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exposição em parceria com o CARPE DIEM, prolongada até 16 de Fevereiro!

hélène veiga gomes

Vista da in­stalação de Hélène Veiga Gomes no CARPE DIEM-Arte e Pesquisa (foto de Fer­nando Piçarra)

A in­stalação que Hélène Veiga Gomes con­ce­beu no âmbito do Pro­grama Gul­benkian Próximo Fu­turo, de­rivada da sua pesquisa antropológica em torno dos espaços simbóli­cos de uma mesquita con­tem­porânea, ainda pode ser vis­i­tada no CARPE DIEM-Arte e Pesquisa, tendo a ex­posição sido pro­lon­gada até 16 de Fevereiro de 2013.

Mais so­bre a in­stalação "Variações da Fé", aqui.

Mais so­bre o nosso par­ceiro neste pro­jeto: CARPE DIEM-Arte e Pesquisa, aqui.

Um itinerário de ocupações: MAPUTO

ocupações temporárias maputo 2012

(Fo­tografia de Maimuna Adam)

Desde 6 de Dezem­bro, Ma­puto está tem­po­rari­a­mente ocu­pada por seis in­ter­venções artísti­cas de igual número de artis­tas, tendo como mote a palavra “Es­trangeiros”.

Esta pro­posta temática para a ter­ceira edição desta mostra de arte con­tem­porânea surge de­pois de muitos de­bates so­bre mi­grações, legais e ile­gais, fluxos de pes­soas e tro­cas iner­entes, por se en­ten­der que resta ainda espaço para falar “dos de fora”; porque a aldeia que se diz global con­tinua a clas­si­ficar di­co­tomi­ca­mente os seus habi­tantes: “os de den­tro” e “os de fora”. Este es­tatuto, que parece ex­clu­si­va­mente ge­ográfico, tem também um eixo tem­po­ral que re­tira a pátria aos “de den­tro”, se estes per­manecem muito tempo fora. Quando re­gres­sam, ou quando chegam, pas­sam a ser ol­ha­dos como “de fora”. São es­trangeiros na terra na­tal.

“Es­trangeiros” nas OCUPAÇÕES TEM­PORÁRIAS 20.12 re­al­iza-se em Ma­puto no mês em que to­dos os “de fora” pare­cem ocu­par a cidade. Os tur­is­tas es­trangeiros que chegam de avião ou nos cruzeiros, os moçam­bi­canos do es­trangeiro que voltam para as férias de família e praia, os es­trangeiros que aqui tra­bal­ham, e que ainda não saíram para as suas ter­ras de origem.

A ex­posição toma as lin­has de per­spec­tiva, de tra­jecto e de tra­balho de al­guns destes es­trangeiros, no caso, cinco artis­tas moçam­bi­canos que es­tu­daram e viveram ou ainda vivem fora do país, e um an­golano.

São muito di­ver­sas as obras e as abor­da­gens que os au­tores fazem e o termo “es­trangeiros” é trans­mi­tido sem re­curso a dis­cur­sos óbvios.

sandra muendane

(San­dra Muen­dane/Fo­tografia de Maimuna Adam)

San­dra Muen­dane no Aero­porto de Mavalane ap­re­senta “Outra moda é possível” que propõem uma re­flexão so­bre a origem daquilo que enun­ci­amos como património iden­titário, a par­tir de ob­jec­tos quo­tid­i­anos.

eugénia mussa

(Eugénia Mussa/Fo­tografia de Maimuna Adam)

Eugénia Mussa, com o seu tríptico de pin­tura ex­posto no ex­te­rior do Restau­rante Cristal (Av. 24 de Julho, nº 554), obriga-nos a uma leitura mais atenta do que são as pais­agens con­heci­das. “Fata Mor­gana”, as­sim se chama o seu tra­balho, vai para além da mi­ragem, recorre à memória e ao en­volvi­mento emo­cional, para que pos­samos ver para além do ime­di­ato.

rui tenreiro

(Rui Ten­reiro, video still)

Rui Ten­reiro ocupa o in­te­rior da Em­baix­ada Real da Noruega (Av. Julius Ny­erere, nº 1162). O vis­i­tante começa por ex­pe­ri­en­ciar a condição de es­trangeiro ao su­jeitar-se ao horário da em­baix­ada (ex­posição visível ape­nas no horário da in­sti­tuição) e também com a ne­ces­si­dade de se iden­ti­ficar. Este “rit­ual” próprio de quem parte para um ter­ritório es­trangeiro, com­pleta-se no vi­sion­a­mento dos três vídeos e dos tex­tos que nos levam em “Vi­agem ao Cen­tro de Capricórnio” onde, como em qual­quer vi­agem re­con­hecer­e­mos pais­agens ou pelo menos traçare­mos para­le­los com os nos­sos ter­ritórios de origem.

tiago correia-paulo

(Tiago Cor­reia-Paulo/Fo­tografia de Maimuna Adam)

Tiago Cor­reia-Paulo sai da sua área profis­sional, a música, e ap­re­senta-nos “5:59” uma in­stalação com ob­jec­tos e vídeo na Em­baix­ada Sul-Africana (Av. Ed­uardo Mond­lane, nº 41). Aqui, a abor­dagem é feita a par­tir do con­fronto com a rotina, que poderíamos as­so­ciar à es­perança e muitas vezes à de­silusão de alguém que num país es­trangeiro se vê obri­gado a procu­rar o cumpri­mento do seu próprio sonho.

joão petit graça

(João Pe­tit Graça/Fo­tografia de Maimuna Adam)

A in­stalação vi­sual e sonora de João Pe­tit Graça na Em­baix­ada de Por­tu­gal (Av. Julius Ny­erere, nº 720) deixa-nos, lit­eral­mente, uma janela aberta para nos de­bruçar­mos so­bre os imen­sos fluxos que o termo “es­trangeiros” pode encer­rar. “HOYO-OYOH”, leitura em es­pelho da ex­pressão de boas vin­das, é também uma sin­gu­lar visão do que pode ser o fluxo de imi­grantes em Ma­puto, a par­tir de uma porção de cerveja.

kapela

As re­produções das obras do artista an­golano Paulo Kapela po­dem ser ob­ser­vadas em difer­entes pon­tos da cidade como se­jam a Av. Ed­uardo Mond­lane, frente à Ronil, a Es­cola 1º de Maio da Av. 24 de Julho ou o mural de graf­fiti na Av. OUA. Es­tas “Obras” de Paulo Kapela têm as­so­ci­ada uma men­sagem recor­rente de paz e unificação que pre­tende elim­i­nar o es­tigma do es­trageiro e que se re­flecte também no uso in­dis­crim­i­nado de ob­jec­tos, ícones e re­ferências que o artista faz nas suas co­la­gens e na con­strução das suas obras que são, nor­mal­mente, ap­re­sen­tadas em in­stalações.

Tal como nas edições an­te­ri­ores, as Ocupações Tem­porárias po­dem ser vis­tas in­ten­cional­mente, como um per­curso que se re­al­iza de uma só vez, ou em eta­pas, feitas ao acaso ou de acordo com a agenda de cada um.

Mais uma vez, a ocupação de espaços não vo­ca­ciona­dos para a ap­re­sentação de obras de arte con­sti­tui a “orig­i­nal­i­dade” do pro­jecto, sendo rel­e­vante o facto de em 2012 se terem aberto à pro­posta in­sti­tuições que à par­tida pode­riam ser as­sum­i­das como de pouco flex­i­bil­i­dade como são as em­baix­adas.

O apoio fi­nan­ceiro da Fundação Calouste Gul­benkian à re­al­ização deste evento é também uma nota a reter no apoio à di­vulgação e à cir­culação da criação con­tem­porânea moçam­bi­cana, no segui­mento de out­ras acções an­te­ri­ores re­al­izadas com este e com out­ros pro­jec­tos.

 

Mais in­formações:

Ana Lúcia Cruz

+258 82 353 79 21

 

Nota: Os artis­tas po­dem ainda ser con­tac­ta­dos em Ma­puto. Uma visita à ex­posição pode ser agen­dada com a pro­du­tora Ana Lúcia Cruz.

Submissions are now open for Guest Projects Africa 2013

africa weekend

GUEST PRO­JECTS AFRICA 2013

Fol­low­ing the suc­cess of the Royal Opera House Africa Week­end cu­rated by Yinka Shon­i­bare MBE, Guest Pro­jects will launch Guest Pro­jects Africa.

Show­cas­ing cut­ting edge African Art forms, Guest Pro­jects Africa cre­ates a plat­form for African artists of all dis­ci­plines in­clud­ing spo­ken word, dance, fash­ion, ar­chi­tec­ture, vi­sual arts, and more.

Sub­mis­sions are now open for Guest Pro­jects Africa 2013.

Clos­ing date for sub­mis­sions is Mon­day 7th Jan­u­ary 2013.

For ap­pli­ca­tion de­tails please con­tact info@​guestprojects.​com with the email sub­ject 'Guest Pro­jects Africa 2013 Sub­mis­sions'.

Mais so­bre o pro­jeto GUEST PRO­JECTS do Shon­i­bare Stu­dio, aqui.

Luís Nobre é o artista lisboeta convidado para a 14.ª abertura de ateliers em Marselha

Pub­lished19 Sep 2012

Tags luís no­bre artes vi­suais marselha ate­liers

ouvertures d'ateliers d'artistes

14ème édi­tion des Ou­ver­tures d'Ate­liers d'Artistes: Ven­dredi 21, Samedi 22, et Di­manche 23 sep­tem­bre 2012 de 14h à 20h

118 artistes vous ac­cueil­lent pour cette rentrée cul­turelle dans l’in­timité de leur ate­lier à la décou­verte de la création con­tem­po­raine à Mar­seille. Le livret qui l’ac­com­pa­gne est disponible à Es­pacecul­ture, dans les différentes ga­leries et lieux de dif­fu­sion d'in­for­ma­tions cul­turelles. L’ate­lier se situe au 15 rue Thubaneau 13001 Mar­seille.

Artiste Lisboète in­vité : Luis No­bre

Vis­ites et par­cours guidés : ren­seigne­ments au 04 91 85 42 78

A ven­dre: Du ven­dredi 28 au di­manche 30 sep­tem­bre 2012, de 10h à 19h

Vernissage le jeudi 27 sep­tem­bre à 18h30

Ce sec­ond vo­let de la man­i­fes­ta­tion répond à la néces­sité d'en­cour­ager la vente d’œuvres lors d'un événe­ment ponctuel et fes­tif.

Mais so­bre esta ini­cia­tiva onde se in­clui o artista Luís No­bre, que em 2013 assi­nará uma das in­ter­venções artísti­cas no Jardim Gul­benkian, aqui.

Snapshot: ‘The Break’ (2011) by Nermine Hammam

Pub­lished31 Aug 2012

Tags ner­mine ham­mam egito artes vi­suais

‘The Break’ (2011) by Ner­mine Ham­mam

The Cairo-based artist’s lat­est work in­cludes pas­tiches of Egypt’s re­cent civil un­rest

Cairo-based artist Ner­mine Ham­mam’s lat­est work in­cludes pas­tiches of Egypt’s re­cent civil un­rest, cre­ated by com­bin­ing hand-painted sub­jects with dig­i­tally ma­nip­u­lated pho­tographs. Her mono­graph Up­ekkha (2011) – which in­cludes “The Break”, fea­tur­ing two Egypt­ian sol­diers in Tahrir Square re­set against a fan­tasy land­scape – is on show in Cairo: Year One at the Mo­saic Rooms, Lon­don. Other works on dis­play in­clude Un­fold­ing (2012), a se­ries that blends pho­tographs of po­lice bru­tal­ity af­ter Egypt’s 2011 rev­o­lu­tion with land­scapes in clas­si­cal Japan­ese style.

Ner­mine Ham­mam, a artista egípcia que foi capa do Jor­nal PRÓXIMO FU­TURO de Maio pas­sado, em destaque no "Life & Arts" do Fi­nan­cial Times de 18-19 de Agosto 2012!

"Brasil abre la boca"

Brasil es vo­raz. Y su arte es antropófago. Brasil come y se deja comer. Así lo in­dica la par­tida de nacimiento de las van­guardias artísti­cas en ese país, el Man­i­fiesto antropófago, pub­li­cado por Os­wald de An­drade en 1928. Fue el re­conocimiento de su di­ver­si­dad cul­tural, del valor de ese mes­ti­zaje hasta en­tonces menos­pre­ci­ado en relación a la cul­tura eu­ro­pea. Casi un siglo de­spués —y tras duros vaivenes históri­cos y económi­cos—, el país su­damer­i­cano (que ocupa el 47% de ese con­ti­nente) es una de las “nuevas cen­tral­i­dades” del arte con­tem­poráneo. “Brasil está en ebul­lición, cada vez hay mayor ac­tivi­dad en torno al arte con­tem­poráneo, museos, galerías, mu­cho grafiti y street art. Es­pe­cial­mente toda la pro­ducción ur­bana en las per­ife­rias es muy fuerte. Es­ta­mos en un mo­mento muy es­pe­cial”, dice Marcelo Mat­tos Araújo, sec­re­tario de Cul­tura del Es­tado de São Paulo, museólogo y exdi­rec­tor de la pina­coteca de esa ciu­dad du­rante la última década.

Una década prodi­giosa que ha sig­nifi­cado un de­spegue veloz y un vuelo muy alto. Hoy Brasil crece tanto ha­cia den­tro como ha­cia fuera en este sec­tor. “Se dan dos pro­ce­sos para­le­los”, prosigue Araújo. “Hay un pro­ceso de re­des­cubrim­iento, de es­tu­dio del arte brasileño y lati­noamer­i­cano, pero también hay un pro­ceso de val­o­ración de este en el mer­cado del arte. Siem­pre hay necesi­dad de nuevas pro­duc­ciones y una parte de la pro­ducción mod­erna de Brasil y de América Latina es ahora de lo más bus­cado en los mer­ca­dos in­ter­na­cionales”.

Por otro lado, también hay nuevos y mu­chos colec­cionistas en es­tos países que han ir­rumpido con fuerza como com­pradores. Museos im­por­tantes como el MOMA o la Tate Mod­ern están au­men­tando vis­i­ble­mente sus colec­ciones de arte lati­noamer­i­cano, que tiene también una fuerte pres­en­cia en fe­rias y bi­en­ales. “Ese es un gran cam­bio ocur­rido en los últi­mos 10 a 15 años; antes, en esos museos tenían al­guna que otra obra, pero eran casi in­vis­i­bles”, dice Araújo. Ahora, to­dos el­los mues­tran en sus ex­posi­ciones per­ma­nentes artis­tas lati­noamer­i­canos, lo cual de­mues­tra un re­conocimiento im­por­tante, como conocimiento, como con­ser­vación y como di­vul­gación. “Lo malo es que esto trae como con­se­cuen­cia el en­car­ec­imiento de es­tos artis­tas y los museos lati­noamer­i­canos tienen ya prob­le­mas para ten­er­los en sus colec­ciones. Lo que valía una obra de Ly­gia Clark o de He­lio Oiti­cica hace 20 años y lo que cuesta ahora se mul­ti­plica por cien­tos de ve­ces más”.

En otros países lati­noamer­i­canos también se ve cada vez más for­t­ale­cida la es­cena del arte con­tem­poráneo, con ex­posi­ciones, nuevos museos, más colec­cionismo pri­vado (los Es­ta­dos, en gen­eral, siguen sin reac­cionar) y pequeñas bi­en­ales que se mul­ti­pli­can. Las más im­por­tantes, la de São Paulo y la de La Ha­bana —sal­vando las pro­por­ciones—, cen­tran su in­terés en el arte del con­ti­nente sin olvi­dar su proyección in­ter­na­cional. La 30ª Bi­enal de São Paulo, que se cel­e­brará del 7 de sep­tiem­bre al 9 de noviem­bre, tiene este año como di­rec­tor al vene­zolano Luis Pérez-Ora­mas. Brasil es el país más fuerte en este sec­tor, y lo que allí sucede tiene car­ac­terísti­cas e ini­cia­ti­vas que hay que tomar en cuenta.

Marcelo Mat­tos Araújo ha vivido y anal­izado este pro­ceso in­ten­sa­mente y ex­plica por partes cuál es la situación. Para em­pezar, los artis­tas. “La pro­ducción artística brasileña siem­pre ha sido muy ac­tiva, aunque muy poco cono­cida fuera e in­cluso den­tro del país. Ahora, con la glob­al­ización, con el cap­i­tal­ismo cog­ni­tivo, esa necesi­dad de nuevas pro­duc­ciones ha ido cre­ciendo. Y hablamos también de mer­cado”, afirma. Obras nuevas, pero también la per­sis­ten­cia de unas señas de iden­ti­dad, las de una pro­ducción que lo­gra ar­tic­u­lar una heren­cia híbrida de raíces indígenas, africanas y eu­ro­peas. Algo que pasa en otros países de América Latina también. “Ahora hay un in­terés muy es­pe­cial por es­tas cues­tiones. Tal vez la gran difer­en­cia que ha mar­cado la última década es la proyección que los artis­tas —es­pe­cial­mente los con­tem­poráneos— están te­niendo fuera de Brasil. Por otro lado, y eso es una novedad, nunca he­mos tenido tan­tos artis­tas im­por­tantes ex­tran­jeros que van a vivir y tra­ba­jar en Brasil”, apunta Araujo. Lo cierto es que los im­puestos de im­portación de obras de arte son tan al­tos en Brasil (hasta un 36%), que al­gunos artis­tas pre­fieren ir y hac­er­las allí, para luego vender­las en ese fuerte mer­cado in­terno.

Para ler o ar­tigo com­pleto de Fi­etta Jar­que basta clicar aqui.

 

Pobre del artista africano que no sea bastante folcolorico

Pub­li­cado no blog "África no es un país" este ar­tigo de Tania Adam rev­ela a re­al­i­dade es­pan­hola no que se ref­ere à rep­re­sentação do "Africano" e da sua produção artística

 

 Ex­certo de Ex­pre­siones del África Ne­gra en Barcelona

"A pe­sar de todo, en gen­eral ex­iste un es­caso conocimiento del tra­bajo de los creadores africanos, y es casi ab­so­luto para el caso de la diáspora. Por ello es "ha­bit­ual" que se piense que no ex­iste pro­ducción cul­tural más allá de las ex­pre­siones tradi­cionales y folclóri­cas, o de las grandes fig­uras mu­si­cales como el sene­galés Yous­sou N'Dour, el marfileño Al­pha Blondie, o artis­tas mi­ma­dos de los cir­cuitos del world mu­sic como Amadou&Mariam, Rokia Traoré, o Toumani Di­a­baté. Sin em­bargo, y pese a la in­ex­is­ten­cia de in­fraestruc­turas y apoyos in­sti­tu­cionales o fi­nancieros para la creación del sec­tor cul­tural, el con­ti­nente no está parado, sino en con­stante mu­tación, es­pe­cial­mente a nivel mu­si­cal (Chema Ca­ballero nos deleita casi cada sábado, en este mismo blog, con al­gu­nas de las ac­tuales joyas mu­si­cales del con­ti­nente)."

