break out of a cycle of poverty that weighs on their destiny like a life sentence. The noir motifs woven into Death for Sale constitute a poetic matrix through which director Faouzi Bensaïdi draws his incisive and intricate portrait of a city left to fend for itself, torn between smugglers and corrupt officials, and prey to extremism and dejec­tion.

Death For Sale is in competition at the 2012 edition of the Brussels Film Festival. 

Chelpa Ferro + Pedro Tudela - making of

Publicado26 Jun 2012

Etiquetas chelpa ferro pedro tudela próximo futuro

Chelpa Ferro + Pedro Tudela

Em 2010, a Fundação Calouste Gulbenkian apresentou a exposição experimental de cerâmica de Barrão. Desta vez, Barrão surge com o seu projeto musical Chelpa Ferro.

Os Chelpa Ferro, também com Luiz Zerbini e Sérgio Mekler, têm-se firmado no cenário da música contemporânea brasileira com um trabalho que combina experiências com instrumentos musicais tradicionais aliados a recursos eletrónicos, esculturas e instalações tecnológicas, durante as apresentações ao vivo e as exposições. Apresentando-se ao vivo em parceria inédita com o artista português Pedro Tudela, os Chelpa Ferro farão uma performance espontânea, a partir da troca entre os artistas, uma elaborada textura sonora composta por ruídos, guitarras, baterias eletrónicas, samplers, baixo e efeitos digitais envolvendo o público em um ambiente de experimentação auditiva e potencialização sensorial. O improviso é a sua forma de construção, o som é a sua matéria-prima.

CHELPA FERRO (Brasil,1995) é um grupo multimédia composto pelos artistas plásticos Luiz Zerbini, Barrão e Sérgio Mekler, constituído em 1995. Em 2007, realizaram a exposição “ON-OFF Poltergeist”, na Meskalito Gallery (Londres). Em 2008, tocaram no Festival NetMage, em Bolonha (Itália). Em 2009, ocuparam o Octogono da Pinacoteca (São Paulo) com a instalação “Totoro”. Participaram na Bienal do Mercosul e lançaram um documentário dirigido por Carlos Nader sobre a trajetória do grupo. No ano de 2010, apresentaram “Jungle Jam”, em Londres, na Galeria Sprovieri, e concorreram ao Nam June Paik Award. Em 2011, apresentaram a instalação “Spaceman/Caveman”, na Galeria Vermelho (São Paulo) e realizaram um concerto e uma exposição no Aldrich Museum (EUA).

PEDRO TUDELA (Portugal, 1962) é artista plástico. Desde 1982, tem participado em vários festivais de performance. Autor e apresentador dos programas na rádio XFM “Escolhe um dedo” e “Atmosfera reduzida”, entre 1995 e 1996. Em 1992, por ocasião da exposição "mute...life", fundou o coletivo multimédia Mute Life dept.[MLd]. Enveredou na produção sonora, em 1992, participando em concertos, performances, edições discográficas em Portugal e no estrangeiro. Cofundador e um dos elementos do projeto de música experimental eletrónica @c. Membro fundador da Media Label Crónica. Trabalha como cenógrafo, desde 2000. Participou em inúmeras exposições coletivas, nacionais e internacionais, desde o início da década de 80.

Syrian cartoonist Ali Farzat: 'They broke my hands to stop me drawing Assad'

Publicado25 Jun 2012

Etiquetas primavera árabe


Ali Farzat founded in 2001 Syria's first satirical weekly, Ad Domari. In August 2011, he was attacked by Bashar al-Assad's militia who broke his hands. The incident prompted international condemnation of the Assad regime. Farzat was awarded the European parliament Sakharov prize for freedom of thought.


in The Guardian.

Blagues à part

Publicado25 Jun 2012

Etiquetas Vanessa Rousselot documentário

Quelques mots pour vous dire que mon documentaire "Blagues à part" sera projetté à Paris ce dimanche 23 otobre à 22h15 au Forum des images, à l'occasion de la remise des étoiles de la scam. Les 30 films primés sont diffusés entre de 14h et minuit et l'entrée est libre (programme détaillé en pièce-jointe). 

 

Si vous n'êtes pas parisiens ou que vous souhaitez faire passer le mot, sachez que les prochaines projections auront lieu le 30 octobre à Boston, le 4 novembre dans le Festival du Monde Arabe de Montréal, début novembre au Festival du Cinema Européen de Séville, le 12 novembre au Festival des Escales Documentaires de La Rochelle, le 19 novembre aux Rendez-vous du Carnet de voyage à Clermont Ferrant, le 24 novembre au Festival des Libertés à Bruxelles, le 1 décembre dans la Muestra de Cinema Palestinien à Madrid, entre le 6 et le 9 décembre dans le Primed à Marseille.

 

Et pour découvrir ou recommander le film, un extrait d'une critique de Jean Michel Frodon, ancien directeur des Cahiers du Cinéma :

Blagues à part est un documentaire tourné par une jeune française, Vanessa Rousselot, auprès des Palestiniens, dans les territoires et avec ceux qui vivent en Israël. A des gens rencontrés souvent dans la rue, ou au hasard de visites, la réalisatrice a demandé de raconter les blagues qui ont cours chez eux. L’idée de décaler ainsi l’interminable chronique doloriste et violente de la détresse palestinienne soumise depuis plus de 60 ans à l’oppression, la dépossession et l’exil, est en soi excellente. (...)

Mais la réussite de Blagues à part va bien au-delà de son programme. Avec un très juste sens cinématographie, la réalisatrice laisse dériver les situations qu’elle a enclenché, les réponses à côté, les irruption d’autres rapports à la réalité et au langage, (...) les silences comme les fous rires qui empêchent le récit, construisent un monde mental où règne le désespoir, mais qu’habitent des vivants, hommes, femmes, adolescents, vieille dame bouleversante, et non des « figures » assignées à un rôle  ou une fonction (fut-ce celle de raconter une blague).

Libérateur, le rire ne l’est évidemment pas au regard de l’enfermement et de l’injustice –mais la question du rire se révèle au moins libératrice d’une manière nouvelle pour le cinéma de regarder ce qui existe. Diffusé seulement à la télévision, Blagues à part n’est jamais sorti en salles. C’est bien regrettable.


Vanessa Rousselot

Próximo Futuro traz Primavera Árabe à Gulbenkian

Publicado25 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro primavera árabe

Próximo Futuro traz Primavera Árabe à Gulbenkian in Sapo Notícias.

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África: Transmissão Online

Publicado24 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Transmissão Online, aqui: http://www.livestream.com/fcglive

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Publicado24 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

5.ª sessão: Pensadores do Norte de África

24 de Junho 2012, 22h00 - Anfiteatro ao Ar Livre

KARIM BEN SMAIL (Tunísia, 1961) é um conceituado editor tunisino. Editor politicamente ativo dirige a Cérès Editions, uma das mais respeitadas e antigas editoras independentes do Norte de África, que publica ensaio, ficção, não-ficção e livros de arte.

FETHI BENSLAMA
(Tunísia, 1951) estudou psicopatologia na Universidade Paris 7. Em 1988, publicou o seu primeiro ensaio “La nuit brisée” (Ramsay), um livro que aborda a questão da linguagem sob o ponto de vista psicanalítico, de acordo com o fundador do Islão. Alguns meses depois, o caso Rushdie eclodiu, pelo que que Fethi pôde agarrar-se à sua defesa. O seu compromisso político para a defesa da democracia, para o secularismo e para os direitos das mulheres no mundo árabe e muçulmano leva-o, em 2004, à criação do “Manifeste des libertés” com outros intelectuais. Mas é com o seu ensaio “La psychanalyse à l’épreuve à l’islam’’  (Flammarion, 2002), que Fethi se tornará conhecido. Atualmente, dirige na UFR - Estudos Clínicos de Psicanálise da Universidade Paris 7, onde também leciona. Lidera ainda uma equipa de pesquisa sobre “Política da Saúde e das Minorias”, no Centro de Pesquisa de Psicanálise e Medicina, uma área na qual tem publicado vários estudos. É autor de inúmeros ensaios, sendo o mais recente sobre as revoluções árabes “Soudain la révolution !”, CERES / Denoël, Tunes-Paris, 2011.

WASSYLA TAMZALI
(Argélia, 1941) é advogada em Argel e, desde 1979, funcionária na UNESCO, em Paris, onde dirige o programa sobre os direitos das mulheres. É membro fundador da Igualdade Coletiva Magrebina, criada em Rabat, em 1992, e, em 1993, fundadora e vice-presidente do Fórum Internacional para as Mulheres do Mediterrâneo. Em 1994, foi responsável pelo "Relatório Internacional sobre a violação utilizada como arma de guerra, tendo em vista a violação sistemática das mulheres muçulmanas na Bósnia e Herzegovina". Em 1999, em Dhaka, Bangladesh, recebeu em reconhecimento do seu trabalho pelas associações feministas abolicionistas, o "Lifetime Achievement Award".

SAMY GHORBAL
(Tunísia, 1974) é um jornalista franco-tunisino. Entre 2000 e 2009, trabalhou para a revista semanal pan-africana Jeune Afrique e tem vindo a fazer jornalismo freelance desde então. Foi um dos primeiros jornalistas a abordar o assunto sobre o retorno do véu islâmico na Tunísia e a desenhar o perfil de Ben Ali, ex-genro de Sakhr El Materi, em 2009. Envolveu-se na política durante a Revolução da Tunísia e atuou como assessor político e autor dos discursos do líder PDP Ahmed Néjib Chebbi. Entre 2009 e 2011, escreveu "Orphelins de Bourguiba & Héritiers du Prophète" (Edições Cères, janeiro de 2012), um ensaio político sobre o primeiro artigo da Constituição de 1959 da Tunísia, que é o pilar do secularismo na Tunísia e a espinha dorsal da identidade política moderna do país.

Quand le corps féminin fait la révolution

Publicado24 Jun 2012

Etiquetas primavera árabe

Quand le corps féminin fait la révolution

Avec la chute du mur de la peur durant les révolutions arabes, un phénomène nouveau et totalement inédit s’est produit. Le corps des femmes a émergé dans ce nouveau paysage politique et social comme un messager, un étendard qu’elles ont brandi pour rappeler qu’elles existaient à travers lui. Nadia Aissaoui et Ziad Majed pour Mediapart.fr

Dans des sociétés conservatrices, le contrôle de la liberté des femmes est toujours passé par celui de leur corps. Ce dernier, couvert, caché, vierge, fécondable et entravé fait l’objet de toutes les interdictions et toutes les obsessions.  Il symbolise à la fois l’honneur de la famille mais aussi une source de tentation et de discorde (fitna).

C’est précisément pour questionner et défier cette obsession que des femmes de plusieurs pays arabes ont décidé de bousculer l’ordre établi en mettant la question du corps au cœur du débat. Elles veulent signifier à la société patriarcale que la révolution a bien lieu et qu’elle ne se fera pas sans elles.

L’Egypte : Défis à travers le corps

Tout a commencé en Egypte avec l’éclatement du scandale des tests de virginité pratiqués par les militaires sur les manifestantes arrêtées. Cette pratique inconnue jusque-là, et tue par de nombreuses femmes qui craignaient la vindicte familiale et sociale, a été dénoncée par Samira Ibrahim comme une volonté délibérée de l’armée d’humilier les manifestantes. Elle a porté plainte contre les militaires et a gagné son procès.

Un autre acte d’humiliation a eu lieu cette fois sous l’œil des caméras du monde entier et concerne une manifestante voilée, battue et trainée par les forces de l’ordre et dont les vêtements ont été arrachés dévoilant son soutient gorge bleu. 

Cet évènement a scandalisé l’opinion et provoqué des réactions politiques, culturelles et artistiques. La violence qu’il a exprimée révèle un acharnement contre la femme dans son rôle citoyen et politique. La dénuder est ainsi un acte qui vise en plus de l’humilier, à lui notifier une opposition à sa liberté, à son mouvement dans l’espace. Le fait qu’elle soit voilée donne une dimension encore plus symbolique  à cette agression puisque désormais aucune femme n’est épargnée par le harcèlement.

Le passage à l’acte de dénonciation de Samira Ibrahim et la violence que les femmes ont subie ont impulsé en Egypte et ailleurs dans le monde arabe une dynamique d’utilisation du corps comme un lieu de revendication de la liberté, de la dignité et de la souveraineté. Depuis, la question du harcèlement sexuel fait couler beaucoup d’encre et les campagnes de mobilisation contre ce fléau ne cessent de grossir. (Voir Harrass Map dans notre article "Le printemps arabe est aussi un printemps des femmes").

Une autre égyptienne, Alia Al-Mahdi, a défrayé la chronique en publiant dans son blog unephotographie d’elle posant nue. Cette transgression impensable a soulevé une vague d’indignation et de colère dans la blogosphère y compris dans les milieux les plus progressistes, qui s’étaient mobilisés pour Samira Ibrahim et contre la violence. Leur malaise était d’autant plus important que le message porté par cette photo les exhortait à repenser la révolution en tant que quête de liberté absolue, inconditionnelle. Certains ont considéré que cette publication était excessive et relevait davantage de l’exhibitionnisme et de la provocation que de l’acte subversif.

Toujours est-il qu’Alia Al-Mahdi a marqué les esprits et a suscité une vague de sympathie dans le monde entier. Ainsi, pour marquer leur soutien à Alia, un groupe de féministes iraniennes a conçu et médiatisé un calendrier à partir de photographies de femmes nues. Elles entendaient par-là envoyer un double message de solidarité envers les femmes en général et celles de leur pays en particulier (vidéo de promotion du calendrier ci-dessous).

D’autres initiatives individuelles ont également eu lieu et ont contribué au renforcement de ce mouvement d’affirmation du corps féminin. Deux actrices tunisienne et iranienne ont posé pour des magazines en dévoilant certaines parties de leur corps. Cette posture, loin d’être anecdotique, est clairement devenue une forme de revendication d’une liberté trop longtemps étouffée. 

En Syrie, dans cette révolution extraordinaire et hélas sanglante, le corps s’est transformé en support artistique d’une position politique. Les femmes ont décidé d’opposer aux photos de cadavres mutilés, aux histoires de viols et de torture, celles portant des messages de liberté. 

Une demande de reconquête d’une indépendance individuelle mais aussi collective est manifestement exprimée. Le corps est le messager (esthétique) d’une résistance politique et éthique. La photo de Lobna Awidat en est une parfaite illustration. 

Tout comme pour l’Egypte, bien que ces photos aient été loin de faire l’unanimité, elles ont ouvert un débat de fond entre ceux qui ont manifesté leur soutien à cette forme d’expression et ceux qui la considèrent comme contre-productive.

Par ailleurs, et au-delà du message de la réappropriation du corps, la nudité exprime la volonté pacifiste de mener un combat d’idées. Un corps dénudé signifie qu’il ne porte pour seule arme que le message qu’il transmet. Beaucoup d’hommes ont également adopté cette démarche soit durant les manifestations où on a pu les apercevoir torse nu face aux chars soit dans des photographies circulant sur le net.

Espace virtuel et corps

C’est surtout grâce à l’espace virtuel que ce processus de redéfinition d’une nouvelle identité à travers le corps a été possible. Nous sommes devant une représentation affranchie de si. Exempt de censure et de censeurs, l’espace virtuel est le lieu d’exercice de la citoyenneté par excellence. Le corps détient la possibilité de s’y montrer sans entraves et le citoyen est libre de le contempler ou pas. Entre l’espace public extrêmement codifié et liberticide et l’espace virtuel où tout devient réalisable, un grand pas a été franchi. 

Le corps en tant que territoire de combat, de conquête ou de libération devient un redoutable enjeu dans les révolutions. Des femmes se réapproprient cet espace confisqué pour faire barrage à la violence et à ses auteurs. Mêmes si ces femmes constituent une petite minorité dans le monde arabe, la portée de leurs actions indique que quelque chose d’irréversible et d’impossible à contenir s’est produit.

Dans ce moment crucial de leur histoire, ces femmes ont conscience de ce qui se joue en termes de mutations et d’opportunités de revendiquer leurs droits y compris, celui fondamental d’être libres de disposer de leur corps et leurs mouvements. Elles demeurent parmi les remparts importants contre la montée du conservatisme social et de l’intégrisme religieux. En brandissant le slogan « mon corps m’appartient, il n’est l’honneur de personne », la dimension politique du corps dénudé a pris le pas sur sa dimension érotique. 

Les femmes ont remis à l’ordre du jour, la conviction féministe universelle que plus que jamais, le « personnel est politique ». 


in Quand la peur change de camp.

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Publicado24 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África


4.ª sessão: O protagonismo das mulheres nos países do norte de África

/ 24 de Junho 2012, 19h00 - Tenda

MICHKET KRIFA (moderadora)
(franco-tunisina, 1960) é autora, diretora artística e comissária de artes visuais para África e Médio Oriente. Dirigiu várias exposições e publicações temáticas sobre o Irão (nomeadamente “Regards persans“ - Electra, 2001 -, “Iran regards Croisés“ - Photo Spana - e “Haft“ - Landowski de Boulogne Billancourt -, ambos em 2003; sobre a Tunísia (“Saison tunisienne“ - 1995, “Femmes d’images espace privés“ - Palácio Kheirredine,  2007 -, “Dégagements“ - Instituto do Mundo Árabe,  2012 - ; sobre a Argélia (“Algérie, les faits et les effets“ – 2004; sobre a Palestina (“Le Printemps palestinien“ – 1997 ; realização de 80 eventos culturais relativos à Palestina em França, “La vie tout simplement“, exposição de Rula Halawani e Tayssir Batnijipatente na Ponte das Artes, em 2007). Também foi diretora artística dos VIII e XIX Encontros de Bamako, a Bienal africana da fotografia e comissariou a exposição intitulada “Dégagements, Tunisie un an après“, no Instituto do Mundo Árabe (Paris,  2012). Colaborou ainda com os Encontros de Arles, o Institut Français, o Institut du Monde Árabe, a Câmara de Paris, a Comissão Europeia, o espaço Louis Vuitton, o World Press Photo, a Documenta XI, a Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa).

NAWEL SKANDRANI
(Tunísia, 1958) começou a carreira profissional como bailarina em Itália, em França e nos EUA, tendo regressado ao seu país onde fundou e dirigiu o Ballet Nacional da Tunísia. Desde 1997, tem feito a sua  carreira como coreógrafa e professora independente, assinando uma dezena de criações tais como “A la recherche du centre perdu”, “Les gosses du quartier”, “Corps complices”, “Les croisades vues par les Arabes”, “Les étoiles filantes meurent en silence”, “La feuille de l’Olivier”, “Alice si meraviglia” e “ARTcè/seuLement”, entre outras. A sua colaboração com o teatro, que começou em 1986 com Mohamed Driss e Ismail Pasha, com a peça “Vive Shakespeare, le compagnon des cœurs”, tem vindo a desenvolver-se, desde 1997, assim como com Fadhel Jaïbi e Baccar Jalila, com as peças “Soirée particulière”, “Grand ménage”, “Junun/Démences” e “Khamsoun/Corps otages”. Nawel Skandrani é membro fundador do conselho tunisino do Instituto Internacional do Teatro, membro do conselho de administração do Fundo de Teatro para Jovens Árabes e do Fundo Roberto Cimetta.


OLIVIA MARSAUD
(França, 1976) é jornalista e repórter. Tem trabalhado em África e na Diáspora, desde 2000, assim como para os órgãos de comunicação social Jeune Afrique, RFI, Africultures e Afrik.com. Em 2005 trabalhou para o El Watan, em Argel, e foi editora adjunta da revista mensal África, de 2007 a 2009. Desde 2010 é a editora da Revista trimestral AFRICA24. Apaixonada por fotografia, foi assistente dos diretores de arte Michket Krifa e Laura Serani, durante a Bienal de Bamako de 2009, e realizou as avaliações de portfólio da Bienal Bamako de 2011. É também membro ativo da Fetart, desde 2008, e encontra-se no quadro da organização do Circulação (s), festival Europeu de fotografia jovem (Paris), desde 2011. 

