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'Adieu Carmen' e a sociedade colonial marroquina

Published24 Jul 2015

Tags cinema Colonialismo

Adios Carmen, de Mohamed Amin Benamraou, aborda a sociedade colonial marroquina, sob domínio espanhol, e a relação dessa herança com o presente. Olivier Barlet faz a critica do filme no site Africultures:

Dédié à sa grand-mère, sa mère et… à Carmen, Adios Carmen puise dans les souvenirs d'enfance de Mohamed Amin Benamraoui. Il adopte le point de vue du jeune Amar, 10 ans, trop jeune pour comprendre ce qui l'entoure mais déjà assez marqué pour trouver sa voie face à la violence à l'œuvre, aussi bien dans la société coloniale que dans sa propre famille. De fait, le film décrit un milieu dur où chacun est un loup pour l'autre, mais où les enjeux restent les relations affectives. Car dans le contexte de l'annonce en 1974 par l'Espagne d'un référendum d'autodétermination au Sahara occidental, de la Marche verte du 6 novembre 1975 pour s'y opposer en prenant possession du territoire et de la mort de Franco le 20 novembre, ce petit monde de Nador tremble encore de l'ambigüité de son rapport d'amour-haine envers l'ancien colon (les provinces du nord étaient sous protectorat espagnol jusqu'en 1956). Belle et attirante étrangère, Carmen (incarnée en retenue par l'actrice chilienne Paulina Gálvez), réfugiée antifranquiste, attise les désirs et cristallise la relation à l'Europe. Les contingences sociales et politiques restreignent singulièrement les possibles, mais Amar sera son messager dans son amour impossible avec un jeune Marocain. Caissière au cinéma de la ville, elle laisse entrer Amar qui se passionne pour les films de Bollywood, y revivant les émotions de ses difficultés familiales, en attente de sa mère qui a dû partir se remarier en Europe et sous la coupe d'un oncle alcoolique et violent. Cet ogre désire Carmen, devenue par son amitié simple une figure maternelle de remplacement pour Amar. - See more at: 

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A obra do cineasta Sana Na N'Hada

Published18 Mar 2015

Tags cinema Guiné-Buissau Sana Na N'hada

"Quero mostrar às pessoas porque a riqueza natural do meu país é tão importante e porque nos devemos unir para impedir que a nossa nação e cultura sejam prejudicados." disse o realizador da Guiné-Bissau, Sana Na N'Hada, de que o Próximo Futuro já apresentou vários filmes,como Cadjigque e No Reino de Bijagós. Prestes a completar 65 anos, o site Africa is a Country dedica um texto ao seu percurso, que passou pela documentação da vida de Amilcar Cabral  à tensão entre preservação e desenvolvimento. Pode ler mais aqui: 

Upon his return to Guinea-Bissau he rejoined Cabral’s movement and set about documenting the war of independence on film. Reflecting on his cinematic conversion he states, “I didn’t come into cinema because of talent but because I felt obligated to tell certain stories. There has always been a question of necessity.”

In 1976, shortly after independence, N’Hada co-directed two short films with Gomes: The Return of Cabral and Anos No Assa Luta – both tributes to the revolution and to their great political icon Amìlcar Cabral.

His life long friendship and collaborations with Gomes has produced some seminal works in the canon of Guinean cinema. His greatest recognition however has come in the form of Sans Soleil, a documentary collaboration with French filmmaker Chris Marker. Shot in the early eighties, it was recently voted one of the top five best documentaries ever made.

As well as Gomes and Chris Marker, N’Hada counts celebrated Senegalese filmmaker Sembène Ousmane and Santiago Àlvarez among his great cinematic influences.

Under the radar, yet Guinea Bissau’s Sana Na N’Hada is one of Africa’s most important filmmakers today

Filmes africanos no festival de cinema Sundance

Published25 Jan 2015

Tags cinema Sundance África

O Festival de Sundance foi fundado por Robert Redford, como uma mostra do melhor da sétima arte fora dos cânones comerciais de Hollywood, no Utah, Estados Unidos. A sua décima quinta edição, que termina dia 1 de Fevereiro, mostra cinema africano.

Sembène conta a história do escritor e realizador senegalês Ousmane Sembène. Realizado por Samba Gadjigo (seu biógrafo) e pelo cineasta Jason Silverman,  está entre os filmes que se mostram no festival. Outros títulos de criadores africanos são indicados no site OKAfrica

Cinema colonial português na Cinemateca

Published21 Jan 2015

Tags cinema Colonialismo Império português

A colecção colonial da Cinemateca Portuguesa, correspondente ao período entre 1923 e 1974 -  "um espólio fílmico quase desconhecido da história do cinema português", afirma o Público - começa hoje a ser mostrado na Cinemateca Portuguesa, numa iniciativa organizada por Maria do Carmo Piçarra, investigadora de Cinema, com trabalho produzido sobre o Estado Novo e a tese de doutoramento sobre filmes de propaganda colonial, em colaboração com o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho.

A colecção colonial da Cinemateca Portuguesa corresponde a um espólio de filmes da antiga Agência Geral do Ultramar, que foi confiada àquela instituição em 1982. Uma parte considerável desse fundo já se perdera. Só a partir de 1996, com a abertura do ANIM, é que a Cinemateca começou a “visionar esses filmes e a saber o que tínhamos em mão”, explica Joana Pimentel, responsável pelas aquisições e depósitos no ANIM. A prioridade da Cinemateca tem sido a preservação desse material; a análise do seu conteúdo aguarda as contribuições de historiadores e outros investigadores.

Maria do Carmo Piçarra gostaria de criar um projecto em Portugal semelhante ao Colonial Film Database, um site com informação detalhada sobre os filmes produzidos pelo colonialismo britânico. Além de ser uma base de dados onde uma parte desse filmes está disponível para visionamento, o site contém análises de uma extensa comunidade de investigadores.

A sessão desta tarde não inclui apenas filmes de propaganda do regime comoLe Portugal D’Outre Mer, mas também filmes-contraponto como Streets of Early Sorrow (1963), uma deambulação melancólica e curta filmada com câmara ao ombro nas ruas de Londres reminiscente de John Cassavetes e Chris Marker, onde estão presentes os temas do exílio e do apartheid sul-africano. O filme foi realizado por Manuel Faria de Almeida quando estudou cinema em Londres, e ganhou um prémio num festival em Amesterdão.

Mais no Jornal Público

Há Fitas na Rua

Published17 Aug 2013

Tags Fitas na Rua lisboa cinema

Uma programação dedicada às antigas salas de cinema de Lisboa que traz para a rua obras-primas da história do cinema, filmes que falam do mundo dos filmes. Hoje à noite às 22h, em Lisboa, ao lado de 3 antigas salas de cinema: o Condes, o Odeon e o Olympia vê-se"O homem da Câmara de filmar" 

AQUI ERA UMA SALA DE CINEMA!