Todo o ar­tigo pode ser lido aqui 

Orientalismo: ¿hasta cuándo el malentendido?

Pub­lished10 Jul 2012

Tags artes vi­suais médio ori­ente


En la Royal Acad­emy de Lon­dres se acaba de abrir la ex­posición Desde París: cierto re­gusto im­pre­sion­ista que sin duda hará las deli­cias de los vis­i­tantes de “Lon­dres 2012”, por eso de que al público en gen­eral –ex­per­tos y no tanto- le en­can­tan los Im­pre­sion­istas.  Sea como fuere, en este caso con­creto la pal­abra mágica que de­spierta la cu­riosi­dad y al­i­menta las co­las, “im­pre­sion­ismo”, tiene mu­cho de reclamo, ya que además de De­gas, Monet o Renoir, en la mues­tra or­ga­ni­zada junto al Clark Art In­sti­tute, se han co­lado obras que tienen poco de “im­pre­sion­istas”, a pe­sar de que en esta mues­tra se tome la cuestión un poco por los pe­los, re­flex­io­nando –se ex­plica- so­bre las pa­siones de los artis­tas del movimien­tos ha­cia los temas rela­ciona­dos  con el “ori­en­tal­ismo”.  Pero, ¿qué quer­e­mos de­cir con el término en el con­texto del XIX parisino y hasta qué punto sigue sin en­frentarse crítica­mente a lo largo del XX, sigue en­globando de­masi­adas prop­ues­tas que poco o nada tienen que ver unas con otras?
Un caso par­a­digmático de esos ma­len­ten­di­dos, tan ar­raiga­dos en el XIX, es el fab­u­loso cuadro del re­al­ista Gêrome, El en­can­ta­dor de ser­pi­entes, que  se ex­hibe en la mues­tra y que en su visión colo­nial­ista plantea to­das las con­tradic­ciones que sur­gen del pro­pio término en éste y en otros dis­cur­sos desde Oc­ci­dente. Ahí está el joven, con la ser­pi­ente alrede­dor de su cuerpo desnudo, ob­ser­vado por un grupo que le con­vierte en parte del ex­o­tismo implícito en lo que se escenifica para ser mi­rado. Re­dun­dan­cia de mi­radas que aparece sin ce­sar en las obras de  Gêrome –in­clu­idas  las de harenes- y que reenvía a una hipotética mi­rada oc­ci­den­tal que, desde una posición de su­pe­ri­or­i­dad en la his­to­ria que se cuenta desde París, ob­serva las es­ce­nas “prim­i­ti­vas” desde fuera, sin con­t­a­m­i­narse, con cu­riosi­dad, sumergida en la lógica del es­pectáculo.​En el suelo y las pare­des se dibu­jan con la pre­cisión de un col­lage de de­seo las ri­cas dec­o­ra­ciones que, ob­ser­vadas con de­ten­imiento, pertenecen a cul­turas difer­entes, otra vez re­unidas por la mi­rada del vi­a­jero oc­ci­den­tal que en la leyenda que más cir­cula es ca­paz de apre­ciar lo quizás pasa in­ad­ver­tido para los autóctonos. Pero, ¿autóctonos de dónde, si en los  cuadros de Gêrome los es­ti­los y los de­talles se mez­clan, si todo  se con­vierte, sen­cil­la­mente, en  otredad, en in­vención, en “ori­en­tal” -que es de­cir nada de mu­cho?
Esta era la reivin­di­cación del céle­bre texto de Ed­ward Said, Ori­en­tal­ismo , de fi­nales de los años 70 del XX, en cual el au­tor y académico norteam­er­i­cano co­mentaba cómo en el siglo XIX, desde Eu­ropa, Ori­ente era todo aque­llo que no era Oc­ci­dente. Así que cabía todo: el mundo japonés que in­teresó a los Im­pre­sion­istas, Egipto o hasta España o Ru­sia –como co­menta Gertrude Stein en su céle­bre texto so­bre Pi­casso del 1939. Todo se mez­cla en la in­veosímil fan­tasía de harén que nadie sabe dónde em­pieza ni acaba, pero que im­pregna las imag­i­na­ciones hasta bien en­trado el XX.  Ahora, al volver a mi­rar el cuadro en la ex­posición de Lon­dres, re­cuerdo de pronto cómo la edición in­glesa del texto que manejé, hace ya mu­chos años, tenía  de por­tada esta misma im­a­gen de Gêrome que, vista en el cu­rioso “con­texto im­pre­sion­ista” que prop­i­cia la Royal Acad­emy, vuelve a des­per­tar mis re­ce­los re­specto al término mismo y sus usos. 
Tal vez por este mo­tivo, por cierto re­gusto ha­cia lo “exótico ori­en­tal”, lo le­jano, lo otro, que sigue in­tri­g­ando pese a todo, me parece tan in­tere­sante la prop­uesta que la Fun­dación Miró de Barcelona pre­senta para la ex­posición de Mona Ha­toum, la artista de ori­gen palestino y nacida den Beirut, aunque ex­i­lada en Lon­dres tras sor­pren­derla allí el es­tal­lido de la guerra del Líbano.  De he­cho, si Ha­toum se suele leer con fre­cuen­cia unida a la noción de ex­ilio y hasta a cier­tas con­no­ta­ciones geopolíticas  rela­cionadas con la idea del país le­jano, cul­tural­mente hablando, de la im­posi­bil­i­dad de volver, de las raíces per­di­das  y vueltas a nar­rar  -como  pro­pone  Mea­sures of Dis­tance (1988),  un tra­bajo en el cual, tras la una es­pecie de metafórica cortina de ducha se mues­tra el cuerpo desnudo  y cu­bierto por los car­ac­teres árabes, las car­tas de la madre que se van tra­duciendo-, en la ex­posición comis­ari­ada por Mar­tina Millà se en­fa­tiza otra posi­ble lec­tura de la artista, más rela­cionada con la van­guardia oc­ci­den­tal, que prueba el doble ori­gen de Ha­toum, ese doble ori­gen que a menudo se suele ob­viar en fa­vor de sus prácti­cas más “ori­en­tal­is­tas”, las que en el fondo va bus­cando la avidez  de Oc­ci­dente también en los artis­tas ac­tuales. La mues­tra Proyección de Mona Ha­toum, ganadora del pres­ti­gioso pre­mio Joan Miró  -con­ce­dido por la Fun­dación Joan Miró y la Obra So­cial “la Caixa” y cuya dotación de 70.000 eu­ros ha don­ado para ayu­dar a jóvenes artis­tas a es­tu­diar en la Uni­ver­sity of the Arts en Lon­dres- desvela de forma clara lo que ocurre con los artis­tas prove­nientes de otras cul­turas e in­sta­l­a­dos en Oc­ci­dente: su doble perte­nen­cia, sus dobles in­flu­en­cias. 
No fal­tan en la mues­tra  de la Joan Miró alu­siones a esa geopolítica, como ocurre en las car­tografías o en Bukhara (2009), mapa des­dibu­jado so­bre una al­fom­bra “persa”. Sin em­bargo, el ma­len­ten­dido dura poco, pues la al­fom­bra “persa” se con­vierte de re­pente en Tur­bu­lence (2012) , la im­pre­sio­n­ante al­fom­bra de  cani­cas de difer­entes me­di­das, un prodi­gioso ma­len­ten­dido que poco o nada tiene que ver con lo pre­vis­i­ble y el ori­gen: si la pisáramos perderíamos el equi­lib­rio, ro­daríamos. Así que ahí están en los dos ex­tremos Gêrome y Ha­toum, re­definiendo unas his­to­rias que bus­can en el caso de Lon­dres re­fren­dar la in­er­cia de la his­to­ria y en el de Barcelona  que­brarla, igual que ese suelo de cani­cas que rueda y rueda en una in­creible metáfora de la trans­for­mación. 

in El País.
 

Biennale Internationale de Casablanca

Di­a­logue au­tour des propo­si­tions artis­tiques de 250 artistes de 37 pays. 

Avec la par­tic­i­pa­tion de plus de 250 artistes de 37 pays qui seront ex­posés dans plusieurs lieux embléma­tiques de la ville, dont le Sof­i­tel Casablanca Tour Blanche, la première édi­tion de La B.I.C. (la Bi­en­nale In­ter­na­tionale de Casablanca) fera vivre la cap­i­tale économique du Roy­aume au ry­thme de l’art, du 15 au 30 juin 2012. Une première édi­tion am­bitieuse qui per­me­t­tra à tous de se ren­dre compte de la qualité et du dy­namisme de la scène artis­tique maro­caine tout en con­nec­tant celle-ci aux cir­cuits in­ter­na­tionaux. Une con­nex­ion na­turelle, puisque le Maroc est depuis tou­jours le car­refour, le hub comme l’on dit désor­mais, des routes re­liant l’Afrique, l’Ori­ent et l’Oc­ci­dent. 

Cette première édi­tion de La B.I.C. per­me­t­tra de décou­vrir les derniers travaux d’artistes maro­cains mar­quants. Ceux-ci côtoieront et en­treront en réso­nance avec les propo­si­tions de plas­ti­ciens étrangers orig­i­naires des qua­tre con­ti­nents. En prenant pour thème le di­a­logue, cette édi­tion s’in­scrit dans une démarche uni­ver­sal­iste, à l’in­star de la démarche plas­tique actuelle. 

En plus du di­a­logue in­ter­cul­turel et in­tergénéra­tionnel, la bi­en­nale souhaite met­tre en place un di­a­logue qu’elle es­time tout aussi es­sen­tiel, celui qui va de l’artiste/de l’oeu­vre au pub­lic. Un ef­fort tout par­ti­c­ulier sera fait sur la sig­nalétique et les in­for­ma­tions disponibles sur place. L’or­gan­i­sa­tion de vis­ites guidées, la mise en place de conférences à car­actère di­dac­tique et de work­shops ont pour but de don­ner à tous les publics accès à l’oeu­vre. 

Ren­dez-vous donc dès le 15 juin prochain, au tout nou­veau Sof­i­tel Casablanca Tour Blanche, le cœur d’un par­cours artis­tique qui con­duira en­suite les vis­i­teurs à l’Ecole des Beaux-Arts, l’ex-cathédrale du Sacré-Cœur, la Fab­rique Cul­turelle (les an­ciens Abat­toirs), l’Es­pace Ac­tua et plusieurs ga­leries d’art parte­naires, à la ren­con­tre de propo­si­tions artis­tiques venues des qua­tre con­ti­nents.


in Bi­en­nale Casablanca

Bi­en­nale Casablanca no Face­book.

Des Salafistes envahissent la galerie “Printemps-des-Arts” au Palais el «Ebdellia» a la Marsa

Pub­lished14 Jun 2012

Tags tunísia artes vi­suais

Des salafistes se sont rassemblés de­vant la ga­lerie “print­emps des arts” au Palais El Ebdel­lia à la Marsa, di­manche 10 juin, pour pro­tester con­tre l’ex­po­si­tion de cer­tains tableaux qu’ils con­sidèrent comme in­com­pat­i­bles avec leurs vi­sion de la re­li­gion et con­traires aux bonnes mœurs.

L’événe­ment s’est passé en deux temps: le matin, trois salafistes sont venus pour man­i­fester leur colère, dicter leurs ex­i­gences et men­acer de revenir l’après midi ci la Ga­lerie con­tin­uerait à ex­poser cer­tains tableaux, les salafistes étaient ac­com­pagnés d’un av­o­cat et d’un huissier de Jus­tice pour faire un con­stat.

L’après midi, Med Ali Bouaziz (huissier no­taire et an­cien rcdiste) ainsi qu’un groupe de salafistes sont revenus pro­tester et men­acer de porter plainte auprès des tri­bunaux pour at­teinte aux bonnes mœurs. Quelques échauf­fourées ont eu lieu en­tre cer­tains ex­posants, quelques per­son­nes du pub­lic et des salafistes.

Malgré la présence de la po­lice, les salafistes ont réussi à pénétrer la ga­lerie ce qui a ex­ac­erbé la ten­sion en­tre les différents pro­tag­o­nistes.

La po­lice a fait de son mieux pour con­tenir ses débor­de­ments qui de­vi­en­nent mal­heureuse­ment de plus en plus fréquents mon­trant une société déchirée en­tre un con­ser­vatisme de plus en plus rad­i­cal et un be­soin de mod­ernisme et de démoc­ra­tie.

Fi­nale­ment après un long face à face très tendu, la po­lice a réussi à dis­perser la foule.


in Ac­tu­alités Tunisines 

Propaganda by Monuments: Art and revolution

Pub­lished4 Jun 2012

Tags egipto artes vi­suais

On 25 May 2006, An­gola launched the Icarus 13, the world’s first space mis­sion to the sun. For two years, 70 la­bor­ers, artists and en­gi­neers worked re­lent­lessly to build the space­craft and plan the mis­sion. It landed on the sun at 10 pm. Ac­cord­ing to the as­tro­nauts, “The sun has the most beau­ti­ful night.” Proud of their ac­com­plish­ment, An­golans are plan­ning to launch the first ”so­lar tourist” flight in 2011 -- at least in the imag­i­na­tion of an artist.

The Con­tem­po­rary Im­age Col­lec­tive’s first ex­hi­bi­tion in 2011, called Pro­pa­ganda by Mon­u­ments, in­cludes eight pho­tographs doc­u­ment­ing the Icarus 13 pro­ject. De­vel­oped by An­golan artist Kilu­anji Kia Hendu in 2008, “Icarus 13” mixes myth with hu­mor as it ex­plores the hu­man quest for great­ness. With Africa’s rep­u­ta­tion as an un­der­de­vel­oped con­ti­nent, Hendu’s work as­serts, few be­lieved it could launch a space mis­sion.

The “doc­u­men­tary pho­tographs” which Hendu shot are of state build­ings in the An­golan cap­i­tal, Lu­anda, built dur­ing pe­ri­ods of am­bi­tious plans to mod­ern­ize the city, when na­tions sought to man­i­fest their de­vel­op­ment through grand city struc­tures. To por­tray the Icarus 13 space­craft, Hendu shot a pho­to­graph of an un­fin­ished mau­soleum built for a Russ­ian So­cial­ist leader, which is ru­mored to con­tain the re­mains of the first pres­i­dent of in­de­pen­dent An­gola. Hendu rep­re­sents the as­tron­omy ob­ser­va­tory with an un­fin­ished colo­nial era movie the­ater, and the Icarus 13’s take­off is shown through a pho­to­graph of An­golans cel­e­brat­ing the na­tional team’s qual­i­fi­ca­tion for the 2006 World Cup.

“Re­pur­pos­ing things that are so heavy with his­tory is a com­mon prac­tice that this ex­hi­bi­tion ex­plores,” ex­plained Mia Jankow­icz, co-cu­ra­tor of the show and the artis­tic di­rec­tor of CiC. The ex­hi­bi­tion bor­rows its ti­tle from a short story, “Pro­pa­ganda by Mon­u­ments,” writ­ten by the South African writer Ivan Vladislavic in 1996, two years af­ter Nel­son Man­dela be­came the first de­mo­c­ra­t­i­cally-elected pres­i­dent of South Africa. Re­flect­ing on the tur­bu­lent pe­riod that fol­lowed, Vladislavic re­counts fic­ti­tious ne­go­ti­a­tions be­tween a Russ­ian of­fi­cial, his in­ter­preter and a South African busi­ness­man, who wishes to im­port Lenin mon­u­ments for use as dec­o­ra­tive items in South African bars. Build­ing on the ab­sur­dity and plau­si­bil­ity of the pro­posed use of the Russ­ian mon­u­ments, the ex­hi­bi­tion, ac­cord­ing to its cu­ra­to­r­ial text, seeks to “con­front us with what hap­pens when rev­o­lu­tion meets re­al­ity and what hap­pens af­ter the rev­o­lu­tion ends.”

De­spite its tim­ing, Pro­pa­ganda by Mon­u­ments is not a re­ac­tion to the 25 Jan­u­ary Rev­o­lu­tion in Egypt. “It, nev­er­the­less, pro­vides nu­ance to it,” Jankow­icz said. The past few weeks wit­nessed a plethora of ex­hi­bi­tions on or in­spired by the rev­o­lu­tion, of­ten show­cas­ing doc­u­men­tary pho­tog­ra­phy and videos from the 18 days of protests. These shows are nec­es­sary, said Jankow­icz, as “they pro­duce end­less rev­o­lu­tion con­ver­sa­tions.”

Pro­pa­ganda by Mon­u­ments, which was orig­i­nally sched­uled for late Jan­u­ary, tries to push such con­ver­sa­tions fur­ther by ex­am­in­ing var­i­ous his­tor­i­cal mo­ments when ideals were re­fash­ioned per­son­ally or col­lec­tively to ex­press mod­ern­iza­tion, de­vel­op­ment and lib­er­a­tion, or even through con­sumer mar­kets and stereo­typ­ing. The ex­hi­bi­tion was post­poned be­cause of the rev­o­lu­tion, which gave the art­work a new rel­e­vance to the lo­cal con­text.

“Mono­logue” -- a looped video piece by Egypt­ian artist Ahmed Kamel -- con­trasts archival video clips of old Egypt­ian na­tion­al­ist songs with the au­dio of con­tem­po­rary ver­sions, played against a rough mono­chro­matic back­ground. Songs like “Al-Watan al-Ak­bar” (My Greater Home­land), which ex­pressed pan-Ara­bism dreams, are rem­i­nis­cent of the op­ti­mism of pres­i­dent Gamal Ab­del Nasser's era. Al­though Nasser’s am­bi­tious plans for in­dus­trial de­vel­op­ment and so­cial equal­ity were un­suc­cess­ful, songs of that era con­tinue to stir nos­tal­gic feel­ings for hope­ful times. Since then 11 Feb­ru­ary ouster of for­mer pres­i­dent Hosni Mubarak, these songs have been con­tin­u­ously played on na­tional tele­vi­sion and ra­dio sta­tions.

By also dis­play­ing pro­pa­ganda, the show seeks to high­light how mean­ings and hopes aris­ing at his­tor­i­cal mo­ments are of­ten con­structed by as­so­ci­a­tion with the past. In Trip­tych #6, Egypt­ian artist Imam Issa pre­sents a short con­ver­sa­tion she en­vi­sions be­tween two co-work­ers that sub­tly touches upon so­cial and po­lit­i­cal con­di­tions in Egypt. Issa shares with her au­di­ence the process by which she reached it. Us­ing a pho­to­graph of a lake, and the mem­ory it evokes in her, Issa takes a care­fully staged pic­ture. From these two im­ages, the fi­nal nar­ra­tive un­folds and by trac­ing the se­ries, the au­di­ence fol­low her per­sonal process, and per­haps re­flect on their own ways of con­struct­ing mean­ing at this crit­i­cal time.

Pro­pa­ganda by Mon­u­ments runs from 20 March un­til 23 April 2011 at CiC.