NAHED NASRALLAH
(Egito, 1953) é uma famosa designer de moda para cinema e teatro, que trabalhou em parceria com os célebres realizadores de cinema Youssef Chahine e Nasrallah Yousry, entre outros. Da sua filmografia mais conhecida, destaca-se “The Yacoubian Building” (2006), “Destiny” (1997), “The Other” (1999) e o “The Emigrant” (1994). Nahed Nasrallah encontra-se também muito ligada às questões sociais, desde a revolução ocorrida no Egito.

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África: Transmissão Online

Publicado23 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Transmissão Online, aqui: http://www.livestream.com/fcglive
 

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Publicado23 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

2.ª sessão: O Estado das Artes 

23 de Junho 2012, 19h00 - Tenda 

BOUCHRA KHALILI
(Marrocos, 1975) estudou Cinema, na Sorbonne Nouvelle, e Artes Visuais, na École Nationale Supérieure d'Arts, Paris-Cergy. O trabalho de Khalili em vídeo, instalações mistas de média e impressões combinam uma abordagem conceptual com uma prática documental para explorar questões de nomadismo, existências clandestinas e a ’experiência emigrante‘, com uma especificidade para o destino dos migrantes, na medida em que, concretamente, resumem assuntos que são fundamentalmente regidos pela itinerância. No seu trabalho, ela conjuga linguagem, subjetividade, o mínimo de palavras, territórios e rotas de passagem, investigando a inter-relação entre as migrações contemporâneas e a história colonial e a geografia física e imaginária. O trabalho de Khalili tem sido  amplamente divulgado em todo o mundo, incluindo recentemente no MoMA, como parte da exibição do filme "Mapping Subjectivity" (2011), na 10ª Bienal Sharjah (2011), na Marian Goodman Gallery (Paris, 2011), na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2011) e em La Triennale (Palais de Tokyo, Paris, 2012), entre outros.

AHMED EL ATTAR
(Egito, 1969) é diretor de teatro independente, tradutor e dramaturgo. É fundador e diretor artístico do Orient Productions e do Temple Independent Theatre Company, fundador e diretor-geral do estúdio da Fundação Emad Eddin e diretor artístico do Downtown Contemporary Arts Festival (D-CAF), um festival anual multidisciplinar de arte contemporânea, que ocorre todas as primaveras no centro de Cairo. As suas produções incluem “On the Importance of being an Arab” (2009) e "F**k Darwin or how I have learned to love socialism" (2007). A sua obra teatral tem sido apresentada em grandes teatros e festivais pela Europa e pelo Médio Oriente. El Attar é um Clore Fellow do Clore Leadership Programme (2008-2009), tendo-lhe sido atribuído o prémio de melhor argumento de teatro (2010) da Fundação Sawiris para o Desenvolvimento Social pela peça ”Life is beautiful or waiting for my uncle from America”. Foi escolhido, pela edição em árabe da revista Newsweek (26/4/05), como uma das 42 personalidades que mais influenciaram a mudança no mundo árabe.

MOHAMED SIAM
(Egito, 1981) é documentarista independente e realizador de filmes de ficção. Como primeiro assistente de realização, trabalhou em projetos de longas-metragens como o documentário “A Cidade dos Mortos”, coprodução luso-espanhola financiada pelo Canal Plus que estreou no IDFA 2009 (Festival Internacional de Filmes Documentários de Amesterdão) e recebeu a distinção de Melhor Filme, na Documenta de Madrid, em 2010. Recentemente foi primeiro assistente de realização no filme “Nos últimos dias da cidade”, do realizador egípcio Tamer Said, financiado pelo Global Film Initiative e pelo Cinereach, entre outros fundos. É ainda o fundador e diretor artístico do Centro Cinematográfico Artkhana, em Alexandria, um espaço artístico que providencia apoio técnico e formativo para realizadores. 

ONS  ABID 
(Tunisia em 1979) é fotógrafa freelancer e trabalha para as revistas Jeune Afrique (sediada em Paris), Afrique Magazine e, mais recentemente, Paris Match. Licenciou-se em Design Gráfico no Instituto Superior de Belas Artes de Tunes (ISBAT), em 2004. Em 2005 trabalhou simultaneamente como fotógrafa e como diretora artística numa agência publicitária. Em 2009 completou o mestrado em Ciência e Artes no mesmo Instituto (ISBAT), onde ficou a lecionar em 2010. Vive entre Tunes e Paris, dedicando-se a múltiplos projetos na área da fotografia documental e do video.

SOFIANE OUISSI
(Tunísia, 1972) é coreógrafo e agente cultural. Escolheu as suas performances como planos de ação para a reforçar e ampliar as vozes de luta na Tunísia. Através do Coletivo Cidade Sonho, escolhe uma forma festiva e alegre de criar espaços livres de expressão e, principalmente, de encontrar prazer na troca e na luta pela partilha de ideias numa construção conjunta: o Brainstorming. Para além disso, através de ZAT e Laaroussa, fábrica artística no espaço popular de uma revista especializada na voz da população marginalizada, consegue que a comunidade cultural da Tunísia participe no seu desejo de luta, a fim de compartilhar e expressar a cultura. 

Tahar Ben Jelloun - "Um livro sobre o amor pode ser político"

Publicado23 Jun 2012

Etiquetas tahar ben jelloun próximo futuro

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África
3.ª sessão: A Primavera Árabe explicada por Tahar Ben Jelloun 
23 de Junho 2012, 22h00 - Anfiteatro ao Ar Livre
(tradução simultânea FR-PT e vice-versa)  

TAHAR BEN JELLOUN (Marrocos, 1944) mudou-se para Paris em 1971 onde estudou filosofia e se tornou jornalista e escritor. Depois de vários romances, contos e poesia, recebeu o Prix Goncourt em 1987, por “La Nuit Sacrée”. Comprometido intelectual e culturalmente, nunca desistiu de lutar contra o racismo e a ignorância. A sua obra, tanto literária como intelectual, permitiu a aproximação das duas margens do Mediterrâneo transmitindo, ao ocidente, a cultura do mundo árabe.



É ao mesmo tempo marroquino e francês. Escreve em língua francesa e olha hoje para as transformações sociais e culturais nos países na Primavera Árabe. E espera da nova França uma postura diferente em relação às ditaduras. 

Com os seus dois passaportes e a crença no papel de escritor "que critica, denuncia, intervém", Tahar Ben Jelloun estará hoje (22h) na Fundação Calouste Gulbenkian para dar uma conferência onde se propõe "explicar a Primavera Árabe". Convidado para participar no programa Próximo Futuro, que este ano se centra no Norte de África em revolução, Ben Jelloun veio também para apresentar o livro O Primeiro Amor É Sempre o Último, de 1995 (lançado agora pela Quidnovi). 

Fala dos islamistas que "se aproveitaram das revoltas", das mulheres do seu país de nascimento, Marrocos, que aproveitam novas leis para "recuperarem as suas liberdades" e das suas expectativas face à "nova França", país que fez seu.

Vive em França há 40 anos. Há dez, sentiu o impacto dos atentados. O ano passado, o das revoltas árabes. O lado de cá e o lado de lá conhecem-se hoje melhor ou pior?

Penso que esta noção Oriente-Ocidente é muito fluida. Se pensarmos na Europa, em França, estamos no Ocidente, mas há muita gente do Magrebe. O que se passou nos últimos dez anos e que é muito inquietante é a forma como o islão foi percepcionado pelos europeus. O exagero, o medo. Isso ajudou a extrema-direita a ter bons resultados. Esta islamofobia baseia-se numa pequena minoria de franceses ou imigrantes, são muito poucos, que manipulam o islão. A reacção foi desproporcionada. A extrema-direita e a direita jogaram com os medos, partindo de pequenos factos. O resultado disso é que o islão não tem uma boa reputação. E isso aconteceu mesmo em países como a Noruega e a Suécia, que, verdadeiramente, não têm um problema de racismo.

As revoltas criaram uma nova imagem, igualmente distorcida?

As revoltas árabes criaram uma imagem boa. As pessoas disseram: "Eles são formidáveis, lutam pela democracia, pela liberdade". Mas, claro, depois os islamistas aproveitaram-se destas revoltas e isso voltou a mudar a percepção, a confundir quem está de fora.

Não era esperado que os movimentos islamistas, perseguidos pelas ditaduras derrubadas, ganhassem um espaço político desproporcionado? Pelo menos numa primeira fase?

O islamismo é uma deriva do islão normal. É um desvio que se tornou num extremismo e que ameaça os muçulmanos. Há várias formas de praticar o islão. Em Marrocos, por exemplo, há um islão calmo, que não é ameaçador. No Egipto e na Tunísia, os salafistas atacam casais de namorados, cafés que servem álcool. Esta é uma ameaça, antes de mais, para os muçulmanos. 

Os europeus são capazes de ver isso?

É preciso fazer muito esforço. Nós tentamos explicar, mas é muito difícil. Eu tento e escrevo sobre a Primavera Árabe. Ainda há dias publiquei um texto no jornal Le Monde, mas os que lêem são uma minoria, são os intelectuais.

É verdade que os islamistas se apropriaram das revoltas, mas nas ruas da Tunísia ou do Egipto continuam também os democratas e as mulheres.

Há uma resistência da sociedade laica. Na Tunísia, [Habib] Bourguiba [presidente derrubado em 1987 por Ben Ali] deu às mulheres o estatuto mais liberal de todo o mundo árabe. Agora, elas não querem perder esse estatuto. E os islamistas não querem que elas o mantenham. O problema crucial do islamismo é a sexualidade. O medo visceral do homem islamista é que alguém veja a sua mulher ou toque nela. Estão, decidem escondê-la. E há mulheres que aceitam isso, o que é completamente incompreensível.

Nas manifestações estão mulheres laicas e religiosas.

Sim. Ao mesmo tempo, a mulher actual, moderna, quer participar na vida e tem consciência política. Em Marrocos, há mulheres que usam véu e que trabalham como as outras. É uma questão de grau, às vezes trata-se de uma reacção contra o Ocidente, que vê a mulher como um objecto, passando essa ideia através do cinema e da televisão. Há mulheres que, mesmo não sendo fanáticas, reagem a isso. Não têm vontade de se mostrar assim. Há uma parte de moralidade no islamismo.

As leis contra o uso de alguns tipos de véu, em França, por exemplo, não correm o risco de serem contraproducentes?

Em França há de tudo, mulheres que usam véu integral são umas centenas, há muitas que não se cobrem ou que usam um véu a cobrir o cabelo. E nota-se esse ponto de vista moralizador. Chegámos a um momento em que é preciso escolher. Não é possível querer estar num Estado laico e ao mesmo tempo exibir sinais religiosos. O voto contra a burqa [que cobre todo o corpo, o cabelo e o rosto] é normal numa sociedade laica. Se alguém quer trabalhar na administração pública, é normal que não possa cobrir o rosto.

Mas e quando há leis dessas, como na Bélgica ou Espanha, aprovadas por municípios onde quase não há muçulmanas? Às vezes para proibir o lenço nas escolas públicas, por exemplo, nalguns casos em países onde se exibem símbolos católicos.

Quem usa burqa na Europa é uma pequena minoria. Se nascemos numa sociedade que se bateu pela laicidade... Penso que o debate do véu levantou a questão da laicidade de uma forma global em países como Espanha, Itália, Holanda. 

Em Marrocos há uma série de aberturas em curso. O valor da mulher tem-se aproximado do valor do homem?

Começou a mudar bem antes da Primavera Árabe. O estatuto não é o ideal e não é tudo, mas a transformação que tem acontecido corresponde a uma modernização da sociedade. Para além disso, a mulher sempre trabalhou mais do que o homem em Marrocos. Hoje, os direitos chegam ao campo político. O Estado diz: "Vamos dar este direito às mulheres." O divórcio, por exemplo, leis que protegem as mães. Mas a sociedade não muda por decreto.

Marrocos, onde há muitos anos há liberdade de manifestação, não viveu uma revolução, mas viu nascer um movimento de protesto novo. Foi importante para acelerar as mudanças?

O Movimento 20 de Fevereiro foi muito importante. As pessoas manifestam-se muito em Marrocos, isso é normal e continua. Houve uma grande manifestação há um mês em Casablanca. Marrocos está a jogar a carta da democracia. Ainda não é uma democracia, mas tem uma oposição que se exprime, que critica o Governo. Está tudo em movimento. Mas não está tudo bem.

O ano passado foi um momento de viragem? Alguns membros do grupo Diplomados Desempregados dizem que o 20 de Fevereiro já mudou a linguagem, o modo como se olha para a monarquia.

Certamente. Não estamos a dormir. Não aceitamos tudo. O movimento de diplomados licenciados tem muitos anos. E o 20 de Fevereiro é muito importante para dar conta da disfuncionalidade da administração do país, de uma economia que aplica um capitalismo selvagem, de um país que deixa muito a desejar no plano dos direitos sociais.

É marroquino e é francês. É escritor e tem intervenção política. O estar a meio caminho permite fazer pontes, ajuda a compreender e a dar a compreender?

Eu tenho dois passaportes, um marroquino e um francês. Enquanto escritor, sou sensível à minha experiência política e reconheço os meus valores no meu trabalho. Nem todos os escritores são assim, mas eu sou crítico e vigilante, é o papel do escritor. O escritor é quem critica, quem denuncia, quem explica, quem intervém. Eu tenho uma história, comecei a escrever nos anos 1960. O que me fez escrever foi a injustiça, a violência da repressão. Escolhi o meu universo literário, o cidadão já existia.

Nos seus livros há incompreensões e impossibilidades de partilha entre homens e mulheres. No livro que vem apresentar há amores, sexo, contradições, bons religiosos que não o são.

O Primeiro Amor... é um livro que lemos com prazer, conta histórias estranhas e simpáticas. Mas também lá está uma visão do papel do homem e da mulher nos países do Mediterrâneo. A minha visão. Eu imagino situações, invento histórias, mas estas traduzem as minhas visões do mundo. E é por isso que até um livro sobre o amor pode ser político. 

Ainda vai escrever histórias de amor muito diferentes destas e poderá imaginá-las a acontecerem em Marrocos?

As coisas evoluem normalmente. Agora, em Marrocos, há muito mais divórcios do que antes porque as novas leis o permitem. Foram um modo de as mulheres recuperarem a sua liberdade. O escritor que eu sou olha esta transformação em curso, para um país onde hoje se fala de pedofilia, de incesto, de maus tratos. Todas estas realidades já existiam, mas hoje sabemos que elas existem. A sociedade civil marroquina também é extraordinária, há movimentos que nasceram nos últimos anos para apoiar as mulheres sozinhas, há uma associação de luta contra a sida, que explica o que é preciso explicar abertamente. Isso seria impossível na Argélia ou na Arábia Saudita. Vejo elementos positivos, mas continuo sempre crítico.

Vem "explicar a Primavera Árabe" à Gulbenkian. É possível olhar para a frente neste momento tão fluido?

Vou tentar falar do futuro destas Primaveras árabes. De momento, foram feitas prisioneiras pelo islamismo ou, no caso da Síria, por um regime louco. Mas há hipóteses que se podem desenhar.

Uma conferência pode influenciar a forma como as pessoas olham o mundo? Sente essa responsabilidade?

O escritor tem de aceitar que fala, fala e não acontece nada. A literatura tem limites, não podemos mudar nada com os livros ou com uma conferência. Faço o que faço sem muitas ilusões. Claro, às vezes há alguém na assistência que no fim vem ter connosco e nos diz: "Ah, é isso mesmo!" Não sou um profeta. Mas tenho paciência e faço sempre um esforço, coloco-me no lugar de uma criança a quem é preciso explicar. E aplico este princípio com muita modéstia.

França (e o resto da Europa, assim como os EUA) teve muitas dificuldades na gestão das revoltas, primeiro na Tunísia, depois no Egipto, na Líbia. Esperava uma abordagem diferente?

França e outros países europeus foram culpados de terem apoiado estas ditaduras em nome dos seus interesses económicos enquanto tantos democratas destes países, escritores, jornalistas, denunciavam os seus horrores. Mas da nova França espero uma postura diferente. Apesar da crise, da História que nos ultrapassa a todos, de um Governo socialista, podemos reclamar que seja muito mais compreensivo com o mundo, com estes povos que lutam e que sofrem. Antes, no tempo de [Jacques] Chirac e de [Nicolas] Sarkozy, tínhamos ministros que faziam férias pagas pelos marroquinos, pelos tunisinos. Quando o silêncio foi comprado, não podemos esperar muito. 

Acredita de facto numa atitude diferente agora?

[François] Hollande é fiável. Tem de lidar com todo o peso da crise económica, que nos ultrapassa a todos no mundo. Mas, no mínimo, no plano da política internacional, podemos esperar maior seriedade deste Governo. Podemos exigir que seja realmente diferente em relação a um Governo de Sarkozy ou de Chirac. Isso é certo.



Por Sofia Lorena in Público.

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África: Transmissão Online

Publicado22 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Transmissão Online, aqui: http://www.livestream.com/fcglive
 

Emel Mathlouthi - Concerto Inaugural

Publicado22 Jun 2012

Etiquetas emel mathlouthi

Este álbum conta a história da minha Tunísia, a história dos negros anos vistos através dos meus olhos: através da minha experiência como estudante, uma jovem rebelde e dissidente, através dos meus anos de luta artística e ideológica, e através das minhas lágrimas de imigrante, do meu sofrimento e do meu amor à liberdade. Dedico este álbum a todos aqueles que deram suas vidas para que, um dia, a Tunísia pudesse ser livre. O caminho é longo, mas todos os dias... um novo nascer do sol e novas esperanças surgem... e nós somos essas esperanças.

EMEL MATHLOUTHI

(Tunísia, 1982) é autora, compositora, guitarrista e cantora que vem trazer um incrível novo estilo de som à música tunisina. Dotada de uma voz marcante, evoca Joan Baez, a Irmã Marie Keyrouz e a diva libanesa Fairouz, com o seu estilo cativante e lírico, com o rock poderoso, com as influências orientais e o trip hop (Emel colaborou com Adrian Thaws AKA Tricky). Começou a sua carreira artística aos 8 anos de idade no palco do pequeno anfiteatro, no subúrbio Ibn Sina de Tunes, onde viveu até à idade de 25 anos. Mudou-se para França para prosseguir a sua carreira como cantora. A canção "Kelmti Horra" (my word is free) foi adotada pelos revolucionários da “Primavera Árabe” e cantada nas ruas de Tunes.

Sítio de Emel Mathlouthi.

Emel Mathlouthi no Facebook.

Emel Mathlouthi no MySpace.

22 Jun 2012 - 22:00, Anfiteatro ao Ar Livre

Entrada 12 € | Comprar bilhetes

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Publicado22 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África



Hoje às 19h na Tenda no Jardim Gulbenkian.
Entrada livre.



Quando o Programa Gulbenkian Próximo Futuro se iniciou em 2009, programa este muito focado na dimensão cultural e artística dos atuais protagonistas africanos e latino-americanos e das Caraíbas, em relação com as cidades e os criadores europeus, não se imaginava que, apenas três anos depois, movimentos revolucionários nos países do Norte de África e do Médio Oriente acontecessem. E, contudo, este sobressalto de rebeldia, de aspiração pela liberdade e pela democracia, não só abalou esses países com consequências imediatas em termos de alterações de regime, como abalou todo o mundo e chamou a atenção para os povos, os criadores, os agentes políticos desta região sobre a qual havia tanta ignorância a somar a tantos clichés maioritariamente negativos. Apenas um ano se passou, muitas convulsões aconteceram e muitas outras irão acontecer independentemente de um maior pessimismo, até ceticismo, ou de um otimismo e até de uma crença excessiva em alguns casos. Nós, que vivemos este tempo, somos testemunhas privilegiadas e devemos estar atentos ao que se passa ouvindo, lendo, estudando, conversando com os interlocutores fundamentais deste processo que são os egípcios, os tunisinos, os sírios, os marroquinos, os argelinos, etc. No caso concreto do Programa Próximo Futuro são interlocutores fundamentais os criadores desta região, vivendo nela ou fazendo parte da diáspora. Assim, dentro da programação da Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África, vamos conversar e ouvir criadores, curadores, artistas sobre o estado das artes nestes países, para melhor os conhecermos e para melhor nos entendermos.



