Logótipo Próximo Futuro

'The Uncanny': um documentário fotográfico por dentro do Congo


© Léonard Pongo da série The Uncanny 2011-2013

Léonard Pongo (b. 1988) é autor da série fotográfica The Uncanny, realizada na República do Congo em 2011, depois das eleições, com o objectivo de retratar as convulsões do país de forma indirecta, através do documentário da vida quotidiana dos seus habitantes,  vencedora de vários prémios, entre os quais o POPCAP ’14 Prize Africa. Em entrevista ao site Another Africa fala do seu trabalho e da sua perspectiva documental da fotografia.

Candice Jansen | Léonard your virtual journal  conveys a sense of your cerebral, eclectic influences as a thinking photographer. I also saw your work in film and print. I am curious how would you translate your artistic sensibilities into language? Would you be interested to write a brief textual accompaniment to a chosen image of yours? I am not asking for anything didactic, but as a kind of “opening shot” for readers to The Uncanny? Before you answer this, tell me, why have you titled the series The Uncanny?

Léonard Pongo |  The uncanny, (das Unheimlich), refers to the feeling of “homeyness”, a feeling of discomfort and lack of safety in a known but distorted environment. It relates to my experience of the Congo as an encounter between a world of conflicts that partly resonates in me as homey, but constantly challenges me in my condition that is part-alien, part family. It refers to my feeling of being an uncanny stranger whose presence disturbs, but is still tolerated.

About your first question, I usually avoid “explaining” images, as I believe photography is not the best tool to tell clear stories and talking too much undermines the evocative power of images. Photography allows this sort of atmospheric shots, where an image translates a certain way of looking at the world, a certain emotional state, without being too specific about it.

You’re right but maybe, I wasn’t clear. I didn’t mean for you to explain the image, rather tointerpret it. Guess I wanted you to write from a position like the one you described in response to my request…I love photography for its flaws, it opens up possibilities for interpretation, both by the photographer, and the spectator… and it is precisely in this interpretation that I try to position myself. Not delivering a specific truth, but shaping my message to make it faithful to my experiences”Do you also write?

Writing is always part of my larger process when making a photographic project. I usually keep some kind of journal, digital or analog. I would not call this “writing”, as it is more of a way to digest events. Watching, re-reading, re-writing, helps me understand where a project took me…. because photographs are failures at retelling the world truthfully. They abstract the world into a loaded atmosphere, without explanation. I try to bring forth a representation of the world based on experience, not facts, creating a faithful lie.

Textures of Small Realities

Concurso de Curtas Metragens para realizadoras africanas

Publicado18 Mar 2013

Etiquetas concurso documentário realizadoras africanas

"L’Afrique au féminin" é um concurso para realizadoras africanas residentes em países francófonos. Os trabalhos deverão ter entre 8 e 12 minutes, e o tema central será: Réussir aujourd’hui en Afrique. Candidaturas até 7 de Abril

"Toute entreprise de production audiovisuelle établie dans un pays d’Afrique francophone subsaharienne pourra présenter un ou plusieurs projets. Le producteur/la productrice devra justifier d’un contrat de cession de droits signé avec l’auteure/réalisatrice de chaque projet proposé.

La réalisatrice devra avoir la nationalité d’un des pays d’Afrique francophone subsaharienne, résider dans la zone et avoir déjà réalisé au moins un film (court métrage, documentaire)."

Todas as informações aqui


Outra vez os maravilhosos sapeurs entre outras coisas...

dimanche à brazzaville

O documentário "Dimanche à Brazzaville" apresentado pela moçambicana Tania Adam no blog africa-no-es-un-pais ...

"Brazaville, con 1,5 millones de habitantes, es la capital y la ciudad más importante de la República del Congo. Situada a orillas del río Congo vive a la sombra de Kinshasa, capital de R.D. del Congo, una megalópolis con diez millones de habitantes que se encuentra al otro lado del río y nutre económica y culturalmente a la pequeña Brazzaville. La ciudad verde que acogió a Charles de Gaulle cuando era la capital la “Francia libre”, ha dejado de serlo para convertirse en el “Brazzaville basurero”, en el imaginario porque se puede parecer a muchas otras ciudades africanas, pero gran desconocida para muchos.