4th floor, 22 Ab­del Khalek Thar­wat St., Down­town, Cairo

Par­tic­i­pat­ing artists: Hasan and Hu­sain Es­sop, Ângela Fer­reira, Dan Hal­ter, Runa Is­lam, Iman Issa, Ahmed Kamel, and Kilu­anji Kia Henda

Pro­ject cu­ra­tors: Mia Jankow­icz and Clare Butcher

Events pro­gram:

Mon 21 March: Screen­ing of Los An­ge­les Plays It­self, dir. Thom An­der­son

Tues 29 March: Open­ing of Runa Is­lam's scale (1:16 inch=1 foot) at Fac­tory Space, Town­house

Sun 17 April: Screen­ing of works by Fer­nando Sanchez Castillo and David Maljkovic and launch of the pub­li­ca­tion "Pro­pa­ganda by Mon­u­ments"

Sat 23 April: Screen­ing of works by Eva Bertram

in Egytp In­de­pen­dent

Cubismo pop a la brasileña

Pub­lished25 May 2012

Tags brasil artes vi­suais Romero Britto

Romero Britto tenía ocho años cuando comenzó a pin­tar so­bre ho­jas del periódico de Per­nam­buco de su Re­cife na­tal. Se topó con el cu­bismo a los 20, de paso por Eu­ropa, y con el arte pop en Es­ta­dos Unidos, donde hoy vive. En las últi­mas dos décadas ha ex­puesto sus pin­turas y es­cul­turas en más de 100 galerías y museos de todo el mundo. Ha re­tratado a Keneddy, a Bush padre, a Clin­ton y a Lady Di. In­cluso, a los reyes Juan Car­los y Sofía y a la in­fanta Leonor. Por primera vez, la obra de este ref­er­ente del cu­bismo neo-pop tiene su rincón en Madrid.

Se trata de la Pop Gallery 11 (Mal­don­ado 11), donde esta se­m­ana se ha in­au­gu­rado la ex­posición per­ma­nente en­tera­mente ded­i­cada al artista brasileño: son más de 20 cuadros, 30 es­cul­turas y varias de­ce­nas de ob­je­tos. Es­tos últi­mos, que van desde tazas, bol­sos y ter­mos hasta relo­jes, paraguas y flo­reros, son de­talles de los cuadros vuel­tos ob­je­tos, se venden a pre­cios ac­ce­si­bles y re­spon­den a una de las máxi­mas del tra­bajo de Britto: per­mi­tir que su arte llegue a la mayor can­ti­dad de manos posi­bles.

La misma lógica fun­ciona para su arte en gran for­mato. Tres de sus obras más céle­bres, The Big Ap­ple, em­plazada en el aerop­uerto John Fitzger­ald Kennedy de Nueva York, la recreación de la pirámide de Guiza en el Hyde Park de Lon­dres y la es­cul­tura Blue, en el aerop­uerto in­ter­na­cional de Moscú, tienen sus ver­siones en pequeña es­cala para dec­o­rar es­pa­cios pequeños, in­cluso en el hogar. Bien lo ha puesto el pro­pio Britto en una frase tan sen­cilla como con­tun­dente. “El arte es de­masi­ado bueno para no com­par­tirlo”.

“Cuando conocí la obra de Britto en Mi­ami quedé ab­so­lu­ta­mente deslum­brada. No lo­graba en­ten­der cómo había lle­gado a to­dos la­dos, in­cluso a países fríos y nórdi­cos y no se conocía en España, donde ten­emos un carácter más ale­gre y de­sen­fadado, más acorde con el color, el op­ti­mismo y la alegría que de­spi­den la obra de Britto”, ex­plica la di­rec­tora de Pop Gallery 11, Paola Casha. “El de Britto es un arte que per­mite quitar la idea de que el arte es ex­quis­ito y que hay que saber mu­cho para dis­fru­tarlo”, añade en­seguida.

La ex­posición per­ma­nente de Britto, (“nue­stro buque in­signia”, lo de­scribe Casha), se com­bi­nará con mues­tras itin­er­antes que recor­rerán el país. Ya ha habido una primera ex­pe­ri­en­cia en Zaragoza en marzo pasado y se preparan las de Barcelona y Va­len­cia para los próxi­mos meses.



in El País.

SA artist Brett Murray goes viral via picking a lolfight with the ANC.

Pub­lished23 May 2012

Tags áfrica do sul artes vi­suais

This sit­u­a­tion with artist Brett Mur­ray and Ja­cob Zuma’s spec­u­la­tive man-part re­minds me of the bog­gart from the third Harry Pot­ter book. In Pro­fes­sor Lupin’s ‘De­fence of the Dark Arts’ class Harry & Co learn to de­feat the bog­gart – a crea­ture that takes on the form of one of your fears. The only way to de­feat the bog­gart is by find­ing a way to laugh at (your fears) while say­ing the Rid­diku­lus spell. Brett Mur­ray’s spec­u­la­tive de­pic­tion of the pres­i­den­tial man-part seems to me a bit like that. Not that JZ is a bog­gart. But his sex life swag kind of is. It’s ther­a­peu­tic to laugh at it. In a word… PINNED!

I would imag­ine that the Rid­diku­lus spell will also work quite ef­fec­tively against the ANC at­tempts to stop the paint­ing from be­ing sold via us­ing lawyers. 101 in art ap­pre­ci­a­tion here – you can’t take art per­son­ally. Artists may be ex­tremely ir­ri­tat­ing for all the truth that they just spew with no re­gard for po­lit­i­cal cor­rect­ness (how dare they), but they are also the only peo­ple who keep us from slip­ping into moral de­crepi­tude. As an­noy­ing as they are, you kind of have to just let them cut their hair funny, drink too much and ex­er­cise their po­etic li­cence via say­ing in­ap­pro­pri­ate but in­sight­ful things. Mur­ray is just pos­ing an idea. I mean, it’s not as if JZ posed for that pic­ture. It’s not some sneaky mo­bile phone porn snap hack. It’s not RE­ALLY his pe­nis. It’s just an IDEA. Are we ac­tu­ally hav­ing this con­ver­sa­tion?

Here’s a quote that seems ap­pro­pri­ate:
“It is the mark of an ed­u­cated mind to be able to en­ter­tain a thought with­out ac­cept­ing it.” Aris­to­tle
I have but ad­mi­ra­tion for Bretty Mur­ray, who has ma­nip­u­lated the gov­ern­ment into spread­ing his ideas for him. Be­hold, an artist / PR Ge­nius:
Be­hold, a whole bunch of ar­ti­cles de­tail­ing the ANC’s PR cam­paign for Brett Mur­ray’s new ‘Hail to the Thief’ ex­hi­bi­tion at the Good­man Gallery in Joburg. One can con­clude then, that the best way to go vi­ral in SA is STILL to pick a fight with the ANC. 


in Cape Town Girl

"LE CORPS DÉCOUVERT"

L’IMA présente, du 27 mars au 15 juil­let 2012, une grande ex­po­si­tion d’art mod­erne et con­tem­po­rain sur le thème de la représen­ta­tion du corps et du nu dans les arts vi­suels arabes. La représen­ta­tion du corps dans les arts vi­suels arabes con­stitue une matière jusqu’ici ignorée, une sorte de terra incog­nita pour le moins in­ex­plorée. On au­rait ainsi pu s’at­ten­dre à ce que ces représen­ta­tions n’ex­is­tent pra­tique­ment pas dans la pein­ture arabe ; or, à tra­vers le corps, c’est tout un pan méconnu d’une riche icono­gra­phie qui vient à se décou­vrir.

C’est à cette quête et à cette décou­verte tout à la fois, que sera convié le pub­lic d’une ex­po­si­tion pleine de sur­prises, Le Corps Décou­vert. Cette ex­po­si­tion a pour am­bi­tion de rassem­bler, sur deux étages, une large sélec­tion d’oeu­vres et de médi­ums per­me­t­tant d’abor­der cette ques­tion de manière syn­chronique et di­achronique à la fois.

De la même manière qu’il s’est pris naguère d’un intérêt soudain pour les artistes chi­nois ou les artistes in­di­ens, le monde de l’art s’est récem­ment tourné vers les créateurs arabes. L’In­sti­tut du monde arabe, or­gan­isa­teur depuis vingt-cinq ans qu’il ex­iste, de plus d’une cen­taine d’ex­po­si­tions d’artistes arabes ne peut, bien sûr, que se féliciter d’un en­goue­ment auquel il ne se sent certes pas étranger.

Avec Le Corps Décou­vert, l’IMA en­tend présen­ter à son pub­lic, une ex­po­si­tion qui, à tra­vers ce thème am­ple, com­plexe et fon­da­men­tal à la fois, em­brasse tout un siècle de pein­ture arabe ou, plus ex­acte­ment, de pra­tique des arts plas­tiques. Car lorsque l’on parle ici de pein­ture, on en­tend le mot dans l'ac­cep­tion eu­ropéenne ou oc­ci­den­tale du mot, bien évidem­ment, c'est-à-dire, selon celle qui est désor­mais reçue sur la scène in­ter­na­tionale, à présent mon­di­alisée.

LE CORPS DÉCOU­VERT, In­sti­tut du Monde Arabe

L’IMA prend la nu­dité à bras «le Corps»

On n’est pas ab­sol­u­ment sûr que se foutre à poil soit le signe de la moder­nité uni­verselle, ni que l’art doive pri­or­i­taire­ment être «en­gagé con­tre le fon­da­men­tal­isme» avec des paroles plutôt qu’en changeant la musique, mais on trouve quelques œuvres stim­u­lantes à l’expo «le Corps décou­vert» à l’In­sti­tut du monde arabe, à Paris. Dont ce Ping-Pong de 2009 (photo), in­stal­la­tion vidéo d’Adel Abidin, Irakien vi­vant en Fin­lande (pays qu’il représen­tait à la Bi­en­nale de Venise 2007). On y voit deux pongistes smashant au-dessus d’une femme nue, dont la peau cinglée par les balles se tavèle de façon hal­lu­ci­nante. A noter aussi, Ghada Amer et The Large Black Paint­ing (2001), cou­ture répétitive de femmes dont on dis­tingue à peine la nu­dité, cuisses écartées.

Con­tin­uar a ler no Libéra­tion.

"Mexique : la dialectique peut-elle casser le trafic?"

Pub­lished26 Apr 2012

Tags artes vi­suais paris méxico ex­posição

Résis­ter au présent ? Ça com­mence par un coup de feu. Un slo­gan dessiné d'im­pacts de balles au-dessus de l'entrée, qui af­fiche dans son lan­gage criblé : "Pas un seul je­une artiste ne résis­terait à 50 000 dol­lars." Le ton est donné. Cette oeu­vre du col­lec­tif Ter­cerun­quinto lance dans une péta­rade l'ex­po­si­tion que le Musée d'art mod­erne de la Ville de Paris con­sacre à la dernière généra­tion d'artistes mex­i­cains, "Re­sist­ing the Pre­sent" (Mex­ico). Cette oeu­vre in­au­gu­rale fait référence à une phrase d'Al­varo Obre­gon, qui dirigea le Mex­ique de 1920 à 1924, et dénonçait par ces mots la cor­rup­tion des mil­i­taires pen­dant la révo­lu­tion des années 1910 : "Nul général ne résis­terait à 50 000 pe­sos." 

Con­tin­uar a ler

Marquée par l’évo­lu­tion poli­tique et économique hors norme du Mex­ique au cours de ces vingt dernières années, et par le développe­ment de ses in­sti­tu­tions cul­turelles (MUAC-Museo Uni­ver­si­tario de Arte Con­tem­poráneo, Museo Tamayo, Fon­da­tion Jumex, ga­leries, col­lec­tion­neurs, lieux al­ter­nat­ifs…), la scène artis­tique mex­i­caine man­i­feste depuis plus de vingt ans un dy­namisme à réso­nance in­ter­na­tionale.

Con­tin­uar a ler no sítio do Musée d’Art mod­erne de la Ville de Paris.

"José Zaragoza inaugura exposição de pinturas em São Paulo"

Pub­lished11 Apr 2012

Tags artes vi­suais brasil pin­tura s. paulo

A vida vista através das janelas pode as­sumir uma di­mensão simbólica, como no clássico filme de Al­fred Hitch­cock, Janela In­disc­reta - em que se es­ta­b­elece uma relação voyeurística en­tre o es­pec­ta­dor e a tela do cin­ema -, ou tremen­da­mente real, caso das pin­turas que José Zaragoza mostra na ex­posição que in­au­gura hoje a Ga­le­ria Can­vas-SP. Elas, se­gundo o artista, "foram in­spi­radas pelo medo que to­mou conta dos nova-iorquinos que moravam em prédios, no verão de 1985", quando cir­cu­lou a notícia que um fu­racão, vindo de Long Is­land, iria ar­rasar Nova York em três dias. Zaragoza, que fil­mava um com­er­cial na cidade e tinha um aparta­mento em Tribeca, fi­cou igual­mente com medo, como qual­quer morador, ainda mais quando viu que to­dos os vidros dos prédios aman­hece­ram cober­tos com fita crepe em forma de X para que não es­tourassem.

O cu­rador da ex­posição, Ema­noel Araújo, di­re­tor do Museu Afro-Brasil, con­siderou a ideia de criar obras de arte "a par­tir de um el­e­mento tão pouco in­spi­rador e pro­saico" um de­safio que Zaragoza aceitou e trans­for­mou num jogo de relações en­tre el­e­men­tos díspares - a sug­estão ex­pres­sion­ista de vul­tos através da janela con­tra o for­mal­ismo geométrico di­tado pelas es­quadrias. Araújo destaca uma pin­tura na mostra que, diz ele, se car­ac­ter­iza pelo re­al­ismo es­tru­tural. Trata-se de uma es­tru­tura metálica que imita a moldura de uma janela que se abre. "É uma pin­tura ob­jeto que sug­ere movi­mento e até pede a par­tic­ipação do es­pec­ta­dor."

Con­tin­uar a ler no Es­tado de São Paulo.

A par­tir de 10 de abril in­au­gura novo espaço para as plásti­cas em São Paulo, a Can­vas-SP Ga­le­ria, nos Jardins, di­rigida por Ro­drigo Brant. Nas pare­des, mar­cando a aber­tura da casa, a mostra "Win­dows" de Zaragoza.

"Arte y militancia"

Pub­lished30 Mar 2012

Tags ar­gentina arte pública artes vi­suais

Clar­i­dad: la van­guardia en lucha in­au­gura la tem­po­rada de ex­posi­ciones en el MNBA con una se­lección de obras del pat­ri­mo­nio re­visadas por el guión cu­ra­to­r­ial de Ser­gio Baur, que traza un re­trato de las van­guardias com­bat­i­vas a comien­zos del siglo XX.

Una mues­tra puede ex­hibir una trayec­to­ria estética, poner en diálogo a var­ios artis­tas, rev­e­lar cer­canías en­tre obras. Pero a ve­ces, pocas ve­ces, una mues­tra apela al arte para re­tratar un clima de época.

Eso hace jus­ta­mente Clar­i­dad: la van­guardia en lucha , la ex­posición que abre el año en el Museo Na­cional de Bel­las Artes, ded­i­cada a re­tratar el am­bi­ente in­t­elec­tual que, en­tre los años 20 y 40 del siglo XX, dio ori­gen y acompañó el arte del com­pro­miso so­cial y la mil­i­tan­cia política, que rec­hazó el "arte por el arte" para bus­car en la ren­o­vación estética una her­ramienta para la de­nun­cia so­cial.

La van­guardia mil­i­tante que re­trata la mues­tra es, por cierto, una de las cor­ri­entes ren­o­vado­ras de una época de no­table vi­tal­i­dad en los de­bates y los cues­tion­amien­tos al arte académico. En rigor, Clar­i­dad? cierra el ci­clo abierto, hace dos años, con la mues­tra so­bre el grupo Martín Fierro, la van­guardia estética que fue con­tra­punto y com­ple­mento de la que ahora de­spl­iega su utopía en la ren­o­vada sala del MNBA.

Con­tin­uar a ler no La Na­cion.

Clar­i­dad: La van­guardia en lucha 

Museo Na­cional de Bel­las Artes, Buenos Aires, até 20 de Maio.

"Against Monuments"

As an ex­hi­bi­tion, the New Mu­seum Tri­en­nial is still so young that it seems al­most pre­ma­ture to call it a New York in­sti­tu­tion. Yet in just its sec­ond it­er­a­tion, “The Un­govern­ables,” which runs through April 22, the show has al­ready es­tab­lished the very thing that even vet­eran sur­veys of con­tem­po­rary art would envy: a clear iden­tity, and one that doesn’t seem re­dun­dant with ei­ther the con­cur­rently run­ning Whit­ney Bi­en­nial –the sprawl­ing, up­town event whose in­tense em­pha­sis this year on time-based me­dia such as film, mu­sic, and per­for­mance makes it the an­tithe­sis of the com­pact New Mu­seum ex­hi­bi­tion—or the var­i­ous other mu­seum-spon­sored roundups like PS 1/MoMA’s “Greater New York.” Fo­cus­ing es­pe­cially on work made by very young artists––the first Tri­en­nial went by the asi­nine name of “Younger than Je­sus”––many of whom are based out­side the US and Eu­rope, the ex­hi­bi­tion brings a sur­pris­ingly un­der­rep­re­sented per­spec­tive on re­cent art, no easy achieve­ment in a city with a gamut of com­mer­cial gal­leries and mu­se­ums. The cur­rent show also tries to make a case for read­ing the work on view amid the po­lit­i­cal up­heaval and messy, un­fin­ished pur­suit of democ­racy that has marked much of the de­vel­op­ing world, but the artists don’t fit into this frame as snugly as the cu­ra­tors want to sug­gest.

The ex­hi­bi­tion in­cludes work by thirty-four artists or col­lec­tives, few of whom have pre­vi­ously been seen in New York. A large ma­jor­ity hail from coun­tries other than the United States, with a pre­pon­der­ance of Latin Amer­i­can, Mid­dle East­ern, and Asian artists. Cu­ra­tor Eu­ngie Joo has em­pha­sized the fact that many come from coun­tries whose post-1970s ex­is­tence—a span dur­ing which most of these artists were born—was marked by eco­nomic and po­lit­i­cal un­cer­tainty: they were un­govern­able in the pe­jo­ra­tive, failed-state sense. But she also wants to un­der­line the cre­ative re­sis­tance and flex­i­bil­ity of young artists, in which she hears spir­i­tual echoes of the ANC’s em­brace of “un­govern­abil­ity” as a po­lit­i­cal strat­egy against apartheid (the term was coined with the Soweto ri­ots and the call to make South Africa pos­i­tively un­govern­able). In the cat­a­log ac­com­pa­ny­ing the show, Joo links the idea to con­tin­u­ing democ­racy move­ments across the globe, from the Arab Spring to the Oc­cupy demon­stra­tions.

Con­tin­uar a ler na The New York Re­view of Books.