No ano de 1896, em Lisboa, mostravam-se pela primeira vez ao público imagens em movimento. Esta primeira exibição aconteceu na Rua da Palma, mais especificamente, no antigo edifício Real Colyseu de Lisboa, onde actualmente se situa a garagem Lis. 
Em 2013, o Fitas na Rua presta homenagem às antigas salas de cinema de Lisboa. Trazemos para a rua obras-primas da história do cinema, filmes que falam do mundo dos filmes. Colocámos as cadeiras e a tela à porta dos antigos edifícios, alguns fechados outros já não existem... mas continuam guardados na memória de toda a gente. Quantas pessoas lá entraram? Que filmes foram lá estreados?
A proposta que fazemos é a de uma viagem dentro da cidade, aos tempos áureos das salas de cinema com filmes de várias épocas, de 1928 a 2012.
Alunos do IADE-U fizeram um pequeno trabalho vídeo sobre cada uma das antigas salas de cinema onde o Fitas na Rua vai estar. Nesta aventura criámos laços com associações locais, fizemos parcerias e descobrimos algumas memórias que trazemos para a rua. Há muita história nestas ruas de Lisboa e o Cinema, desde que chegou, sempre fez parte da nossa vida. 

ESTA RUA É UM CINEMA! 

Toda a programação pode ver-se aqui

Cabo Verde International Film Festival 2013

A quarta edição do Cabo Verde International Film Festival decorrerá na Ilha do Sal de 17 a 20 de Outubro. Até 30 de Junho estão abertas as inscrições para filmes, que poderão concorrer em quatro categorias: curta-metragem, curta-metragem documentário, longa-metragem, e longa-metragem documentário.

"O Cabo Verde International Film Festival veem crescendo em bom ritmo e as inscrições dos filmes tem sido os principais indicadores. Na 1a edição, 5 filmes foram inscritos, na 2a edição o numero triplicou-se para 18 filmes e na 3a edição, foram um total de 50 filmes inscritos. Que haja mais para esta 4a edição! A data limite de inscrição é até o dia 30 de Junho."

Pode obter-se toda a informação aqui

"Aflam du sud": 2.ª edição até 14 de Janeiro

aflam du sud

La 2ème édition de "Aflam du sud" festival du cinéma arabe propose du 11 au 14 janvier 2013, des longs et des courts métrages, documentaires, des séances scolaires, un débat et une exposition dans 3 lieux de projections. Cinéma Vendôme/Centre Culturel Arabe/Bozar [Bruxelas]

Festival "Aflam du sud" interroge les frontières entre l’Orient et l’Occident à travers des fictions, des documentaires et des courts-métrages inédits ou peu connus en Belgique. Un moment où le monde arabe est en bouillonnement de créativité cinématographique, défendant des points de vue importants,  pour s'investir dans un avenir différent. cette édition de "Aflam du sud" permet de découvrir un septième art au féminin avec un regard incisif et dérangeant.

Para saber mais sobre o "Aflam du sud", aqui

E para ver o video promocional da 2.ª edição, é aqui.

Paz Encina recebe Prémio NEFIAC 2012 com encomenda Próximo Futuro!

viento sur

Awards for NEFIAC 2012 - Short Film: "Viento sur / South Wind" for its innovative use of image, sound, and the Guarani language to draw attention to neglected victims.

"Viento sur" a mais recente curta-metragem da realizadora paraguaia Paz Encina, resultante de uma encomenda do Programa Gulbenkian Próximo Futuro (e que teve a sua estreia mundial no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian no dia 25 de Junho de 2011), acabou de ganhar o Prémio de Melhor Curta-Metragem no NEFIAC-New England Festival of Ibero American Cinema 2012. O Júri dos Prémios NEFIAC 2012 foi constituído por Cristina Kotz Cornejo, Luis Argueta e Jerry W. Carlson.

Mais sobre  a Paz Encina, aqui.

E sobre o NEFIAC 2012, aqui.

Estreia europeia de "Virgem Margarida"

Published9 Oct 2012

Tags cinema festival licínio de azevedo

virgem margarida

"Virgem Margarida" no FESTIVAL BERLINDA

O mais recente filme do realizador brasileiro-moçambicano Licínio de Azevedo
Moçambique/Portugal/França 2012
cores, 87 min

ESTREIA EUROPEIA!

Moçambique, anos 70. Após a independência, o país está mergulhado em ideais revolucionários. Margarida, camponesa adolescente, quer comprar seu enxoval de casamento em Maputo. Indocumentada, é levada em machimbombos para um campo de concentração, junto com prostitutas reais ou supostas. Trabalho agricola e disciplina miltar fazem base do processo para as transformar em “novas mulheres“.

A exibição de Virgem Margarida será seguida de um debate com o produtor do filme e diretor do Festival de cinema de Maputo DOCKANEMA, Pedro Pimenta.

Pedro Pimenta nasceu na República Centro-Africana. Estabelece-se em Moçambique a partir de 1975. Trabalha em cinema como produtor, Ébano Filmes. É o criador e diretor do Festival Dockanema, Maputo.

Licínio de Azevedo nasceu em 1951 em Porto Alegre, Brasil, e vive há cerca de 40 anos em Moçambique. Vencedor de inúmeros prémios internacionais,  Licínio de Azevedo é considerado um dos maiores cineastas moçambicanos da atualidade.

Para saber mais é só ir aqui.

"O Grande Kilapy": agora em Londres, para o ano em Lisboa!

o grande kilapy

"O Grande Kilapy", do realizador angolano ZéZé Gamboa, produzido pela David e Golias (Fernando Vendrell), será exibido nos próximos dias 15, 18 e 20 de Outubro de 2012 em três salas de Londres, entre as quais o charmoso cinema Ritzy e o prestigiado BFI.

Em Junho de 2013 estreará em Lisboa, no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian, no âmbito do Programa Próximo Futuro.

Mais sobre "O Grande Kilapy" em Londres, aqui. E entrevista feita pela Marta Lança (Buala) ao Zézé Gamboa, aqui.

Call for projects: EUROPEAN SHORT PITCH 2013!

european short pitch 2013

This is the moment you've all been waiting for. NISI MASA – European Network For Young Cinema is proud to announce the Call for Projects for its 7th edition of EUROPEAN SHORT PITCH. EUROPEAN SHORT PITCH is an initiative aimed at promoting European coproduction of short films which combines a scriptwriting workshop in residency, an on-line session and a Coproduction Forum bringing together scriptwriters and industry professionals from all over Europe.

EUROPEAN SHORT PITCH 2013 will consist of two main events:


1. The Scriptwriting Workshop: 8th to 13rd January 2013 in Zagreb (Croatia)
2. The Coproduction Forum: 1st to 3rd March in Luxembourg City (Luxembourg)


NISI MASA is calling for projects from writers, directors and producers (aged between 18-35 years old) with international short film projects in development. Your nationality or country of residence should be one of the member countries of the MEDIA Programme (European Union + Croatia, Iceland, Liechtenstein, Norway and Switzerland). European Short Pitch will also select up to 3 projects from non-member countries of the MEDIA Programme where NISI MASA has a member organisation: Albania, Kosovo, Macedonia, Montenegro, Russia and Ukraine.

