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Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

Festa da Literatura e do Pensamento do Norte de África

2.ª sessão: O Estado das Artes 

23 de Junho 2012, 19h00 - Tenda 

BOUCHRA KHALILI
(Marrocos, 1975) estudou Cinema, na Sorbonne Nouvelle, e Artes Visuais, na École Nationale Supérieure d'Arts, Paris-Cergy. O trabalho de Khalili em vídeo, instalações mistas de média e impressões combinam uma abordagem conceptual com uma prática documental para explorar questões de nomadismo, existências clandestinas e a ’experiência emigrante‘, com uma especificidade para o destino dos migrantes, na medida em que, concretamente, resumem assuntos que são fundamentalmente regidos pela itinerância. No seu trabalho, ela conjuga linguagem, subjetividade, o mínimo de palavras, territórios e rotas de passagem, investigando a inter-relação entre as migrações contemporâneas e a história colonial e a geografia física e imaginária. O trabalho de Khalili tem sido  amplamente divulgado em todo o mundo, incluindo recentemente no MoMA, como parte da exibição do filme "Mapping Subjectivity" (2011), na 10ª Bienal Sharjah (2011), na Marian Goodman Gallery (Paris, 2011), na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2011) e em La Triennale (Palais de Tokyo, Paris, 2012), entre outros.

AHMED EL ATTAR
(Egito, 1969) é diretor de teatro independente, tradutor e dramaturgo. É fundador e diretor artístico do Orient Productions e do Temple Independent Theatre Company, fundador e diretor-geral do estúdio da Fundação Emad Eddin e diretor artístico do Downtown Contemporary Arts Festival (D-CAF), um festival anual multidisciplinar de arte contemporânea, que ocorre todas as primaveras no centro de Cairo. As suas produções incluem “On the Importance of being an Arab” (2009) e "F**k Darwin or how I have learned to love socialism" (2007). A sua obra teatral tem sido apresentada em grandes teatros e festivais pela Europa e pelo Médio Oriente. El Attar é um Clore Fellow do Clore Leadership Programme (2008-2009), tendo-lhe sido atribuído o prémio de melhor argumento de teatro (2010) da Fundação Sawiris para o Desenvolvimento Social pela peça ”Life is beautiful or waiting for my uncle from America”. Foi escolhido, pela edição em árabe da revista Newsweek (26/4/05), como uma das 42 personalidades que mais influenciaram a mudança no mundo árabe.

MOHAMED SIAM
(Egito, 1981) é documentarista independente e realizador de filmes de ficção. Como primeiro assistente de realização, trabalhou em projetos de longas-metragens como o documentário “A Cidade dos Mortos”, coprodução luso-espanhola financiada pelo Canal Plus que estreou no IDFA 2009 (Festival Internacional de Filmes Documentários de Amesterdão) e recebeu a distinção de Melhor Filme, na Documenta de Madrid, em 2010. Recentemente foi primeiro assistente de realização no filme “Nos últimos dias da cidade”, do realizador egípcio Tamer Said, financiado pelo Global Film Initiative e pelo Cinereach, entre outros fundos. É ainda o fundador e diretor artístico do Centro Cinematográfico Artkhana, em Alexandria, um espaço artístico que providencia apoio técnico e formativo para realizadores. 

ONS  ABID 
(Tunisia em 1979) é fotógrafa freelancer e trabalha para as revistas Jeune Afrique (sediada em Paris), Afrique Magazine e, mais recentemente, Paris Match. Licenciou-se em Design Gráfico no Instituto Superior de Belas Artes de Tunes (ISBAT), em 2004. Em 2005 trabalhou simultaneamente como fotógrafa e como diretora artística numa agência publicitária. Em 2009 completou o mestrado em Ciência e Artes no mesmo Instituto (ISBAT), onde ficou a lecionar em 2010. Vive entre Tunes e Paris, dedicando-se a múltiplos projetos na área da fotografia documental e do video.

SOFIANE OUISSI
(Tunísia, 1972) é coreógrafo e agente cultural. Escolheu as suas performances como planos de ação para a reforçar e ampliar as vozes de luta na Tunísia. Através do Coletivo Cidade Sonho, escolhe uma forma festiva e alegre de criar espaços livres de expressão e, principalmente, de encontrar prazer na troca e na luta pela partilha de ideias numa construção conjunta: o Brainstorming. Para além disso, através de ZAT e Laaroussa, fábrica artística no espaço popular de uma revista especializada na voz da população marginalizada, consegue que a comunidade cultural da Tunísia participe no seu desejo de luta, a fim de compartilhar e expressar a cultura.