António Pinto Ribeiro 
Programador Geral do Programa Gulbenkian Próximo Futuro

 

1.ª sessão: Os bloggers da Primavera Árabe

22 de Junho 2012, 19h00 - Tenda

Maria João Tomás (moderadora)
(Portugal, 1967) é investigadora no Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais para as áreas do Médio Oriente e do Norte de África, da “Primavera Árabe” e do Mundo Islâmico e é colunista do Diário de Notícias, analisando as mesmas temáticas. Fez o doutoramento em História do Médio Oriente, na Universidade de Basileia e na F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa, e o mestrado em História do Médio Oriente Antigo, na Universidade da Califórnia, Los Angeles, e na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Estudou árabe no ILNOVA e fez uma formação aprofundada sobre o Islão com o Sheik da comunidade muçulmana portuguesa. 
Recebeu várias bolsas, tem artigos publicados em revistas da especialidade, além de participar com comunicações em inúmeros colóquios e congressos internacionais. 

Mona Prince 
(Egito, 1970) é professora associada de Literatura Inglesa na Universidade do Canal de Suez. É também escritora de ficção, tradutora, poetisa e ativista. O seu último romance, "So you may see", foi traduzido para inglês e publicado pela AUC (American University in Cairo), em 2011. Participou em diversos programas e fóruns internacionais nos EUA, França, Noruega, Portugal, Marrocos e Síria. Recebeu alguns prémios literários de diferentes associações locais e internacionais. Encontra-se a escrever um livro sobre a revolução egípcia, baseada na sua própria experiência em Tahrir Square. 

Danya Bashir 
(Líbia, 1989) é autora e ativista social. Venceu duas vezes o Concurso de Empreendedorismo Jovem dos Emirados Árabes Unidos. Durante a revolução libanesa, organizou remessas de ajuda humanitária, para tratamentos médicos e necessidades básicas na Líbia. Recentemente participou na conferência “Yahoo Change Your World”, no Cairo, no painel para as mulheres revolucionárias onde discutiu o papel da comunicação social, de modo a garantir os direitos das mulheres na nova Líbia. Também foi destaque em ”20 Empowering Women to be followed on Twitter”, pela Comunidade de Mulheres Empreendedoras, e nomeada pela CNN como Agente para a Mudança. 

 Yassine Ayari 
(Tunísia, 1982) é engenheira de network e segurança informática e, também, uma ativista que tem lutado pela liberdade de expressão e de internet na Tunísia. Em 2009, candidatou-se para as legislativas, como candidata independente contra o RCD (Reunião Constitucional Democrática). Em 2010, organizou - Nhar Ala Ammar, uma manifestação contra a censura na internet. Em 2011, candidatou-se para as eleições da assembleia constituinte numa lista independente. Simultaneamente, organizou o movimento "Kelmethom" exigindo que o governo desse os devidos direitos aos mártires e aos feridos da Revolução. É ainda membro fundador do Centro da Tunísia para a Justiça Tradicional. 

Aboubakr Jamai 
(Marrocos, 1968) é o co-editor do site de notícias marroquino Iakome.com e membro não-residente no Ash Center para a Governação e Inovação Democrática da Universidade de Harvard. Começou sua carreira na área financeira, como cofundador do primeiro banco de investimento independente de Marrocos, em 1993. Entre 1997 e 2007, foi redator e editor do principal semanário marroquino Le Journal Hebdomadaire. Em 2008, foi professor convidado na Universidade de San Diego, onde lecionou cursos sobre o Islão Político e a Política no Médio Oriente. Os seus artigos têm sido publicados em diversos órgãos de comunicação social (The New York Times, Time Magazine, El País, Le Monde, Le Monde Diplomatique). Recebeu o Prémio Internacional da Liberdade de Imprensa do Comité para a Proteção dos Jornalistas, em 2003. Foi selecionado pelo Fórum Económico Mundial como um Jovem Líder Global para 2005. 

Wassyla Tamzali - Les révolutions arabes et les femmes

Publicado22 Jun 2012

Etiquetas Wassyla Tamzali

Dans le cadre du Festival du monde arabe (FMA) de Montréal, une conférence de Wassyla Tamzali - "Les révolutions arabes et les femmes", 8 novembre 2011, Maison de la culture Frontenac, Montréal, Québec, Canada.

“Breath”, Daniela Thomas - making of

Publicado21 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro daniela thomas


(fotos Osvaldo Perrenoud)

Breath é da autoria do escritor irlandês Samuel Beckett. É provavelmente a mais curta peça de teatro jamais escrita. A data é controversa. Biógrafos diferem nas suas histórias sobre a origem do texto, mas a maioria das citações refere como sendo de 1969. Teria sido escrita para um espetáculo de peças curtas que resultou num grande sucesso do teatro comercial, o erótico “Oh, Calcutta”. Algo completamente em desacordo com tudo o que se conhece sobre Beckett. Ainda para mais porque, na adaptação feita pelo director de “Oh, Calcutta”, os actores apareceram nús em cena. Conta-se que Beckett exibiu uma rara demonstração pública de ira contra o diretor do espetáculo. O facto é que “Breath” é um puríssimo Beckett: sintético, enigmático, sardónico, com direções de uma precisão científica. “Breath” deve ser vivenciado como espetáculo de teatro. Os códigos teatrais - palco e plateia, cortina e terceiro sinal - são imprescindíveis para a fruição da peça. A graça em assistir a “Breath” é perceber toda a dimensão da sua novidade, da sua radicalidade. Daniela Thomas (cenógrafa, realizadora, dramaturga e guionista) diz-nos «Procurei seguir as direções do autor à risca. Espero que o público não se esqueça de aplaudir no fim do espetáculo». 

DANIELA THOMAS (Brasil, 1959) é cenógrafa, realizadora de cinema, encenadora de teatro, guionista e dramaturga. Realizou o seu primeiro cenário para a estreia de “All Strange Away”, de Samuel Beckett, apresentado no La MaMa Experimental Theatre, em Nova Iorque, em 1984. Tem-se dedicado também à criação de guiões e à realização de filmes como “Terra Estrangeira”, “Linha de Passe” e “Insolação”, longas-metragens selecionadas para a competição oficial dos Festivais de Cannes e Veneza (“Linha de Passe” ganhou a Palma de Ouro de melhor atriz, em 2007) e ao design de exposições. Os seus trabalhos já estiveram expostos nas Bienais de São Paulo, de 1987 e 1989, na Bienal do Mercosul, em 2009, e na Bienal de Lyon de 2011, estes últimos com a montagem da micropeça “Breath”, de Samuel Beckett.

“Passadiço”, Marcelo Jácome

Publicado21 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro marcelo jácome


in O Globo, Rio de Janeiro.

O Passadiço, criado este ano para o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, tem como proposta artística a sobreposição de planos independentes que, quando percebidos a uma certa distância, provocam o olhar e a perceção do espetador.

MARCELO JÁCOME (Brasil, 1980) vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde é arquiteto e urbanista. Em 2009, ingressou na EAV-Escola de Artes Visuais, do Parque Lage, onde é orientado por Iole de Freitas. Desenvolvendo a sua linguagem através da colagem e instalações, nas quais o papel é a principal matéria de trabalho, recorre às relações da reta e da curva, bidimensional e tridimensional, lugar e vazio, dentro e fora, tensão e flexão, dissolução da forma e autonomia da cor. Ao longo de sua trajetória, tem participado em projetos independentes, exposições coletivas e uma individual, no Brasil.

Tahar Ben Jelloun

Publicado21 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Tahar Ben Jelloun, de Marrocos.
 

TAHAR BEN JELLOUN (Marrocos, 1944) mudou-se para Paris em 1971 onde estudou filosofia e se tornou jornalista e escritor. Depois de vários romances, contos e poesia, recebeu o Prix Goncourt em 1987, por “La Nuit Sacrée”. Comprometido intelectual e culturalmente, nunca desistiu de lutar contra o racismo e a ignorância. A sua obra, tanto literária como intelectual, permitiu a aproximação das duas margens do Mediterrâneo transmitindo, ao ocidente, a cultura do mundo árabe.


Voice of the Maghreb

Brought up in Morocco, Tahar Ben Jelloun's imprisonment and exile shaped his poetry and fiction. Resident in Paris since 1971, he portrays the experience of the north African dispossessed.

While he was interned in Morocco under the iron fist of King Hassan II, Tahar Ben Jelloun found an escape in James Joyce. Books were not allowed but he asked his brother for the thickest paperback he could find, and the smuggled gift was a French translation of Ulysses. In captivity, he was fascinated "by this writer's liberty".

The young Moroccan composed his first poems, in French, during those 18 months in army camp, after his arrest in 1966 for taking part in student demonstrations in Casablanca. The experience was pivotal.

"At 21, I discovered repression and injustice - that the army would shoot students with real bullets," he says. He sought exile in Paris in 1971, and, now aged 61, is one of France's most fêted writers, and its most prominent author from the Maghreb. As well as poetry, fiction, plays and essays, he writes for France's Le Monde, Italy's La Repubblica and Spain's El País.

Much of his fiction is set in Morocco, though his main inspiration, Tangier - "where it's possible to see the Atlantic and the Mediterranean at the same time" - is "more a memory than a city". His novel The Sand Child (1985) probed the constraints on women in traditional Muslim society through the ambiguous tale of Ahmed/Zahra, a lamented eighth daughter passed off as a boy by her parents, who trades integrity and sanity for male privilege.

With its sequel, The Sacred Night (1987), he became the first north African to win the Prix Goncourt. Through the characters of women, migrants, prostitutes, the illiterate, the imprisoned, madmen and seers, he charts extreme states of powerlessness and invisibility, entrapment and rebellion, or, as he writes in his fictional meditation on ageing, Silent Day in Tangier (1990), of solitude "so absolute the self dissolves".

The Lebanese novelist Hanan al- Shaykh sees his "narrative acrobatics" as extending an Arabic tradition. The Sand Child borrows techniques from the oral storytellers of Marrakech's main square, the Jemaa El Fna. Describing his prose as "lyrical and delicate, forceful and questioning - a hypnotic mix of fable and modernity", she says, "it's never bitter polemic, but you can feel your hand forming a fist".

His youthful incarceration fed This Blinding Absence of Light (2001), a tour de force whose translation by Linda Coverdale (New Press/Penguin) won the 2004 Impac award and was shortlisted for this year's Independent foreign fiction prize. Based on the true story of a former inmate of Tazmamart, one of Hassan II's notorious desert prison camps, the novel reveals the fate of an officer accused of collusion in a failed coup and interred for 20 years in an underground cell, 3m by 1.7m, and only 1.7m high.

When, under international pressure, the political detainees were released in 1991, the few cadaverous survivors had lost inches off their height. "It's a book without concessions," says Ben Jelloun, who drew on a single three-hour interview with a survivor, Aziz Binebine. "I wrote it feverishly, bewitched by it, surprising myself with an inner strength."

The novel transforms unspeakable inhumanity into an existential tale of willed survival. Yet it took an unexpected toll on its author, who found himself accused by his collaborator of having stolen his story. For Ben Jelloun, it was a shock, since he maintains that he was approached to write the book by Binebine's brother, and signed a financial agreement to share the proceeds with Binebine, who approved a draft, and to whom the book was dedicated.

He feels let down by what he sees as the French media's readiness to believe the victim's word over the evidence. At book signings Moroccan protesters distributed leaflets urging people not to buy it.He has no regrets about the book, though, which he considers one of his best. He also found support from Hassan's successor, King Mohamed VI, whom he sees as a reformer, especially on women's rights.

The bruising controversy was the germ of The Last Friend (2004), a novel set in Tangier, in which the author alludes to his own spell in detention for the first time in fiction. A translation has just been published by the New Press, and Ben Jelloun will be in London to take part in the French Institute's Mosaïques festival, next Friday, and English PEN's international writers' day, Migrations of the Mind, at the Institute of Contemporary Arts on Saturday.

Ambiguous betrayal lies at the heart of The Last Friend. "Real friendship, like real poetry, is extremely rare - and precious as a pearl," Ben Jelloun says. Unspoken jealousy dogs a 30-year friendship, as Mamed, learning he has terminal cancer, breaks from Ali. The author works, listening to Mozart, in a light-filled attic a stone's throw from the former Left Bank haunts of Sartre and Camus.

He lives in Charenton, a suburb in eastern Paris, with his wife, Ayesha, the daughter of Moroccan Berbers, and their four children, aged from 19 to nine. Their 14- year-old son, who has Down's syndrome, is a "champion swimmer, who does theatre and music".

Ben Jelloun was born in Fez in 1944. The year before Moroccan independence from France in 1956, his family moved to Tangier, where he went to the French lycée. "My mother was illiterate. My father knew how to read but was a shopkeeper. We had a very modest life, with no music or books, except for the Koran."

In the French library of Tangier, he read copiously and discovered French poetry, but also the tension between cultural affinity and political oppression. When the Algerian war of independence broke out in 1954 there were many Algerians in Morocco, and older children went to join the FLN [National Liberation Front]. At the same time, he says, "pupils at the lycée were allied to the war for France. It was terrible".

As the Existentialists quarrelled over French policy in Algeria he admired Camus' writing but not his political views, "whereas I liked Sartre's views but not his writing". Tangier was an international city and Ben Jelloun met foreign writers passing through, including Samuel Beckett, Roland Barthes and the American Paul Bowles and his wife Jane.

"I didn't like Bowles, the man or the writer. He loved young Moroccan boys and preferred them illiterate. He'd write books in their words; it was an ambiguous relationship." He preferred the Beat poet Allen Ginsberg. "I asked him, 'why Tangier in the '50s?' He answered, 'boys and hashish - and neither is expensive'. But at least he was frank." Later, in Paris, Ben Jelloun became friends with Jean Genet, who taught him "about everything - writing, politics", and whom he depicted in a short story, "Genet and Mohamed, or the Prophet Who Woke Up the Angel".

Among his inspirations are Cervantes, who was influenced by Andalucian Arab culture; Matisse; and Fernando Pessoa ("I read a poem every night, as others read a prayer"). His own fiction was fed by scenes of injustice he witnessed in his youth. "The power of the word in Morocco belonged to men and to the authorities," he says. "No one asked the point of view of poor people, or women."

He studied philosophy at Rabat university, and, after his release from military camp in Ahermemon in 1968, taught for three years at schools in Tetuan and Casablanca, before the government decreed that philosophy be taught only in classical Arabic. That same year, 1971, the literary journal Souffles, for which he wrote, was banned, and he left for France.

In Paris he did a doctorate in social psychiatry, researching sexual impotence among north African migrants at a hospital. "I wasn't a doctor but a confidant," he says. "The wounds of migration hit me in the face: men who were psychologically destroyed. I'd thought sexuality was instinctive or natural, but it's profoundly linked to inner security and cultural context."

His insights fed the novel Solitaire (1976). He found himself cast by default as an interpreter between Europe and its migrants. He wrote of their cold welcome in the ironically titled French Hospitality (1984), and in Racism Explained to My Daughter (1998), cited a long "tradition of rejecting the foreign that reached a low point in the Dreyfus affair . . . Racism has not increased, but freed itself from shame".

He partly blames French assimilationism and unfinished colonial business from the Algerian war. He often talks to children in schools, and says the riots in French suburbs last November were "by kids born in France of foreign parents, saying we want to be considered 100 per cent French", yet ministers and media alike still brand them as immigrants.

His own career has been brushed by the tendency to exclude. While he sees himself as a "Moroccan writer of French expression", and says a writer's identity is defined by "language not nationality", as a French national he objects to being described as a francophone, rather than a French, writer.

In his post-9/11 book, Islam Explained (2002), he wrote that Islam is often "grasped only as a caricature", and he says, "the mistake we make is to attribute to religions the errors and fanaticism of human beings". Personally "incapable of mysticism" - though he respects the Sufi mystics - he is a secular Muslim, who believes "religion has to stay in the heart, not in politics. It is private".

In his latest novel, Partir, just out in French, Azel, a heterosexual Moroccan, has an affair with a gay Spanish man to gain a visa, but underestimates the toll on his sexuality and sense of self. "The question is, what are you ready to do to overcome poverty?" says Ben Jelloun.

"Emigration is no longer a solution; it's a defeat. People are risking death, drowning every day, but they're knocking on doors that are not open. My hope is that countries like Morocco will have investment to create work, so people don't have to leave."

Able to spend more time in Morocco now, he visits a seaside home in Tangier every two months. "In the 70s I was in exile; every time I went back I wondered if they'd take my passport away," he says. "But now, like those writers I admire - Joyce, Beckett, Genet - I feel only a metaphysical exile."


Tahar Ben Jelloun's inspirations: Don Quixote de la Mancha by Miguel de Cervantes Voyage to Tokyo by Yasujiro Uzo Piano Concerto no 16 in D, KV451 by Wolfgang Amadeus Mozart The Dance by Henri Matisse Poems by Fernando Pessoa .


in The Guardian.

Verão Árabe na Gulbenkian

Publicado21 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Tenda da Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África, Marisa Vinha - making of

Publicado20 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Tenda da Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África, Marisa Vinha.

(fotos Filipe Branquinho)

MARISA VINHA (Portugal, 1973) é designer e interessa-se por Curadoria e por Arte no Espaço Público. Enquanto assistente do arquiteto Alessandro Mendini, desenhou e produziu diversas exposições itinerantes, fez projetos para empresas como Alessi, Bisazza, Cartier, Swarovski e Swatch. Participou na exposição coletiva “Toldos no jardim”, integrada no Programa Distância e Proximidade da Fundação Calouste Gulbenkian, realizou a Instalação “Framed Landescapes” para Domaine de Boisbuchet ― Vitra Design Museum, e as instalações cenográficas do programa ”Palavras daqui, dali e dacolá“ na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2010. Atualmente, os seus projetos dividem-se entre Lisboa e São Paulo.

“Passadiço”, Marcelo Jácome - making of

Publicado20 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

(fotos Filipe Branquinho)

O Passadiço, criado este ano para o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, tem como proposta artística a sobreposição de planos independentes que, quando percebidos a uma certa distância, provocam o olhar e a perceção do espetador.

MARCELO JÁCOME (Brasil, 1980) vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde é arquiteto e urbanista. Em 2009, ingressou na EAV-Escola de Artes Visuais, do Parque Lage, onde é orientado por Iole de Freitas. Desenvolvendo a sua linguagem através da colagem e instalações, nas quais o papel é a principal matéria de trabalho, recorre às relações da reta e da curva, bidimensional e tridimensional, lugar e vazio, dentro e fora, tensão e flexão, dissolução da forma e autonomia da cor. Ao longo de sua trajetória, tem participado em projetos independentes, exposições coletivas e uma individual, no Brasil.

“Rulote”, Nuno Viegas - making of

Publicado20 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

(fotos Filipe Branquinho)

Rulote, Nuno Viegas, 22 Jun 2012 – 30 Set 2012

(fotos de Filipe Branquinho)

A rulote interessou-me sobretudo como objeto nómada. Neste sentido, a acumulação de malas numa pequena embarcação é uma alusão aos movimentos migratórios, que tantas vezes, de forma precária e clandestina, cruzam as fronteiras reduzindo a dimensão humana a um mero valor objetual ou a um valor de carga.


Nuno Viegas

NUNO VIEGAS (Portugal, 1977) participou, em 2000, na Exposição Comemorativa do 10º Aniversário da Galeria Arte Periférica, Lisboa, e realizou a exposição de finalistas do prémio CELPA - Vieira da Silva, Fundação Arpad-Szénes/Vieira da Silva, Lisboa. Destacam-se exposições individuais na galeria Arte Periférica: “A de Animal” e “Parafernália” (2011), “Temor e tremor” (2009), “A nuvem nódoa” (2008), “O precipitado” (2006), “Lava” (2003) e “Captura” (2002). Participou nas exposições coletivas Stand Arte Periférica, em Madrid – ARCO’03, ARCO’04 e ARCO’05, no Centro de Congressos de Lisboa e na Feira Internacional de Lisboa - Arte Lisboa, entre 2001 e 2010. Em 2005, elaborou a ilustração da revista Colóquio Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.