"Center Stage"

Pub­lished20 Mar 2012

Tags artes vi­suais mar­ro­cos

ONE OF THE THINGS that makes the con­tem­po­rary art scene in Mo­rocco so dif­fi­cult to grasp—and so un­like the cul­tural in­fra­struc­tures ex­ist­ing else­where in the re­gion—is the fact that it has no cen­ter. Casablanca is the com­mer­cial hub, Ra­bat the seat of gov­ern­ment. Asi­lah and Es­saouira host ma­jor an­nual fes­ti­vals for art and mu­sic. Tang­ier lays claim to the lit­er­ary imag­i­na­tion. Mar­rakech, with its eleven-year-old film fes­ti­val and two-year-old art fair, is the des­ti­na­tion of choice for an in­con­gru­ous mix of jet-set­ting ex­pats, hol­i­day­mak­ers on a bud­get, and riad-re­fur­bish­ing fash­ion­istas quick to fol­low in Yves Saint Lau­rent’s foot­steps. Gal­leries tend to clus­ter in Casablanca and Ra­bat. Se­ri­ous mu­se­ums are nonex­is­tent. But in the past decade, an im­pres­sive net­work of in­de­pen­dent spaces and artist-led ini­tia­tives has spread through­out the coun­try, aided by the ease of in­ter-city travel and an art-his­tor­i­cal nar­ra­tive that has long as­sim­i­lated ef­forts that are ephemeral, episodic, and dis­persed.

Con­tin­uar a ler na Art­fo­rum.

"A Keeper of a Vast Garden of Art in the Hills of Brazil"

Pub­lished16 Mar 2012

Tags artes vi­suais brasil in­ho­tim

NO won­der they call Bernardo Paz the “Em­peror of In­ho­tim.”

About 1,000 em­ploy­ees, in­clud­ing cu­ra­tors, botanists and con­crete pour­ers, swarm around In­ho­tim, his con­tem­po­rary-art com­plex in the hills of south­east Brazil. Glo­be­trot­ting art pil­grims ab­sorb stun­ning works like Doug Aitken’s “Sonic Pavil­ion,” which uses high-sen­si­tiv­ity mi­cro­phones placed in a 633-foot hole to de­liver the bass mur­mur of Earth’s in­ner depths.

A whiff of mega­lo­ma­nia seems to em­anate from In­ho­tim’s eu­ca­lyp­tus forests, where Mr. Paz has perched more than 500 works by for­eign and Brazil­ian artists. His botan­i­cal gar­den con­tains more than 1,400 species of palm trees. He glows when speak­ing of In­ho­tim’s rare and oth­er­worldly plants, like the titun arum from Suma­tra, called the “corpse flower” be­cause of its hideous stench.

Mr. Paz, a lanky, chain-smok­ing, 61-year-old min­ing mag­nate, speaks in barely au­di­ble whis­pers. He mar­ried his sixth wife in Oc­to­ber. He has white hair down to his shoul­ders and pale blue eyes, giv­ing him an ap­pear­ance rem­i­nis­cent of the gaunt, de­bauched Brazil­ian rancher played by Klaus Kin­ski in Werner Her­zog’s 1987 film, “Co­bra Verde.”

Con­tin­uar a ler no New York Times.

Yto Barrada

Pub­lished22 Feb 2012

Tags artes vi­suais mar­ro­cos

Mo­rocco's mys­tique is syn­ony­mous with its fa­mous fans: William Bur­roughs and the beats in the 1950s, who hung out in Tang­ier when the city was an in­ter­na­tional zone, and the Rolling Stones, who went seek­ing thrills in Mar­rakech a gen­er­a­tion later. It's the go-to place to get in­spired and in­dulge in druggy dal­liances – or at least that's the view from Eu­rope. The Tang­ier-based artist Yto Bar­rada's pho­tos, films and sculp­tures give us a dif­fer­ent pic­ture – of the strug­gles of the peo­ple who live there.

Para ler o ar­tigo com­pleto no Guardian, clicar aqui.

"Thandi Sibisi: the new face of South African visual arts"

Pub­lished20 Feb 2012

Tags áfrica do sul artes vi­suais

Thandi Sibisi, a daugh­ter of farm­ers in the Zulu heart­land, re­mem­bers ar­riv­ing in the big city for the first time. "The bus dropped me in Gandhi Square in Jo­han­nes­burg," she re­called. "I was 17 and had never even seen a dou­ble-storey build­ing in my life. I looked around and it was like, 'I'm go­ing to own this city'."

Eight years later, she has not yet quite con­quered it all. But on Thurs­day she be­came the first black woman to open a ma­jor art gallery – named Sibisi, nat­u­rally enough, for some­one so am­bi­tious – in South Africa.

It is a sign, she be­lieves, that any­thing is pos­si­ble for the coun­try's "born free" gen­er­a­tion. "All I have to do is look at my­self and my back­ground," she said. "Grow­ing up, I would never have thought I'd be ex­posed to so many op­por­tu­ni­ties. South Africa is free.

"I go all over the world and peo­ple are closed up and they can't ex­press them­selves. South Africa al­lows you to be you and to be what­ever it is you want to be."

The coun­try's vi­sual arts scene, dom­i­nated by the white mi­nor­ity dur­ing racial apartheid, has not trans­formed as quickly as some would like.​Gallery Momo, the first 100% black-owned gallery, opened in Jo­han­nes­burg in 2003, while the na­tional gallery in Cape Town has anon-white di­rec­tor for the first time in its 140-year his­tory.

Para ler o ar­tigo com­pleto no Guardian, clicar aqui.

"Memoria y color en la creación latinoamericana"

Pub­lished20 Feb 2012

Tags améria latina artes vi­suais

La galería Is­abel An­i­nat, de San­ti­ago de Chile, era una parada oblig­ada el jueves para los vis­i­tantes de Arco. La propia artista Valuspa Jarpa (Rancagua, Chile, en 1971), hablaba con unos y otros de su in­sta­lación,Min­i­mal se­cret (a la venta por 75.000 eu­ros). Lo que parece ser un bello corti­naje elab­o­rado con plan­chas de im­presión es en re­al­i­dad un bosque col­gante de se­cre­tos. Un gran enigma es­culpido con tex­tos proce­dentes de los doc­u­men­tos de­sclasi­fi­ca­dos por la CIA so­bre el golpe de Es­tado con­tra el pres­i­dente chileno Sal­vador Al­lende.

Esta pieza de Jarpa es una de las más desta­cadas de las lle­gadas a la fe­ria madrileña desde los dis­tin­tos po­los del imán de la vi­brante es­cena lati­noamer­i­cana. Se reparten en­tre los pa­bel­lones 10 y 8 de Arco. Pero so­bre todo lla­man poderosa­mente la atención de los paseantes del es­pa­cio Solo Pro­jets Lati­noamérica. Un solo artista, una obra y una galería. Y to­das, 23 en to­tal, lati­noamer­i­canas. Jun­tas re­sul­tan una de las prop­ues­tas más deslum­brantes de la ac­tual edición de Arco. Com­pro­meti­dos y rompe­dores, es­tos creadores no pare­cen haber sido uni­for­ma­dos por la glob­al­ización.

Para ler o ar­tigo com­pleto no El País, clicar aqui.

"Vida y muerte de un superhéroe del arte mexicano"

Pub­lished14 Feb 2012

Tags améria latina artes vi­suais méxico

Tan cierto como que los alias cre­ativos no son ninguna novedad, también lo es que la im­punidad tras el seudónimo vive un nuevo auge como dis­pos­i­tivo artístico de la mano de grafiteros, artis­tas mul­ti­me­dia y otros ac­tivis­tas de la re­flexión so­bre la iden­ti­dad.

La mística de los su­perhéroes también hunde sus raíces en la tradición más an­ces­tral. De la unión de es­tos dos el­e­men­tos surge Video­man, su­perhéroe pop­u­lar nacido en Ciu­dad de México de la imag­i­nación delper­former Fer­nando Llanos.

In­ter­viene tanto en las áreas com­er­ciales como en las de­prim­i­das de las ciu­dades, ar­mado de un com­plejo e in­de­pen­di­ente sis­tema de proyección de vídeo, que le sirve para con­ver­tir las noches ur­banas en un cali­do­sco­pio de luces y col­ores.

Para ler o ar­tigo com­pleto no El País, clicar aqui.

Nuno Ramos

O sono é minha areia

piso nele. É feito feno

en­gulo ele. É meu plan­eta

moro nele desde on­tem.

Maré que morde esse nov­elo

que era um homem, ny­lon

preso pela franja, ny­lon

verde, mus­guenta.

Sem risada

coisas acor­dadas

dizem seu nome.

De­pois somem.

Nuno Ramos (1960)

in Junco, ed. Ilu­min­uras, São Paulo, 2011

Es­cul­tor, pin­tor, de­sen­hista, cenógrafo, ensaísta, video­maker. For­mado em filosofia na Fac­ul­dade de Filosofia, Le­tras e Ciências Hu­manas da Uni­ver­si­dade de São Paulo - FFLCH/USP, de 1978 a 1982. Tra­balha como ed­i­tor das re­vis­tas Al­manaque 80 e Kat­aloki, en­tre 1980 e 1981. Começa a pin­tar em 1983, quando funda o ate­lier Casa 7, com Paulo Mon­teiro, Ro­drigo An­drade, Car­l­ito Car­val­hosa e Fábio Miquez. No ano seguinte, re­cebe do Museu de Arte Con­tem­porânea da Uni­ver­si­dade de São Paulo - MAC/USP a 1ª Bolsa Émile Eddé de Artes Plásti­cas. Em 1992, em Porto Ale­gre, expõe pela primeira vez a in­stalação 111, que se ref­ere ao mas­sacre dos pre­sos na Casa de De­tenção de São Paulo (Carandiru) ocor­rido naquele ano. Pub­lica, em 1993, o livro em prosa Cujo e, em 1995, o livro-ob­jeto Bal­ada. Vence, em 2000, o con­curso re­al­izado em Buenos Aires para a con­strução de um mon­u­mento em memória aos de­sa­pare­ci­dos du­rante a di­tadura mil­i­tar naquele país. Em 2002, pub­lica o livro de con­tos O Pão do Corvo. Para com­por as suas obras, o artista em­prega difer­entes su­portes e ma­te­ri­ais, e tra­balha com gravura, pin­tura, fo­tografia, in­stalação, poe­sia e vídeo.

Vence­dor do  Prémio Por­tu­gal Tele­com de Lit­er­atura em Língua Por­tuguesa 2009, pelo seu primeiro ro­mance, Ó.

Para ler en­tre­vista de Alexan­dra Lu­cas Coelho a Nuno Ramos, clicar aqui.

Bertina Lopes (1924-2012)

Pub­lished11 Feb 2012

Tags artes vi­suais bertina lopes

 Bertina Lopes, Pin­tura, 1980

Fe­chou-se o pátio, um pátio como um quin­tal onde a família se sen­tava e con­ver­sava, onde os ami­gos eram da casa e por isso os seus ami­gos eram também família. Um pátio so­lar, so­bre Roma, onde Mama B vivia há 40 anos e onde pin­tava. Uma pátio como um farol, de onde ob­ser­vava o Império, aquém e além mar.

Roma ar­refe­ceu on­tem. Fi­cam as telas, enormes, que ainda há pouco in­sis­tia em pin­tar.

Elisa San­tos

"January in Cairo - III"

(Menna Genedy, 'Egypt is the Land of Civ­i­liza­tion’, 2011)

Count­less lan­guid women – ab­stract and fig­u­ra­tive, sen­sual and mon­u­men­tal, mod­ern and mytho­log­i­cal – hang un­der the high-ceil­ings of a dus­try build­ing which re­sem­bles a re­cently de­ceased bank. This is Ibrahim Abd El-Rah­man’s ex­ten­sive col­lec­tion of Egypt­ian paint­ings (I men­tioned his gallery in my pre­vi­ous post on art in Cairo). Of these, per­haps the most strik­ing are Ibrahim El Dessouki’sel­e­gant por­traits (of­ten of his wife, also a painter), which tempt com­par­i­son with Modigliani and Klimt. This col­lec­tion of fe­male forms – ab­stract and fig­u­ra­tive, sen­sual and mon­u­men­tal – sug­gest cer­tain trends in Egypt­ian paint­ing and the na­ture of its buy­ers.

At Art Cor­ner, a newish gallery in a Za­malek shop, two ink draw­ings lean ca­su­ally against a wall. These are, I am told, the work of a French artist Paul Beanti, who came to paint the rev­o­lu­tion and was ar­rested in Tahrir Square. The draw­ings give his ac­count of ar­rest, at­tempted hu­mil­i­a­tion, strik­ing back with satir­i­cal anger. The woman watch­ing the gallery ab­sent-mind­edly whilst string­ing a set of glass beads, goes to fetch one of Beanti’s paint­ings from the store­room. When she re­turns, and the paint­ing is re­moved from its bub­blewrap, the ex­posed paint­ing strikes me more than any of the other artists’ paint­ings on the walls: a com­po­si­tion in bright swathes of roughly ap­plied or­ange, pur­ple and yel­low, the head of a sphinx emerges from within a haze of what looks like marker pen. The artist used sand and soil to give his work its rough­ness. The work made dur­ing his stay sug­gests he viewed his role as a for­eign artist in res­i­dence in Cairo as that of agent provo­ca­teur (an in­ter­view in al-Ahram du­ti­fully men­tions that the artist’s main fas­ci­na­tion – in his own [ad­mit­tedly cir­cum­cised] gen­i­talia – makes his work un­ac­cept­able in Egypt). These paint­ings look naked, ag­gres­sively so, in­sis­tently naïve. I won­der what art this rev­o­lu­tion re­ally needs.

Para ler o ar­tigo com­pleto de Or­lando Reade, basta nave­gar até aqui.

UNESCO - Aschberg Bursaries for Artists Programme 2012

The UN­ESCO – As­chberg Bur­saries for Artists Pro­gramme has the plea­sure to an­nounce the 2012 call for ap­pli­ca­tions. The Pro­gramme pro­motes the mo­bil­ity of young artists through art res­i­den­cies abroad.

This call is open to cre­ative writ­ers, mu­si­cians and vi­sual artists be­tween 25 and 35 years old.

To con­sult the list of bur­saries avail­able for 2012 please visit our web­site at www.​unesco.​org/​culture/​aschberg.

You will find di­rect links to in­sti­tu­tions and in­struc­tions on the ap­pli­ca­tion pro­ce­dures and nec­es­sary dates.

+ info: UN­ESCO – As­chberg, Cities and Cre­ativ­ity 

Sec­tion
Di­vi­sion of The­matic Pro­grammes for Di­ver­sity, De­vel­op­ment and Di­a­logue

Email
aschberg@​unesco.​org

Web­site
www.​unesco.​org/​culture/​aschberg   

South African 'Struggle Art'

Hugh No­lut­shungu, Un­ti­tled. Photo: Bon­hams

South African 'Strug­gle Art' on dis­play along­side works for auc­tion by lead­ing SA artists

LON­DON.- IFA LETHU Foun­da­tion, the non-profit or­gan­i­sa­tion set up to repa­tri­ate South African apartheid era `Strug­gle Art’, has joined with Bon­hams to show­case some of the most poignant art pro­duced by anti-apartheid ac­tivist artists.
From Oc­to­ber 22-27 some 15 se­lected works from the Ifa Lethu Foun­da­tion ‘Com­ing Home’ ex­hi­bi­tion in Lon­don will move to Bon­hams to co­in­cide with the auc­tion house’s South African Art sale on Oc­to­ber 25th and 26th. ‘Com­ing Home’ will be a non- sell­ing ex­hi­bi­tion.
Bon­hams is the world’s lead­ing auc­tion­eer of South African Art and hold the world record for South African art, set with a pic­ture by Irma Stern, ’Arab Priest’ which sold in March this year for £3m. The Bon­hams sale on Oc­to­ber 25 and 26 will once again of­fer a stun­ning ar­ray of the very best South African art in­clud­ing a num­ber of mas­ter­works, each ex­pected to make fig­ures in ex­cess of £1m.
The Ifa Lethu Foun­da­tion is a South African based not-for-profit or­ga­ni­za­tion which was formed in No­vem­ber 2005 to deal with chal­lenges in the cul­tural her­itage sec­tor. These chal­lenges in­cluded the lo­ca­tion, pro­tec­tion and repa­tri­a­tion of South African cul­tural her­itage that was cre­ated dur­ing the strug­gle era and found its way out of the coun­try dur­ing those tur­bu­lent years. Ifa Lethu uses this cul­tural her­itage to em­power com­mu­ni­ties, al­le­vi­ate poverty through cre­ative de­vel­op­ment pro­jects and heal their na­tion.

Para con­tin­uar a ler, basta ir aqui.

"el Humor", a partir da Argentina, em 2012

Con la pres­en­cia de  los cu­radores de esta nueva edición: Eva Grin­stein, Al­berto Nan­clares, Ramón Par­ramón y Javier Martín-Jiménez.
Par­tic­i­pan: Luz Novillo Cor­balán y Pan­cho Marchiaro

La ex­pe­ri­en­cia recogida en la primera edición de la mues­tra ¡AFUERA!, ha per­mi­tido al Cen­tro Cul­tural España Córdoba proyec­tar su próxima edición mejo­rando en todo aque­llo que con­tribuya a una am­pliación y ex­pansión del evento. En esta ocasión, el carácter abierto de la mues­tra es­tará dado por las dis­tin­tas y nuevas con­vo­ca­to­rias que se abrirán en to­das las áreas, posi­bil­i­tando la in­clución prop­ues­tas e ideas de artis­tas lo­cales, na­cionales e in­ter­na­cionales en diálogo con el con­texto cor­dobés y sus prob­lemáticas.

La temática alrede­dor de la cual se ar­tic­u­lará el ¡Afuera! 2012 será el Hu­mor. La prop­uesta se or­ga­ni­zará tomando en con­sid­eración las múlti­ples per­spec­ti­vas y abor­da­jes de los usos del hu­mor no sólo en sus di­ver­sas man­i­festa­ciones en el arte, sino también como com­po­nente simbólico cul­tural om­nipresente en to­das las cul­turas con­tem­poráneas.

Con este marco, la charla de pre­sentación con­tará con la pres­en­cia de Eva Grin­stein, quien con­cep­tu­alizará so­bre la mues­tra en un ed­i­fi­cio re­cu­per­ado de la Ciu­dad de Córdoba, Al­berto Nan­clares, quien nos co­men­tará sus ideas so­bre artis­tas y obras para la Sección del Es­pa­cio Público, y Ramón Par­ramón, quien ll­e­vará a cabo el pro­grama de Res­i­den­cias que se ar­tic­u­lará con Ciu­dad de las Artes con la Es­cuela Figueroa Arl­corta. Por su parte Javier Martín-Jiménez hablará so­bre el tra­bajo en torno a los proyec­tos en es­pa­cio público desde su gestación hasta su con­creción pasando por el tra­bajo de gestión, fi­nan­ciación y puesta en mar­cha.