The deadline is 30th September, before midnight!

Download the Call for Projects

Download the Application Form

For more info: [email protected]

Ainda mais informações, aqui.

ÉCOMETRAGES: Date limite : le 31 décembre 2012!

Published11 Sep 2012

Tags dakar concurso cinema curtas-metragens África espanha

écometrages

« Écométrages » est le nom du concours lancé par l´Ambassade d´Espagne au Sénégal afin d´encourager les passionnés du cinéma à produire leurs propres courts-métrages sur la situation de l´environnement en Afrique.

Ce concours a donc un double objectif audiovisuel et environnementale.

  • D´un côté, il s´agit de promouvoir que toute personne qui s´intéresse au cinéma puisse avoir l´occasion de présenter son travail cinématographique au grand public en participant à ce concours.
  • De l´autre côté, « Écométrages » veut devenir une plateforme de réflexion sur la situation de l´environnement enprojetant le regard des réalisateurs africains à travers ces courts-métrages.

Ce concours est ouvert à toute personne de nationalité africaine et permettra l´envoie d´autant de candidatures comme souhaité pourvu qu´elles respectent les conditions primordiales, c´est à dire :

que les court-métrages soientoriginaux, aient une durée comprise entre 1 et 10 minutes, soient en languefrançaise ou en toute autre langue avec un sous-titrage en français etévidemment, traitent le thème de l´environnement en Afrique.

Pour inscrire une candidature au concours, le court-métrage devra êtremis sur le portail vidéo Youtube (www.youtube.com) avant le 31 décembre 2012 avec le titre : « Ecométrages 2012 + nom du court-métrage ».

Le link de la vidéo sera envoyé à [email protected] tout en indiquant dans le sujet du mail « Ecométrages 2012» et dans le contenu, le nom et prénom du participant, sa date de naissance, sa nationalité, son adresse, un nº detéléphone et une adresse électronique ou email pour pouvoir le contacter.

Mais detalhes sobre o concurso, aqui.

Dockanema regressa em Setembro a Maputo

Entre os dias 14 e 23 de Setembro, Maputo recebe novamente o mais conceituado evento do seu género realizado em Moçambique. Com um cartaz composto por cerca de 80 títulos, entre curtas e longas-metragens, o Festival do Filme Documentário (Dockanema) foca, nesta sua 7.ª edição ininterrupta, atenções nas temáticas sociais que vêm pautando a actualidade nacional e internacional, nos últimos anos.

Liderada por Pedro Pimenta, fundador do festival, a organização sugere três ciclos de documentários – nos quais serão destacados filmes de um realizador internacional  e dois temas específicos –  e três secções, denominadas por ´Sal da Terra` – de autores moçambicanos ou temáticas relacionadas com Moçambique -, ´Janela Aberta` – falados e/ou com legendas em Português -  e ´Original Docs` – com legendas em Inglês.

Como já vem sendo habitual, o Dockanema propõe ainda a todos os curiosos da arte do cinena [sic] documental os chamados ´Programas Paralelos`, que se irão desenrolar em três diferentes instituições de ensino: Universidade Politécnica, Universidade Pedagógica e Escola Portuguesa de Maputo.

Os palcos de exibição das fitas escolhidos para esta edição são o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), o Teatro Avenida, o Centro Cultural Brasil-Moçambique e a Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS).

Para ler o anúncio completo basta clicar aqui.

Death For Sale

Published26 Jun 2012

Tags cinema marrocos

Tetouan, the Atlantic port city in the north of Morocco. Three young men decide to rob a jewellery store. They are among the hopelessly unemployed street population of Morocco's provincial cities, common thugs in the eyes of many but bound by solidar­ity and friendship. They see the heist as a means to break out of a cycle of poverty that weighs on their destiny like a life sentence. The noir motifs woven into Death for Sale constitute a poetic matrix through which director Faouzi Bensaïdi draws his incisive and intricate portrait of a city left to fend for itself, torn between smugglers and corrupt officials, and prey to extremism and dejec­tion.

Death For Sale is in competition at the 2012 edition of the Brussels Film Festival. 

Egyptian Cinema Before and After the Revolution: A Conversation with Mohamed Siam

Published15 Jun 2012

Tags cinema revolução árabe egipto

I’m at the Cinemateca Portuguesa in Lisbon, the perfect location to web chat with Mohamed Siam, an Egyptian filmmaker and art manager involved in organizing the Egyptian Revolution.


City of the Dead

Siam will be receiving an honorary degree for his role as a filmmaker from the University of San Francisco (USF). He has undergone numerous professional training courses in various areas of filmmaking, including scriptwriting, cinematography, editing and animation. He is co-founder and artistic director of Artkhana, an established film and animation space in Alexandria (Egypt). He has directed films for Softoria, a Canadian animation firm and has taught film widely, both live action and animation. He has wide experience as director, editor and cinematographer. His most recent assignment was as assistant director and local producer for a Portuguese French co-production, shot in the City of the Dead in Cairo and recently screened in Lisbon, Portugal.

He is currently filming a new feature documentary about the Egyptian revolution, to be integrated into a broader project about Arab political awakening and uprising which he will begin filming in Morocco next Summer. It deals with the concept of leadership in the Middle East and how this can eventually lead to dictatorship.

Liliana Navarra: It's very reductive to just call you a ‘film director’. You are a young artist who, in 2005, decided to create Artkhana. Can you talking about your project?

Mohamed Siam: Artkhana was someone else's initiative that I believed in and decided to push further until it was actually founded. I wanted to provide a space that I needed myself when I was my target audience's age, between 18 and 25. Since then, it has provided the opportunities to practice with, learn from, observe and interact with film and animation experts, to create this beneficial friction as early as possible in the career of local independent artists. As an artist, I work in many disciplines but my main one is cinema and, specifically, film directing. But as an auteur filmmaker, I do write, film, edit and sound design my material if I need to. My professional filmmaking experience began in 2003 and has since become intensive. I was fortunate to work with some acclaimed filmmakers in Egypt and abroad, and my network is developing to the point of involving some famous names in my future film projects.

LN: You've made several short films that hover between fiction and documentary in productions funded by, amongst others, the Anna Lindh Foundation, European Union, Jesuit Cultural Center, Pro-Helvetia and the United Nations. When did your creative adventures begin?

MS: I studied psychology and then I started working in cinema whilst studying, in 2003, by editing and assisting on films.

LN: You've just finished a short, Time Remaining (2011). What was the inspiration behind it?

MS: Memory is a great inspiring motif for me. I also feel that, as Egyptians, we are all suffering from long-term amnesia and forgetting who we are.

LN: Your film is about memory and loneliness: a man lives alone and doesn’t let other people enter his private space. Who or what inspired you to write about this condition?