Passe Próximo Futuro - até Quinta-Feira

Publicado20 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Passe Próximo Futuro

Preçário / Prices

Compra de entradas 

Purchase of tickets

Concerto Inaugural/ Opening Concert   Emel Mathlouthi - €12**                                                                                     

Sessões de Cinema / Film sessions - €3***

Teatro/Theatre Praga - €5*

Teatro/Theatre “Gladys” - €15*

Concerto/Concert Med Fusion Orchester -  €12**

Teatro/ Theatre “El año en que nací” - €15*

Concerto/Concert  Kimi Djabaté - €12**

Teatro/Theatre “Bait Man” - €15*

Concerto/Concert Chelpa Ferro + Pedro Tudela - €12**

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África / Festival Of Literature And Thought Of North Africa – Entrada livre / Free Admission

Peça/Instalação / Play/Installation  (Daniela Thomas) – Entrada livre / Free admission

Tenda – Entrada livre / Free admission

Concerto/Concert “Inuksuit” – Entrada livre / Free admission

* Espetáculos de teatro para maiores de 12 anos

** Espetáculos de música para maiores de 4 anos

*** Sessões de cinema para maiores de 12 anos

Entrada gratuita para jovens até aos 10 anos no Teatro Praga

Entrada livre – não é necessário levantamento de bilhetes

*Theatre performances open to people aged 12

**Music performances open to people aged over 4 

***Film sessions open to people aged over 12

Theater Praga: Free admission for young people aged under 10

Free admission – no need to lift tickets

Passes / Subscriptions

Haverá à venda na Fundação um Passe “Próximo Futuro” que contemplará todos os espetáculos do Programa “Próximo Futuro” que decorrerão entre 22 de junho a 8 de julho 2012, com um preço fixo de: €46.80 (desconto de 60%). A data de início de compra da assinatura é dia 12 de maio até à data limite de dia 21 de junho. / There will be on sale at the Foundation a Subscription “Próximo Futuro” that will include all shows of the Program "Next Future" to be held from June 22 to July 8, 2012, with a fixed price of: €46.80. The first day for the subscription purchase is May 12 and the deadline for the subscription purchase is June 21.

Passes sujeitos à disponibilidade existente / subscriptions subject to availability.

Bilhetes avulsos / Single tickets

Os bilhetes podem ser comprados em qualquer bilheteira da Fundação ou através do site da Fundação a partir de dia 12 de maio, exceto para a venda de passes, que deverá ser feita apenas nas bilheteiras da Fundação (compras online não obrigam a levantamento de bilhetes, apenas será necessário imprimir o bilhete em formato PDF e apresentá-lo à entrada do espetáculo). / Tickets can be purchased at any of the Foundation’s ticket offices or through the Foundation’s website, starting from may 12,except for  the sale of subscriptions which should be done only at the Foundation’s ticket offices (online shopping does not require lifting tickets, you only need to print the ticket in PDF format and submit it at the entrance of the show).

Na hora que precede o início de cada espetáculo só serão vendidos bilhetes para o próprio dia./ In the hour preceding the beginning of each show, tickets will be sold only for that day.

A venda de bilhetes para o Teatro do Bairro poderá ser sempre realizada através da Fundação e/ou, do Teatro do Bairro, neste caso uma hora antes do início do espetáculo. / Ticket sales for the Teatro do Bairro can always be held at the Foundation and / or, at the Teatro do Bairro, in this case, one hour prior to the show.

Descontos / Discounts

Desconto de 30% / Discount of 30% - Maiores de 65 anos / over 65 years old

Desconto de 50% / Discount of 50% - Jovens até aos 25 anos / people aged under 25 years old

Descontos não acumuláveis / Discounts not cumulative

Sessões de Cinema / Film sessions – Preço único/ Single price

 

www.bilheteira.gulbenkian.pt

Informações / Information

[email protected]

Tel. (+351) 217 823 529

www.proximofuturo.gulbenkian.pt 

Programa sujeito a alterações

This programme may be changed without prior notice

Notas/Notes: Entrada para todos os espetáculos deve fazer-se pela porta da Rua Dr. Nicolau de Bettencourt, exceto para os espetáculos realizados no Grande Auditório - FCG, que se deverá fazer ou pela entrada do edifício central ou pela porta do “Jardim das Rosas”. / Entry to all shows should be made through the door next to Street Dr. Nicolau de Bettencourt, except for performances held in the Grande Auditório - FCG, which should be done either through the main building entrance or through the door next to the "Jardim das Rosas / Roses Garden".

BILHETEIRA / INFORMAÇÕES

TICKET OFFICE / INFORMATION

Bilheteira / Ticket Office 

Fundação Calouste Gulbenkian 

Avenida de Berna 45 A - 1067-001 Lisboa 

2ª a 6ª: 10:00 – 19:00

Tel. (+351) 21 782 3700

Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

Rua Dr. Nicolau de Bettencourt - 1050-078 Lisboa 

3ª a domingo / Sunday: 10:00 – 18:00

Tel. (+351) 21 782 3474/83

e uma hora antes do início dos espetáculos.

and one hour before the start of evening performances.

Sofiane Ouissi

Publicado20 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Sofiane Ouissi, da Tunísia.

SOFIANE OUISSI (Tunísia, 1972) é coreógrafo e agente cultural. Escolheu as suas performances como planos de ação para a reforçar e ampliar as vozes de luta na Tunísia. Através do Coletivo Cidade Sonho, escolhe uma forma festiva e alegre de criar espaços livres de expressão e, principalmente, de encontrar prazer na troca e na luta pela partilha de ideias numa construção conjunta: o Brainstorming. Para além disso, através de ZAT e Laaroussa, fábrica artística no espaço popular de uma revista especializada na voz da população marginalizada, consegue que a comunidade cultural da Tunísia participe no seu desejo de luta, a fim de compartilhar e expressar a cultura. 

Brother and sister, Sofiane and Selma Ouissi are two main figures of the current Arab dance scene. They have been performing and creating choreographies together since the beginning of their careers. Their last piece, Here(s), is a dance performance using Skype as creative tool, with Yacine Sebti assisting in the software and interactive installation.

After we saw Here(s) on 13 January 2012 at the Berlin Haus der Kulturen der Welt in the framework of the Meeting Points 6 Festival, we conducted the following interview with them:

Binder & Haupt: When we entered the auditorium in Berlin where the stage for your performance was set up, we could see a divided video projection, showing respectively a clock ticking in Tunis and Paris. Already while waiting for the performance to start, feelings and thoughts about issues like "absence", "separation", as well as the questioning about "present instant and place" (here & now) were unavoidable. And knowing that you always work closely together, we felt immediately that it was not a staging of a fictive situation but a "reality", which you have experienced or are still experiencing directly. What is this reality of your lives, and how did you come about to transcend it in this way?

Selma & Sofiane Ouissi: For us, art must nourish itself from life and more precisely from our life, our conditions, our time, and our personal situation. It’s about making art not locked up in a studio (and in any case, we don’t really have the luxury of this kind of enclosure) but in the context of our everyday lives. Financial conditions, visas, traveling all come into play. Also, it’s the idea to begin from the intimacy of plurality.

There’s also, indeed, the concept of the here-and-now. This concept emanates from the work, which then places itself, not outside of time, but rather in the eternity of the present. This work demonstrates the search of a way to make art and to continue to work artistically within the constraints imposed by our respective lives: distance. (Sofiane in Tunisia and Selma in Paris; Sofiane not able to travel easily and Selma stuck in Paris because of her pregnancy, not to mention a complete lack of financial means). We could not, however, stop working together. It was therefore necessary to invent and produce differently, starting from the current context of our realities. We had to invent a different way to perform the artistic act, to dance. We didn’t want to lose our energy in a rejection of the present — the here-and-now. At the same time, it’s a paradox because this concept we’re struggling against, this here-and-now, is also marking our separation in this very moment. The idea (from Nietzsche) is to try and replay the present moment, to rework it, to use it in order to adopt it, accept it, and through these tactics, to find a realization. It’s an experience of time and space; an intimate consciousness of what we can do with space-time, from these circumstances of this precise moment in our lives. The present can write itself as an appearance. And anyway, in our country, if we don’t have this self-determination, governed by I don’t know what kind of power, the drive to continue, we would easily finish by working in an entirely different domain, so much are the difficulties of being an artist. The creative possibilities are the constants.

Furthermore, there are circumstances of a territory, the constant need to be two in order to accomplish the creative act. We don’t know how to do it otherwise. In fact, in the artistic act, we are one person. It’s a way to function, to write of which we are conscious and that we naturally assume.

To come back to the here-and-now, the idea is to aestheticize this condition of working, which is imposed upon us and to share it because it seems unique yet also common to our time. We all communicate through the Internet. All of our work consists of finding a way in which to make choreographed events. Take as evidence this intermediary surface, this between-us. It’s also an unpredictable place from which many things can emerge independent of our own desires. We particularly like this idea that this space that is on view escapes us, it envelopes itself in small allusions, clues, objects from our lives (put on in our apartments without any scenography or premeditation) which calls up different images, different stories according to the one who is looking, who contributes their own suggestions. Maybe we can find the celebration of life here, in this modesty of little things without any kind of goal but rather in action of achievement. This gave us the idea to reunite a number of different people in the same place in order share the manifestation of a kind of intimate time and immerse oneself in this experience.

Binder & Haupt: How did you develop the choreography for this piece, and when did you decide to include further visual/technological solutions by working together with Yacine Sebti?

Selma & Sofiane Ouissi: We began working with the presence of a body in space, made the body play with this space in order to see what happened in the moment. That’s where we’ll talk of a performance of the here-and-now in an environment wherein the use of certain quotidian objects is re-interpreted (or not). We have therefore proceeded from improvisations, or observations of our movements in our respective apartments. We explored different proposals of each other’s gaze and the gaze of the screen. We forced ourselves to work within these limits and also through the unpremeditated constraints of our improvisations; we wrote this visually artistic and gesticulating language for one another. This involved a live execution which developed from the limits of our environment and from instantaneously trying to capture the other’s movement as it happened, to recover the initial gesture from which point an entire series of movements flowed and a thickened space or a transformed space was then created, or at least the suggestion of this. There is also an inevitable expenditure of energy that flows from these experimentations within this environment inhabited by our daily gestures and from this separation, narrowing the abyss of our separation. It was also about the capturing and the writing of a dramatization of the quotidian body in its intimate environment; in this immediate space and with the medium the most immediate possible — the body. We performed this while trying to aesthetically infer the least amount possible from this spontaneous poetry of present-ness. We were looking for the minutia in the instant or the simplicity in presence that then changes radically with the start of this imaginary screening.

In order to create a scenography of this space, this domestic environment, we worked with Yacine Sebti who often redesigned, deconstructed this domestic space by amplifying certain details, by working through the concept of our separation in space and time, by offering a sophisticated deconstruction. I would say that Yacine, through video images, choreographed our movements inside of our apartments and our relationship with each other.

Binder & Haupt: The delayed sound in the life transmission underscores (for the viewer) the sense of "effort" of building this technological bridge, but at the same time it has a kind of existential resonance. How do you both relate to sound and rhythm during the performance?

Selma & Sofiane Ouissi: The sound delay, at first, created problems, above all for Yacine, which seemed necessary to account for and accept in this new form of communication. We had tried, in fact, to understand it, to capture this delay in order to write our choreographed events. At the same time, this delay offered an almost amplification of our reality with all the energy that one can employ to make oneself understood and to understand another, these inevitable delays that penetrate the imagination of the other, and help us to come to perceive in real time how to compose and decompose the reality of our communication and how it could have carried out the imaginary mutation of our relationship by trying to make artistic traces out of this relationship. Finally, the delay allow us to forget preoccupying ourselves with creating a linear reading, well constructed from the work and to come closer to a kind of real discontinuity in our form of communication. This also permits an active perception of the spectator with the incessant play of recognition, of sorting, of re-appropriation, of recycling. 

Binder & Haupt: When each of you looks close into the camera, we as audience get the impression that you are directly looking at us, but when Selma picks her eyebrows using the screen as mirror, we are like voyeurs. How do you "feel" or "think" the audience during the performance?

Selma & Sofiane Ouissi: Indeed, we are playing on different meanings of the gaze: the gaze of the other, the recipient of the gaze, etc. With this particular piece, we are inviting the spectator to take on the attitude of the intimate witness of our everyday lives, our routines, our apartments. This engenders a different relationship with the spectators through which the spectator becomes sometimes witness, sometimes confidant, and to whom we voluntarily give the possibility of being a voyeur. During a typical day, our gaze experiments with the status of these different gazes and also intimate relationship with one another. And again, with the Internet, we find it normal to attend to and to circulate scenes of our intimacy.

And then, there’s also what we believe to see, what we think we master and which finally gets diverted in order to make us think that we are masters of our lives.

Binder & Haupt: In 2007 you created the multidisciplinary festival Dream City in the public space of Tunis, with participation of many visual artists, and which will take place again in September this year. How similar or different is the role of a choreographer from that of a curator?

Selma & Sofiane Ouissi: Dream City before becoming a biennial of contemporary art in a public space is the crystallization of our desire for choreography. We wanted, already in 2006, to find a way to choreograph a citizen’s march in the city of Tunis: a choreographed, collective, and festive experience that speaks to the presence and the consciousness of a population. Then, meeting Frie Leysen and Tarek Abou El Fetouh, helped us to grow this choreographed march: it would be sown with the seeds of artistic works that produced a kind of unpredictability that accompanies a collective march. We passionately created Dream City as a finished event but we organized what we call dream-upheavals which are strategies of accompaniment by selected artists in the search of different interventions: of the humanities, of art, of public space — in such interventions we meet the artist, in their doubts, in their solitude, in their intuitions, in the moment of their creation. All this in the spirit of that which changes, diverts, slows for a moment, takes off again, we see movement again, multiple perspectives of individuals and emotional beings. We love bringing all of this together. I don’t know if we were curators. We are what we try to engage — an action of becoming that reinvents itself, the rest doesn’t really matter. The final product is not important.

Binder & Haupt: Are there any aspects or preliminary information about what we can expect this year at Dream City that you could already comment on?

Selma & Sofiane Ouissi: We can say that the perceptions of those artists whose societies experienced a "liberating" revolution are unexpected. These artists’ forms of searching and of accompaniment during the past nine months are finally producing a concern for what is currently happening, developing in our society.



in Universe in Universe.

Verão Árabe na Gulbenkian - Programação Próximo Futuro

Publicado20 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

“Passadiço”, Marcelo Jácome - making of

Publicado19 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

O Passadiço, criado este ano para o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, tem como proposta artística a sobreposição de planos independentes que, quando percebidos a uma certa distância, provocam o olhar e a perceção do espetador.

MARCELO JÁCOME (Brasil, 1980) vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde é arquiteto e urbanista. Em 2009, ingressou na EAV-Escola de Artes Visuais, do Parque Lage, onde é orientado por Iole de Freitas. Desenvolvendo a sua linguagem através da colagem e instalações, nas quais o papel é a principal matéria de trabalho, recorre às relações da reta e da curva, bidimensional e tridimensional, lugar e vazio, dentro e fora, tensão e flexão, dissolução da forma e autonomia da cor. Ao longo de sua trajetória, tem participado em projetos independentes, exposições coletivas e uma individual, no Brasil.

Mohamed Siam

Publicado19 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Mohamed Siam, do Egipto.

MOHAMED SIAM (Egito, 1981) é documentarista independente e realizador de filmes de ficção. Como primeiro assistente de realização, trabalhou em projetos de longas-metragens como o documentário “A Cidade dos Mortos”, coprodução luso-espanhola financiada pelo Canal Plus que estreou no IDFA 2009 (Festival Internacional de Filmes Documentários de Amesterdão) e recebeu a distinção de Melhor Filme, na Documenta de Madrid, em 2010. Recentemente foi primeiro assistente de realização no filme “Nos últimos dias da cidade”, do realizador egípcio Tamer Said, financiado pelo Global Film Initiative e pelo Cinereach, entre outros fundos. É ainda o fundador e diretor artístico do Centro Cinematográfico Artkhana, em Alexandria, um espaço artístico que providencia apoio técnico e formativo para realizadores. 

Egyptian Cinema Before and After the Revolution: A Conversation with Mohamed Siam

Alteração à Programação da 2ª Sessão da Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Publicado19 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Por motivos de força maior Nermine Hammam não poderá estar presente na 2ª Sessão da Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África. Em eu lugar estará presente a fotógrafa tunisina Ons Abid.  

Ons  Abid, nascida na Tunisia em 1979, é fotógrafa freelancer e trabalha para as revistas Jeune Afrique (sediada em Paris), Afrique Magazine e, mais recentemente, Paris Match. Licenciou-se em Design Gráfico no Instituto Superior de Belas Artes de Tunes (ISBAT), em 2004. Em 2005 trabalhou simultaneamente como fotógrafa e como diretora artística numa agência publicitária. Em 2009 completou o mestrado em Ciência e Artes no mesmo Instituto (ISBAT), onde ficou a lecionar em 2010. Vive entre Tunes e Paris, dedicando-se a múltiplos projetos na área da fotografia documental e do video.

“Passadiço”, Marcelo Jácome - making of

Publicado18 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Passadiço, Marcelo Jácome - making of 


(fotos de Jorge Martins Lopes) 

O Passadiço, criado este ano para o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, tem como proposta artística a sobreposição de planos independentes que, quando percebidos a uma certa distância, provocam o olhar e a perceção do espetador.

MARCELO JÁCOME (Brasil, 1980) vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde é arquiteto e urbanista. Em 2009, ingressou na EAV-Escola de Artes Visuais, do Parque Lage, onde é orientado por Iole de Freitas. Desenvolvendo a sua linguagem através da colagem e instalações, nas quais o papel é a principal matéria de trabalho, recorre às relações da reta e da curva, bidimensional e tridimensional, lugar e vazio, dentro e fora, tensão e flexão, dissolução da forma e autonomia da cor. Ao longo de sua trajetória, tem participado em projetos independentes, exposições coletivas e uma individual, no Brasil.

Nicene Kossentini inaugurates /A.R.I.A/'s artist-in-residence programme in Algiers

Publicado18 Jun 2012

Etiquetas Nicene Kossentini

We are thrilled to announce that Nicene Kossentini has been selected as the first artist-in-residence for /A.R.I.A/ Artist Residency in Algiers, a new residency program in Algiers founded by international artist Zineb Sedira. Usually based in Tunis, photographer and filmmaker Nicene will relocate to the Algerian capital from 22nd May to 26th June 2012.

Nicene Kossentini on her residency project:

"My surname literally means "from Constantine" (name of an Algerian city). I unfortunately don't hold any other tangible link [to this city] than this very remote origin of a name handed down from father to son. But I have always believed that there were other invisible links that bind me to Algeria."Therefore, during my residency in Algiers, I plan to develop a project which questions notions of identity, genealogy and transmission through 

photographic portraits of anonymous people that I met in Algiers and with whom I will invent imaginary links.

Artist Residency in Algiers (/A.R.I.A/) was founded by artist Zineb Sedira. Starting its one-year pilot programme in 2012, /A.R.I.A/ will host two artists-in-residence (Nicene Kossentini and Alfredo Jaar) and a visual artist based in Gaza in partnership with Art School Palestine. 

The programme aims at building cross-border dialogues and to create an ongoing dynamic network across diverse international art communities within and beyond Algeria. It provides opportunities for emerging and established artists from North Africa and across the world to conduct artistic and cultural research and production./A.R.I.A/ hosts resident artists and connects them with local and regional networks to facilitate the development of ideas related to the Algerian context. This programme aspires to project a positive awareness and visibility of Algeria and its surroundings to global audiences.

Nicene Kossentini was born in Sfax and currently lives and works in Tunis (Tunisia). She graduated from the Institut Supérieur des Beaux-Arts in Tunis and the Université Marc Bloch in Strasbourg (France). She also attended courses and training at the Studio National des Arts Contemporains Le Fresnoy and at Ecole de l'Image Les Gobelins (France). Kossentini is currently Assistant Professor of Experimental Cinema at University of Tunis. She has participated in numerous solo and group exhibitions in Tunisia, Europe and Africa.