Para con­tin­uar a ler, basta ir até à Hiper­me­dula...

Bolsa de mobilidade artística 2012

Bolsa de mo­bil­i­dade artística "Guimarães 2012 - Cap­i­tal Eu­ropeia da Cul­tura", em parce­ria com Roberto Cimetta Fund

Tendo em vista a preparação de Guimarães 2012 Cap­i­tal Eu­ropeia da Cul­tura, a Fundação Cidade de Guimarães e o Roberto Cimetta Fund (RCF)  abri­ram uma bolsa de mo­bil­i­dade artística para apoiar o in­tercâmbio cul­tural en­tre a cidade de Guimarães (Por­tu­gal) e a região Euro-Árabe.

Se é artista ou agente cul­tural e de­seja deslo­car-se a Guimarães, ou se está em Guimarães a preparar um pro­jecto de in­tercâmbio artístico e pre­tende par­tic­i­par numa residência, num work­shop, num en­con­tro de profis­sion­ais, num seminário ou con­ferência, então pode con­cor­rer a esta bolsa para co­brir as de­spe­sas de deslocação e de au­tor­ização de per­manência no lo­cal de des­tino, desde que as deslocações ocor­ram após o início das can­di­dat­uras (1 de Setem­bro).

No processo de se­lecção, será dada pri­or­i­dade a can­di­dat­uras no âmbito das seguintes áreas artísti­cas: música, artes per­for­ma­ti­vas, cin­ema, arte con­tem­porânea, de­sign e ar­qui­tec­tura, pref­er­en­cial­mente no con­texto de pro­jec­tos de residência.

A bolsa “RCF/Guimarães 2012 Mo­bil­ity Fund” é pro­movida pelo RCF. Na atribuição desta bolsa são aplicáveis os seguintes critérios:

O ob­jec­tivo da vi­agem deve po­ten­ciar um im­pacto de longo prazo no sec­tor artístico na ba­cia do Mediterrâneo. Ou seja, a vi­agem deve con­tribuir para o re­forço dos re­cur­sos ex­is­tentes, que, por sua vez, po­dem ser par­til­ha­dos em rede e pro­mover o con­tacto en­tre artis­tas e op­er­adores artísti­cos no próprio país ou região, de modo a man­ter, ren­o­var e de­sen­volver as artes con­tem­porâneas.

A vi­agem deve ter lu­gar após a data de início das can­di­dat­uras. Isto im­plica que o can­didato terá de pa­gar as suas de­spe­sas antes mesmo de saber se a bolsa lhe será atribuída ou não.

Per­fil dos can­didatos:

Po­dem can­di­datar-se in­divíduos que vi­vam ou tra­bal­hem na região Euro-Árabe, in­de­pen­den­te­mente da idade ou na­cional­i­dade; São elegíveis can­didatos que exerçam ac­tivi­dade como artis­tas, cri­adores, pro­fes­sores, agentes cul­tur­ais, ad­min­istradores ou ge­stores de pro­jecto.

São elegíveis can­didatos que não dispon­ham de re­cur­sos próprios para fi­nan­ciar o seu pro­jecto.

As can­di­dat­uras de­vem ser ap­re­sen­tadas in­di­vid­ual­mente, via e-mail, para o en­dereço: grant@​cimettafund.​org. No máximo, ape­nas três mem­bros de um mesmo grupo poderão ben­e­fi­ciar de uma sub­venção rel­a­tiva ao mesmo pro­jecto. Um bol­seiro só poderá re­can­di­datar-se duas vezes. Os can­didatos de­vem op­tar pela via de trans­porte mais económica, e ape­nas po­dem can­di­datar-se a um bil­hete in­ter­na­cional de ida-e-volta, e, de­spe­sas de au­tor­ização de residência (trans­porte lo­cal não reem­bolsável).

O comité de se­lecção de­lib­era a 1 de Dezem­bro de 2011 (data lim­ite para re­cepção de can­di­dat­uras: 30/09/2011)

Os in­ter­es­sa­dos de­vem vis­i­tar o sítio www.​cimettafund.​org e preencher o for­mulário de con­tacto. Ser-lhe-á de­volvido o for­mulário de can­di­datura RCF/Guimarães­2012.

Para mais in­formações so­bre Guimarães 2012 Cap­i­tal Eu­ropeia da Cul­tura con­sulte o sítio www.​guimaraes2012.​pt.

"Pinturas aeropostais" de Eugenio Dittborn

O chileno Eu­ge­nio Dit­tborn (San­ti­ago do Chile, 1943) tra­balha desde 1983 na produção de obras que de­sig­nou de “Pin­turas aero­postais”. O con­ceito é sim­ples: as obras que são maior­i­tari­a­mente so­bre pa­pel, ma­te­r­ial plas­ti­fi­cado ou vídeos, são cri­adas a par­tir de temas recor­rentes como o con­flito, a tragédia, a in­ter­rupção da vi­agem, o aci­dente, a distopia. Es­sas obras de­pois são en­vi­adas para o des­tino da ex­posição do­bradas (ou em­bal­adas, no caso dos vídeos) e colo­cadas den­tro de en­velopes de en­comenda postal, tendo es­crito na capa o en­dereço, o reme­tente do artista e a de­scrição. À me­dida que vão sendo ap­re­sen­tadas em vários lu­gares es­tas obras vão acu­mu­lando no so­bre­scrito a listagem desses lu­gares por onde pas­saram.

Há aqui uma nítida von­tade de ‘transter­ri­to­ri­al­i­dade’ mas dig­amos que, para além deste método, há nas técni­cas uti­lizadas, no su­porte e nas lin­gua­gens, uma tal noção de espaço, de essen­cial­i­dade, e de beleza que, o seu con­junto, nesta mostra no Cen­tro Cul­tural do San­tander de Porto Ale­gre, é de uma eu­fo­ria con­ta­giante, não per­dendo a sua prox­im­i­dade do abismo.

António Pinto Ribeiro

É a 8.ª edição da Bienal do Mercosul

É a oitava edição da Bi­enal do Mer­co­sul, uma das mais sin­gu­lares bi­en­ais de arte do mundo. Abriu no pas­sado dia 10 em Porto Ale­gre, uma cidade do Rio Grande do Sul, e ocupa vários ar­mazéns de­sa­fec­ta­dos do porto, al­guns museus e ainda vários sítios da cidade. O tema geral da Bi­enal é “En­saios de Geopoética” e con­tinua uma certa tradição de relação da arte com a política que tem car­ac­ter­i­zado esta Bi­enal nas últi­mas edições.

A cu­rado­ria geral é de José Roca, que anun­cia que a Bi­enal se propôs ap­re­sen­tar obras que re­flectem a noção de ter­ritório a par­tir das per­spec­ti­vas ge­ográfica, política e cul­tural. Aparente­mente nada de muito novo neste enun­ci­ado que é su­fi­cien­te­mente vago para per­mi­tir a ap­re­sentação de tra­bal­hos or­ga­ni­za­dos, estes sim, em “en­tradas” mais es­pecífi­cas e per­ti­nentes. São elas: a( geo)poética pro­pri­a­mente dita, mer­cado, raça, questão, indígena, cader­nos de vi­agem, en­tre out­ras. A mon­tagem  – na secção ap­re­sen­tada  nos ar­mazéns do porto – conta com um dis­pos­i­tivo de re­cepção das obras que é claro e es­tim­ula o cruza­mento de múlti­plas obras e pro­jec­tos. Maior­i­tari­a­mente con­stituída por in­stalações e vídeos, a mostra não se limita a ap­re­sen­tar artis­tas ori­un­dos dos países do Mer­co­sul mas in­clui artis­tas chi­ne­ses, dos Ca­marões, egípcios, france­ses, alemães, etc.

As obras que desta­camos são da au­to­ria de Duke Ri­ley (EUA), Javier & Erika (Cuba) – “Ha­ciendo mer­cado” –, Leslie Shows (EUA) – “Dis­play of prop­er­ties” –, Marcelo Cidade (Brasil) – “Luto e Luta” –, Paola Parcerisa   (Paraguai) – “Ban­dera Va­cia” –, Paco Cao (Es­panha) – “El ve­neno del baile “. Na secção Cader­nos de Vi­agem, que re­sulta de vi­a­gens dos artis­tas pela região do Rio Grande do Sul e cu­jos re­sul­ta­dos são maior­i­tari­a­mente muito fe­lizes, realçam-se as obras de Beat­riz San­ti­ago Munõz – “Folc- in­dus­trial” – vídeo so­bre os horários de tra­balho dos operários das indústrias de Cax­ias de Sul – e “Nuevas Flo­ras” de Maria Elvira Es­callón, es­cul­turas tal­hadas nas árvores vi­vas das Missões du­rante a evan­ge­lização, que ac­tuam como um es­tilete na re­cepção do vis­i­tante.

António Pinto Ribeiro

(Fo­tos com obras de Leslie Shows e de Maria Elvira Es­callón)

INFLUX: "O Sul é o novo Norte"

No próximo dia 17 de Setem­bro, a par­tir das 14h00, in­au­gura na ga­le­ria IN­FLUX Con­tem­po­rary Art a ex­posição colec­tiva "O Sul é o novo Norte - arte con­tem­porânea Africana".

A IN­FLUX CON­TEM­PO­RARY ART é uma ga­le­ria de arte con­tem­porânea que expõe ex­clu­si­va­mente tra­bal­hos de artis­tas de África e da Diáspora africana.

A ga­le­ria é um espaço am­plo di­vi­dido em duas áreas ex­pos­i­ti­vas contíguas lo­cal­izada na zona do Lu­miar em Lis­boa.

Para saber mais, por aqui.

"Maputo will be Occupied once again"

Ma­puto will be Oc­cu­pied once again.

Tem­po­rary Oc­cu­pa­tions 20.11 in­stalls it­self again in the cap­i­tal city bring­ing con­tem­po­rary art to pub­lic spaces, from 11/09 to 02/10.

The Fac­ulty of Med­i­cine at the Ed­uardo Mond­lane Uni­ver­sity, the Mozam­bi­can Pho­tog­ra­phy As­so­ci­a­tion, Cin­ema Scala, OUA and 25 de Setem­bro Av­enues will be oc­cu­pied by in­ter­ven­tions by Camila de Sousa, Fil­ipe Bran­quinho, Jorge Fer­nan­des, Shot-B and Aza­gaia, in the sec­ond edi­tion on the pro­ject TEM­PO­RARY OC­CU­PA­TIONS, this year with the theme of PRE­CAR­I­OUS­NESS.

The open­ing of the five in­stal­la­tions be­gins at 15:00 at the Fac­ulty of Med­i­cine and will fol­low this route:

Fac­ulty of Med­i­cine --> OUA Av­enue -- > 25 de Setem­bro Av­enue (Cin­ema Scala + EMOSE build­ing) --> Julius Ny­erere Av­enue (Mozam­bi­can Pho­tog­ra­phy As­so­ci­a­tion).

"To Teach and To Learn. Places of Knowledge in Art"

"Avanza el processo de La Casa Blanda: Cos­tur­eras, es­tu­di­antes de la Uni­ver­si­dad de An­tio­quia, y los miem­bros del Float­ing Lab y Pro­vi­sions Li­brary siguen tra­ba­jando en los últi­mos de­talles de la in­sta­lación"

En­cuen­tro In­ter­na­cional de Medellín (MDE11)

The fo­cal point of the En­cuen­tro In­ter­na­cional de Medellín (MDE11) cen­ters on the dif­fer­ent ways of shap­ing and cre­at­ing knowl­edge within art, while also rais­ing ques­tions on the lim­its and chal­lenges of ped­a­gog­i­cal ex­per­i­men­ta­tion in in­sti­tu­tional, artis­tic and com­mu­nity prac­tice. MDE11 aims to bring to the fore the ten­sion be­tween reg­u­lated, in­sti­tu­tional and aca­d­e­mic knowl­edge and more ex­per­i­men­tal forms of knowl­edge based on col­lec­tive, com­mu­nity and self-man­aged prac­tices. These het­ero­ge­neous ap­proaches con­nect play­ers and re­sources in the art cir­cuit with pro­jects and ex­per­i­ments that go be­yond that cir­cuit and have res­o­nance in other con­texts.

Aware that the art ex­pe­ri­ence al­ways op­er­ates in the ter­rain of the un­known and is sub­ject to ex­per­i­men­ta­tion, doubt and in­deed am­bi­gu­ity, MDE11 pro­poses an on­go­ing, open di­a­logue with art prac­tices, re­search within and out­side the con­fines of acad­e­mia, and com­mu­nity strate­gies and ped­a­go­gies that are crit­i­cal of vi­sual arts that pro­vide al­ter­na­tives to artis­tic en­vi­ron­ments and tra­di­tional learn­ing processes.
Based on an ini­tial pro­posal put for­ward by José Roca, the cu­ra­to­r­ial team made up of Nuria En­guita Mayo, Eva Grin­stein, Bill Kel­ley Jr. and Con­rado Uribe, has struc­tured the con­cept of MDE11 around three fo­cal points: Lab­o­ra­tory, Stu­dio, and Ex­hi­bi­tion, which in turn are sub­di­vided into var­i­ous "ar­eas of ac­ti­va­tion". The em­pha­sis is on process-based, col­lab­o­ra­tive work aimed at propos­ing is­sues and pos­si­ble forms of pro­duc­ing knowl­edge through art prac­tices by var­i­ous au­thors, com­mu­ni­ties, col­lec­tives and stu­dents both from Medellín and else­where. This ap­proach stems from work­ing method­olo­gies fo­cused on processes de­signed to shed light on mat­ters that have been passed over, hid­den or not stud­ied by tra­di­tional dis­ci­plines, i.e., on forms of or­ga­niz­ing in­for­ma­tion that can lead to new ways of view­ing and un­der­stand­ing our sur­round­ings.
Para saber mais basta ir aqui.

"Changes your perception of Africa and contemporary art"

Climb­ing down (2005/2011), de Barthélémy Toguo (Ca­marões, 1967)

Ao fundo as fo­tografias African spir­its (2008) de Samuel Fosso (Ca­marões, 1962)

Ars 11- Changes your per­cep­tion of Africa and con­tem­po­rary art é o título da ex­posição que até fi­nal de No­vem­bro pode ser vis­i­tada no Ki­asma – Museu de Arte Con­tem­porânea, em Helsínquia. São cerca de 300 peças – in­stalações, vídeos, fo­tografia -, al­gu­mas das quais cri­adas es­pe­cial­mente para esta ex­posição pe­los 30 artis­tas con­vi­da­dos, onde se en­con­tram al­guns que nasce­ram, vivem e tra­bal­ham em África, out­ros que fazem parte da Diáspora e ainda out­ros que não tendo raízes africanas, de­sen­volveram com o con­ti­nente al­gum tipo de relação. Em­b­ora to­dos os tra­bal­hos ap­re­sen­tem uma ligação di­recta com África, os temas que abor­dam ex­travasam as suas fron­teiras e são uni­ver­sais: mi­grações, sus­tentabil­i­dade am­bi­en­tal, vida nas cidades. Por outro lado, a memória e o modo como a história do seu pas­sado colo­nial in­flu­en­ciam e condi­cionam o pre­sente do con­ti­nente e dos seus habi­tantes são igual­mente abor­da­dos por al­guns artis­tas. Para­le­la­mente à ex­posição no Ki­asma, decor­rem em Helsínquia out­ras man­i­festações artísti­cas e Ars 11 es­tende-se ainda a out­ros espaços ex­pos­i­tivos na Finlândia, fazendo parte da pro­gramação de Turku como Cap­i­tal Eu­ropeia da Cul­tura de 2011, e na Suécia.

Três dos artis­tas de Ars 11 ex­puseram já em Lis­boa nos últi­mos anos: al­gu­mas das fo­tografias da série “Hyena man” do sul-africano Pieter Hugo fiz­eram parte da ex­posição Um At­las de Acon­tec­i­men­tos, re­al­izada no âmbito do Pro­grama Es­tado do Mundo (2006-2007); o ca­maronês Barthélémy Toguo criou es­pe­cial­mente para o Próximo Fu­turo (2009-2011) a in­stalação “Lib­erty lead­ing the peo­ple”, que es­teve em frente ao Museu Gul­benkian du­rante o verão de 2010; este ano, uma das artis­tas con­vi­dadas pelo Próximo Fu­turo para criar uma peça para o jardim foi Nandipha Mn­tambo (Suazilândia, 1982) que criou “Ca­sulo”, uma obra que “con­juga a relação da na­tureza com a do acol­hi­mento ao vis­i­tante que se passear pelo jardim” até 30 de Setem­bro.

Yes­ter­day I had a dream (2011), video-in­stalação de Samba Fall (Sene­gal, 1977)

Artis­tas : Georges Adéagbo (Benin, 1942); Ard­more Ce­ramic Art (África do Sul); Sammy Baloji (República Democrática do Congo,1978); Ur­sula Bie­mann (Suiça, 1955); Baaba Jakeh Chande (Zam­bia, 1971); Kudzanai Chi­u­rai (Zim­babué, 1981); Steven Co­hen (África do Sul, 1962); El Anat­sui (Gana, 1944); Samba Fall (Sene­gal, 1977); Ro­timi Fani-Kay­ode (Nigéria, 1955 – Reino Unido, 1989); Samuel Fosso (Ca­marões, 1962);  Pa­trizia Guer­resi Maïmouna (Itália, 1951); Ditte Haarløv Johnsen (Di­na­marca,1977); Ro­muald Ha­zoumè (Benin, 1962); Laura Horelli (Finlândia, 1976); Pieter Hugo (África do Sul, 1976); Al­fredo Jaar (Chile, 1956); Michael Mac­Garry (África do Sul, 1978) ; Vin­cent Meessen (Es­ta­dos Unidos, 1971); Nandipha Mn­tambo (Suazilândia, 1982); Bau­douin Mouanda (República do Congo, 1981); Oto­bong Nkanga (Nigéria, 1974); Odili Don­ald Odita (Nigéria,1966); Emeka Og­boh (Nigéria, 1977); Abra­ham Ono­ri­ode Oghobase (Nigéria, 1979); J.D. 'Okhai Ojeikere (Nigéria, 1930); An­drew Put­ter (África do Sul, 1965); Elina Sa­lo­ranta (Finlândia, 1968); Mary Sibande (África do Sul, 1982); Barthélémy Toguo (Ca­marões,1967)

Para mais in­formações ver aqui.

Texto e fo­tos de Ana Barata

Mais "Ocupações Temporárias" em Maputo!

© Maimuna Adam

OCUPAÇÕES TEM­PORÁRIAS 20.11 in­au­gu­rará no dia em que se cel­e­bram 10 anos so­bre o ataque às tor­res de Nova Iorque, o dia que marca a queda do mito da se­gu­rança in­violável, o fim da tran­quil­i­dade colec­tiva. Novos in­ter­esses pare­cem es­ta­b­ele­cer-se e com isso no­vas or­dens que al­teram es­tru­turas fun­da­men­tais como o tra­balho, o par­entesco, as relações so­ci­ais e até as iden­ti­dades. Estes são os tem­pos da PRE­CARIEDADE, do tran­sitório, do tem­porário, do in­se­guro.