MS: A friend of mine, who is like my mentor and inspiration as an artist, had the same experience of poisoning himself in one old memory for too long. He is a writer himself and he’s so interesting and dear to me that I felt I wanted to honour him with a story about memory.

LN: Last week in Lisbon, The City of the Dead (2009) by Serge Truffaut was screened, a film about the El Arafa cemetery in Cairo, which, as part of its wide festival recognition, played in the official competition in “IDFA” Amsterdam 2009 and won the Best Film Prize at Documenta Film Festival 2010. Having worked on this project, can you tell us what difficulties you and the crew encountered making it?

MS: Difficulties there were, related to convincing people we were not crazy to film their lives. My work involved casting characters, and scouting and choosing locations, so over one and a half years I maintained sustainable relationships with the people and places as the film developed over time. We were shooting without any official permits due to the maze they can get you into, without succeeding in getting proper permission to film, so it was always edgy for any officials or police to know about us, especially for the local crew. The cinematographer, Nancy, and myself, we were always threatened to be expelled from any cinema union.

LN: Do you think that the foreign gaze can falsify the reality of that place? And do you think that the documentary has a neutral gaze?

MS: I believe a foreign gaze can see beyond a local one, but the problem is the foreign portrayal of reality always depends on quick impressions and hot stories that appeal to what the west and many other civilizations want to believe about us. On the other hand, there are many profound views, such as this film has, that depend on patient observation and meaningful interaction with people and streets rather then quick, dirty, cheap journalism. We also contribute to the false image by being passive and apathetic about projecting the essence of our beautiful heritage and noble civilization.

LN: The modern atmosphere of profiteering and the heavy entertainment taxes have resulted in drastically lowering the standards of modern Egyptian cinema. Do you think that the Revolution will bring great changes in Egyptian film business?

MS: I think film producers' narrow minds have got the industry to a point where they only feed what is successful and attracts the pretentious star system. I believe that the Egyptian independent cinema now has the power to involve people in real stories and characters after the misguiding of the media institution empowered by the old repressive, corrupt regime. Now is a new era for Egyptians to see the real streets and facts. It reminds me of Neorealism in Italy after the war when there were no decent studios, and it was the birth of a new wave based on people's needs and new circumstances.

LN: What was the position of Egyptian artists before and after the Revolution? Did they have an active role?

MS: Egyptian artists were really important in the sense of street language, when we talk about the revolution. I believe some art works, like graffiti or painting on big boards to address the people in the streets, were the main clear instant message of unity and concern. For the future, for Egyptian artists, it has, at least now, become inevitable for them to avoid politics and go back to their egoist ivory towers again. Art has to be involving and sincere, otherwise it will be neglected sooner or later, and the latter is less prone to occur.

LN: Can you tell us about your next project? We know that you are directing and filming a feature documentary, Arab Modern Times, about the history of the repression before the Egyptian and Arab revolution.

MS: My next project is divided into two: a- A feature film about the Egyptian police, state security and the institutions attached to the past repressive regime; it will be seen from the angle of the police officers who did the torturing, framing people, corruption, etc. Their voices are recorded but their faces won't be shown; animation will be used to compensate and also to imagine part of the unseen incidents. It is a real document about the absence and total neglect of human rights by Egyptians, AKA proudly my people. b- A long-term film research about the awakening of Arab countries in the popular rage against the long repression from Arab leaders who took presidency as a heritage or property versus the past apathy of Arabs towards their own country, liberty and destiny.

Time is running out and we need to turn off our laptops, but we’ll keep in touch to find out about the new post-revolution Egyptian reality. What will the dictator's fall bring us?

(Lisbon/Cairo April 2011)

Lilliana Navarra

Liliana Navarra, is a PHD candidate in cinema studies at Nova Universidade in Lisbon with a project on João César Monteiro and his cinema: she is also the creator of the first official website dedicated to him, www.joaocesarmonteiro.net

She is a freelance journalist involved in media studies. She collaboreted with NapoliFilmFestival (Naples, Italy) and Indielisboa Festival (Lisbon, Portugal) and organized "O'Curto" Napolitan Film Festival (Istituto Italiano di Cultura in Lisbon, Portugal) and a retrospective "Il favoloso mondo di G" dedicated to Ugo Gregoretti's cinema (Lisbon, Portugal).

in Experimental Conversations

"Una realidad que supera la ficción cinematográfica"

Published30 Apr 2012

Tags cinema cuba

Volaron desde La Habana hasta Miami para presentar su película en el festival de cine de Tribeca en Nueva York y nunca llegaron a su destino final. Javier Núñez Florián y Anailín De la Rúa De la Torre sabían mucho antes de embarcar en La Habana rumbo a Florida que desertarían en cuanto pisaran Estados Unidos. Al igual que ocurre en la película que protagonizan, Una noche, ambos jóvenes —20 años hoy, 17 cuando rodaron— solo soñaban con abandonar el régimen castrista para iniciar una vida mejor. "En Cuba no hay futuro", asegura Núñez Florián en una entrevista concedida en la noche del viernes a un programa de televisión de Miami tras una semana en paradero desconocido.

Lo que ninguno de los dos jóvenes llegó a imaginar cuando desertaron es que el filme se alzaría en Nueva York con tres premios: a la mejor directora novel (Lucy Mulloy); a la mejor fotografía y al mejor actor, premio que Javier Núñez comparte con su compañero de reparto Dariel Arrechada, 21 años. Arrechada fue el único que estaba presente en Nueva York en la noche del jueves, cuando se anunció el galardón y cuando recogió el premio, que además consta de 2.500 dólares en metálico. "Me gustaría que estuvieran aquí", dijo un Arrechada emocionado. "Espero algún día contactarme con ellos, porque en la película compartimos mucho: el mismo cuarto, los mismos problemas, las mismas situaciones, el mismo guion, las mismas preguntas", confesó Arrechada en una entrevista con la agencia AFP tras obtener el galardón.

Continuar a ler no El País.

"Mr. Sganzerla, o vencedor"

Published3 Apr 2012

Tags chile cinema

Muita gente havia deixado a sala, durante a exibição de Planeta Caracol, no CineSesc, mas sábado à noite, na sala da Rua Augusta, o júri do É Tudo Verdade fez justiça ao belo documentário do chileno Yi Segung-jun e lhe conferiu o prêmio de melhor da competição internacional. Planeta Caracol é sobre um cego e surdo e a mulher que o guia em sua escuridão (mas ele também a completa, numa reciprocidade comovente). O júri internacional considerou o curta Vovós, de Afarin Eshbal, o melhor da categoria. As vovós são as abuelas da Plaza de Mayo e a iraniano/britânica Afarin, que nem fala espanhol, disse numa mensagem ao Festival de Documentários que o que lhe interessou foi o exemplo dessas guerreiras que nunca deixaram de lutar pela verdade na investigação de crimes cometidos pela ditadura militar argentina - um tema de atualidade muito forte no Brasil.

Continuar a ler no Estado de São Paulo.