For further press information and to request images 

please contact:

/A.R.I.A/ Artist Residency In Algiers

Founder and Director: Zineb Sedira

Co-ordinator: Yasmina Reggad

T: +44 (0) 2077335552

E: [email protected]

W: www.ariaresidencyalgiers.wordpress.com

Nicene Kossentini

W: www.nicenekossentini.com

Ahmed El Attar

Publicado18 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Ahmed El Attar, do Egipto.

AHMED EL ATTAR (Egito, 1969) é diretor de teatro independente, tradutor e dramaturgo. É fundador e diretor artístico do Orient Productions e do Temple Independent Theatre Company, fundador e diretor-geral do estúdio da Fundação Emad Eddin e diretor artístico do Downtown Contemporary Arts Festival (D-CAF), um festival anual multidisciplinar de arte contemporânea, que ocorre todas as primaveras no centro de Cairo. As suas produções incluem “On the Importance of being an Arab” (2009) e "F**k Darwin or how I have learned to love socialism" (2007). A sua obra teatral tem sido apresentada em grandes teatros e festivais pela Europa e pelo Médio Oriente. El Attar é um Clore Fellow do Clore Leadership Programme (2008-2009), tendo-lhe sido atribuído o prémio de melhor argumento de teatro (2010) da Fundação Sawiris para o Desenvolvimento Social pela peça ”Life is beautiful or waiting for my uncle from America”. Foi escolhido, pela edição em árabe da revista Newsweek (26/4/05), como uma das 42 personalidades que mais influenciaram a mudança no mundo árabe.

"This is my advice"

Ahmed El Attar is an independent theater director, translator and Playwright who lives in Paris and works in the Middle East. Founder and artistic director of the Temple Independent Theater Company in Egypt. Has a BA in theater from the American University in Cairo and an MA in Arts and Cultural Management from Paris III Sorbonne Nouvelle. "Mother I want to be a Millionaire" is his tenth production. His previous two performances are "Life is Beautiful or Waiting for My Uncle From America" and "On the Road to Nowhere, A Cairene Journey for Tourists and Lovers", which he also wrote and produced, have been performed in Egypt, Jordan, Lebanon, Portugal, Germany and Sweden. El Attar is also a cultural operator, conceiving, organising and producing workshops tutored by European artists and targeting young independent artists in the Middle East working in various artistic disciplines, such as theater, lighting, comic strip art and electronic music. He is a member of the advisory board of Arteast in New York and President of the Femec, Forum Euro-Mediteraneen des Cultures in Paris.

El Attar will open the first independent rehearsal space for the performing and visual arts in Cairo in December 2004, a project he has been working on for the last few years.

A dark bar that looks like a big cellar. Small candle, glowing on every table, the only sources of illumination. At the back end, almost in the black, one hardly distinguishes the bar. In front of the bar, in second plan, three tables. The first is occupied by two men, the second by a woman and two men and the third is empty. 

In foreground, a table with a man sitting in profile. Late thirties, quiet, brown, of European type, dressed in jeans and summer shirt, rather relaxed. Emerges from the dark, a man, beginning of the thirties mat skin, blue linen jacket, Calvin Klein jeans and a white T-shirt. Two beers in the hand, he sits down and gives a beer to the man sitting in profile while telling to him: 

- I can’t believe that she left for the East? 

- What can it do to you that she leaves for the East, for the West, or for Jupiter? Are you going to stop mingling on her business? 

(Silence, each takes a mouthful of beer) 

- Are you still waiting for her to fall in love with you? 

(He doesn't answer and continuous to drink) 

- When are you going to understand that here it is not as in your city? 

No matter the size of your city or the prestigious names that it carries, Paris of the Orient, the Princess of the Mediterranean, no matter the number of stories engraved on the walls of its passages thousand years old. It will never look like our cities. Your cities, your villages, where people know themselves, speak, or meet by chance in streets, where hundred thousand people spend their days under a stuffy heat, have nothing to do with our cities. Those strong emotions of joy or pain, expressed without forethought nor conscience of your background, at no matter what hour of the day or the night, don't have their places here. 

When are going to learn, that contrarily to past times, it is not the colour of your skin, nor the colour of your hair that entails prejudice anymore. Today, your very existence entails prejudice. 

Stop speaking of Europe and the direction that she chose to take. Please, forget your theories about the origin of the western contemporary culture and the cultural ties woven through centuries between the North and the South of the Mediterranean. No one will believe you. How do you want anyone to accept as true that your unbelieving ancestors, son of Mohamed the Bedouin of the desert, rediscovered and translated the Greek inheritance, the very origin of the pride of Europe, yet forbidden of access during centuries within the continent that carries the name of the charming young woman that Zeus seduced in white Taurus of golden horns. 

That the work of your ancestors in the different domains of knowledge was the fountain upon which their European colleagues draw to build the basis of present knowledge, not only regrouping the knowledge of the Greek but also the one of the Indians and Chinese yet far from us. And that all it has been naturally transmitted in this Mediterranean basin who looks like the tub where your son plays every evening at bath time with these toys in plastic manufactured in China. 

No one will believe you. 

It is sufficient to look at you, anxious and uncertain, aggressive and embittered, proud and dangerous, to understand that it is not true. It is sufficient to go in your city, a living definition of chaos and misery, to understand that it is not true. It is sufficient to read the economic and social statistics and the analyses of the political regimes in place since the eternity, and that change only by Divine or American intervention, to understand that the stories that you tell are only recorded in your head. And your head is heavy of carrying thousands of stories, thousands of apologies, thousands of explanations... of carrying your existence. 

So, that’s it, Europe made her choice and her choice has not included you. And in spite of your instinctive intelligence, your cultural inheritance and your intellectual miscegenation, you didn't see it coming. Did you believe that one fine day you where going to be precious to the eyes of beautiful Europe? She who took advantage of you, made you drag yourself behind her, mistreated you so often. A girl who only thinks about her pleasure. Did you really think she was going to love you one day? 

You have never been part of her choice and you will never be. For her you are only an instrument to achieve her dreams and her desires, that are sometimes very expensive. And if one evening she feels lonely, without any available lover, she might call you. And you will feel, for some seconds, as if it were you she had chosen. But some minutes later, the emptiness to the other tip of thread will recall you that you were mistaken once again. She will leave and she will let you all alone with your stories, waiting for her next phone call, that might never arrive… 

This is my advice, stop loving her. She is not for you this Europe.



in Euromed Café.

Verão Árabe na Gulbenkian - Programação Próximo Futuro

Publicado17 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Verão Árabe na Gulbenkian - Programação Próximo Futuro

Bouchra Khalili

Publicado16 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Bouchra Khalili, de Marrocos.

BOUCHRA KHALILI (Marrocos, 1975) estudou Cinema, na Sorbonne Nouvelle, e Artes Visuais, na École Nationale Supérieure d'Arts, Paris-Cergy. O trabalho de Khalili em vídeo, instalações mistas de média e impressões combinam uma abordagem conceptual com uma prática documental para explorar questões de nomadismo, existências clandestinas e a ’experiência emigrante‘, com uma especificidade para o destino dos migrantes, na medida em que, concretamente, resumem assuntos que são fundamentalmente regidos pela itinerância. No seu trabalho, ela conjuga linguagem, subjetividade, o mínimo de palavras, territórios e rotas de passagem, investigando a inter-relação entre as migrações contemporâneas e a história colonial e a geografia física e imaginária. O trabalho de Khalili tem sido  amplamente divulgado em todo o mundo, incluindo recentemente no MoMA, como parte da exibição do filme "Mapping Subjectivity" (2011), na 10ª Bienal Sharjah (2011), na Marian Goodman Gallery (Paris, 2011), na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2011) e em La Triennale (Palais de Tokyo, Paris, 2012), entre outros.

Bouchra Khalili has devoted herself to video work, both in single channel and installation form, since 2002. The artist uses this medium for its impurity, which allows her to place her work at the very limits of cinema and the fine arts, documentary and experimental work, blurring the lines between these two practices. Her videos explore the Mediterranean area seen as a territory dedicated to a wandering, nomadic existence. She documents the places she passes through, their images and the images they generate. Khalili produces representations of these spaces’ mental dimension by placing them in an unusual perceptive experience, thus testifying to the contemporary reality of emigration and its stories.

For the Storytellers exhibit at the galerieofmarseille, Bouchra Khalili will present works produced in 2007 and 2008 between Paris, New York, Marseille and Istanbul. By combining physical and imaginary geography, Khalili aims to draw an alternative map of contemporary migratory trajectories. Purposefully mixing up topographic identifiers that might reveal the location of the areas she explores, Khalili’s undertakes an intensive practice of rearrangements, as much geographic as artistic and conceptual.

With Mapping Journey (videos and photographs, 2008), Khalili compares the lived experience of emigration with the flatness of geographic maps. Entrer dans l’Histoire (“Enter into History”, silkscreen on adhesive, 2008), which recalls the Arab calligram tradition, reveals an alternative map of Africa: one that describes the misunderstandings that weigh upon a continent that “has not fully entered history”.

Circle Line (video installation) suggests a possible nomenclature for immigration to the United States. On two screens, sentences excerpted from a questionnaire for green card applicants and fragments from a conversation with an illegal immigrant answer one another, while the soundtrack of a naturalization ceremony is played back on a third screen. Simultaneously, images of the city unfold one after another in hypnotic traveling shots. 

This complex relationship between documentary and ghostly images, in different languages, of “in” and “off” sounds, of real or potential stories, is typical of Bouchra Khalili’s videos, most notably in the triptych Des Histoires Vraies – Straight Stories (video, 2006 (first part) and 2008 (second and third parts)). While the first part takes place between the south of Spain and the North of Morocco, the second part presented in the exhibition explores Istanbul, and more specifically, the Bosphore area. Like the Straight of Gibraltar, the Straight of Bosphore is simultaneously a physical border that separates two continents (Europe and Asia) and an imaginary one. But since the 1990’s, this intermediary zone has mostly become a labyrinth where migrants in transit wait before going further west. For most, the place that was intended as a temporary stop becomes permanent. Through the constant movement of spatial, visual and auditory disconnections, Straight Stories- Part 2 (3 single-channel videos, 2008) unveils a mental expedition that takes us to meet the people that haunt these places, and who confide their hopes to go or stay, to return home or continue their travels.


in Galerie of Marseille

Artist Bouchra Khalili talks about the relevance of mapping and mapmaking to her work as part of the artists in conversation series during Iniva's Whose Map is it? exhibition.

Tenda da Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África - making of

Publicado15 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Tenda da Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África.

Marisa Vinha

MARISA VINHA (Portugal, 1973) é designer e interessa-se por Curadoria e por Arte no Espaço Público. Enquanto assistente do arquiteto Alessandro Mendini, desenhou e produziu diversas exposições itinerantes, fez projetos para empresas como Alessi, Bisazza, Cartier, Swarovski e Swatch. Participou na exposição coletiva “Toldos no jardim”, integrada no Programa Distância e Proximidade da Fundação Calouste Gulbenkian, realizou a Instalação “Framed Landescapes” para Domaine de Boisbuchet ― Vitra Design Museum, e as instalações cenográficas do programa ”Palavras daqui, dali e dacolá“ na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2010. Atualmente, os seus projetos dividem-se entre Lisboa e São Paulo.

Verão Árabe na Gulbenkian

Publicado15 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Concerto Inaugural - Emel Mathlouthi

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Aboubakr Jamaï

Publicado15 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Aboubakr Jamaï, de Marrocos.

ABOUBAKR JAMAÏ (Marrocos, 1968) é o co-editor do site de notícias marroquino Iakome.com e membro não-residente no Ash Center para a Governação e Inovação Democrática da Universidade de Harvard. Começou sua carreira na área financeira, como cofundador do primeiro banco de investimento independente de Marrocos, em 1993. Entre 1997 e 2007, foi redator e editor do principal semanário marroquino Le Journal Hebdomadaire. Em 2008, foi professor convidado na Universidade de San Diego, onde lecionou cursos sobre o Islão Político e a Política no Médio Oriente. Os seus artigos têm sido publicados em diversos órgãos de comunicação social (The New York Times, Time Magazine, El País, Le Monde, Le Monde Diplomatique). Recebeu o Prémio Internacional da Liberdade de Imprensa do Comité para a Proteção dos Jornalistas, em 2003. Foi selecionado pelo Fórum Económico Mundial como um Jovem Líder Global para 2005.

Co-Founder of Curiouser and blogger

Aboubakr Jamaï is the founder and editor of the Moroccan weekly magazine Le Journal Hebdomadaire. Jamaï began his career in finance, co-founding Morocco's first independent investment bank in 1993. After two years advising international emerging market funds with holdings in North Africa, the company, Upline Securities, became the first Moroccan-based bank ever selected to manage a privatization project in Morocco. In 1996, M. Jamaï joined the Executive Secretariat of the Middle East and North Africa Economic Summit as a financial and economic adviser. This organization was set up by the sponsors of the Middle East peace process to foster economic cooperation in the region.

He co-founded Le Journal and Assahifa in 1997 and 1998. Since 2008, he is visiting Scholar at the University of San Diego where he teaches courses on Political Islam and Politics in The Middle East. His articles were published in The New York Times, Time Magazine, El Pais, Le Monde, Le Monde Diplomatique.

Aboubakr Jamaï won the Committee To Protect Journalists’ International Press Freedom Award in 2003. In January 2008, he won the first Newhouse School of communication at Syracuse University’s “Tully Center Free Speech Award”. In December 2010, he won the Gebran Tueni Award, the annual prize of the World Association of Newspapers and News Publishers (WAN-IFRA).

Jamaï has been selected by the World Economic Forum as a Young Global Leader for 2005. He was a Yale World Fellow in 2004 at Yale University. He was a Nieman Fellow in 2007 at the Nieman Foundation for Journalism and a Mason Fellow in 2008 at Harvard University. M. Jamaï holds a Master of Business Administration from Oxford University’s Saïd Business School and a Master of Public Administration from Harvard Kennedy School.


in TEDxCarthage.

Biennale Internationale de Casablanca

Dialogue autour des propositions artistiques de 250 artistes de 37 pays. 

Avec la participation de plus de 250 artistes de 37 pays qui seront exposés dans plusieurs lieux emblématiques de la ville, dont le Sofitel Casablanca Tour Blanche, la première édition de La B.I.C. (la Biennale Internationale de Casablanca) fera vivre la capitale économique du Royaume au rythme de l’art, du 15 au 30 juin 2012. Une première édition ambitieuse qui permettra à tous de se rendre compte de la qualité et du dynamisme de la scène artistique marocaine tout en connectant celle-ci aux circuits internationaux. Une connexion naturelle, puisque le Maroc est depuis toujours le carrefour, le hub comme l’on dit désormais, des routes reliant l’Afrique, l’Orient et l’Occident. 

Cette première édition de La B.I.C. permettra de découvrir les derniers travaux d’artistes marocains marquants. Ceux-ci côtoieront et entreront en résonance avec les propositions de plasticiens étrangers originaires des quatre continents. En prenant pour thème le dialogue, cette édition s’inscrit dans une démarche universaliste, à l’instar de la démarche plastique actuelle. 

En plus du dialogue interculturel et intergénérationnel, la biennale souhaite mettre en place un dialogue qu’elle estime tout aussi essentiel, celui qui va de l’artiste/de l’oeuvre au public. Un effort tout particulier sera fait sur la signalétique et les informations disponibles sur place. L’organisation de visites guidées, la mise en place de conférences à caractère didactique et de workshops ont pour but de donner à tous les publics accès à l’oeuvre. 

Rendez-vous donc dès le 15 juin prochain, au tout nouveau Sofitel Casablanca Tour Blanche, le cœur d’un parcours artistique qui conduira ensuite les visiteurs à l’Ecole des Beaux-Arts, l’ex-cathédrale du Sacré-Cœur, la Fabrique Culturelle (les anciens Abattoirs), l’Espace Actua et plusieurs galeries d’art partenaires, à la rencontre de propositions artistiques venues des quatre continents.


in Biennale Casablanca

Biennale Casablanca no Facebook.

Emel Mathlouthi - Concerto Inaugural

Publicado15 Jun 2012

Etiquetas emel mathlouthi

Este álbum conta a história da minha Tunísia, a história dos negros anos vistos através dos meus olhos: através da minha experiência como estudante, uma jovem rebelde e dissidente, através dos meus anos de luta artística e ideológica, e através das minhas lágrimas de imigrante, do meu sofrimento e do meu amor à liberdade. Dedico este álbum a todos aqueles que deram suas vidas para que, um dia, a Tunísia pudesse ser livre. O caminho é longo, mas todos os dias... um novo nascer do sol e novas esperanças surgem... e nós somos essas esperanças.

EMEL MATHLOUTHI

(Tunísia, 1982) é autora, compositora, guitarrista e cantora que vem trazer um incrível novo estilo de som à música tunisina. Dotada de uma voz marcante, evoca Joan Baez, a Irmã Marie Keyrouz e a diva libanesa Fairouz, com o seu estilo cativante e lírico, com o rock poderoso, com as influências orientais e o trip hop (Emel colaborou com Adrian Thaws AKA Tricky). Começou a sua carreira artística aos 8 anos de idade no palco do pequeno anfiteatro, no subúrbio Ibn Sina de Tunes, onde viveu até à idade de 25 anos. Mudou-se para França para prosseguir a sua carreira como cantora. A canção "Kelmti Horra" (my word is free) foi adotada pelos revolucionários da “Primavera Árabe” e cantada nas ruas de Tunes.

Sítio de Emel Mathlouthi.

Emel Mathlouthi no Facebook.

Emel Mathlouthi no MySpace.

22 Jun 2012 - 22:00, Anfiteatro ao Ar Livre

Entrada 12 € | Comprar bilhetes

Egyptian Cinema Before and After the Revolution: A Conversation with Mohamed Siam

Publicado15 Jun 2012

Etiquetas cinema revolução árabe egipto

I’m at the Cinemateca Portuguesa in Lisbon, the perfect location to web chat with Mohamed Siam, an Egyptian filmmaker and art manager involved in organizing the Egyptian Revolution.


City of the Dead

Siam will be receiving an honorary degree for his role as a filmmaker from the University of San Francisco (USF). He has undergone numerous professional training courses in various areas of filmmaking, including scriptwriting, cinematography, editing and animation. He is co-founder and artistic director of Artkhana, an established film and animation space in Alexandria (Egypt). He has directed films for Softoria, a Canadian animation firm and has taught film widely, both live action and animation. He has wide experience as director, editor and cinematographer. His most recent assignment was as assistant director and local producer for a Portuguese French co-production, shot in the City of the Dead in Cairo and recently screened in Lisbon, Portugal.

He is currently filming a new feature documentary about the Egyptian revolution, to be integrated into a broader project about Arab political awakening and uprising which he will begin filming in Morocco next Summer. It deals with the concept of leadership in the Middle East and how this can eventually lead to dictatorship.

Liliana Navarra: It's very reductive to just call you a ‘film director’. You are a young artist who, in 2005, decided to create Artkhana. Can you talking about your project?

Mohamed Siam: Artkhana was someone else's initiative that I believed in and decided to push further until it was actually founded. I wanted to provide a space that I needed myself when I was my target audience's age, between 18 and 25. Since then, it has provided the opportunities to practice with, learn from, observe and interact with film and animation experts, to create this beneficial friction as early as possible in the career of local independent artists. As an artist, I work in many disciplines but my main one is cinema and, specifically, film directing. But as an auteur filmmaker, I do write, film, edit and sound design my material if I need to. My professional filmmaking experience began in 2003 and has since become intensive. I was fortunate to work with some acclaimed filmmakers in Egypt and abroad, and my network is developing to the point of involving some famous names in my future film projects.

LN: You've made several short films that hover between fiction and documentary in productions funded by, amongst others, the Anna Lindh Foundation, European Union, Jesuit Cultural Center, Pro-Helvetia and the United Nations. When did your creative adventures begin?

MS: I studied psychology and then I started working in cinema whilst studying, in 2003, by editing and assisting on films.

LN: You've just finished a short, Time Remaining (2011). What was the inspiration behind it?

MS: Memory is a great inspiring motif for me. I also feel that, as Egyptians, we are all suffering from long-term amnesia and forgetting who we are.

LN: Your film is about memory and loneliness: a man lives alone and doesn’t let other people enter his private space. Who or what inspired you to write about this condition?