O que acon­te­cerá ao que sem­pre nos foi con­fortável e apaziguador, ao que sem­pre tive­mos como de­fin­i­tivo, per­ma­nente, se­guro? Voltará? Quer­e­mos que volte? Saber­e­mos, poder­e­mos, con­cil­iar fre­n­esim com eternidade? Re­sul­tado com paciência? Sucesso com memória? As OCUPAÇÕES TEM­PORÁRIAS 20.11 são elas próprias, por definição, precárias, tendo em conta os lo­cais e condições em que se ap­re­sen­tam, mas na versão deste ano sê-lo-ão ainda mais, já que se ap­re­sen­tam as­sum­i­da­mente como uma pro­posta de re­flexão pública so­bre o tema que terá um espaço de par­tic­u­lar relevo nos en­con­tros com artis­tas e as con­ferências a re­alizar em parce­ria com a Acad­e­mia.

Para saber mais é só seguir por aqui...

Fellowship for curators and scholars from Latin America

Guillermo Faivovich and Nicolás Gold­berg pick­ing trans­genic cot­ton in Chaco Province, Ar­gentina. May 21, 2011. Foto: Car­olyn Chris­tov-Bakargiev

Fel­low­ship for cu­ra­tors and schol­ars from Latin Amer­ica

(CALL FOR AP­PLI­CA­TIONS)

dOC­U­MENTA (13) and the Colección Pa­tri­cia Phelps de Cis­neros (CPPC) have cre­ated a Cu­ra­to­r­ial Fel­low­ship that will of­fer cu­ra­tors and schol­ars from Latin Amer­ica the op­por­tu­nity to work on the de­vel­op­ment of dOC­U­MENTA (13), an ex­hi­bi­tion that will take place in the sum­mer of 2012 in Kas­sel, Ger­many.

Con­tin­uar a ler aqui.

"About Change in Latin America and the Caribbean"

Pub­lished25 Jul 2011

Tags américa latina artes vi­suais caraíbas

Até ao próximo dia 31 de Julho é possível ver em Wash­ing­ton a primeira parte de três da plataforma vi­sual About Change in Latin Amer­ica and the Caribbean, com tra­bal­hos de artis­tas da Ar­gentina, Ba­hamas, Bar­ba­dos, Be­lize, Brasil, Do­minica, República Do­mini­cana, Guyana, Haiti, Ja­maica, Saint Kitts e Nevis, Saint Lu­cia, Saint Vin­cent e the Grenadines, Suri­name, Trinidade e To­bago e Uruguai.

Ler e ver mais aqui.

"Art from the Developing World..."

Pub­lished11 Jul 2011

Tags artes vi­suais el anat­sui gana the ar­mory show

"EL ANAT­SUI at The Ar­mory Show"

A gal­lerist at the Ar­mory Art Show re­cently asked me what it was like to work with artists from de­vel­op­ing re­gions of the world. I didn’t mind this ques­tion, but he did it while star­ing down at me with a look of pity, which felt like a con­de­scend­ing pat on the head. It may have been his healthy 6 foot height that made me feel that way, or it could have been his (mis)as­sump­tion of what it means to make art in re­gions con­sid­ered “less es­tab­lished” than their North Amer­i­can or Eu­ro­pean coun­ter­parts. Ei­ther way, I sur­mise he was sug­gest­ing I had cho­sen the short straw.

Iron­i­cally, we were stand­ing in front of a vast and elab­o­rately in­ter­wo­ven ta­pes­try made en­tirely of found bot­tle tops by world-renowned Ghana­ian artist El Anat­sui. Amongst the likes of William Ken­tridge and Mar­lene Du­mas, El Anat­sui is ar­guably one of the most pro­lific con­tem­po­rary artists to come out of Africa.  This made me smile—which soon turned to a full-fledged grin when I glanced over at its $500,000-plus price tag.  There is some­thing beau­ti­fully ironic about an artist who cre­ates a work us­ing found ob­jects that, in essence, cost noth­ing, and then through in­ge­nu­ity and the right po­si­tion­ing is able to en­ter the higher ech­e­lons of the global art mar­ket and find le­git­imiza­tion. This may sound vin­dic­tive, but I would pre­fer to think this ad­mi­ra­tion ad­vo­cates that the re­source­ful­ness and cre­ativ­ity of such an art­work is just in­ex­plic­a­bly wor­thy.

Para con­tin­uar a ler "Art from the De­vel­op­ing World: Dif­fer­ently In­dif­fer­ent", de Claire Breukel, basta clicar aqui.

música para dançar com BALOJI: concerto único hoje às 19h!

É hoje, às 19h00, no An­fiteatro ao Ar Livre do Jardim Gul­benkian, que terá lu­gar o con­certo único do músico BALOJI no PRÓXIMO FU­TURO

Cada bil­hete custa 10 Eu­ros e pode adquiri-lo on-line aqui.

Eu­ropa e África compõem a per­son­al­i­dade de Baloji, músico con­golês a viver em Brux­e­las. Esta bipo­lar­i­dade ge­ográfica trans­parece clara­mente no seu pro­jecto artístico, cruzando o hip-hop flu­ido com uma soul in­fla­mada ou o high life, sem­pre to­cado pelo om­nipresente voodoo sub­sar­i­ano. Baloji rep­re­senta fiel­mente uma África pós-exótica, as­sim­i­lando sem com­plexos o ‘vaivém’ in­ter­con­ti­nen­tal de in­fluências e in­formação e mostrando-se, prin­ci­pal­mente, muito con­sciente das questões colo­cadas pelo de­bate pós-colo­nial. É mem­bro de uma orgul­hosa lin­hagem de músicos africanos que se car­ac­ter­i­zam por uma sólida con­sciência política, quase cínica, mas não de­sprovida de es­perança. No en­tanto, numa ac­tuação sua ja­mais se perde um forte sen­tido de festa e diversão.

PRÓXIMO EVENTO / 28 de Junho (terça-feira) 

22h00 An­fiteatro ao Ar Livre CIN­EMA Bil­hete único: 3 Eur

L'Afrique Animée, de Moumouni Jupiter Sodré (Burk­ina Faso, 2010)

Ti-Tiímou, de Michel Zongo (Burk­ina Faso, 2009)

Un Trans­port en Com­mun, de Dyanna Gaye (França-Sene­gal, 2009)

En­tre­tanto, no Jardim Gul­benkian en­con­tra também as pro­postas de arte pública de­sen­volvi­das pe­los artis­tas Nandipha Mn­tambo (“Ca­sulo – Co­coon”), Kboco (“Abrigo Sublo­cado”) e pelo colec­tivo Raqs Me­dia (“How­ever In­con­gru­ous”), a par das in­ter­venções artísti­cas de Bárbara As­sis PachecoRachel Ko­r­manIsaías Cor­rea e Délio Jasse nos Chapéus-de-sol con­ce­bidos pela ar­qui­tecta Inês Lobo.

Para ver e dis­fru­tar até 30 de Setem­bro de 2011.

reescrever a história: chegou a vez de... LYGIA PAPE!

 

Hoje, às 20h de Madrid, foi in­au­gu­rada no Museo Reina Sofia a tão aguardada ret­ro­spec­tiva de uma das mais im­por­tantes artis­tas da con­tem­po­ranei­dade: a ge­nial, brasileira, LY­GIA PAPE (Nova Friburgo, 1927 - Rio de Janeiro, 2004). 

A mostra abriu simbóli­ca­mente com a re­al­ização da per­for­mance que a artista ap­re­sen­tou pela primeira vez no Museu de Arte Mod­erna do Rio de Janeiro, ainda em 1968, in­ti­t­u­lada "Di­vi­sor" (na foto), com a qual pre­tendia levar a cabo um tra­balho colec­tivo que não de­pen­desse ex­clu­si­va­mente da sua pre­sença. Pape con­vi­dou cada ob­ser­vador a colo­car a sua cabeça nos orifícios ex­is­tentes num enorme tecido branco, que as­sim lig­ava to­dos os par­tic­i­pantes como se fizessem parte de um corpo único, ape­nas se dis­tin­guindo/di­vidindo pelas cabeças que as­so­mavam em cada aber­tura. Mas esta es­tratégia de apro­priação cria­tiva do espaço público (e da vida ur­bana) é ape­nas um dos muitos fios con­du­tores de uma ex­posição que prom­ete reavaliar in­ter­na­cional­mente um per­curso ainda pouco con­hecido fora do Brasil.

"LY­GIA PAPE, Es­pa­cio Iman­tado" reúne cerca de 250 obras, en­tre pin­turas, relevos, xilo­grafias e per­for­mances, ap­re­sen­tadas através de ob­je­tos, vídeos e fo­tografias, as­sim como uma abun­dante produção cin­e­matográfica, car­tazes de filmes, po­e­mas, co­la­gens e doc­u­men­tos, que es­tarão ex­pos­tos até 3 de Out­ubro de 2011. (con­tin­uar a ler so­bre a ex­posição no Museo Reina Sofia, aqui)

E para saber mais so­bre a Ly­gia Pape:

Pro­jecto Ly­gia Pape (As­so­ciação Cul­tural or­ga­ni­zada ainda em vida pela própria artista)

En­ci­clopédia Artes Vi­suais (Itaú Cul­tural) 

Ly­gia Pape (primeira ex­posição in­di­vid­ual em Por­tu­gal, na Ga­le­ria Can­vas, Porto, 1999; na qual a própria Ly­gia mon­tou uma "Tteia" de canto)

Ly­gia Pape em "Um Oceano In­teiro para Nadar" (Cul­turgest, Lis­boa, 2000; tendo sido adquirida a obra "Ban­quete Tupinambá", do mesmo ano, para a Colecção da CGD)

Ly­gia Pape (mostra an­tológica no Museu de Arte Con­tem­porânea de Ser­ralves, Porto, 2000)

"Ly­gia Pape. But I Fly" (ex­posição in­di­vid­ual póstuma, na Ga­le­ria Graça Brandão, Lis­boa, 2008)

Ly­gia Pape, 'Tteia I, C' (Bi­enal de Veneza, 2009)

Ex­certo do ar­tigo pub­li­cado no jor­nal Ex­presso em No­vem­bro de 2000, a propósito da ex­posição da artista em Ser­ralves (na sequência da primeira in­di­vid­ual na Can­vas, em 1999, na qual foi possível teste­munhar a mon­tagem de uma 'Ttéia' de canto pela própria Ly­gia Pape):

LY­GIA PAPE desde cedo in­te­graria o Grupo Frente através de Ivan Serpa, com quem es­tu­dara, situando-se na dis­sidência car­i­oca do Movi­mento Con­creto brasileiro ao lado de out­ros artis­tas como Ly­gia Clark e Hélio Oiti­cica.

A sua obra ini­cial, das «Pin­turas» aos «Relevos» re­al­iza­dos en­tre 1954/56, en­saiou primeiro o ques­tion­a­mento do su­porte bidi­men­sional, dis­se­cando as relações sintáticas en­tre linha, forma e cor na obra pictórica, para par­tir à con­quista do espaço aberto, an­i­mado pe­los rit­mos que sug­erem a progressão da con­strução geométrica e pela flu­tuação dos mo­tivos num campo alargado, sug­erido para além das mar­gens do plano pictórico.

Essa pesquisa cen­trada nos lim­ites da pin­tura, e para­lela às pro­postas de Oiti­cica e Clark, levaria Pape em di­recção ao espaço real, não re­strito ao carácter físico da obra em si, mas in­ter­ven­cionado de modo a con­sti­tuir a parte de um am­bi­ente es­pecífico, ca­paz de pro­mover uma ex­periência sen­so­r­ial plena e in­ter­ac­tiva junto do es­pec­ta­dor.

Deixa-se a tela, o muro, para gan­har o carácter mul­ti­fac­etado da vida. Re­cusa-se o ex­clu­sivo vi­sual em fa­vor da fruição mul­ti­sen­so­r­ial, pro­movendo o ob­ser­vador a agente ac­tivo, po­ten­ci­ador dos sen­ti­dos e sig­nifi­ca­dos últi­mos da obra de arte. Dos «Po­e­mas Luz» e «Po­e­mas Ob­jec­tos», de fi­nais dos anos 50, aos seus «Livros» - da Criação, da Ar­qui­tec­tura, do Tempo, já na vi­ragem dos anos 60, é toda uma com­po­nente es­cultórica que se re­força, pos­si­bil­i­tando o manuse­a­mento do ob­jecto, ali­ada à in­venção de um léxico sem palavras. São for­mas e cores a con­ju­gar pelo es­pec­ta­dor-par­tic­i­pante.

Out­ros tra­bal­hos, como «Di­vi­sor» e «Ovo», am­bos de 68, fig­u­ram como adereços ex­pec­tantes, de­pen­dentes da acção hu­mana para a sua efec­tivação. Out­rora fun­cionaram como al­ber­gues de bailar­i­nos ou músicos de samba, habita­dos em con­tex­tos per­formáticos de que agora ape­nas temos o reg­isto doc­u­men­tal como memória. Feitos de teci­dos ou mal­has tor­nadas mem­branas, cas­cas elásti­cas e frágeis vo­ca­cionadas para o en­volvi­mento cor­po­ral to­tal, não deixam de lem­brar o vestuário para sam­bar de Oiti­cica («Parangolés»), as suas con­struções aber­tas a to­das as sen­so­ri­al­i­dades («Pen­etráveis») ou mesmo os abri­gos sinestésicos de Clark («Nin­hos» e «Cos­mo­co­cas»). A mem­brana que as­sim se re­solve em di­visões rel­a­ti­vas e translúcidas remete ainda para as várias «Tteias» que Pape re­al­i­zou já na década de 90, at­e­s­tando uma in­ven­tivi­dade in­es­gotável e a ex­trema coerência de uma obra de­sen­volvida ao longo de 50 anos de ac­tivi­dade.

A ex­posição per­mite ainda con­hecer as suas in­cursões no domínio da dança e do cin­ema, ap­re­sen­tando os sóli­dos geométri­cos que pon­tu­aram o espaço cénico dos seus «Bal­lets Neo­con­cre­tos» (1958/59) e in­te­grando no ci­clo de cin­ema brasileiro al­gu­mas das fil­ma­gens re­al­izadas pela artista nas décadas de 60 e 70, dando ex­pressão à riqueza trans­dis­ci­pli­nar das suas pro­postas. Lúcia Mar­ques

HUASIPICHAY: artistas do Equador

Pub­lished20 May 2011

Tags artes vi­suais brasil equador huasipichay

Artis­tas do Equador (na foto, no se­gundo dia de mon­tagem em São Paulo, Brasil), para ver aqui.

Huasipichay é uma festa, um en­con­tro, um con­vite. No mundo andino, o termo (eti­mo­logi­ca­mente Huasi- casa, Pichay- var­rer, ou limpar) é uti­lizado para cel­e­brar uma aber­tura: a in­au­guração e limpeza de uma casa após um processo co­mu­nitário ou mu­tirão.
Uma casa é um lu­gar de con­fluência. A unidade básica da cidade, o átomo ur­bano e também um refúgio pes­soal que pode ser com­par­til­hado.
Neste pro­jeto, o con­ceito de Huasipichay foi ado­tado como o det­on­ador para um processo de co­lab­oração en­tre os par­tic­i­pantes, a par­tir de seus uni­ver­sos pes­soais. Além disso fun­ciona como método de in­ter relação pelo qual os difer­entes en­tornos in­di­vid­u­ais se cruzam e se con­t­a­m­i­nam. Neste cruza­mento se pro­duzem leituras so­cio-cul­tur­ais prove­nientes de duas lat­i­tudes difer­entes: Uma na al­tura dos An­des e outra, quase ao nível do oceano Atlântico.

Mais so­bre o pro­jecto HUASIPICHAY, por aqui.

DISLOCACION: do Chile à Suiça

[Nico­las Rup­cich (em co­lab­oração com Emilio Marín), Big Pool, 2010 (fo­tografia)]

In­au­gura esta se­m­ana, na Suiça, o pro­jecto de in­ves­tigação que a cu­radora e artista In­grid Wildi Merino con­ce­beu e or­ga­ni­zou em San­ti­ago do Chile em Setem­bro de 2010 e que a co-cu­radora Kath­leen Bühler aju­dou a levar agora (e até Maio de 2011), para o Ju­raplatz e para o Kun­st­mu­seum de Berna.

Não se trata ape­nas de uma mega-ex­posição que, aliás, no Chile en­volveu as prin­ci­pais in­sti­tuições cul­tur­ais da cap­i­tal, desde os museus – Museo Na­cional de Bel­las Artes, Museo de Arte Con­tem­poráneo, Museo de la Sol­i­dari­dad Sal­vador Al­lende, Museo de la Memo­ria y los Dere­chos Hu­manos –, às in­con­tornáveis ga­le­rias Gabriela Mis­tral e Met­ro­pol­i­tana, pas­sando ainda pelo ax­ial Cen­tro de Arte Alameda, pelo al­ter­na­tivo Canal Señal 3 de la Vic­to­ria, sem es­que­cer a char­mosa Li­brería Ulises. É so­bre­tudo uma plataforma de ac­tivi­dades de­sen­volvida en­tre dois países e con­ti­nentes como um “en­saio cu­ra­to­r­ial”, em torno da “glob­al­ização ter­restre, suas causas históri­cas e seus efeitos con­tem­porâneos” (mais so­bre o con­ceito-ex­posição aqui).

Dis­lo­ca­cion” é de facto uma ex­posição so­bre e em deslocação, mas também um simpósio, um ci­clo de con­ferências e outro de cin­ema e disponi­bi­liza no seu web­site mul­ti­lingue tex­tos fun­da­men­tais para com­preen­der a ram­i­ficação do próprio pro­jecto  (basta ir aqui).

Links úteis para os artis­tas e re­spec­ti­vas obras em “Dis­lo­ca­cion” (na sua grande maio­ria tra­bal­hos inédi­tos, es­peci­fi­ca­mente pro­duzi­dos para este pro­jecto): Ur­sula Bie­mann, Bois­seau & Weter­meyer, Juan Castillo, OOO Es­tu­dio, Thomas Hirschhorn, Al­fredo Jaar, Vo­luspa Jarpa, Josep-Maria Martín, Mario Navarro, Bernardo Oyarzún, RE­LAX (chiarenza & hauser & co), Lotty Rosen­feld, In­grid Wildi Merino, Camilo Yáñez, Nicolás Rup­cich.