"Soy cineasta gracias a Líbano. Tengo una misión"

Published9 Mar 2012

Tags cinema líbano

 Nadine Labaki 

Creció en un país en guerra, así que sus juegos no fueron como los de cualquier niña de su edad. Siempre encerrada, confinada, protegiéndose demasiadas veces tras sacos de arena. Fue entonces cuando Nadine Labaki estableció una relación especial con la televisión. Allí encontraba lo que quería vivir, los sueños que la realidad de su país, Líbano, le arrebataba. "Tenía apenas 10 u 11 años y decidí que me iba a convertir en cineasta. Le dije a mi padre que algún día me vería en el festival de Cannes". Todo el mundo se reía de ella. Misión imposible, le decían. Líbano es un país en guerra, sin industria cinematográfica, sin ilusiones ni futuro. Hoy Labaki, con 38 años, ya va por su segundo largometraje. Tras Caramel, todo un éxito de público, el viernes estrena en España ¿Y ahora adónde vamos?, un filme sobre cómo la vida está por encima de los conflictos entre los seres humanos.

Continuar a ler no El País.

8 Realizadoras Árabes - Soudade Kaadan

Published5 Mar 2012

Tags cinema síria

Dasmascus Roof and Tales of Paradise, Soudade Kaadan, Síria, 2010

Na rica tradição do conto de histórias na Síria as fábulas passam de geração em geração, coloridas pelo imaginário – de peixes voadores a serpentes amigáveis. No entanto, estas estórias foram-se perdendo no tempo. Na cidade velha de Damasco, à cadência da chegada da modernização, altera-se a paisagem familiar da antiga cidade e sobrevém o perigo de que estas estórias, acarinhadas e testemunhadas por gerações, desapareçam no meio do processo de construção da nova Damasco.

A realizadora síria Soudade Kaadan (França, 1979), dirigiu documentários para a UNPD e para a UNICEF. O seu primeiro filme ‘Two Cities And A Prison’ participou em diversos festivais de cinema. Com o seu primeiro documentário, ‘Looking For Pink’, venceu o prémio Martine Fillipi  no Festival de Cinema Documental de Monte Carlo, em 2010.

8 Realizadoras Árabes - Marwa Zein

Published2 Mar 2012

Tags cinema egipto primavera árabe

 A Game, Marwa Zein, Egipto, 2009

Uma mãe divorciada e a sua pequena filha, que lhe propõe um jogo. No desenrolar do jogo, revela-se a verdadeira natureza da relação entre elas. Esta curta-metragem é uma adaptação do conto “La vita è gioco” do escritor italiano Alberto Moravia.

Marwa Zein (1986, Cairo), graduada da Academia de Artes do Cairo. Da filmografia constam Salma (2007), Randa (2008), A Game (2009). Premiada com o prémio do júri do International Ismailia Film Festival para melhor curta-metragem de ficção (2009), National Egyptian Film Festival para melhor curta-metragem de ficção (2009).

8 Realizadoras Árabes - Pamela Ghanime

Published1 Mar 2012

Tags cinema líbano primavera árabe

 still de Lemon Flowers, Pamela Ghamineh, Líbano, 2007

Com a eclosão da guerra civil em 1975, as comunidades cristãs de Haret Hreyk, um bairro nos subúrbios ao sul de Beirute, deslocaram-se para outros bairros da cidade. A família Ghanimeh, aí residente, foi das últimas a sair. No mesmo período, a área conheceu um boom da construção impulsionado pela chegada dos xiitas do sul do país para os subúrbios de Beirute, devido aos ataques do exército israelita. Para a família Ghanimeh tudo o que resta da sua vida em Haret Hreyk são algumas memórias memórias.

Pamela Ghanimeh (Líbano), graduou-se no Institut d’Études Scéniques Audiovisuelles et Cinématographiques de Beirute em 2003. Escreveu e realizou Very Nice (Helo Kteer, 2002), The Distance of a Ride (Masefit Tarik, 2003), A Day in my Life (Yom Min Omri, 2002) e Lemon Flowers (Zahr el-Laymoon, 2007). Trabalhou com importantes realizadores libaneses como Mohammad Soueid e Michel Kammoun.

8 Realizadoras Árabes - May Ying Welsh

Published29 Feb 2012

Tags barhein cinema primavera árabe

 Bahrain: Shouting in the Dark, May Ying Welsh, 2011

Um país esquecido pelo mundo, com a população à mercê do seu ditador: Bahrain: Shouting in the Dark revela a sitação dramática que a sociedade do Barhein enfrenta. A tentativa popular de ser uma das bem sucedidas histórias da Primavera Árabe diante da atitude intransigente e implacável dos seus opressores.

Documentário produzido para o canal de televisão Al Jazeera English acerca das sublevações e protestos no Bahrein, em 2011, transmitido a 4 de Agosto do mesmo ano, inclui imagens gravadas durante as manifestações reprimidas pelas forças de segurança, entrevistas activistas e populares.

May Ying Welsh, jornalista norte-americana, trabalha para a estação de televisão Al Jazeera.

8 Realizadoras Árabes - Habiba Djahnine

Published28 Feb 2012

Tags argélia cinema

Carta à Minha Irmã, Habiba Djahnine, Argélia, 2006

A 15 fevereiro de 1995, Nabila, irmã da realizadora Habiba Djahnine é assassinada em Tizi-Ouzou: esta é a primeira vez que uma activista cai sob violência dos islamitas durante a décadanegra do regime argelino. "Carta à minha irmã/Nabila", lançado onze anos mais tarde, traz de regresso Nabila através do testemunho dos seus próximos. 

Habiba Djahnine (Argélia, 1968), realizadora, activista política, graduada na École Supérieure des Beaux-Arts de Genebra.  

Trabalhou como editora para a TSR (Télévision Suisse Romande) antes de iniciar o seu percurso de realizadora. Vive e trabalha entre a Suíça e a Argélia.

8 Realizadoras Árabes - Nadia El Fani

Published27 Feb 2012

Tags cinema primavera árabe tunísia

Incluído na programação do último festival de Cannes, a projecção de Ni Allah, ni maitre, rendeu homenagem à realizadora Nadia El Fani.

O filme aborda o secularismo na Tunísia, país de maioria muçulmana, no momento mais alto das revoluções que estavam a ocorrer nos países do norte de África.

Ni Allah, ni maitre fez de Nadia El Fani alvo de inúmeros ataques de sectores do islamismo mais radical, por oposição às posições em defesa do secularismo e da liberdade de consciência expostas no filme.

Nadia El Fani, (Paris, 1960), franco-tunisina, depois de 20 anos a trabalhar como veterinária, inicia carreira no cinema como assistente de Jerry Schatzberg. Trabalhou como assistente de realização com Romain Goupil, Roman Polanski, Franco Zeffirelli, Alexandre Arcadi, entre outros.

A partir dos anos 90 realiza diversas curtas metragens e cria a própria produtora, Z'Yeux Noirs Movies. A estreia na longa metragem data de 2003 com Bedwin Hacker.