Comparte con su vecina Kinshasa el patrimonio de la S.A.P.E. (Societe des Ambianceurs et des Personnes Elegantes), el catch africano y el hiphop. Asuntos atractivos para seres curiosos, como Enric y Adrià, que ávidos de ofrecer una imagen diferente del continente, cogieron sus bártulos rumbo al Congo: “Queríamos mostrar el África urbana, que no sale tanto en los medios occidentales, desde una óptica no paternalista que repitiera los discursos de siempre. La ciudad era el punto de partida; nos daba juego, porque nos permitía dejar patente que pese a las diferencias de recursos e infraestructuras la vida urbana puede ser parecida en cualquier lado”.

no percurso dos "KILOMBOS"

quilombos

KILOMBOS...

O termo quilombo é uma herança dos povos da família linguística Bantú, em particular das línguas Kimbundo (kilombo) e Umbundo (ochilombo). O seu significado no Brasil é inseparável da história das rotas do comércio transatlântico de africanos escravizados. A repressão e as más condições a que estavam sujeitos levaram a que cada vez mais escravos, revoltados com a sua condição, fugissem das senzalas para locais remotos onde dificilmente poderiam ser recapturados pelos seus antigos senhores. A fuga de escravos originava pequenas concentrações em locais de difícil acesso denominados por quilombos ou mocambos.

Por toda a América do Sul, nomes diferentes identificaram estes coletivos de resistência: palenques e cumbes (Colômbia, Panamá, Perú), marrons (Jamaica), grand maroonage (Suriname, Guiana Francesa). Com a abolição da escravatura negra no Brasil (1888), essas terras foram doadas pelos antigos senhores, compradas ou naturalmente ocupadas. Contudo, apenas um século depois, em 1988, foram as comunidades quilombolas juridicamente reconhecidas. Apesar desse reconhecimento, ainda hoje os direitos dos quilombolas são violados. Não apenas o direito à propriedade – por via de conflitos violentos – mas igualmente direitos humanos básicos no acesso à saúde, à educação ou a fontes de rendimento sustentáveis.

Kilombos não é um filme sobre a escravatura ou sobre o processo de luta pela titulação das propriedades. Não deixa sê-lo, certamente, por via dos seus protagonistas. Filmado em várias comunidades do estado do Maranhão, Kilombos procura ser o resgate de memórias e narrativas orais de uma cultura contemporânea, um contributo para uma antropologia visual de ideias, práticas e artefactos que são também o Brasil de hoje.

Kilombos é uma iniciativa do projeto “O percurso dos Quilombos: de África para o Brasil e o regresso às origens” que pretende contribuir para o dialogo intercultural.


Mais sobre Kilombos, aqui.

Dockanema regressa em Setembro a Maputo

Entre os dias 14 e 23 de Setembro, Maputo recebe novamente o mais conceituado evento do seu género realizado em Moçambique. Com um cartaz composto por cerca de 80 títulos, entre curtas e longas-metragens, o Festival do Filme Documentário (Dockanema) foca, nesta sua 7.ª edição ininterrupta, atenções nas temáticas sociais que vêm pautando a actualidade nacional e internacional, nos últimos anos.

Liderada por Pedro Pimenta, fundador do festival, a organização sugere três ciclos de documentários – nos quais serão destacados filmes de um realizador internacional  e dois temas específicos –  e três secções, denominadas por ´Sal da Terra` – de autores moçambicanos ou temáticas relacionadas com Moçambique -, ´Janela Aberta` – falados e/ou com legendas em Português -  e ´Original Docs` – com legendas em Inglês.

Como já vem sendo habitual, o Dockanema propõe ainda a todos os curiosos da arte do cinena [sic] documental os chamados ´Programas Paralelos`, que se irão desenrolar em três diferentes instituições de ensino: Universidade Politécnica, Universidade Pedagógica e Escola Portuguesa de Maputo.

Os palcos de exibição das fitas escolhidos para esta edição são o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), o Teatro Avenida, o Centro Cultural Brasil-Moçambique e a Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS).

Para ler o anúncio completo basta clicar aqui.

Chris Marker

«Quand les hommes sont morts, ils entrent dans l'histoire. Quand les statues sont mortes, elles entrent dans l'art. Cette botanique de la mort, c'est ce que nous appelons la culture.»  in Les Statues meurent aussi

Chris Marker, cineasta, filósofo, fotógrafo e escritor, faleceu um dia depois de cumprir 91 anos. Em 1953 assinou, com Alain Renais, a realização de um documentário de 30 minutos denunciando a relação desigual e de pouca consideração do Ocidente com a cultura africana.