Lúcia Mar­ques

The Global Africa Project

Trata-se de uma das maiores ex­posições de de­sign de artis­tas africanos e da diáspora ap­re­sen­tada no Mad (Museu das Artes e De­sign) em Nova Iorque. A ex­posição reparte-se por vários an­dares e or­ga­niza-se em núcleos tais como: mar­cas, in­ter­secção de cul­turas, diálo­gos ecléticos, trans­for­mando tradições, con­stru­indo co­mu­nidades, etc. E as­sim são ap­re­sen­ta­dos teci­dos, de­sen­hos, fo­tografias de cortes de ca­belo, pin­tura, roupa, jóias, ob­jec­tos de uso doméstico, mo­biliário, etc. Mas o mais im­por­tante é a definição do con­texto que in­dica a produção sofisti­cada destas obras no mundo global. Os seus au­tores são africanos ou afro-de­scen­dentes e en­tre as várias dezenas ex­pos­tos desta­cam-se nomes como Rachid Ko­rachi, Gonçalo Mabunda, Ynka Shon­i­bare, Sheila Bridges, Iké Udé, Meschac Gaba, Vlisco, e muitos, muitos out­ros que ap­re­sen­tam obras sofisti­cadas, el­e­gantes, de bom gosto e recor­rendo a ma­te­ri­ais inusuais no de­sign eu­ropeu e amer­i­cano e de uma ver­sa­til­i­dade ímpar. Mais uma ideia da África cos­mopolita.

El Museo del Barrio

Luis Cam­nitzer

El Museo del Bar­rio agora nas no­vas in­stalações na 5ªa Avenida (1230) tem um pro­grama muito claro: ap­re­sen­tar a riqueza da cul­tura latino-amer­i­cana e caribenha em Nova Iorque. Tem um ac­ervo de 6.500 obras de arte e de culto, al­gu­mas de­las como 800 anos de história. O museu foi cri­ado há 40 anos e tem cumprido o ob­jec­tivo de dar a ver as práticas cul­tur­ais e con­tar as nar­ra­ti­vas das co­mu­nidades e dos países que se propôs mostrar bem como da diáspora nova-iorquina com a qual tra­balha de um modo muito in­tenso. Neste mo­mento e até 29 de Maio ap­re­senta uma ret­ro­spec­tiva do artista uruguaio  Luis Cam­nitzer (Ale­manha, 1937) res­i­dente em Nova Iorque há décadas. A ex­posição par­tic­u­lar­mente rep­re­sen­ta­tiva do per­curso de Cam­nitzer  mostra as suas fac­etas de artista que sem­pre tra­bal­hou no campo ex­per­i­men­tal e político. As obras re­flectem as suas temáticas so­bre a condição de artista de um país periférico, a condição de artista como tra­bal­hador e pro­du­tor e o carácter de mer­cado­ria que a obra de arte sem­pre im­plica.

Virus amer­i­canus xiii, 2003 de Var­gas-Suarez Uni­ver­sal  

O acesso ao ac­ervo per­mite ver e apre­ciar obras e artis­tas de re­ferência da História de Arte latino-amer­i­cana e suas relações –não ex­clu­si­vas com prat­i­cas an­ces­trais. Obras em destaque:

Sin título , n.d. de Eloy Blanco (Puerto Rico, 1933)

Virus amer­i­canus xiii, 2003 de Var­gas-Suarez Uni­ver­sal (México, 1972)

Am­bu­la­to­rio, 2003 de Os­car Muñoz (Florida, 1969)

Poe­sia blanda, 2003 de An­drea Moc­cio (Buenos Aires, 1964)

Armory Show

Pub­lished9 Mar 2011

Tags ar­mory show artes vi­suais

A Ar­mory show é a feira de arte con­tem­porânea de Nova Iorque. Está or­ga­ni­zada em duas secções: as ga­le­rias “caras” da arte mod­erna : Pi­cas­sos, Dalis , Rauschen­bergs; mas também havia peças de Andy Warhol, de Basquiat e de out­ros artis­tas dos se­tenta e oitenta, e, claro em maior número os stands de arte con­tem­porânea. Nesta edição uma secção im­por­tante da feira es­tava reser­vada às ga­le­rias latino-amer­i­canas (de­zoito) e que eram o seu núcleo temático desta edição. Par­tic­u­lar­mente bem rep­re­sen­tadas es­tavam as brasileiras, as mex­i­canas, as ar­genti­nas, as chile­nas mas também uma pre­sença qual­i­ta­tiva do Uruguai e do Peru.

Mas a Ar­mony show é também um pre­texto para uma se­m­ana de arte con­tem­porânea que faz que sur­jam to­dos os anos feiras para­le­las mais off ou mais con­ser­vado­ras, que aconteçam múlti­plas ac­tivi­dades na per­for­mance, no cin­ema e no vídeo, e as ga­le­rias de Chelsea e do Soho aproveitam para ex­porem novos artis­tas ou ap­re­sentarem no­vas ex­posições. Claro que uma feira de arte é uma feira de com­pra e de venda e por­tanto o din­heiro cir­cula. E cir­cula muito e de­pressa como o con­fir­mavam as ven­das assi­nal­adas nos stands e as newslet­ters de al­gu­mas ga­le­rias, uma das quais in­for­mava que a Christie’s tinha ven­dido cinco biliões de dólares no ano fis­cal de 2010, o que que­ria dizer mais 53% que em 2009; a Sotheby’s, por sua vez, tinha ven­dido 4,3 biliões em 2010, mais dois biliões que no ano an­te­rior. O que que­ria isto dizer? Que as ex­pec­ta­ti­vas de venda são grandes para 2011 e que o mer­cado da arte está re­cu­perar ex­tra­or­di­nar­i­a­mente da crise do 2008 e 2009.

ONDE ESTÁ A ARTE CONTEMPORÂNEA? Respostas de Hans Belting e Andrea Buddensieg no próximo dia 12 de Março

 

Dando con­tinuidade, em 2011, ao ci­clo de con­ferências que ao longo do ano pas­sado pro­por­cio­nou o en­con­tro em Lis­boa com pen­sadores in­con­tornáveis da con­tem­po­ranei­dade (tais como Hans Ul­rich Obrist e Michael Hardt) in­ves­ti­gadores no cruza­mento da arte e ciência (como Nel­son Bris­sac) ou mesmo pro­gra­madores e cu­radores também de ge­ografias muito di­ver­sas (como foi o caso de Brett Littman, Raphaela Pla­tow e Luiz Camillo Osório), o CARPE DIEM – Arte e Pesquisa  re­cebe já no próximo dia 12 de Março a du­pla de his­to­ri­adores e cu­radores do pro­jecto “GAM – Global Art and the Mu­seum” (Arte Global e o Museu): Hans Belt­ing e An­drea Bud­den­sieg.

A con­ferência cen­trar-se-á na dis­cussão de um “novo es­tatuto da arte e dos museus de arte con­tem­porânea num mundo glob­al­izado”, partindo do pres­su­posto de que os Museus “estão a ser dis­cu­ti­dos como sítios de produção cul­tural con­tes­ta­dos, onde a rep­re­sentação da cul­tura, quer na­cional, lo­cal ou pop­u­lar facil­mente se trans­for­mou numa questão política”.

Co-au­tor do pro­jecto GAM jun­ta­mente com Pe­ter Weibel, o polémico Hans Belt­ing (céle­bre au­tor de “O Fim da História da Arte”, traduzido para por­tuguês em 2006 pela Cosac Naify) será acom­pan­hado em Lis­boa pela ac­tual co­or­de­nadora desta plataforma de pesquisa: A. Bud­den­sieg, que com Weibel e Belt­ing co-ed­i­tou, re­spec­ti­va­mente, duas im­por­tantes re­flexões lig­adas a este tema (am­bas pub­li­cadas pela Hatje-Cantz: “Con­tem­po­rary Art and The Mu­seum. A Global Per­spec­tive“, 2007; e “The Global Art World. Au­di­ences, Mar­kets and Mu­se­ums”, 2009).

A in­ter­venção da du­pla de­fenderá que, o que con­sid­eram ser Arte Global, “na sua nova ex­pansão, pode mu­dar sub­stan­cial­mente o con­ceito do que é a arte con­tem­porânea e a arte no geral, pois ela está em lu­gares onde nunca es­teve na história da arte e onde não ex­iste qual­quer tradição de museu”. De­bate ac­tualíssimo e im­perdível.

Lúcia Mar­ques

INFLUX: Tchalé Figueira na rota Mindelo-Lisboa

Pub­lished25 Feb 2011

Tags artes vi­suais cabo-verde tchalé figueira

Prosseguindo um tra­balho per­ti­nente de di­vulgação em Por­tu­gal de artis­tas con­tem­porâneos de África, a ga­le­ria IN­FLUX acolhe a par­tir de amanhã, sábado, a mais re­cente ex­posição in­di­vid­ual do artista Tchalé Figueira (n. 1953, Ilha de S. Vi­cente, Cabo Verde).

A ex­posição in­ti­t­ula-se “Do Arco da Velha” e será visitável em Lis­boa até 9 de Abril de 2011.

Há um texto iniciático de Irineu Rocha (di­rec­tor da M_EIA, Min­delo Es­cola In­ter­na­cional de Arte) so­bre a obra de Tchalé aqui e no blog do próprio artista também é possível ler al­guns dos seus po­e­mas e partes de livros já pub­li­ca­dos, bem como posts ac­tivis­tas, de na­tureza cívica, que também con­tex­tu­al­izam a sua mul­ti­fac­etada obra.

LM

Revolução em processo, também na exposição “Propaganda by Monuments”, no CAIRO

Com data de in­au­guração pro­gra­mada à par­tida para 30 de Janeiro de 2011 – dia em que con­sec­u­ti­vas man­i­festações nas ruas orig­i­naram a primeira nomeação em 30 anos de um vice-pres­i­dente no Egipto! –, a ex­posição “Pro­pa­ganda by Mon­u­ments” foi adi­ada sine die, tendo a cu­radora Clare Butcher ini­ci­ado um diário que re­lata as ex­periências vivi­das du­rante a mon­tagem e jus­ti­fi­cado a opção de re­fazer o en­quadra­mento con­cep­tual da mostra, de modo a in­cluir esta in­es­per­ada rev­olução pop­u­lar egípcia.

En­tre­tanto, al­gures numa Cairo ainda em processo rev­olu­cionário, es­tarão os tra­bal­hos de Hasan & Hu­sain Es­sop, Ângela Fer­reira, Dan Hal­ter, Runa Is­lam, Iman Issa, Ahmed Kamel e Kilu­anji Kia Henda, es­col­hi­dos para uma ini­cia­tiva que, cu­riosa­mente, já prop­unha uma re­flexão so­bre o que acon­tece quando a rev­olução se torna re­al­i­dade e quando a rev­olução acaba.

Im­perdíveis, as palavras e im­a­gens de Clare Butcher aqui.

LM

Uruguai prepara a IX Bienal de Salto, adiantando que a edição de 2013 será aberta a artistas estrangeiros

Pub­lished23 Feb 2011

Tags artes vi­suais bi­enal uruguai

Já estão aber­tas as in­scrições para a IX Bi­enal de Salto, no Uruguai, ter­mi­nando o prazo de can­di­dat­uras a 18 de Abril de 2011.

A par­tic­ipação é por con­curso di­rigido a artis­tas que se­jam uruguaios, maiores de 18 anos, cidadãos nat­u­rais ou legais, res­i­dentes ou não no país, com­preen­dendo to­das as man­i­festações artísti­cas que es­te­jam con­tem­pladas nas artes plásti­cas-vi­suais, con­forme se pode ler na secção on-line de Pre­gun­tas Más Fre­cuentes. Nessa secção in­for­ma­tiva também se adi­anta que já está pre­visto que a próxima Bi­enal de Salto, em 2013, seja in­ter­na­cional, abrindo-se nessa al­tura à par­tic­ipação de artis­tas es­trangeiros.

A in­au­guração da IX edição da Bi­enal de Salto está agen­dada para 14 de Maio de 2011.

Mais in­formações também através da página ded­i­cada ao evento no Face­book.

LM

Lançamento do livro HOME & ABROAD: o primeiro workshop da Triangle Network em Portugal, que juntou artistas dos 5 continentes

Pub­lished21 Feb 2011

Tags artes vi­suais tri­an­gle net­work xerem

É du­rante esta se­m­ana, a 22 de Fevereiro (às 19h) na GAS­WORKS (em Lon­dres) e a 26 de Fevereiro (às 18h) no CARPE DIEM – Arte e Pesquisa (em Lis­boa), que será lançado o livro HOME & ABROAD, doc­u­men­tando as várias ac­tivi­dades con­cretizadas no âmbito daquele que foi o primeiro work­shop da Tri­an­gle Net­work or­ga­ni­zado em Por­tu­gal, fruto de uma parce­ria com a as­so­ciação cul­tural XEREM. A pub­licação é bilingue (pt/ing) e fornece variadíssima doc­u­mentação vi­sual so­bre o de­sen­volvi­mento do work­shop com os 21 artis­tas par­tic­i­pantes du­rante as duas se­m­anas de residência em Sin­tra – no Monte dos Ciprestes –, desta­cando ainda o dia de aber­tura (“Open Day”) dos espaços de ate­lier, na casa do Monte, ao público in­ter­es­sado.

Os artis­tas res­i­dentes in­ter­na­cionais foram: Ana Maria Milán (Colômbia), Alex da Silva (Cabo Verde), Beat­riz Al­bu­querque (Por­tu­gal), Bernard Akoi-Jack­son (Gana), Binu Bhaskar (Índia/Austrália/Emi­ra­dos Árabes Unidos), Car­los Mélo (Brasil), Cristina Ataíde (Por­tu­gal), Daniel Me­lim (Por­tu­gal), Gayle Chong Kwan (Escócia/China/Il­has Maurícias), Gemuce (Moçam­bique), Hind­hyra (An­gola), Is­abel Lima (Por­tu­gal), Rachel Ko­r­man (Brasil/Por­tu­gal), Rémi Bra­gard (França), Sa­lomé Lamas (Por­tu­gal), Sara e André (Por­tu­gal), Su­sana Guardado (Por­tu­gal), Teodolinda Semedo (Por­tu­gal), Tiago Borges (An­gola/Por­tu­gal), Yara El –Sherbini (Reino Unido/Egipto).

Para além dos tex­tos dos re­spec­tivos co­or­de­nadores artísti­cos e co-fun­dadores da Xerem (Mónica de Mi­randa e Jorge Rocha), a edição conta também com os teste­munhos do próprio di­rec­tor da Tri­an­gle Net­work (Alessio An­to­niolli) e da cu­radora res­i­dente (Lúcia Mar­ques), bem como com os di­ver­sos con­trib­u­tos de out­ros cu­radores, pro­gra­madores, ge­stores cul­tur­ais e artis­tas con­vi­da­dos a par­tic­i­par na pro­gramação trans­ver­sal desta ini­cia­tiva, nomeada­mente David-Alexan­dre Guéniot, Lourenço Egreja, Jorge Bar­reto Xavier, José António Fer­nan­des Dias, An­drzej Raszyk, Fab­rice Ziegler, Her­wig Turk, João Dias, Graça Pereira Coutinho, Xana e Rigo. O de­sign é assi­nado pe­los Mu­saWork­Lab.

Mais in­formações no web­site da XEREM

LM

A “diversidade que se agrega num todo”, com Hisae Ikenaga em Lisboa

Pub­lished2 Feb 2011

Tags américa latina artes vi­suais hisae ike­naga

Primeira opor­tu­nidade para ver em Por­tu­gal o tra­balho eclético que a jovem artista mex­i­cana, de as­cendência nipónica, Hisae Ike­naga (1977) tem pro­posto através do re­curso a ma­te­ri­ais e ob­jec­tos de fab­rico in­dus­trial disponíveis em cadeias multi­na­cionais, procu­rando re­con­fig­u­rar num con­texto artístico as suas pos­si­bil­i­dades de uti­lização.

Ike­naga trans­forma peças de mo­biliário do IKEA em es­cul­turas, des­mul­ti­plica recortes dos con­tornos de equipa­men­tos domésti­cos tor­nando-os del­i­ca­dos cenários de pa­pel e cria novos “fósseis” com bo­las de golfe e corais, num jogo de di­co­to­mias as­sum­i­da­mente lúdico e simbólico. Rad­i­cal­iza a própria lógica “do it your­self” (“faça você mesmo”), que per­mite a am­pla cir­culação e com­er­cial­ização de ob­jec­tos de con­sumo, para desviá-los do seu des­tino for­mal e fun­cional mais ev­i­dente. Com uma bi­ografia que cruza a América Latina, Eu­ropa e Ásia, Hisae Ike­naga traz para a sua obra um modo de­scom­plex­ado de cel­e­brar a cria­tivi­dade num mundo cada vez mais di­vi­dido en­tre a ho­mo­geneização do que tem al­cance global e a so­bre­vivência do que ainda chamamos de iden­ti­dades lo­cais. “Con­cre­ciones”, ou “di­ver­si­dade que se agrega num todo”: para ver ao vivo até 26 de Fevereiro na Ga­le­ria 3+1, em Lis­boa.

LM

“Melhor Assim”: CARLITO CARVALHOSA traz mais luz para o centro da cidade de São Paulo

Comem­ora-se hoje, dia 25 de Janeiro, o aniversário dos 457 anos da Cidade de São Paulo, no Brasil, e não muito longe daquele que é con­sid­er­ado o “marco zero” da sua fundação (o Pátio do Colégio), o “cen­tro” da cidade, ainda é possível ver a mais re­cente in­stalação do artista brasileiro Car­l­ito Car­val­hosa, in­ti­t­u­lada “Mel­hor As­sim” (2010) e que ocupa todo o espaço cul­tural SOSO+ (in­te­grado no antigo Ho­tel Cen­tral, pro­jec­tado por Ramos de Azevedo) situ­ado em plena Avenida São João. “Soso” sig­nifica 'fag­ulha/faísca” em quicongo (uma das línguas na­cionais de An­gola) e, em São Paulo, com a im­ple­mentação da ga­le­ria Soso em Fevereiro de 2009 – da qual de­rivou um ano e meio de­pois o espaço cul­tural SOSO+ (também pro­priedade do em­presário an­golano Mário Almeida), que começou por acol­her o pro­jecto “3PONTES” da Trienal de Lu­anda –, já é sinónimo de espaço ded­i­cado à arte con­tem­porânea e símbolo da re­vi­tal­ização re­cente do cen­tro paulis­tano a par­tir de uma das suas prin­ci­pais artérias. Por isso, “Mel­hor As­sim” é par­tic­u­lar­mente efi­caz en­quanto in­ter­venção artística des­ti­nada a provo­car no­vas relações en­tre o espaço ar­qui­tectónico e os seus transe­untes, re­con­fig­u­rando rad­i­cal­mente, através da luz (que nos per­mite ver, mas que também nos pode ce­gar), o próprio espaço SOSO+: nele en­con­tram-se agora colo­cadas no chão, tecto e pare­des, cerca de 330 lâmpadas de 40 watts (mais de 10.000 de potência), criando um am­bi­ente que busca out­ras for­mas de per­cepção sen­so­r­ial e que, por­tanto, apro­funda an­te­ri­ores pesquisas do artista (como a lev­ada a cabo na ex­posição “Soma dos Dias”, patente ao público na Pina­coteca de São Paulo du­rante a última Bi­enal de Artes desta cidade).