"El cine no sabe de murallas en Cartagena de Indias"

Published27 Feb 2012

Tags améria latina cinema colômbia

Chocó, Johnny Hendrix

Cuando la nieve cubre las aceras de Manhattan durante los días más fríos de enero, Monika Wagenberg seguro agradece estar bajo el sol y los 31 grados de Cartagena de Indias. La costumbre es nueva. Durante diez años ha estado vinculada a diversos festivales de cine como Tribeca y Miami, donde ejerció de programadora, y es fundadora de la empresa de distribución Cinema Tropical, enfocada en películas latinoamericanas. Aunque nacida en Bogotá, habla con un leve acento que delata los diez meses al año que reside en Nueva York, periodo de gestación necesario para su cargo actual.

En 2011 Wagenberg asumió la dirección del Festival Internacional de Cine de Cartagena de Indias (FICCI) y desde entonces se muda a la ciudad entre enero y febrero. Su visión cosmopolita explica el nuevo carácter del festival, cuyas 52 ediciones lo convierten en el más antiguo de América Latina. Este año se inauguró ayer con la proyección de la película colombiana Chocó, de Jhonny Hendrix Hinestroza, y se clausurará el 29 de febrero con La chispa de la vida, de Álex de la Iglesia. siete días en los que habrá una actividad intensa que se resume en 204 proyecciones y 113 películas y el programa Cine en los barrios.

Continuar a ler no El País. 

8 Realizadoras Árabes - Dahna Abourahme

Kingdom of Women, Dahna Abourahme, Líbano, 2010

Após a invasão israelita do Líbano, em 1982, Ein al-Hilweh – o maior campo de refugiados no Líbano -  é destruído e os seus homens aprisionados. The Kingdom of Women relata e documenta a resiliência, o espírito de comunidade, e o valor do trabalho das mulheres nesse período de ocupação – como reconstruiram o campo, protegeram e providenciaram abrigo e alimento para os familiares, enquanto os homenes permaneciam encarcerados.

Entre o presente e o passado, as memórias e as marcas que ainda subsistem, entre o documentário do quotidiano e a animação, Dahna Abourahme honra as mulheres pela contribuição para a sobrevivência da comunidade palestiniana no exílio.

Nascida em Acre, Israel, Dahna Abourahme cresceu entre Amã, Dubai e Beirute. Master em video/media na New School de Nova Iorque, onde actualmente reside.

Divide o seu trabalho entre Nova Iorque e a Palestina onde, pelo cinema, exerce trabalho de intervenção comunitária.

8 Realizadoras Árabes - Amal Ramsis

Published23 Feb 2012

Tags cinema egipto primavera árabe

Para acompanhar o programa Kunst und Revolte, na Akademie der Künste, em Berlim, de 29 de Fevereiro a 3 de Março, o blogue do Próximo Futuro publicará, nos próximos 8 dias, excertos dos filmes de 8 realizadoras árabes a exibir no mesmo programa.

Forbidden/Mamnou, Amal Ramsis, Egipto, 2011

Amal Ramsis, (Egipto, 1972), vive no Cairo, onde nasceu. Formou-se em Direito e exerceu a profissão de advogada antes de fazer estudos em cinema. Bolseira, em 2002, no curso de realização cinematográfica na Escuela de Cine y Televisión Séptima Ars de Madrid, regressa ao Cairo onde inicia a sua carreira.
Trabalha temas relacionados com a condição da mulher na sociedade egípcia, (Only Dreams, 2005).
Forbidden/Mamnou, 2011, é uma pesquisa em torno do interdito nesta sociedade, tendo iniciado a sua rodagem poucos meses antes do início da revolução de 2011. A cadeia dos eventos levou a que as primeiras imagens captadas da Praça Tahrir fossem as que  Amal Ramsis filmava para o este Forbidden/Mamnou.

 

"Is Arab cinema on the cusp of a potential renaissance?"

Published16 Feb 2012

Tags cinema primavera árabe

The Arab spring has focused western attention on the Arab world in an unprecedented way. While events in Bahrain, Libya and Syria have turned progressively more violent, there was a period last year when Arab youth inspired onlookers with their courage and thoroughly modern attitudes. However, for a region of more than 300 million people, and with a rich tradition of folklore and storytelling, the Arab world has been historically underserved by its cinema. Egypt can boast of a proud film-making industry that dates back more than a century but, beyond that, the picture has often been less encouraging.

When I began my career as a film producer in Tunisia in the 1970s, there was nothing remotely resembling an Arab film industry. Potential financiers, particularly those in the petro-dollar fuelled economies of the Gulf, were more focused on infrastructure and defence investments than culture. The region was also woefully lacking in cinemas and, while the Arab world was officially bound by the same language, in reality the 22 countries all had dialects and local customs that frequently remained specific to their own borders. The result was the absence of a genuine pan-Arab market for Arab cinema, with only a handful of film-makers, such as Egypt's Youssef Chahine, receiving international recognition.

Para ler o artigo completo no Guardian, clicar aqui.

"Última revancha de la folclorista revolucionaria"

Published8 Feb 2012

Tags chile cinema revolução violeta parra

Antropóloga musical, poeta, pintora, cantautora, bordadora, ceramista, mujer telúrica de fondo trágico y vida fértil, Violeta Parra (La Violeta Parra en su Chile natal) se pegó un tiro en la cabeza en su carpa de La Reina un día como hoy hace 45 años. Le faltaba poco para cumplir 50 años pero el fracaso económico de su utópico proyecto de comuna musical en el campo y el fiasco de su no menos utópico proyecto sentimental junto a sus hijos y un hombre suizo 16 años menor que ella dieron al traste con sus ganas de vivir.

En realidad, como casi siempre, la culpa de que apretara el gatillo no fue de nadie. Era una mujer enérgica y tozuda. Tanto como para cruzar Chile con la única compañía de su guitarra y un cuaderno con el empeño de no dejar morir un legado cultural que sin ella se hubiese perdido en los nichos de los pueblos más remotos. Una mujer infatigable que, sin embargo, y como escribió su hermano Nicanor Parra, último premio Cervantes, resultó ser “un corderillo disfrazado de lobo”.

“Yo nunca le pedí cuentas”, recuerda su hijo Ángel, autor de Violeta se fue a los cielos. En esta novela, publicada en 2006, se basa el filme sobre la vida de la artista (interpretada por Francisca Gavilán), que ganó el pasado fin de semana el máximo galardón del festival de Sundance. “No hay rencor hacia ella. Mi madre fue una mujer revolucionaria, una mujer con mucho carácter. Alguien único que emprendió, junto con su hermano Nicanor, una cruzada que ha determinado el destino de la poesía y del canto popular chileno”.

Ángel Parra vive en París desde que la dictadura le condenó a la cárcel y al exilio. El hijo mayor de Violeta Parra (tuvo cuatro) colaboró con Andrés Wood, director del filme, y también trabaja en un futuro museo dedicado a la figura y la obra de su madre. “Era una mujer de una genialidad absoluta”, afirma Wood. “Por la profundidad de sus estudios y por la claridad que tuvo a la hora de reconocer la cultura popular de su pueblo”.