Esta posição anti-colonial terá resultado na censura do filme em França durante  oito anos. Hoje pode ver-se aqui

Les Statues Meurent Aussi from

Blagues à part

Publicado25 Jun 2012

Etiquetas Vanessa Rousselot documentário

Quelques mots pour vous dire que mon documentaire "Blagues à part" sera projetté à Paris ce dimanche 23 otobre à 22h15 au Forum des images, à l'occasion de la remise des étoiles de la scam. Les 30 films primés sont diffusés entre de 14h et minuit et l'entrée est libre (programme détaillé en pièce-jointe). 

 

Si vous n'êtes pas parisiens ou que vous souhaitez faire passer le mot, sachez que les prochaines projections auront lieu le 30 octobre à Boston, le 4 novembre dans le Festival du Monde Arabe de Montréal, début novembre au Festival du Cinema Européen de Séville, le 12 novembre au Festival des Escales Documentaires de La Rochelle, le 19 novembre aux Rendez-vous du Carnet de voyage à Clermont Ferrant, le 24 novembre au Festival des Libertés à Bruxelles, le 1 décembre dans la Muestra de Cinema Palestinien à Madrid, entre le 6 et le 9 décembre dans le Primed à Marseille.

 

Et pour découvrir ou recommander le film, un extrait d'une critique de Jean Michel Frodon, ancien directeur des Cahiers du Cinéma :

Blagues à part est un documentaire tourné par une jeune française, Vanessa Rousselot, auprès des Palestiniens, dans les territoires et avec ceux qui vivent en Israël. A des gens rencontrés souvent dans la rue, ou au hasard de visites, la réalisatrice a demandé de raconter les blagues qui ont cours chez eux. L’idée de décaler ainsi l’interminable chronique doloriste et violente de la détresse palestinienne soumise depuis plus de 60 ans à l’oppression, la dépossession et l’exil, est en soi excellente. (...)

Mais la réussite de Blagues à part va bien au-delà de son programme. Avec un très juste sens cinématographie, la réalisatrice laisse dériver les situations qu’elle a enclenché, les réponses à côté, les irruption d’autres rapports à la réalité et au langage, (...) les silences comme les fous rires qui empêchent le récit, construisent un monde mental où règne le désespoir, mais qu’habitent des vivants, hommes, femmes, adolescents, vieille dame bouleversante, et non des « figures » assignées à un rôle  ou une fonction (fut-ce celle de raconter une blague).

Libérateur, le rire ne l’est évidemment pas au regard de l’enfermement et de l’injustice –mais la question du rire se révèle au moins libératrice d’une manière nouvelle pour le cinéma de regarder ce qui existe. Diffusé seulement à la télévision, Blagues à part n’est jamais sorti en salles. C’est bien regrettable.


Vanessa Rousselot

DOCtv: rede de apoio aos documentários ibero-americanos

"Uma fronteira, todas as fronteiras" (filme de David Pablos Sanchéz)

Doctv é o primeiro programa de incentivo à produção e teledifusão de documentários ibero-americanos. Surge como uma iniciativa da Conferencia de Autoridades Cinematográficas de Iberoamérica- CACI e da Fundación del Nuevo Cine Latinoamericano. Seu propósito é a realização de Concursos Nacionais de Seleção de projetos de documentário nos países que aderiram ao programa.

Inspirado na experiência prévia do Brasil, Doctv é um modelo pioneiro de coprodução, teledifusão e distribuição de documentários, sistematizado a partir do conceito de operação em rede. Seus objetivos fundamentais são: promover o intercâmbio cultural e econômico entre os povos ibero-americanos; a implementação de políticas públicas integradas para promover a produção e teledifusão de documentários nos países da região; e a difusão da produção cultural dos povos ibero-americanos no mercado mundial.

A REDE Doctv é uma aliança estratégica das autoridades audiovisuais e de televisão pública, atualmente composta por quinze países latino-americanos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Panamá, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela.

As ações relacionadas ao programa são custeadas pelo FUNDO Doctv, implementado pela Secretaria Executiva da Cinematografia Ibero-Americana - SECI e sustentadas pelos países anunciantes e patrocinadores do Programa Doctv que, para a produção de documentários, é complementado com contribuições nacionais.