Com cu­rado­ria de Daniel Rangel (di­re­tor dos Museu do In­sti­tuto do Patrimônio Artístico e Cul­tural da Bahia, que já havia tra­bal­hado com Car­l­ito Car­val­hosa na di­namização do Palácio da Aclamação, em Sal­vador), “Mel­hor As­sim” marca também o ar­ranque do pro­grama “Conexão+”. Trata-se de uma ini­cia­tiva pro­gramática con­ce­bida por Rangel em parce­ria com Fer­nando Alvim (artista, au­tor da Trienal de Lu­anda e Vice-Pres­i­dente da Fundação Sindika Dokolo) e Mário Almeida, que re­sulta do en­tendi­mento do SOSO+ como um lu­gar “voltado para a ex­per­i­mentação”, onde os “sites-specifics surgem como re­sul­ta­dos de um processo cria­tivo contínuo, de pesquisa e mon­tagem”, no sen­tido de am­pliar a pro­posta ini­cial deste espaço cul­tural en­quanto “ponto de en­con­tro e diálogo en­tre o que há de mel­hor na produção at­ual de artes vi­suais do Brasil e de países africanos”. Car­l­ito Car­val­hosa soma e segue com a sua luz e em breve será o primeiro artista brasileiro a in­ter­vir no átrio do MoMA de Nova Iorque.

Lúcia Mar­ques

Homenagem de afectos a Malangatana Valente Ngwenya

Pub­lished22 Jan 2011

Tags África artes vi­suais malan­gatana moçam­bique

 

Chama-se “Hom­e­nagem de afec­tos a Malan­gatana Va­lente Ng­wenya”, a ini­cia­tiva que a Casa da Cerca – Cen­tro de Arte Con­tem­porânea, em Al­mada, or­ga­ni­zou para hoje, pro­lon­gando a última ex­posição in­di­vid­ual re­al­izada pelo grande mestre Malan­gatana (1936-2011). In­ti­t­u­lada “Novos Son­hos a Preto e Branco” esta mostra abriu ao público a 23 de Out­ubro de 2010, re­unindo “uma série de 15 de­sen­hos inédi­tos” en­tre out­ras obras, e decor­reu para­le­la­mente à ex­posição ded­i­cada ao ar­qui­tecto José For­jaz. Outro amigo de longa data de Malan­gatana, também ar­qui­tecto e também com am­pla obra re­al­izada em Moçam­bique é Pan­cho Guedes, cuja colecção de arte africana, re­unida so­bre­tudo du­rante as suas vivências em África, in­clui um im­por­tante núcleo de pin­turas pre­cisa­mente do início da produção artística de Malan­gatana, po­dendo ser vis­tas na outra margem do rio Tejo, no Mer­cado de Santa Clara de Lis­boa (em plena Feira da Ladra).

Pro­grama para dia 22 de Janeiro, das 14h30 às 18h30, na CASA da CERCA, (en­trada livre):

14h30

En­con­tro in­for­mal de ami­gos do artista

Visita à ex­posição Novos Son­hos a Preto e Branco e José For­jaz Ar­qui­tecto, Ideias e Pro­jec­tos.

15h30

In­ter­venções in­for­mais / Ap­re­sentação de el­e­men­tos pes­soais da relação com o artista.

16h30/17h00

Ac­tuação do Coral TAB (Bar­reiro). Cânti­cos em Ronga.

Lúcia Mar­ques

FENDAS de Bechara no MAM do Rio de Janeiro

Pub­lished21 Jan 2011

Tags américa do sul artes vi­suais brasil josé bechara

São os últi­mos dias, no Museu de Arte Mod­erna (MAM) do Rio de Janeiro, da mais re­cente ex­posição “Fendas” do artista brasileiro José Bechara, que em Junho de 2009 par­ticipou no Próximo Fu­turo com a in­stalação de um dos seus pro­jec­tos de maior fôlego: “A Casa”.

No MAM, sob cu­rado­ria de Luiz Camillo Os­o­rio, Bechara ap­re­senta até este próximo domingo – 23 de Janeiro – uma an­tolo­gia de tra­bal­hos que atrav­essa a sua obra pictórica até à ao domínio da es­cul­tura, em íntima relação com a ar­qui­tec­tura de cada lu­gar. Nesse último dia da ex­posição, “serão pro­movi­dos lab­o­ratórios ex­per­i­men­tais de re­spostas poéticas com som, corpo, texto e de­senho” (pelo Núcleo Ex­per­i­men­tal de Ed­ucação e Arte) a par­tir de uma con­versa com o artista so­bre o seu processo de criação. Haverá também a ap­re­sentação es­pe­cial de Vera Terra com uma “Per­for­mance para um pi­ano de brin­quedo de John Cage”, con­tando ainda com as par­tic­ipações da ac­triz An­dreza Bit­ten­court, do músico Leonardo Ste­fano, dos artis­tas vi­suais Anita So­bar e Leonardo Cam­pos e da pesquisadora Madalena Vaz Pinto.

Lúcia Mar­ques

Feira VIP exclusivamente online cria rede de expositores dos diferentes continentes

Pub­lished21 Jan 2011

Tags artes vi­suais vip art fair

Falta ape­nas 1 dia para abrir a VIP Art Fair, ap­re­sen­tada como “a primeira a com­bi­nar a força colec­tiva das prin­ci­pais ga­le­rias de arte do mundo com o al­cance ilim­i­tado da in­ter­net”, con­forme se lê no press-re­lease também di­vul­gado em por­tuguês. A Feira fun­cionará ape­nas on­line – apo­s­tando no con­tacto vir­tual com as obras e os marchands. – através do we­biste http://​vipartfair.​com/​ e du­rante a se­m­ana de 22 a 30 de Janeiro 2011, sendo a navegação gra­tuita. Mas para “aces­sar a ca­paci­dade in­ter­ac­tiva” o uti­lizador de­verá adquirir um “Ticket VIP” que cus­tará US$ 100,00 nos primeiros dois dias e US$ 20,00 nos seguintes. En­tre as ga­le­rias fun­dado­ras da ini­cia­tiva con­tam-se as famosas Gagosian Gallery (Nova Iorque, Lon­dres, Bev­erly Hills, Roma e Ate­nas) e a White Cube, con­stituíndo no to­tal um grupo de mais de dez se­di­adas em di­ver­sas cidades de difer­entes con­ti­nentes (tais como Seul, Syd­ney, Tóquio, Zurique, Xan­gai, etc). Já é possível ver a lista dos ex­pos­i­tores e en­con­trar várias pre­senças da América do Sul, com claro destaque para a par­tic­ipação do Brasil (5 ga­le­rias, qua­tro das quais de São Paulo e uma do Rio de Janeiro), para além da Ar­gentina, do Chile e do México. De África nota-se, até ao mo­mento, a par­tic­ipação ex­clu­siva da Good­man Gallery, in­scrita via Joanes­burgo e Cape Town.

Lúcia Mar­ques

Malangatana e Moçambique por Mia Couto

O país chorou e, com ver­dade, Malan­gan­tana. To­dos, povo, par­tidos, gov­erno foram ver­dadeiros nador da de­s­pe­dida. Vale a pena per­gun­tar, no en­tanto: fize­mos-lhe em vida a cel­e­bração que ele tanto que­ria e mere­cia? Ou es­ta­mos reed­i­tando o ex­ercício de que so­mos es­pe­cial­is­tas: a hom­e­nagem póstuma? Quem tanto sub­sti­tui pedir por con­quis­tar acaba con­fundindo chorar por cel­e­brar. E talvez o Mestre quisesse hoje menos lágrima e mais cor, mais con­quista, mais cel­e­bração de uma utopia nova. Na ver­dade, Malan­gatana Va­lente Ng­wenya pro­duziu tanto em vida e pro­duziu tanta vida que acabou fi­cando sem morte. Ele es­tará para sem­pre pre­sente do lado da luz, do riso, do tempo. Este é um primeiro equívoco: Malan­gatana não tem sepul­tura. Nós não nos de­s­ped­i­mos (con­tinua).

Idioma Comum

Pub­lished18 Jan 2011

Tags artes vi­suais id­ioma co­mum

In­au­gurou na se­m­ana pas­sada mais uma mostra a par­tir da Colecção da Fundação PLMJ, mas desta vez ded­i­cada a artis­tas da CPLP (so­bre­tudo de An­gola e Moçam­bique, mas também com pre­senças de Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil, estes dois últi­mos através de de­scen­dentes de pais dessas na­cional­i­dades). Trata-se de uma atenção muito re­cente a es­tas ge­ografias, que cer­ta­mente acom­panha o cres­cente in­ter­esse por de­ter­mi­nadas econo­mias emer­gentes en­quanto po­ten­ci­ais áreas para ex­pansão de negócios num mo­mento em que a Eu­ropa atrav­essa uma crise gen­er­al­izada (fi­nan­ceira, política, so­cial).

“Id­ioma Co­mum” reúne as­sim, sob cu­rado­ria de Miguel Amado, as obras re­cen­te­mente adquiri­das a 14 artis­tas, na maior parte das vezes rep­re­sen­ta­dos por dois tra­bal­hos cada, con­siderando que ex­iste um “id­ioma artístico co­mum aos jovens cri­adores da CPLP”, cu­jas produções, também se­gundo Amado, se car­ac­ter­i­zam “por uma lin­guagem con­tem­porânea, mar­cada por uma visão do mundo de ma­triz cos­mopolita, abor­dando tanto a re­al­i­dade cul­tural lo­cal como a or­dem so­cial global num cenário pós-colo­nial” (cf.  Co­mu­ni­cado de Im­prensa no Sítio da Fundação)

É o início de uma mu­dança de at­i­tude num meio que con­tinua com re­sistências à aposta na criação artística de con­tex­tos cul­tur­ais com os quais de­veríamos es­tar mais fa­mil­iar­iza­dos. Por isso mesmo é pre­ciso pesquisar mais, con­hecer e par­til­har mais, para se con­sid­erar tanto as diferenças como os pon­tos real­mente co­muns e com­bater a ignorância gen­er­al­izada. É fun­da­men­tal ar­riscar abor­da­gens mais in­for­madas para que o destaque dado a estes artis­tas tenha efec­ti­vas con­sequências a médio e longo prazo. 

Lúcia Mar­ques

Natureza Morta, por Barrão

Pub­lished12 Jan 2011

Tags artes vi­suais barrão brasil

A peça Na­tureza Morta, cri­ada pelo artista brasileiro Barrão para o Próximo Fu­turo no pas­sado Verão, foi re­in­sta­l­ada, desta vez no jardim em frente à livraria do edifício sede.

Foto de Jorge Mar­tins Lopes

Ainda Malangatana

Pub­lished7 Jan 2011

Tags África artes vi­suais malan­gatana moçam­bique

Malan­gatana (n 1936)

Célula 4 Ex­pec­ta­tiva, 1967

© Laura Cas­tro Cal­das & Paulo Cin­tra

Colecção Cul­turgest

Moldura do artista moçam­bi­cano Chissano

Ex­posição Réplica e Re­bel­dia. Artis­tas de An­gola, Brasil Cabo Verde e Moçam­bique. 2006/ In­sti­tuto Camões

Malangatana Valente Ngwenya, Pintor Moçambicano

Pub­lished6 Jan 2011

Tags artes vi­suais malan­gatana moçam­bique

Malan­gatana Va­lente Ng­wenya, pin­tor Moçam­bi­cano, mor­reu com 74 anos e meio.

Mala­gatana tinha um an­dar ar­ras­tado lento, arredondado. Trans­portava o seu peso, as suas maleitas, to­dos os dias da sua vida sem grandes reclamações. Vi­a­java muito e não recla­mava. De Mata­lane para Ma­puto, de Ma­puto para Lis­boa, de Lis­boa para Ma­puto. Os seus pés in­cha­dos moviam-se pe­sa­dos e firmes. Malan­gatana dançava marrabenta.

Malan­gatana tinha as órbitas salientes e um véu na menina dos ol­hos que de­nun­ci­ava de­s­cui­dos de saúde. Pousava as vis­tas, antes fix­ava-as, num ponto sem se dis­trair de tudo em volta. E as­sim lia o que se pas­sava.

Malan­gatana falava com voz grossa, pro­funda, en­fu­marada, es­col­hia o mo­mento em que a sua boca se abria. E mor­dia.

Ng­wenya quer dizer Croc­o­dilo

Malan­gatana Va­lente Croc­o­dilo mor­reu com 74 anos e meio. 

Nota: Não será difícil en­con­trar in­formações so­bre Malan­gatana. Estão no doc­u­mentário Ng­wenya o Croc­o­dilo de Is­abel Noronha, aquiaquiaqui e em muitos out­ros sítios 

Elisa San­tos

As Áfricas de Pancho Guedes

Pub­lished17 Dec 2010

Tags África artes vi­suais pan­cho guedes

 

É uma ex­posição notável; pela qual­i­dade do ac­ervo, pela “metodolo­gia” se as­sim se pode chamar à re­união feita por Pan­cho Guedes de uma Colecção de Arte feita ao ar­repio das cor­rentes estéticas da época, e pelo es­tudo la­bo­rioso feito pe­los cu­radores – Alexan­dre Po­mar e Rui Pereira . O tra­balho de in­ves­tigação sub­ja­cente e visível quer na mon­tagem, quer nos tex­tos do catálogo é um tra­balho de rara qual­i­dade in­t­elec­tual. No panorama eu­ropeu ac­tual de ex­posições em torno de artes, de artis­tas e de África esta é uma ex­posição In­con­tornável. Voltare­mos a ela….

Algo está a mudar em Nairobi

Pub­lished22 Mar 2010

Tags África artes vi­suais nairobi quénia

Some­thing is hap­pen­ing in Nairobi-some­thing has been roused. There are whis­pers of au­dio in­stal­la­tions and sight­ings of video art; con­ver­sa­tion on con­tem­po­rary art is reach­ing crescendo, and the vo­cab­u­lary can match that from any scene in the globe. The past decade and a half has seen a painstak­ing, de­ter­mined par­a­digm shift in vi­sual arts in Nairobi, East­ern Africa’s largest city. A crop of young, pro­lific con­tem­po­rary artists, like Pe­ter­son Kamwathi and Ato Ma­linda are adamantly sol­dier­ing on, where be­he­moths like Katarikawe and Wadu stum­bled. Of­ten, they can be found at the loft of the Nairobi Arts Trust, en­gag­ing on top­ics about the global art scene and one can quickly sense how small the world has be­come- they are in con­stant touch with the cul­tural metro-politic across Africa and abroad.

Con­tin­uar a ler, aqui

Os Estados das artes visuais fora dos centros (parte II)

(...) No âmbito deste tra­balho in­ven­tariam-se oito ca­sos de es­tudo de situações emer­gentes e tradi­cional­mente tidas como periféri­cas: Brasil, Chile, China e Hong Kong, Grécia, Turquia, África do Sul e Moçam­bique, sendo que não há um mod­elo que lhes seja co­mum e muito menos um es­tado das artes semel­hante. (...).
A ler, na Arte­Cap­i­tal.
Para ler a primeira parte deste tra­balho, seguir a ligação, neste blog, do lado di­re­ito.

Os estados das artes visuais fora dos centros (parte 1)

O con­vite da Arte­cap­i­tal era ob­vi­a­mente muito es­tim­u­lante, mas ab­so­lu­ta­mente ir­re­alizável, dado o tempo e os re­cur­sos hu­manos que se­riam necessários para re­alizar uma in­ves­tigação apro­pri­ada e ex­aus­tiva so­bre o tema pro­posto. Fi­cam aqui ape­nas al­gu­mas pre­mis­sas de um possível tra­balho para uma equipa de in­ves­ti­gadores, e al­gu­mas no­tas rel­a­ti­vas a um con­junto es­pecífico de países, de al­gum modo rep­re­sen­ta­tivo da situação da produção e di­fusão das artes vi­suais con­tem­porâneas fora dos cir­cuitos e dos países até há pouco tempo ti­dos como primeiros e históri­cos pro­du­tores. 
Há que, desde logo, par­tir da difer­en­ciação das condições de produção, da ex­pec­ta­tiva de val­orização nos mer­ca­dos e dos val­ores fi­nan­ceiros que sep­a­ram as artes vi­suais das artes per­for­ma­ti­vas, ocu­pando es­tas últi­mas, em ter­mos de transacção com­er­cial, uma im­portância bas­tante resid­ual, mesmo con­siderando a Ópera e as suas mega-produções. Rel­a­ti­va­mente às artes vi­suais, há ainda que difer­en­ciar a criação não con­tem­porânea cu­jos ob­jec­tos con­stituem maior­i­tari­a­mente um valor simbólico − nada de­sprezível, bem pelo contrário −, sendo as suas transacções mais raras e sem­pre es­pec­tac­u­lares pe­los mon­tantes obti­dos. Ex­iste ainda uma ter­ceira diferença, que diz essen­cial­mente re­speito aos val­ores quan­ti­ta­tivos e qual­i­ta­tivos das peças, caso se es­teja a falar do cir­cuito de Nova Iorque, Los An­ge­les, Lon­dres, Mu­nique, Paris e Zurique/Basel, ou dos cir­cuitos mais emer­gentes como o de São Paulo, Xan­gai, Dubai, México. Estes últi­mos, em­b­ora sendo já mer­ca­dos em forte as­censão, são di­fu­sos nas for­mas de im­plantação, acan­ta­mento de clientes − pe­quenos e grandes colec­cionadores − nas tra­jectórias das obras e na sua val­orização. Também os mo­tivos de ex­posição, como os de aquisição de obras, são so­ci­o­logi­ca­mente ainda pouco es­tu­da­dos. Fi­nal­mente, as­pec­tos rel­e­vantes como a ex­istência ou não de mer­ca­dos lo­cais cruzando-se com o cir­cuito in­ter­na­cional, o estímulo por parte das or­ga­nizações gov­er­na­men­tais, onde se in­cluem os museus, os mecan­is­mos de apoio à produção e à di­fusão dos cri­adores, as for­mas de acol­hi­mento de artis­tas es­trangeiros e, fi­nal­mente, os mecan­is­mos de criação e de vis­i­bil­i­dade, como bol­sas de artes e residências artísti­cas, fazem a diferença en­tre aque­las cidades ou países que na ac­tu­al­i­dade mais ex­pec­ta­ti­vas po­dem gerar.
No âmbito deste tra­balho in­ven­tariam-se oito ca­sos de es­tudo de situações emer­gentes e tradi­cional­mente tidas como periféri­cas: Brasil, Chile, China e Hong Kong, Grécia, Turquia, África do Sul e Moçam­bique, sendo que não há um mod­elo que lhes seja co­mum e muito menos um es­tado das artes semel­hante. 
Para con­tin­uar a ler, aqui 
António Pinto Ribeiro, in Arte Cap­i­tal