Para el director, la rica personalidad de Parra (hosca, irónica y vital) está hoy muy presente en las nuevas generaciones chilenas. “Representa una imagen muy fuerte para los nuevos movimientos estudiantiles. Por su irreverencia, su valentía y su incapacidad para permanecer callada. Hay una generación de cantautores muy jóvenes, como Manuel García, Chinoy o Francisca Valenzuela, para los que ella es una absoluta referencia”.

Para ler o artigo completo de Elsa Fernández-Santos, basta clicar aqui.

"Sundance reconoce la cinematografía chilena con dos premios"

'Violeta se fue a los cielos', de Andrés Wood y 'Joven y alocada', de Marialy Rivas, premiadas como mejor filme y mejor guion

La organización de Sundance, certamen conocido como la meca del cine independiente, fue la primera sorprendida ante la selección de dos cintas chilenas a competición en su categoría internacional pero la calidad de ambas contendientes quedó probada este fin de semana con la concesión de sendos galardones las dos películas de habla hispana.

En un mar de indies con marchamo estadounidense la película Violeta se fue a los cielos, de Andrés Wood, obtuvo el premio a mejor película en la sección de cine internacional mientras que Joven y alocada, ópera prima de Marialy Rivas, hizo lo mismo en la categoría de mejor guion. "Es un reconocimiento que tomamos en nombre de toda la comunidad fílmica chilena", indicó Wood en un comunicado cuando la actriz Julia Ormond le entregó el galardón en ausencia. En declaraciones a la prensa sobre este hito para la cinematografía chilena, Wood no pudo ocultar su sorpresa asegurando que la selección de la cinta en este certamen internacional que desde hace 32 años se celebra en Park City (Utah, EEUU) fue ya una victoria. "El premio es un regalo más y nos da energía para intentar distribuir la cinta allá", dijo desde Chile a la prensa local en referencia a unos intentos que llevaron a Violeta se fue a los cielos, centrada en la vida de la cantautora chilena, a las puertas de los Oscar y de los Globos de Oro aunque sin resultados.

Para ler o artigo completo de Rocío Ayuso, basta clicar aqui.

"The Top 10 African films of 2011"

Published29 Dec 2011

Tags 2011 África basia lewandowska cummings cinema

2011 was a good year for African cinema. In various cinema seats and at home, I’ve been intrigued and moved, horrified and sickened, surprised and hugely entertained by a group of industries that together we call ‘African cinema’ — a sign that what can be expected is anything but stereotypical. In the list below, I’ve chosen films that have expanded what we might think of as ‘African cinema’. Some short films, some documentary, some fiction, some a strange mix of them all.

However, the films I can’t list are perhaps the most powerful ones of the year; those captured on mobile phones and camcorders during critical moments in uprisings, revolutions and elections that have continued to broaden our grasp on the lives and experiences of those whose lives are not yet captured by cinema. This is a new kind of viewing, and one which I think will continue to transform the aesthetic, narratives and distribution of African film in 2012.

(A note for readers: some of these films were released in 2010, but gained theatrical release or wider audiences this year so I’ve included them too. In each case a description of the film is accompanied by its trailer.)

Para continuar a ler o artigo de , e assistir aos respectivos trailers, basta navegar até aqui.

Bolsa de mobilidade artística 2012

Bolsa de mobilidade artística "Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura", em parceria com Roberto Cimetta Fund

Tendo em vista a preparação de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, a Fundação Cidade de Guimarães e o Roberto Cimetta Fund (RCF)  abriram uma bolsa de mobilidade artística para apoiar o intercâmbio cultural entre a cidade de Guimarães (Portugal) e a região Euro-Árabe.

Se é artista ou agente cultural e deseja deslocar-se a Guimarães, ou se está em Guimarães a preparar um projecto de intercâmbio artístico e pretende participar numa residência, num workshop, num encontro de profissionais, num seminário ou conferência, então pode concorrer a esta bolsa para cobrir as despesas de deslocação e de autorização de permanência no local de destino, desde que as deslocações ocorram após o início das candidaturas (1 de Setembro).

No processo de selecção, será dada prioridade a candidaturas no âmbito das seguintes áreas artísticas: música, artes performativas, cinema, arte contemporânea, design e arquitectura, preferencialmente no contexto de projectos de residência.

A bolsa “RCF/Guimarães 2012 Mobility Fund” é promovida pelo RCF. Na atribuição desta bolsa são aplicáveis os seguintes critérios:

O objectivo da viagem deve potenciar um impacto de longo prazo no sector artístico na bacia do Mediterrâneo. Ou seja, a viagem deve contribuir para o reforço dos recursos existentes, que, por sua vez, podem ser partilhados em rede e promover o contacto entre artistas e operadores artísticos no próprio país ou região, de modo a manter, renovar e desenvolver as artes contemporâneas.

A viagem deve ter lugar após a data de início das candidaturas. Isto implica que o candidato terá de pagar as suas despesas antes mesmo de saber se a bolsa lhe será atribuída ou não.

Perfil dos candidatos:

Podem candidatar-se indivíduos que vivam ou trabalhem na região Euro-Árabe, independentemente da idade ou nacionalidade; São elegíveis candidatos que exerçam actividade como artistas, criadores, professores, agentes culturais, administradores ou gestores de projecto.

São elegíveis candidatos que não disponham de recursos próprios para financiar o seu projecto.

As candidaturas devem ser apresentadas individualmente, via e-mail, para o endereço: [email protected]. No máximo, apenas três membros de um mesmo grupo poderão beneficiar de uma subvenção relativa ao mesmo projecto. Um bolseiro só poderá recandidatar-se duas vezes. Os candidatos devem optar pela via de transporte mais económica, e apenas podem candidatar-se a um bilhete internacional de ida-e-volta, e, despesas de autorização de residência (transporte local não reembolsável).

O comité de selecção delibera a 1 de Dezembro de 2011 (data limite para recepção de candidaturas: 30/09/2011)

Os interessados devem visitar o sítio www.cimettafund.org e preencher o formulário de contacto. Ser-lhe-á devolvido o formulário de candidatura RCF/Guimarães2012.

Para mais informações sobre Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura consulte o sítio www.guimaraes2012.pt.

"Tão perto, tão longe", na FNAC Guimarães

 

Este Domingo, dia 4 de Setembro, às 18h00, as 20 curtas-metragens editadas pela LX Filmes no âmbito do Programa Gulbenkian Distância e Proximidade passam no Fórum da FNAC de Guimarães, numa iniciativa da AVE-Associação Vimaranense para a Ecologia.

"TÃO PERTO, TÃO LONGE"

Em qualquer lugar do mundo, numa tentadora monocultura global, assistimos a uma acelerada uniformização dos hábitos, gostos e culturas, em que as experiências do quotidiano se tornam cada vez mais indiferenciadas. Entre a memória e o quotidiano, vinte realizadores foram convidados a escolher um aspecto singular da sua vivência e a realizar um filme de 5 minutos, através do qual procuram reflectir sobre a miscigenação da nossa ‘cultura global’.

