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Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

5.ª sessão: Pensadores do Norte de África

24 de Junho 2012, 22h00 - Anfiteatro ao Ar Livre

KARIM BEN SMAIL (Tunísia, 1961) é um conceituado editor tunisino. Editor politicamente ativo dirige a Cérès Editions, uma das mais respeitadas e antigas editoras independentes do Norte de África, que publica ensaio, ficção, não-ficção e livros de arte.

FETHI BENSLAMA
(Tunísia, 1951) estudou psicopatologia na Universidade Paris 7. Em 1988, publicou o seu primeiro ensaio “La nuit brisée” (Ramsay), um livro que aborda a questão da linguagem sob o ponto de vista psicanalítico, de acordo com o fundador do Islão. Alguns meses depois, o caso Rushdie eclodiu, pelo que que Fethi pôde agarrar-se à sua defesa. O seu compromisso político para a defesa da democracia, para o secularismo e para os direitos das mulheres no mundo árabe e muçulmano leva-o, em 2004, à criação do “Manifeste des libertés” com outros intelectuais. Mas é com o seu ensaio “La psychanalyse à l’épreuve à l’islam’’  (Flammarion, 2002), que Fethi se tornará conhecido. Atualmente, dirige na UFR - Estudos Clínicos de Psicanálise da Universidade Paris 7, onde também leciona. Lidera ainda uma equipa de pesquisa sobre “Política da Saúde e das Minorias”, no Centro de Pesquisa de Psicanálise e Medicina, uma área na qual tem publicado vários estudos. É autor de inúmeros ensaios, sendo o mais recente sobre as revoluções árabes “Soudain la révolution !”, CERES / Denoël, Tunes-Paris, 2011.

WASSYLA TAMZALI
(Argélia, 1941) é advogada em Argel e, desde 1979, funcionária na UNESCO, em Paris, onde dirige o programa sobre os direitos das mulheres. É membro fundador da Igualdade Coletiva Magrebina, criada em Rabat, em 1992, e, em 1993, fundadora e vice-presidente do Fórum Internacional para as Mulheres do Mediterrâneo. Em 1994, foi responsável pelo "Relatório Internacional sobre a violação utilizada como arma de guerra, tendo em vista a violação sistemática das mulheres muçulmanas na Bósnia e Herzegovina". Em 1999, em Dhaka, Bangladesh, recebeu em reconhecimento do seu trabalho pelas associações feministas abolicionistas, o "Lifetime Achievement Award".

SAMY GHORBAL
(Tunísia, 1974) é um jornalista franco-tunisino. Entre 2000 e 2009, trabalhou para a revista semanal pan-africana Jeune Afrique e tem vindo a fazer jornalismo freelance desde então. Foi um dos primeiros jornalistas a abordar o assunto sobre o retorno do véu islâmico na Tunísia e a desenhar o perfil de Ben Ali, ex-genro de Sakhr El Materi, em 2009. Envolveu-se na política durante a Revolução da Tunísia e atuou como assessor político e autor dos discursos do líder PDP Ahmed Néjib Chebbi. Entre 2009 e 2011, escreveu "Orphelins de Bourguiba & Héritiers du Prophète" (Edições Cères, janeiro de 2012), um ensaio político sobre o primeiro artigo da Constituição de 1959 da Tunísia, que é o pilar do secularismo na Tunísia e a espinha dorsal da identidade política moderna do país.