Para saber mais sobre a REDE Doctv, basta navegar até aqui.  

o caso de Moçambique: em debate hoje no CEsA

Publicado13 Out 2011

Etiquetas África cesa debate democracia documentário moçambique

Still do documentário "Regresso a Nacala" (2001), de Brigitte Martinez

Debate CEsA - Os movimentos da sociedade civil e a construção da democracia em África: o caso de Moçambique

No próximo dia 13 de Outubro, pelas 18 horas, o CEsA irá organizar o debate “Os movimentos da sociedade civil e a construção da democracia em África. O caso de Moçambique”. A discussão será animada por João Baptista Mussa, ex-vereador do Conselho Municipal de Nacala (1998-2003), Fátima Proença (da ACEP) e Joana Pereira Leite (do CESA/ISEG). No início da sessão será projectado o filme “Regresso a Nacala”.

Para saber mais basta ir aqui.

DOCKANEMA em vésperas da sua 6.ª edição

Publicado17 Ago 2011

Etiquetas cinema dockanema documentário maputo moçambique

Um dos mais importantes festivais internacionais de documentários está de volta para a sua 6.ª edição. Este ano o DOCKANEMA - Festival do Filme Documentário, tem lugar na capital moçambicana de 9 a 18 de Setembro e o seu principal eixo temático é o Desporto, dado que Maputo recebe os jogos africanos durante o mesmo período.

Mais sobre o DOCKANEMA aqui.

Hoje há cinema de animação, um documentário e um musical!

Cena do filme "Un Transport en Commun", de Dyana Gaye (França/Senegal), 2009 

O dia de hoje é muito especial: apresentará pela primeira vez cinema de animação de autores africanos! Seguir-se-á um documentário também rodado no Burkina Faso e um filme musical com a preciosa participação da Surnatural Orchestra (França/Senegal).

L'Afrique Animée (Burkina Faso, 2010, 15')

de Moumouni Jupiter Sodré

Trata-se de cinco filmes de animação – “L’Éléphant et le papillon”, “Les Trois poulets”, “Le Chevalier fou”,” Luka et la grenouill”e ”Le Baobab mystérieux” – realizados por estudantes de Cinema da Escola de Cinema de Animação do Burkina Faso, que contam pequenas histórias maioritariamente destinadas a crianças. A particularidade deste cinema de animação africano é a sua forte ligação à cultura oral desta região da África Ocidental.

 

Ti-Tiimou, (Burkina Faso, 2009, 30’)

de Michel K. Zongo 

Documentário sobre a delapidação dos recursos naturais na África Ocidental. Um filme sobre os agricultores que cultivam a terra no Leste do Burkina Faso: pequenos e grandes produtores de algodão, criadores de gado, produtores de frutas e legumes. Tantas pessoas cujo testemunho pode ajudar a entenderem melhor a magnitude do problema e a propor soluções para o futuro, com novas abordagens à forma de utilização dos solos, um dos problemas fulcrais da humanidade no próximo futuro. Prémio Melhor Documentário na 26.ª edição do Media Forum de Ouagadougou, Burkina Faso, 2010.

Un Transport en Commun (França/Senegal, 2009, 48')

de Dyanna Gaye 

É o fim do Verão. Durante uma viagem de Dakar para Saint-Louis, os passageiros de um bush taxi cantam canções que, de algum modo, relatam as suas vidas. É uma viagem demasiado longa para se fazer sob um calor tão intenso e o tráfego nas estradas está infernal. O francês surge misturado com uma série de exóticas línguas locais, canções e conversas. O tempo que estes viajantes passam juntos, que à partida nada têm em comum, permite-lhes partilhar um pouco das suas vidas. As canções de “Un Transport en commun” são todas escritas pela realizadora Dyana Gaye e interpretadas pela Surnatural Orchestra (uma grande banda com 19 músicos) e pelo Ensemble Les Cordes. Neste filme, onde os números musicais coreografados alternam com sequências de um realismo extraordinário, Dyana Gaye apresenta-nos uma visão extremamente refrescante de África, através de uma comédia musical em que a esperança é o mote.

HOJE, 28 de Junho (terça-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

L'Afrique Animée, de Moumouni Jupiter Sodré (Burkina Faso, 2010)

Ti-Tiímou, de Michel Zongo (Burkina Faso, 2009)

Un Transport en Commun, de Dyanna Gaye (França/Senegal, 2009)

AMANHÃ, 29 de Junho (quarta-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

Border Farm, de Thenjiwe Nkosi (África do Sul/EUA, 2010)

Al'lèèssi... Une Actrice Africaine, de Rahmatou Keita (Nigéria, 2004)