MS: A friend of mine, who is like my mentor and inspiration as an artist, had the same experience of poisoning himself in one old memory for too long. He is a writer himself and he’s so interesting and dear to me that I felt I wanted to honour him with a story about memory.

LN: Last week in Lisbon, The City of the Dead (2009) by Serge Truffaut was screened, a film about the El Arafa cemetery in Cairo, which, as part of its wide festival recognition, played in the official competition in “IDFA” Amsterdam 2009 and won the Best Film Prize at Documenta Film Festival 2010. Having worked on this project, can you tell us what difficulties you and the crew encountered making it?

MS: Difficulties there were, related to convincing people we were not crazy to film their lives. My work involved casting characters, and scouting and choosing locations, so over one and a half years I maintained sustainable relationships with the people and places as the film developed over time. We were shooting without any official permits due to the maze they can get you into, without succeeding in getting proper permission to film, so it was always edgy for any officials or police to know about us, especially for the local crew. The cinematographer, Nancy, and myself, we were always threatened to be expelled from any cinema union.

LN: Do you think that the foreign gaze can falsify the reality of that place? And do you think that the documentary has a neutral gaze?

MS: I believe a foreign gaze can see beyond a local one, but the problem is the foreign portrayal of reality always depends on quick impressions and hot stories that appeal to what the west and many other civilizations want to believe about us. On the other hand, there are many profound views, such as this film has, that depend on patient observation and meaningful interaction with people and streets rather then quick, dirty, cheap journalism. We also contribute to the false image by being passive and apathetic about projecting the essence of our beautiful heritage and noble civilization.

LN: The modern atmosphere of profiteering and the heavy entertainment taxes have resulted in drastically lowering the standards of modern Egyptian cinema. Do you think that the Revolution will bring great changes in Egyptian film business?

MS: I think film producers' narrow minds have got the industry to a point where they only feed what is successful and attracts the pretentious star system. I believe that the Egyptian independent cinema now has the power to involve people in real stories and characters after the misguiding of the media institution empowered by the old repressive, corrupt regime. Now is a new era for Egyptians to see the real streets and facts. It reminds me of Neorealism in Italy after the war when there were no decent studios, and it was the birth of a new wave based on people's needs and new circumstances.

LN: What was the position of Egyptian artists before and after the Revolution? Did they have an active role?

MS: Egyptian artists were really important in the sense of street language, when we talk about the revolution. I believe some art works, like graffiti or painting on big boards to address the people in the streets, were the main clear instant message of unity and concern. For the future, for Egyptian artists, it has, at least now, become inevitable for them to avoid politics and go back to their egoist ivory towers again. Art has to be involving and sincere, otherwise it will be neglected sooner or later, and the latter is less prone to occur.

LN: Can you tell us about your next project? We know that you are directing and filming a feature documentary, Arab Modern Times, about the history of the repression before the Egyptian and Arab revolution.

MS: My next project is divided into two: a- A feature film about the Egyptian police, state security and the institutions attached to the past repressive regime; it will be seen from the angle of the police officers who did the torturing, framing people, corruption, etc. Their voices are recorded but their faces won't be shown; animation will be used to compensate and also to imagine part of the unseen incidents. It is a real document about the absence and total neglect of human rights by Egyptians, AKA proudly my people. b- A long-term film research about the awakening of Arab countries in the popular rage against the long repression from Arab leaders who took presidency as a heritage or property versus the past apathy of Arabs towards their own country, liberty and destiny.

Time is running out and we need to turn off our laptops, but we’ll keep in touch to find out about the new post-revolution Egyptian reality. What will the dictator's fall bring us?

(Lisbon/Cairo April 2011)

Lilliana Navarra

Liliana Navarra, is a PHD candidate in cinema studies at Nova Universidade in Lisbon with a project on João César Monteiro and his cinema: she is also the creator of the first official website dedicated to him, www.joaocesarmonteiro.net

She is a freelance journalist involved in media studies. She collaboreted with NapoliFilmFestival (Naples, Italy) and Indielisboa Festival (Lisbon, Portugal) and organized "O'Curto" Napolitan Film Festival (Istituto Italiano di Cultura in Lisbon, Portugal) and a retrospective "Il favoloso mondo di G" dedicated to Ugo Gregoretti's cinema (Lisbon, Portugal).

in Experimental Conversations

Pós-Graduação em Islão Contemporâneo, culturas e Sociedades

Publicado15 Jun 2012

Etiquetas pós-graduação próximo futuro

Estão abertas as candidaturas para a Pós-Graduação em Islão Contemporâneo, Culturas e Sociedades, FCSH-UNL/CRIA, este ano com um corpo de docentes e conferencistas internacionais alargado e em articulação com o programa Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian. Podem encontrar o folheto relativo ao curso aqui, ou em anexo.

A pós-graduação envolve o Departamento Antropologia da FCSH-UNL, o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (Linha Cultura: Práticas, Políticas e Exibições/ NECI-Núcleo de Estudos em Contextos Islâmicos) e o Instituto de Línguas da Universidade Nova de Lisboa (ILNOVA). Conta com diversos conferencistas nacionais e estrangeiros, em articulação com o programa Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian e com o ciclo de cinema produzido em contextos árabes e muçulmanos –  ﻋﻳﻥ /Olhar – organizado pelo NECI/CRIA.

Público Alvo

Investigadores em ciências sociais e humanas e estudos comparativistas, membros de organizações governamentais em contextos maioritaria ou minoritariamente islâmicos, organizações governamentais e outros agentes nas áreas das relações interculturais nacionais e internacionais, agentes na área da saúde, membros do corpo diplomático, agentes do património e de gestão e animação cultural, professores, jornalistas.

Duração: 2 semestres

Horário Pós-laboral

Propinas: 1000 euros

Vagas: 25

Contactos

[email protected]

Número de créditos: 60 créditos

Local de funcionamento:

FCSH-UNL Av. Berna 26-C / 1069-061 Lisboa 

Fundação Calouste Gulbenkian

Candidaturas:

28 Maio a 20 Julho e 10 a 18 Setembro (vagas sobrantes)

Mais informações em:

http://www.fcsh.unl.pt/futuro-aluno/pos-graduacoes

Des Salafistes envahissent la galerie “Printemps-des-Arts” au Palais el «Ebdellia» a la Marsa

Publicado14 Jun 2012

Etiquetas tunísia artes visuais

Des salafistes se sont rassemblés devant la galerie “printemps des arts” au Palais El Ebdellia à la Marsa, dimanche 10 juin, pour protester contre l’exposition de certains tableaux qu’ils considèrent comme incompatibles avec leurs vision de la religion et contraires aux bonnes mœurs.

L’événement s’est passé en deux temps: le matin, trois salafistes sont venus pour manifester leur colère, dicter leurs exigences et menacer de revenir l’après midi ci la Galerie continuerait à exposer certains tableaux, les salafistes étaient accompagnés d’un avocat et d’un huissier de Justice pour faire un constat.

L’après midi, Med Ali Bouaziz (huissier notaire et ancien rcdiste) ainsi qu’un groupe de salafistes sont revenus protester et menacer de porter plainte auprès des tribunaux pour atteinte aux bonnes mœurs. Quelques échauffourées ont eu lieu entre certains exposants, quelques personnes du public et des salafistes.

Malgré la présence de la police, les salafistes ont réussi à pénétrer la galerie ce qui a exacerbé la tension entre les différents protagonistes.

La police a fait de son mieux pour contenir ses débordements qui deviennent malheureusement de plus en plus fréquents montrant une société déchirée entre un conservatisme de plus en plus radical et un besoin de modernisme et de démocratie.

Finalement après un long face à face très tendu, la police a réussi à disperser la foule.


in Actualités Tunisines 

Marcelo Jácome, 'O Passadiço', making of

Publicado14 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Marcelo Jácome, O Passadiço, making of.

[fotos Filipe Branquinho]

MARCELO JÁCOME (Brasil, 1980) vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde é arquiteto e urbanista. Em 2009, ingressou na EAV-Escola de Artes Visuais, do Parque Lage, onde é orientado por Iole de Freitas. Desenvolvendo a sua linguagem através da colagem e instalações, nas quais o papel é a principal matéria de trabalho, recorre às relações da reta e da curva, bidimensional e tridimensional, lugar e vazio, dentro e fora, tensão e flexão, dissolução da forma e autonomia da cor. Ao longo de sua trajetória, tem participado em projetos independentes, exposições coletivas e uma individual, no Brasil.

22 Jun 2012 – 30 Set 2012, Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, Entrada livre

Marcelo Jácome, Portfolio 

Sítio de Marcelo Jácome.

Daniela Thomas - Breath

Publicado14 Jun 2012

DANIELA THOMAS (Brasil, 1959) é cenógrafa, realizadora de cinema, encenadora de teatro, guionista e dramaturga. Realizou o seu primeiro cenário para a estreia de “All Strange Away”, de Samuel Beckett, apresentado no La MaMa Experimental Theatre, em Nova Iorque, em 1984. Tem-se dedicado também à criação de guiões e à realização de filmes como “Terra Estrangeira”, “Linha de Passe” e “Insolação”, longas-metragens selecionadas para a competição oficial dos Festivais de Cannes e Veneza (“Linha de Passe” ganhou a Palma de Ouro de melhor atriz, em 2007) e ao design de exposições. Os seus trabalhos já estiveram expostos nas Bienais de São Paulo, de 1987 e 1989, na Bienal do Mercosul, em 2009, e na Bienal de Lyon de 2011, estes últimos com a montagem da micropeça “Breath”, de Samuel Beckett.

Para o crítico Yan Michalski, "Daniela Thomas é uma extraordinária artista plástica do palco, que parte sempre de um choque visual básico, em vários casos constituído de paredes cuja altura desmedida e cuja textura insólita configuram uma ruptura violenta com os padrões realistas, e um ponto de partida para a criação de um universo fantasioso e simbólico, que fornece uma complexa soma de sugestões metafóricas sobre a situação dramática em que as personagens se encontram. Significativos, a este respeito, foram: a monumental biblioteca na qual ela ambientou magistralmente as três peças da Trilogia Kafka; o inesperado cenário para O Navio Fantasma, sem o qual a polêmica sugestão entre a ópera wagneriana e a mentalidade nazista empreendida pelo encenador nunca teria levantado vôo; ou, ainda, a cortina de tule por trás da qual ela esfumava toda a ação de Eletra Com Creta. Do mesmo modo, seus figurinos tendem a transformar as personagens em sugestões deturpadas de seres humanos reais, mas essa própria deformação se torna uma generosa fonte de informações poéticas sobre a maneira de esses personagens estarem no mundo. E cada superfície que ela cria na sua cenografia ou seus figurinos é um incomparável espaço preparado para receber e projetar com o máximo rendimento a personalíssima linguagem de iluminação que constitui o cartão de visita mais espetacular da gramática cênica de Gerald Thomas".

in Itaú Cultural.

SAMUEL BECKETT/DANIELA THOMAS

SAMUEL BECKETT

Né en 1906 à Dublin, Irlande.

Décédé à Paris en 1989.

DANIELA THOMAS

Née en 1959 à Rio de Janeiro, Brésil.

Vit et travaille à São Paulo, Brésil.

 

Œuvre

"Breath" | La Sucrière

Samuel Beckett fut celui qui, face à la nécessité de consolider sa propre voix, prit tous les risques possibles et décida de dés-apprendre ce qu’il avait appris, et d’écrire en français — langue qu’il ne maîtrisait pas à la perfection — avec le désir de s’appauvrir encore. Dans Breath, sa pièce de théâtre la plus éphémère, Beckett laisse de côté la durée et son propre langage pour se concentrer sur le moment qui qualifie tout à la fois l’existence humaine et sa précarité. Breath a été écrit en anglais quelque temps avant d’être envoyée à New York, en 1969, en réponse à la demande de Kenneth Tynan d’une contribution à sa pièce Oh !Calcutta! Le texte original a d’abord été publié dans Gambit, vol. 4, n° 16 (1970). La pièce a été produite à l’Eden Theater, à New York, le 16 juin 1969, et a été jouée pour la première fois en Grande-Bretagne au Close Theater Club, à Glasgow, en octobre 1969.

Pour la Biennale, Daniela Thomas, très célèbre réalisatrice brésilienne et décoratrice de théâtre, a choisi de suivre à la perfection les instructions de Beckett. Elle a mis en scène Breath une première fois à Porto Alegre, au Brésil, à l’occasion de la 7e Biennale de Mercosul (2009) dont le commissariat a été assuré par Victoria Noorthoorn.

Description

Bruits de souffle, cris, jeu de lumière, déchets disposés au sol de manière « non verticale ».

 

En savoir plus

Le scénario de Breath est un texte de commande de Kenneth Tynian, écrivain et critique de théâtre anglais, directeur de la revue d’avant-garde théâtrale Oh ! Calcutta !, projet de spectacle érotique, produit à Broadway en 1969, avec des contributions de John Lennon, Jules Feiffer, Dan Greenburg, Jacques Levy, Leonard Melfi, David Newman, Robert Benton, Sam Shepard, Clovis Trouille, Kenneth Tynan and Sherman Yellen, et dont on trouve des enregistrements sur disques vinyls. Avec plus de 1400 représentations, ce spectacle est le plus joué à ce jour à Broadway. Kenneth Tynian n’a d’ailleurs pas hésité à affirmer que la pièce de Beckett avait été vue par « 85 millions spectateurs ». Beckett s’est définitivement brouillé avec Tynan suite aux premières représentations, ce dernier ayant choisi, à l’opposé du projet initial de Beckett, de faire déambuler des acteurs nus au milieu des détritus.

 

Pistes d’exploitation

- L’esthétique de l’épuisement (d’après Gilles Deleuze). Vision d’une vacuité primordiale, aux lisières du visuel, du verbal, de l’objet, du corporel.

- Un théâtre de la vision / la dimension métaphorique de la pièce

- Une via negativa de l’érotisme ou l’organisation d’un mystère : un érotisme expurgé de toute sensualité, nudité etc., et contrarié par l’image des déchets au premier plan

- Un effet d’attente (le noir) suivi d’une durée concentrée pour une expérience soma-esthétique (Richard Shusterman) décuplée (un kairos, un flash…)

- Une déconstruction de la situation de communication du théâtre à l’italienne

- Le corps en creux. Absence visuelle, mais présence auditive (le souffle) et trace de l’activité corporelle (les déchets)

- De l’intermède (théâtre, depuis le XVIe siècle) à l’Intermedia (Dick Higgins, 1965). A l’origine, le terme provient de l’adjectif italien intermedio, lequel sert à dénoter un état de transition. D’un usage courant dans le vocabulaire théâtral depuis le XVIe, il désigne une courte pièce, un divertissement lyrique, chorégraphique ou musical s’intercalant entre les actes d’une pièce de théâtre, d’un opéra ou les parties d’un spectacle. Dans l’histoire du théâtre européen, l’intermède s’est progressivement autonomisé jusqu’à donner naissance aux intermèdes-ballets et aux intermèdes-intrumentaux dans le théâtre du XVIIe, ainsi qu’aux intermèdes-bouffes (renommés opéras-bouffes) à partir du milieu du XVIIIe. Or, ce même terme a également servi à l’un des protagonistes et théoriciens de Fluxus, afin de désigner la qualité d’intermédialité des œuvres représentatives de Fluxus, notamment l’Event. En effet, l’une des caractéristiques principales de ces pièces, souvent actualisées de manière performative, tient à la quasi-impossibilité de pouvoir leur assigner un champ d’inscription générique précis (littérature, théâtre ou arts visuels). N’est-ce pas précisément le cas également de Breath, dont on peine à dire s’il s’agit d’une installation, d’une pièce de théâtre ou d’une vision intérieure ?

- La mise en scène de Daniela Thomas et l’interprétation du scénario-partition de Beckett : élongation du temps de 25 secondes à 67 secondes. Le choix d’une séance toutes les 20 minutes. La mise en espace et le dispositif global.

- Etude littéraire du texte de la pièce : Deux blocs textuels séparés visuellement par une barre horizontale. Bloc I : exposé du déroulement du processus découpé en 5 mouvements numérotés de 1 à 5, et dont les durées sont clairement énoncées. Bloc II : exposé des modalités de mise en scène. La syntaxe procède par juxtaposition, accumulation et énumération (phrases nominales), et relève davantage du style des didascalies ou des notes de travail / de la notation, que d’un dialogue, d’une action théâtrale à proprement parler. La fonction non-verbale domine ces indications scéniques. Le temps qu’il faut pour lire mentalement ces notes de mise en scène est d’environ 25 secondes, soit une durée identique à la réalisation scénique de la pièce. Lecture mentale et mise en scène se résorbent donc l’une sur l’autre, ajoutant au caractère génériquement indifférencié de cette pièce ? En effet, l’œuvre peut être envisagée tour à tour et simultanément comme un poème, un scénario, une pièce de théâtre ou une installation.

 

Bibliographie

- Le texte en version française (Souffle. Intermède) est paru dans Samuel Beckett, Comédie et actes divers, Paris, Minuit, 2009 (1970), p. 135-137.

- Gilles Deleuze, L’épuisé, in ‘Samuel Beckett, Quad et autres pièces pour la télévision’, Paris, Minuit, 1992

- Tom Bishop et Raymond Federman Samuel Beckett. Edition de l'Herne, Fayard / Les Cahiers de l’Herne, 1997

in Biennalede Lyon 2011


Breath, Daniela Thomas, 22 Jun 2012 – 1 Jul 2012, Grande Auditório, Entrada livre

Daniela Thomas - Breath, no Facebook.

Yassine Ayari - mel7it

Publicado14 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Yassine Ayari, da Tunísia.

YASSINE AYARI (Tunísia, 1982) é engenheiro de network e segurança informática e, também, uma ativista que tem lutado pela liberdade de expressão e de internet na Tunísia. Em 2009, candidatou-se para as legislativas, como candidata independente contra o RCD (Reunião Constitucional Democrática). Em 2010, organizou - Nhar Ala Ammar, uma manifestação contra a censura na internet. Em 2011, candidatou-se para as eleições da assembleia constituinte numa lista independente. Simultaneamente, organizou o movimento "Kelmethom" exigindo que o governo desse os devidos direitos aos mártires e aos feridos da Revolução. É ainda membro fundador do Centro da Tunísia para a Justiça Tradicional.

Yassine Ayari: «L'armée n'a jamais reçu l'ordre de tirer»

Selon le blogueur et cyberactiviste Yassine Ayari, l'armée n'a jamais tenu tête à l'ex-président Ben Ali et le général Rachid Ammar n'est pas un «héros».

Ce n’est pas la première fois que l’on entend parler du blogueur et cyberactiviste tunisien Yassine Ayari. Il fait partie des internautes engagés, ces «e-militants» qui ont fait plier le régime de Ben Ali en Tunisie, en janvier dernier.

Mais s'il refait parler de lui aujourd'hui, c'est à cause d'une vidéo postée sur Facebook le dimanche 17 juillet 2011. Relayée par le site de la radio Mosaïque FM mardi 19, la séquence secoue franchement le petit pays jusqu’aux plus hauts responsables, puisqu’il remet en cause le rôle de l’armée dans la victoire du peuple tunisien sur le régime autoritaire.

Celui qui se présentait comme un «ingénieur informaticien et cyberactiviste» devant les membres de l’ONU, au côté de l'ex-secrétaire d'Etat à la Jeunesse et aux Sports, Slim Amamou et du blogueur ByLasko, n’en est pas à son premier fait d’arme sur la Toile:

«J'étais même la source officielle de plusieurs agence de presse qui n'avaient personne en Tunisie», indique-t-il sur son blog.

Dans la vidéo qui a fait polémique, Ayari revient sur la réaction de l’armée face aux ordres que lui aurait donnés l’ex-président Zine el-Abidine Ben Ali de tirer sur les manifestants. Car d’après le blogueur, ces ordres n'auraient jamais existé, et, par conséquent le refus de l’armée d'ouvrir le feu sur la foule non plus. Il expose en détail sa démarche et fait la chronologie de sa version des faits sur son dernier post, intitulé:

«L’homme qui a dit non, et qui continuera à le dire: MOI»

Selon les faits connus et relayés par les observateurs du monde entier, le chef d’état-major des armées Rachid Ammar —promu après la révolution chef d’état-major interarmées— aurait refusé l'injonction hiérarchique en répondant fermement «non» aux ordres du président Ben Ali, qui lui aurait demandé de réprimer les manifestations et de tirer sur la foule si besoin.

Selon la version officielle, le refus catégorique et courageux du général Ammar lui avait valu d’être porté en héros par les Tunisiens, puisqu’il s’était opposé au dictateur et avait placé de fait l’armée du côté de la population.

La version des faits d'un fils de colonel

Yassine Ayari démonte aujourd'hui toute la construction de cet épisode de la révolte tunisienne en révélant qu'il a créé l'histoire de toutes pièces —histoire que les médias du monde entier se sont à l'époque empressés de relayer sans plus de vérifications, tant le courage du général des armées entretenait la dimension mythique de la révolution.

Il faut en préambule rappeler que le blogueur Yassine Ayari est le fils du colonel Tahar Ayari, tombé au combat le mercredi 18 mai dernier à 200 kilomètres de la ville de Rouhia, à l’ouest de Tunis, lors d’affrontements avec des mercenaires qui seraient rattachés à la branche d’al-Qaida au Maghreb islamique (Aqmi).

Le jeune homme, qui déclare avoir «passé 25 ans de (sa) vie dans des casernes ou des cités militaires», avait en janvier 2011 bel et bien accès à des informations militaires à usage strictement interne. Il affirme donc aujourd'hui: que «l'armée n'a jamais reçu d'ordre de tirer ou d'intervenir».

Mais le 7 janvier 2011, une semaine avant la chute de Ben Ali (surnommé «ZABA»), c'est Yassine Ayari qui aurait envoyé l'histoire cousue de fil blanc au site tunisien Nawaat, en précisant au site l’origine de ses sources. Voici, toujours selon lui, le message qu’il aurait adressé à la rédaction du site:

«Ce n'était pas un mensonge, c'était une ruse»

Yassine Ayari revient dans son blog sur ce qu'il qualifie de «ruse» et sur ses intentions, et semble avoir été dépassé par les événements:

Lorsqu’il a pris la décision de raconter cette histoire inventée, le blogueur n'imaginait pas consacrer le général, cette désormais «figure publique»:

«Rachid Ammar est un général, il n'a jamais dit non ou oui, il a juste exécuté les ordres. Dire qu'il n'a pas dit non, lui enlève l'héroïsme qu'il n'a jamais prétendu avoir, mais ne fait pas de lui non plus un minable». 

Selon Ayari, Ben Ali n’entretenait pas de rapport avec l’armée, et ne se serait jamais adressé à elle pour le défendre contre son peuple:

Une question de timing

Reste que l’on s’interroge sur cette soudaine réapparition du cyberactiviste sur la scène publique. On aurait tendance à dire que, peut-être, le moment est mal choisi. En dehors du procès en cours de l’ex-président tunisien et de son clan, des enjeux économiques à la veille du ramadan ou de la crise politique, la Tunisie fait face à plusieurs conflits internes qui relancent les débats autour du processus de démocratisation:

Pourquoi dire ça maintenant [...] quand j'ai fait ce que j'ai fait, quand j'ai pris le risque, [...] je n'attendais rien en retour, absolument rien, et je voyais ça comme un devoir, [...] et je ne voulais pas l'amplifier pour avoir un poste (qu'on m'a proposé à deux reprises, gouvernement de Mohamed Ghannouchi), ni pour toute autre chose.»

Même si l’éclairage de Yassine Ayari renseigne sur une période restée floue dans l'esprit des Tunisiens, le blogueur laisse malgré tout planer les doutes quant à ces soudaines révélations, qui résonnent comme un besoin de reconnaissance et même, pour certains Tunisiens, comme un opportunisme déplacé.

«Pour résumer, je suis fier de ce que j'ai fait, si c'était à refaire, je le referais 1000 fois», conclut Ayari.

Mehdi Farhat

in Slate Afrique



mel7it ,  Blog de Yassine Ayari.

Yassine Ayari no Facebook.

Gladys - trailer

Publicado12 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Gladys é a segunda peça encenada pela atriz, dramaturga e realizadora chilena Elisa Zulueta e foi estreada em julho de 2011, no Teatro del Puente, em Santiago do Chile. 

Durante uma festa da família de Ander, no dia 6 de janeiro, que aguardava a chegada dos Reis Magos, Ian, seu filho mais velho, tem uma surpresa que irá transformar a paz desta festa de Natal. Há vinte anos que a irmã mais nova, Gladys, sofre de uma síndrome chamada de Asperger, tendo sido enviada para a América sem nenhuma razão específica ou bilhete de regresso, apesar das suas necesidades especiais, obrigando-a a desembaraçar-se sozinha. Estabelece-se em San Diego, dedicando-se à venda de t-shirts à porta do zoológico da cidade. Depois de algumas cartas enviadas, Gladys é localizada e levada de volta ao Chile para desenterrar segredos escondidos, após o exílio da sua família. Na Noite de Reis, Gladys involuntariamente vem a confrontar a sua história com a da família que tinha escolhido esquecer. Uma família aparentemente tranquila, sem problemas, mas sustentada por uma mentira de há vinte anos atrás que só agora se vem a descobrir. As verdadeiras razões para a partida de Gladys, esse segredo tão bem guardado e o olhar cego para a sua deficiência são algumas das questões que esta família terá de enfrentar. Durante a noite irá confrontar-se com aqueles que acreditam que se deve viver mantendo tudo em silêncio e com aqueles que precisam de saber quem são realmente. Duas maneiras de viver a vida: aqueles que precisam de enfrentar e viver e aqueles para os quais a ordem familiar consiste em evitar tudo o que causa sofrimento. «Gladys pretende voltar ao mais alto realismo, sem sensacionalismos cénicos, mas com as palavras e as ferramentas do ator, de volta para a verdade da vida real, dando ao público uma obra em que este se reveja, com a qual se emociona e possa refletir», disse Elisa Zulueta.

30 Jun 2012 - 22:00 | 1 Jul 2012 - 22:00

Anfiteatro ao Ar Livre

Entrada 15 €  

Danya Bashir

Publicado12 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.

Hoje, Danya Bashir Hobba, da Líbia.

DANYA BASHIR HOBBA (Líbia, 1989) é autora e ativista social. Venceu duas vezes o Concurso de Empreendedorismo Jovem dos Emirados Árabes Unidos. Durante a revolução libanesa, organizou remessas de ajuda humanitária, para tratamentos médicos e necessidades básicas na Líbia. Recentemente participou na conferência “Yahoo Change Your World”, no Cairo, no painel para as mulheres revolucionárias onde discutiu o papel da comunicação social, de modo a garantir os direitos das mulheres na nova Líbia. Também foi destaque em ”20 Empowering Women to be followed on Twitter”, pela Comunidade de Mulheres Empreendedoras, e nomeada pela CNN como Agente para a Mudança.

Danya Bashir is only 20 years old, but she’s already a business owner. She is a two-time winner (the first and only female) of the United Arab Emirates Young Entrepreneurship competition, helping her launch her company “Relora,” which focuses on stress management.

But the biography on her Twitter account reveals her most lofty goal yet: “The next president of Libya.” Just last year, this seemed impossible in a country where Moammar Gadhafi’s notorious “Green Book” of political philosophy decreed that a woman’s place was in the home.

Born in Arizona and educated in the UAE, Bashir spent summers in Libya, but had limited contact with most people, even her relatives.

“My father was a political exile on the blacklist, so I wasn’t able to fully connect to the country,” she says, deeming her father her hero. “The biggest crime Gadhafi committed was corrupting people’s minds.”

During the revolution, Bashir organized shipment for medical treatment and basic needs in Libya. She says 57 percent of the population in Libya is made up of women, and they mostly played a role behind the scenes — running weapons, smuggling medicine and gathering intelligence. With the fall of Gadhafi, they are reveling in a new freedom to mobilize, but the male-dominated, tribally based society still has a long way to go. Though the country has witnessed a blossoming of dozens of nongovernmental organizations led by women, the 51-member Transitional National Council has just one female member.

“They need guidance on all fronts, we are starting from zero,” Danya says, “but the good thing about this is, people here in Libya are motivated and thirsty to learn about their rights, what it means to really be free, and how they can voice their opinions — we just need the place and people to help guide and teach us. We’ll get there.”

in CNN.

Danya Bashir Hobba no Twitter.

making of - Rulote

Publicado12 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Rulote, Nuno Viegas, 22 Jun 2012 – 30 Set 2012

(fotos de Filipe Branquinho)

A rulote interessou-me sobretudo como objeto nómada. Neste sentido, a acumulação de malas numa pequena embarcação é uma alusão aos movimentos migratórios, que tantas vezes, de forma precária e clandestina, cruzam as fronteiras reduzindo a dimensão humana a um mero valor objetual ou a um valor de carga.


Nuno Viegas

NUNO VIEGAS (Portugal, 1977) participou, em 2000, na Exposição Comemorativa do 10º Aniversário da Galeria Arte Periférica, Lisboa, e realizou a exposição de finalistas do prémio CELPA - Vieira da Silva, Fundação Arpad-Szénes/Vieira da Silva, Lisboa. Destacam-se exposições individuais na galeria Arte Periférica: “A de Animal” e “Parafernália” (2011), “Temor e tremor” (2009), “A nuvem nódoa” (2008), “O precipitado” (2006), “Lava” (2003) e “Captura” (2002). Participou nas exposições coletivas Stand Arte Periférica, em Madrid – ARCO’03, ARCO’04 e ARCO’05, no Centro de Congressos de Lisboa e na Feira Internacional de Lisboa - Arte Lisboa, entre 2001 e 2010. Em 2005, elaborou a ilustração da revista Colóquio Letras da Fundação Calouste Gulbenkian.

making of - Tenda Próximo Futuro

Publicado12 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Tenda Próximo Futuro no Jardim Gulbenkian, Marisa Vinha.

MARISA VINHA (Portugal, 1973) é designer e interessa-se por Curadoria e por Arte no Espaço Público. Enquanto assistente do arquiteto Alessandro Mendini, desenhou e produziu diversas exposições itinerantes, fez projetos para empresas como Alessi, Bisazza, Cartier, Swarovski e Swatch. Participou na exposição coletiva “Toldos no jardim”, integrada no Programa Distância e Proximidade da Fundação Calouste Gulbenkian, realizou a Instalação “Framed Landescapes” para Domaine de Boisbuchet ― Vitra Design Museum, e as instalações cenográficas do programa ”Palavras daqui, dali e dacolá“ na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2010. Atualmente, os seus projetos dividem-se entre Lisboa e São Paulo.

Passe Próximo Futuro

Publicado11 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Passe Próximo Futuro

Preçário / Prices

Compra de entradas 

Purchase of tickets

Concerto Inaugural/ Opening Concert   Emel Mathlouthi - €12**                                                                                     

Sessões de Cinema / Film sessions - €3***

Teatro/Theatre Praga - €5*

Teatro/Theatre “Gladys” - €15*

Concerto/Concert Med Fusion Orchester -  €12**

Teatro/ Theatre “El año en que nací” - €15*

Concerto/Concert  Kimi Djabaté - €12**

Teatro/Theatre “Bait Man” - €15*

Concerto/Concert Chelpa Ferro + Pedro Tudela - €12**

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África / Festival Of Literature And Thought Of North Africa – Entrada livre / Free Admission

Peça/Instalação / Play/Installation  (Daniela Thomas) – Entrada livre / Free admission

Tenda – Entrada livre / Free admission

Concerto/Concert “Inuksuit” – Entrada livre / Free admission

* Espetáculos de teatro para maiores de 12 anos

** Espetáculos de música para maiores de 4 anos

*** Sessões de cinema para maiores de 12 anos

Entrada gratuita para jovens até aos 10 anos no Teatro Praga

Entrada livre – não é necessário levantamento de bilhetes

*Theatre performances open to people aged 12

**Music performances open to people aged over 4 

***Film sessions open to people aged over 12

Theater Praga: Free admission for young people aged under 10

Free admission – no need to lift tickets

Passes / Subscriptions

Haverá à venda na Fundação um Passe “Próximo Futuro” que contemplará todos os espetáculos do Programa “Próximo Futuro” que decorrerão entre 22 de junho a 8 de julho 2012, com um preço fixo de: €46.80 (desconto de 60%). A data de início de compra da assinatura é dia 12 de maio até à data limite de dia 21 de junho. / There will be on sale at the Foundation a Subscription “Próximo Futuro” that will include all shows of the Program "Next Future" to be held from June 22 to July 8, 2012, with a fixed price of: €46.80. The first day for the subscription purchase is May 12 and the deadline for the subscription purchase is June 21.

Passes sujeitos à disponibilidade existente / subscriptions subject to availability.

Bilhetes avulsos / Single tickets

Os bilhetes podem ser comprados em qualquer bilheteira da Fundação ou através do site da Fundação a partir de dia 12 de maio, exceto para a venda de passes, que deverá ser feita apenas nas bilheteiras da Fundação (compras online não obrigam a levantamento de bilhetes, apenas será necessário imprimir o bilhete em formato PDF e apresentá-lo à entrada do espetáculo). / Tickets can be purchased at any of the Foundation’s ticket offices or through the Foundation’s website, starting from may 12,except for  the sale of subscriptions which should be done only at the Foundation’s ticket offices (online shopping does not require lifting tickets, you only need to print the ticket in PDF format and submit it at the entrance of the show).

Na hora que precede o início de cada espetáculo só serão vendidos bilhetes para o próprio dia./ In the hour preceding the beginning of each show, tickets will be sold only for that day.

A venda de bilhetes para o Teatro do Bairro poderá ser sempre realizada através da Fundação e/ou, do Teatro do Bairro, neste caso uma hora antes do início do espetáculo. / Ticket sales for the Teatro do Bairro can always be held at the Foundation and / or, at the Teatro do Bairro, in this case, one hour prior to the show.

Descontos / Discounts

Desconto de 30% / Discount of 30% - Maiores de 65 anos / over 65 years old

Desconto de 50% / Discount of 50% - Jovens até aos 25 anos / people aged under 25 years old

Descontos não acumuláveis / Discounts not cumulative

Sessões de Cinema / Film sessions – Preço único/ Single price

 

www.bilheteira.gulbenkian.pt

Informações / Information

[email protected]

Tel. (+351) 217 823 529

www.proximofuturo.gulbenkian.pt 

Programa sujeito a alterações

This programme may be changed without prior notice

Notas/Notes: Entrada para todos os espetáculos deve fazer-se pela porta da Rua Dr. Nicolau de Bettencourt, exceto para os espetáculos realizados no Grande Auditório - FCG, que se deverá fazer ou pela entrada do edifício central ou pela porta do “Jardim das Rosas”. / Entry to all shows should be made through the door next to Street Dr. Nicolau de Bettencourt, except for performances held in the Grande Auditório - FCG, which should be done either through the main building entrance or through the door next to the "Jardim das Rosas / Roses Garden".

BILHETEIRA / INFORMAÇÕES

TICKET OFFICE / INFORMATION

Bilheteira / Ticket Office 

Fundação Calouste Gulbenkian 

Avenida de Berna 45 A - 1067-001 Lisboa 

2ª a 6ª: 10:00 – 19:00

Tel. (+351) 21 782 3700

Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

Rua Dr. Nicolau de Bettencourt - 1050-078 Lisboa 

3ª a domingo / Sunday: 10:00 – 18:00

Tel. (+351) 21 782 3474/83

e uma hora antes do início dos espetáculos.

and one hour before the start of evening performances.

Alteração à Programação da Cinemateca Próximo Futuro

Publicado11 Jun 2012

Etiquetas cinemateca próximo futuro

Atef e Alexandria, Porquê?, programados para a Noite Egípcia a 26 de Junho, serão exibidos a 2 de Julho, às 22h00.

Débat sur l'état de l'art contemporain en Afrique

Publicado8 Jun 2012

Etiquetas África arte

Débat sur l'état de l'art contemporain en Afrique aujourd'hui, modéré par le critique d’art français Dagara Dakin et l’artiste Aimé Ntakiyica, dans le cadre de la présentation par BOZAR desBamako Encounters: Pan-African Photography (9th edition) à Tour & Taxis.

Ce débat sera l’occasion de découvrir les coulisses et les enjeux du monde de l’art contemporain en Afrique, à travers les expériences de commissaires en exercice sur le continent. Simon Njami et le directeur du Musée national du Mali Samuel Sidibé échangeront leurs analyses sur l’état de l’art contemporain en Afrique aujourd’hui et parleront notamment du statut de l’artiste, du marché de l’art, des structures et des publics, et de l’impact d’initiatives comme lesBamako Encounters. Laura Sérani relatera son expérience de direction artistique de la 9e édition des Rencontres. Raphael Chikukwa et Léo Lefort (Éthiopie) reviendront quant à eux sur leur travail de création d’expositions en Afrique. Calvin Dondo (Zimbabwe),  Kiripi Katembo (DRC), et Léon Ouedraogo (Burkina Faso) partageront leurs points de vue sur ces questions en tant qu’artistes.

Les invités aborderont le futur de la biennale de Bamako, menacée non seulement par une grande dépendance financière et technique de la France, mais maintenant également par la situation politique du pays.


in BOZAR EXPO

Un Oeil sur la Planète

Publicado8 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

A Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África inicia-se a 22 de Junho com um debate em que participarão vários autores de blogs do Norte de África e Médio Oriente. Na impossibilidade de apresentar todos os autores e blogs fundamentais que  são activistas fundamentais na cena política destas regiões vamos apresentar alguns.
Hoje o blog de Sarah Ben HAmadi: Un Oeil sur la Planète.

Passe Próximo Futuro

Publicado6 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Passe Próximo Futuro

Preçário / Prices

Compra de entradas 

Purchase of tickets

Concerto Inaugural/ Opening Concert   Emel Mathlouthi - €12**                                                                                     

Sessões de Cinema / Film sessions - €3***

Teatro/Theatre Praga - €5*

Teatro/Theatre “Gladys” - €15*

Concerto/Concert Med Fusion Orchester -  €12**

Teatro/ Theatre “El año en que nací” - €15*

Concerto/Concert  Kimi Djabaté - €12**

Teatro/Theatre “Bait Man” - €15*

Concerto/Concert Chelpa Ferro + Pedro Tudela - €12**

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África / Festival Of Literature And Thought Of North Africa – Entrada livre / Free Admission

Peça/Instalação / Play/Installation  (Daniela Thomas) – Entrada livre / Free admission

Tenda – Entrada livre / Free admission

Concerto/Concert “Inuksuit” – Entrada livre / Free admission

* Espetáculos de teatro para maiores de 12 anos

** Espetáculos de música para maiores de 4 anos

*** Sessões de cinema para maiores de 12 anos

Entrada gratuita para jovens até aos 10 anos no Teatro Praga

Entrada livre – não é necessário levantamento de bilhetes

*Theatre performances open to people aged 12

**Music performances open to people aged over 4 

***Film sessions open to people aged over 12

Theater Praga: Free admission for young people aged under 10

Free admission – no need to lift tickets

Passes / Subscriptions

Haverá à venda na Fundação um Passe “Próximo Futuro” que contemplará todos os espetáculos do Programa “Próximo Futuro” que decorrerão entre 22 de junho a 8 de julho 2012, com um preço fixo de: €46.80 (desconto de 60%). A data de início de compra da assinatura é dia 12 de maio até à data limite de dia 21 de junho. / There will be on sale at the Foundation a Subscription “Próximo Futuro” that will include all shows of the Program "Next Future" to be held from June 22 to July 8, 2012, with a fixed price of: €46.80. The first day for the subscription purchase is May 12 and the deadline for the subscription purchase is June 21.

Passes sujeitos à disponibilidade existente / subscriptions subject to availability.

Bilhetes avulsos / Single tickets

Os bilhetes podem ser comprados em qualquer bilheteira da Fundação ou através do site da Fundação a partir de dia 12 de maio, exceto para a venda de passes, que deverá ser feita apenas nas bilheteiras da Fundação (compras online não obrigam a levantamento de bilhetes, apenas será necessário imprimir o bilhete em formato PDF e apresentá-lo à entrada do espetáculo). / Tickets can be purchased at any of the Foundation’s ticket offices or through the Foundation’s website, starting from may 12,except for  the sale of subscriptions which should be done only at the Foundation’s ticket offices (online shopping does not require lifting tickets, you only need to print the ticket in PDF format and submit it at the entrance of the show).

Na hora que precede o início de cada espetáculo só serão vendidos bilhetes para o próprio dia./ In the hour preceding the beginning of each show, tickets will be sold only for that day.

A venda de bilhetes para o Teatro do Bairro poderá ser sempre realizada através da Fundação e/ou, do Teatro do Bairro, neste caso uma hora antes do início do espetáculo. / Ticket sales for the Teatro do Bairro can always be held at the Foundation and / or, at the Teatro do Bairro, in this case, one hour prior to the show.

Descontos / Discounts

Desconto de 30% / Discount of 30% - Maiores de 65 anos / over 65 years old

Desconto de 50% / Discount of 50% - Jovens até aos 25 anos / people aged under 25 years old

Descontos não acumuláveis / Discounts not cumulative

Sessões de Cinema / Film sessions – Preço único/ Single price

 

www.bilheteira.gulbenkian.pt

Informações / Information

[email protected]

Tel. (+351) 217 823 529

www.proximofuturo.gulbenkian.pt 

Programa sujeito a alterações

This programme may be changed without prior notice

Notas/Notes: Entrada para todos os espetáculos deve fazer-se pela porta da Rua Dr. Nicolau de Bettencourt, exceto para os espetáculos realizados no Grande Auditório - FCG, que se deverá fazer ou pela entrada do edifício central ou pela porta do “Jardim das Rosas”. / Entry to all shows should be made through the door next to Street Dr. Nicolau de Bettencourt, except for performances held in the Grande Auditório - FCG, which should be done either through the main building entrance or through the door next to the "Jardim das Rosas / Roses Garden".

BILHETEIRA / INFORMAÇÕES

TICKET OFFICE / INFORMATION

Bilheteira / Ticket Office 

Fundação Calouste Gulbenkian 

Avenida de Berna 45 A - 1067-001 Lisboa 

2ª a 6ª: 10:00 – 19:00

Tel. (+351) 21 782 3700

Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

Rua Dr. Nicolau de Bettencourt - 1050-078 Lisboa 

3ª a domingo / Sunday: 10:00 – 18:00

Tel. (+351) 21 782 3474/83

e uma hora antes do início dos espetáculos.

and one hour before the start of evening performances.

Montagem das fotografias da Arte Pública do Próximo Futuro no jardim Gulbenkian

Publicado6 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Montagem das fotografias da Arte Pública do Próximo Futuro no jardim Gulbenkian.

Seminar for English speakers "Heritage and Museums"

Publicado5 Jun 2012

Etiquetas bolsas

Context

This new seminar is offered by the Ministry of Culture and Communication (General Secretariat, Legal and International Affairs Department) within the framework of its educational programs, implemented by the Maison des Cultures du Monde.

It will bring together in Paris and in another city/region of France some twenty experienced professionals from the museum and heritage sectors. The goal of this seminar is to familiarize them with the French context and to allow them to develop networks with professionals from the Near and Middle East, Asia and Australia. They can thus share their knowledge, practices and projects on questions of museology, museography and heritage (management of sites).

The seminar will be held in French with English translation.

Participants

Exclusively high-level, English-speaking professionals from the Near and Middle East, Asia and Australia in charge of: 

• The elaboration and steering of cultural policies (heritage and museums)

• Carrying out heritage and/or museum projects

• The management of establishments (museums, heritage sites, historical monuments, etc.)

Topics

This seminar will cover the following topics in the form of presentations, round tables, professional meetings and visits: 

• Policies regarding heritage and museums in France 

• Governance of a museum: What is a museum today? What functions should a museum develop?

• Management and enhancement of heritage sites

• Audience policies and interpretation: How to attract new audiences?

• Current trends in museography and the enhancement of heritage 

This program will include the participation of acknowledged leaders in the heritage and museum sectors: Ministry of Culture and Communications (and the linked public establishments), territorial authorities (Regions, urban areas), public (National government or territorial authorities) and private museums, historical monuments, registered heritage sites.

Conditions of participation

Costs that are covered The Ministry of Culture and Communication will cover the following: 

• Educational program costs • Living expenses (accommodations and per diem) • Travel within France for the needs of the program • Insurance NB: The international transportation ticket is not covered and must be paid for by the applicant, his establishment, the Embassy of France or another body.

in Maison des Cultures du Monde

 

 

Compromiso y música (XXIII): Azagaia

Publicado5 Jun 2012

Etiquetas moçambique música

Una azagaia es una jabalina o una lanza pequeña y también es el nombre artístico de Edson da Luz, un artista de hip-hop de Mozambique.

La claridad y crudeza de sus letras causa malestar en los círculos cercanos al poder y al partido en el gobierno de su país, el FRELIMO. Esto ha sido la causa de que en numerosas ocasiones hayan intentado silenciar su voz y el propio Azagaia fuera detenido.

Comenzamos con un tema titulado Combatentes da fortuna y que va dedicado a todos los dirigentes africanos que siempre prometen una vida mejor a sus seguidores y que una vez que llegan al poder se olvidan de todo.

Esta canción va dedicada a todos eses dirigentes africanos

que nos prometieron un África mejor

y nos dieron un peor resultado

camada de hijos de puta…

quisimos creer en el discurso de la igualdad

compartimos el discurso de unidad

combatimos al opresor

para liberarnos 

esclavos de nuestra pasividad

nosotros obedecimos esas órdenes

morimos para ser hombres de verdad

a pan y agua, 

en la lengua sólo el sabor de la libertad

nosotros

combatimos al opresor sin impiedad

nos enseñaron que el racismo tenía color

negra era la piel del señor.

Azagaia procede de la ciudad de Beira, zona que tradicionalmente es baluarte del partido surgido de una escisión de la RENAMO, el MDM, fundado por Daviz Simango, alcalde de Beira, y por el que el artista hace campaña, como se comprueba en este video del tema Corre e avisa.

El tema Povo no poder fue compuesto tras una serie de manifestaciones convocadas en la capital, Maputo, en protesta por la carestía de la vida, en 2008. Más tarde, en los disturbios que tuvieron lugar en septiembre de 2010 la canción se convirtió en el himno de los manifestantes. En esta ocasión hubo más de una docena de muertos y la ciudad estuvo paralizada prácticamente una semana. Se protestaba por la subida del precio del pan y del combustible.

El tema recrimina al gobierno por la subida de los productos básicos, se llama al pueblo a la lucha y se acusa a los gobernantes de corruptos y traidores del pueblo. Un tema bastante atemporal y que se puede aplicar a muchas realidades fuera de Mozambique.

Ya no creemos en esa vieja historia

salimos para combatir la escoria

ladrones, corruptos

gritad conmigo para que esa gente se vaya

gritad conmigo porque el pueblo ya no llora

esto es Maputo, nadie sabe bien como ocurrió

el pueblo dormía ayer

pero hoy perdió el sueño

todo por causa de ese vuestro salario mínimo (se lo recrimina al gobierno)

el pueblo sale de casa y tira apunta al primer cristal

sube el precio del transporte, sube

sube el precio del pan

deja a mi pueblo sin norte

pueblo sin suelo

revolución verde

sólo la vemos en nuestro almuerzo

ahora piden el qué: ¿ponderación? (austeridad, cautela)

pondera tú 

antes de hacer esa mierda de subir el costo de la vida

y mantener bajo nuestro ingreso,

este gobierno no se enmienda, no

hasta va a haber una tragedia, sí

que vengan con gas lacrimógeno

esta huelga está llena de oxígeno

no vamos a parar en nuestro empeño

yo no me abstengo.

El gobierno de Mozambique quería callar a Azagaia y encontró la ocasión para arrestarle cuando este viajaba en coche en el que uno de los ocupantes llevaba Marihuana. A raiz de ese hecho escribió el tema Filhos da... (Hijos de...) que es una llamada de atención a la gente que solo reacciona ante los abusos de los gobernantes cuando le toca a ella y ya es demasiado tarde para cambiar las cosas.

Nos cogieron y apresaron y tú no hiciste nada

se llevaron a tu vecino y tú no dijiste nada

y cuando te lleven a ti

también nadie hará nada

hijos de…

cuando me apresaron dijiste 

que era por culpa de la irreverencia

que el pueblo abusó del poder

e insultó a la Presidencia

que estaba fuera de tu jurisprudencia

te llevaste el título de campeón de la coincidencia.

tú eres el tipo que apoya la revolución

pero que no se quiere envolver

el olor de tu miedo denuncia tu perfume

miedoso que cuando muere

no sirve ni para estiércol.

En el tema Minha geração (Mi generación) describe las condiciones de vida de los jóvenes y refleja los cambios culturales, de estilo, en los estudios..., que están viviendo pero preguntándose que para qué tanto esfuerzo si parece no haber un futuro claro.

Esta es la generación del cambio

aquellos que se vuelven para pagar el alquiler de casa

que se vuelven ante los combustibles

que también subieron

la autoestima subió

solo los salarios no subieron

la generación de los que lamen el culo 

pornográficamente 

hasta el jefe eyacular

pero al fin de mes no hay aumento (…)

dicen que pertenezco a ella, 

la generación del capricho

que desfila con coches de lujo

en barrios de  mierda (basura)

la generación del HIV

pero la gente se contagia

hombres con cuerpo de gimnasio

que no usan condón

la generación de Sofala (provincia de la que Beira es capital)

que mira al pueblo  de Sofala

pero que cuando llega el momento de actuar

sólo habla.

Terminamos con otro de sus temas más reivindicativos, A marcha.

Yo hablo del pueblo para el pueblo

porque yo soy pueblo y tú eres pueblo

usamos el mismo lenguaje

y cuando tu hablas yo te oigo

cuando yo hablo tu me oyes

compartimos los mismos dolores

si te cansaste de pedir favores

entonces vem a esta marcha

tú que estás mal pagado

aunque te esfuerzas en el trabajo

a ti que no te pagan

y recibes limosnas en el trabajo

sí, tu que eres humillado por no haber ido a la escuela

nadie se da cuenta que tuviste que irte pronto a trabajar

tú que pagas impuestos

te quedas sin nada en los bolsillos

tú que haces a los dirigentes engordar como cerdos

tú que no entiendes de economía ni de política

dicen que el país va mal, pero en tu plato no ves comida.



in El País.

Propaganda by Monuments: Art and revolution

Publicado4 Jun 2012

Etiquetas egipto artes visuais

On 25 May 2006, Angola launched the Icarus 13, the world’s first space mission to the sun. For two years, 70 laborers, artists and engineers worked relentlessly to build the spacecraft and plan the mission. It landed on the sun at 10 pm. According to the astronauts, “The sun has the most beautiful night.” Proud of their accomplishment, Angolans are planning to launch the first ”solar tourist” flight in 2011 -- at least in the imagination of an artist.

The Contemporary Image Collective’s first exhibition in 2011, called Propaganda by Monuments, includes eight photographs documenting the Icarus 13 project. Developed by Angolan artist Kiluanji Kia Hendu in 2008, “Icarus 13” mixes myth with humor as it explores the human quest for greatness. With Africa’s reputation as an underdeveloped continent, Hendu’s work asserts, few believed it could launch a space mission.

The “documentary photographs” which Hendu shot are of state buildings in the Angolan capital, Luanda, built during periods of ambitious plans to modernize the city, when nations sought to manifest their development through grand city structures. To portray the Icarus 13 spacecraft, Hendu shot a photograph of an unfinished mausoleum built for a Russian Socialist leader, which is rumored to contain the remains of the first president of independent Angola. Hendu represents the astronomy observatory with an unfinished colonial era movie theater, and the Icarus 13’s takeoff is shown through a photograph of Angolans celebrating the national team’s qualification for the 2006 World Cup.

“Repurposing things that are so heavy with history is a common practice that this exhibition explores,” explained Mia Jankowicz, co-curator of the show and the artistic director of CiC. The exhibition borrows its title from a short story, “Propaganda by Monuments,” written by the South African writer Ivan Vladislavic in 1996, two years after Nelson Mandela became the first democratically-elected president of South Africa. Reflecting on the turbulent period that followed, Vladislavic recounts fictitious negotiations between a Russian official, his interpreter and a South African businessman, who wishes to import Lenin monuments for use as decorative items in South African bars. Building on the absurdity and plausibility of the proposed use of the Russian monuments, the exhibition, according to its curatorial text, seeks to “confront us with what happens when revolution meets reality and what happens after the revolution ends.”

Despite its timing, Propaganda by Monuments is not a reaction to the 25 January Revolution in Egypt. “It, nevertheless, provides nuance to it,” Jankowicz said. The past few weeks witnessed a plethora of exhibitions on or inspired by the revolution, often showcasing documentary photography and videos from the 18 days of protests. These shows are necessary, said Jankowicz, as “they produce endless revolution conversations.”

Propaganda by Monuments, which was originally scheduled for late January, tries to push such conversations further by examining various historical moments when ideals were refashioned personally or collectively to express modernization, development and liberation, or even through consumer markets and stereotyping. The exhibition was postponed because of the revolution, which gave the artwork a new relevance to the local context.

“Monologue” -- a looped video piece by Egyptian artist Ahmed Kamel -- contrasts archival video clips of old Egyptian nationalist songs with the audio of contemporary versions, played against a rough monochromatic background. Songs like “Al-Watan al-Akbar” (My Greater Homeland), which expressed pan-Arabism dreams, are reminiscent of the optimism of president Gamal Abdel Nasser's era. Although Nasser’s ambitious plans for industrial development and social equality were unsuccessful, songs of that era continue to stir nostalgic feelings for hopeful times. Since then 11 February ouster of former president Hosni Mubarak, these songs have been continuously played on national television and radio stations.

By also displaying propaganda, the show seeks to highlight how meanings and hopes arising at historical moments are often constructed by association with the past. In Triptych #6, Egyptian artist Imam Issa presents a short conversation she envisions between two co-workers that subtly touches upon social and political conditions in Egypt. Issa shares with her audience the process by which she reached it. Using a photograph of a lake, and the memory it evokes in her, Issa takes a carefully staged picture. From these two images, the final narrative unfolds and by tracing the series, the audience follow her personal process, and perhaps reflect on their own ways of constructing meaning at this critical time.

Propaganda by Monuments runs from 20 March until 23 April 2011 at CiC.

4th floor, 22 Abdel Khalek Tharwat St., Downtown, Cairo

Participating artists: Hasan and Husain Essop, Ângela Ferreira, Dan Halter, Runa Islam, Iman Issa, Ahmed Kamel, and Kiluanji Kia Henda

Project curators: Mia Jankowicz and Clare Butcher

Events program:

Mon 21 March: Screening of Los Angeles Plays Itself, dir. Thom Anderson

Tues 29 March: Opening of Runa Islam's scale (1:16 inch=1 foot) at Factory Space, Townhouse

Sun 17 April: Screening of works by Fernando Sanchez Castillo and David Maljkovic and launch of the publication "Propaganda by Monuments"

Sat 23 April: Screening of works by Eva Bertram

in Egytp Independent

Passe Próximo Futuro

Publicado1 Jun 2012

Etiquetas próximo futuro

Passe Próximo Futuro

Preçário / Prices

Compra de entradas 

Purchase of tickets

Concerto Inaugural/ Opening Concert   Emel Mathlouthi - €12**                                                                                     

Sessões de Cinema / Film sessions - €3***

Teatro/Theatre Praga - €5*

Teatro/Theatre “Gladys” - €15*

Concerto/Concert Med Fusion Orchester -  €12**

Teatro/ Theatre “El año en que nací” - €15*

Concerto/Concert  Kimi Djabaté - €12**

Teatro/Theatre “Bait Man” - €15*

Concerto/Concert Chelpa Ferro + Pedro Tudela - €12**

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África / Festival Of Literature And Thought Of North Africa – Entrada livre / Free Admission

Peça/Instalação / Play/Installation  (Daniela Thomas) – Entrada livre / Free admission

Tenda – Entrada livre / Free admission

Concerto/Concert “Inuksuit” – Entrada livre / Free admission

* Espetáculos de teatro para maiores de 12 anos

** Espetáculos de música para maiores de 4 anos

*** Sessões de cinema para maiores de 12 anos

Entrada gratuita para jovens até aos 10 anos no Teatro Praga

Entrada livre – não é necessário levantamento de bilhetes

*Theatre performances open to people aged 12

**Music performances open to people aged over 4 

***Film sessions open to people aged over 12

Theater Praga: Free admission for young people aged under 10

Free admission – no need to lift tickets

Passes / Subscriptions

Haverá à venda na Fundação um Passe “Próximo Futuro” que contemplará todos os espetáculos do Programa “Próximo Futuro” que decorrerão entre 22 de junho a 8 de julho 2012, com um preço fixo de: €46.80 (desconto de 60%). A data de início de compra da assinatura é dia 12 de maio até à data limite de dia 21 de junho. / There will be on sale at the Foundation a Subscription “Próximo Futuro” that will include all shows of the Program "Next Future" to be held from June 22 to July 8, 2012, with a fixed price of: €46.80. The first day for the subscription purchase is May 12 and the deadline for the subscription purchase is June 21.

Passes sujeitos à disponibilidade existente / subscriptions subject to availability.

Bilhetes avulsos / Single tickets

Os bilhetes podem ser comprados em qualquer bilheteira da Fundação ou através do site da Fundação a partir de dia 12 de maio, exceto para a venda de passes, que deverá ser feita apenas nas bilheteiras da Fundação (compras online não obrigam a levantamento de bilhetes, apenas será necessário imprimir o bilhete em formato PDF e apresentá-lo à entrada do espetáculo). / Tickets can be purchased at any of the Foundation’s ticket offices or through the Foundation’s website, starting from may 12,except for  the sale of subscriptions which should be done only at the Foundation’s ticket offices (online shopping does not require lifting tickets, you only need to print the ticket in PDF format and submit it at the entrance of the show).

Na hora que precede o início de cada espetáculo só serão vendidos bilhetes para o próprio dia./ In the hour preceding the beginning of each show, tickets will be sold only for that day.

A venda de bilhetes para o Teatro do Bairro poderá ser sempre realizada através da Fundação e/ou, do Teatro do Bairro, neste caso uma hora antes do início do espetáculo. / Ticket sales for the Teatro do Bairro can always be held at the Foundation and / or, at the Teatro do Bairro, in this case, one hour prior to the show.

Descontos / Discounts

Desconto de 30% / Discount of 30% - Maiores de 65 anos / over 65 years old

Desconto de 50% / Discount of 50% - Jovens até aos 25 anos / people aged under 25 years old

Descontos não acumuláveis / Discounts not cumulative

Sessões de Cinema / Film sessions – Preço único/ Single price

 

www.bilheteira.gulbenkian.pt

Informações / Information

[email protected]

Tel. (+351) 217 823 529

www.proximofuturo.gulbenkian.pt 

Programa sujeito a alterações

This programme may be changed without prior notice

Notas/Notes: Entrada para todos os espetáculos deve fazer-se pela porta da Rua Dr. Nicolau de Bettencourt, exceto para os espetáculos realizados no Grande Auditório - FCG, que se deverá fazer ou pela entrada do edifício central ou pela porta do “Jardim das Rosas”. / Entry to all shows should be made through the door next to Street Dr. Nicolau de Bettencourt, except for performances held in the Grande Auditório - FCG, which should be done either through the main building entrance or through the door next to the "Jardim das Rosas / Roses Garden".

BILHETEIRA / INFORMAÇÕES

TICKET OFFICE / INFORMATION

Bilheteira / Ticket Office 

Fundação Calouste Gulbenkian 

Avenida de Berna 45 A - 1067-001 Lisboa 

2ª a 6ª: 10:00 – 19:00

Tel. (+351) 21 782 3700

Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

Rua Dr. Nicolau de Bettencourt - 1050-078 Lisboa 

3ª a domingo / Sunday: 10:00 – 18:00

Tel. (+351) 21 782 3474/83

e uma hora antes do início dos espetáculos.

and one hour before the start of evening performances.