O presente que veio de longe, Tiago Hespanha, Portugal

Tsutsumu, Masaki Karatsu, Japão

Eu não sei dizer o nome dela, Felipe Bragança, Brasil

Monumento, Donigan Cumming, Canadá

Namban Japan, André Godinho, Portugal

La Cucaracha, Afra Mejía, México

Gravata "à là Croate", Dan Oki, Croácia

Ping Pong, Yang Heng, China

A Burqa Vermelha, Roxana Pope, Inglaterra/Irão

As Almas de Metal dos Nossos Ancestrais, Svetlana & Zoran Popovic, Sérvia

Mohamed, Postal N.º 106, Bruno Ulmer, França

Ancestral e Moderno, Rui Xavier, Portugal

A Tendência deste Outono, Kim Jong-Kwan, Coreia

Hihokan, Kenji Murakami, Japão

Jogo Limpo, Ricardo Iscar, Espanha

Fixado em Vidro, Samba Félix Ndiaye, Senegal

Rede de Dormir, Marco Dutra, Brasil

Bandoneon, Sebastien Schindel, Argentina

O código da vida de A. Montrond, Margarida Cardoso, Portugal

Traje das Mulheres Herero, Vincent Moloi, África do Sul

Produzido por: Luís Correia / LX Filmes

Programador do Programa Gulbenkian Distância e Proximidade: António Pinto Ribeiro

Raúl Ruiz (1941-2011)

Published22 Aug 2011

Tags chile cinema raul ruiz teatro

A nossa homenagem a Raúl Ruiz (em primeiro plano na foto) falecido no passado dia 19 de Agosto. A reposição de um post do blog PF a propósito da sua última e única encenação de teatro.

Amledi, el tonto, escrita e dirigida por Raúl Ruiz, é o seu último trabalho, e a sua estreia na encenação e direcção teatral. Não é parecido com nada; é um objecto de uma estranheza radical: mistura de fábula de animais combinada com história das religiões, história da convivência entre Mapuchos e Vikings (há provas arqueológicas da presença de Vikings no território que hoje é o Chile). Um espectáculo sincrético, anacrónico, que surpreende em cada momento que passa: imprevisível durante as três horas de duração num cenário que evoca o grande teatro de texto do princípio do século passado ou as grandes narrativas hollywodescas sobre Roma, Grecia, Cleópatra... um texto de uma sabedoria antiga. Fenomenal, como diriam os Chilenos!

DOCKANEMA em vésperas da sua 6.ª edição

Published17 Aug 2011

Tags cinema dockanema documentário maputo moçambique

Um dos mais importantes festivais internacionais de documentários está de volta para a sua 6.ª edição. Este ano o DOCKANEMA - Festival do Filme Documentário, tem lugar na capital moçambicana de 9 a 18 de Setembro e o seu principal eixo temático é o Desporto, dado que Maputo recebe os jogos africanos durante o mesmo período.

Mais sobre o DOCKANEMA aqui.

21.º Festival de Medellín homenageou poesia africana

O Festival Internacional de Poesía de Medellín, na Colômbia, já completou o seu 21.º aniversário com a concretização de mais uma edição. Mas esta foi a primeira vez que integrou a Red Nuestra América de Festivales Internacionales de Poesía, adotando uma nova versão que incluiu uma homenagem ao "Espírito da Origem", associado à poesia africana.

De 2 a 9 de Julho de 2011, este reputado Festival voltou a reunir poetas oriundos da América do Sul mas também de outros continentes, para além de directores de Festivais congéneres, entre muitas mais actividades relacionadas com o ensino, escrita e difusão da Poesia. Participaram mais de 90 poetas de 50 nações de todos os continentes, destacando também neste ano a realização da 15.ª Escola de Poesia de Medellín e de um ciclo de cinema africano composto por 7 longas-metragens produzidas no Senegal, Mali, Burkina Faso e República Democrática do Congo. 

Aqui é possível conhecer detalhadamente o programa da 21.ª edição do Festival Internacional de Poesía de Medellín e aqui a sua já longa história, desde a sua origem em 1991.

em Maputo já está a decorrer a 2.ª edição do KUGOMA

Published4 Jul 2011

Tags cinema kugoma moçambique

Em Maputo já está a decorrer a 2.ª edição do KUGOMA: o Fórum de Cinema de Curta Metragem de Moçambique, que neste ano termina a 10 de Julho. O primeiro KUGOMA aconteceu entre os dias 10 e 14 de Novembro do ano passado, também na capital de Moçambique, e levou filmes, documentários e curtas metragens até às populações dos bairros.

Nesta edição de 2011 o KUGOMA conta com uma vasta programação de cinema de animação, seções dedicadas à Música, ao Futebol, a filmes para adultos, para adolescentes, além de diversas co-produções que permitem ter alinhamentos temáticos dentro do próprio festival ("Tão Perto, Tão Longe"/LX Filmes, Curtas Africanas, Festival Black & White, etc). Toda a programação, aqui.

“Monangambé” e “Sambizanga” em Londres com Sarah Maldoror à conversa

[Film still de "Guns for Banta" (1970), de Sarah Maldoror. Cortesia Suzanne Lipinska]

“Sou de Guadalupe, faço parte dos escravos que foram enviados para lá. Sou Africana.” Palavras de Sarah Maldoror entrevistada por Pedro Cardoso para o “Novo Jornal” de Angola (Novembro de 2008), quando foi homenageada no primeiro Festival Internacional de Cinema em Luanda.

Sarah Maldoror nasceu Sarah Ducados em 1939, filha de mãe francesa e de pai natural da Ilha Marie Galante (Arquipélago de Guadalupe), nas Antilhas Francesas. Adoptou mais tarde o apelido vindo da obra “Os Cantos de Maldoror” de Lautréamont e em 1956 fundou em Paris o grupo de teatro “Les Griottes” (“Os Contadores de Histórias”), promovendo a “negritude” através de adaptações de Jean-Paul Sartre e Aimé Cesaire.

Frequentou depois a Academia de Cinema de Moscovo graças a uma das bolsas dadas pela (ex-)URSS na Guiné Conacri, e chegou a conhecer aquele que é considerado por alguns o “pai do filme africano”: Ousmane Sembène.

Foi também então que se iniciou na luta pela independência das colónias africanas pela mão do nacionalista angolano Mário Pinto de Andrade – que conhecera em Paris e do qual se tornaria companheira –, acompanhando os primórdios do próprio MPLA-Movimento Popular de Libertação de Angola (do qual Andrade foi fundador em ’56 e chegaria a ser Presidente em 1960-62).


[Sarah Maldoror na rodagem de "Sambizanga" (1972)]

Amanhã, dia 23 de Fevereiro, na presença de Sarah Maldoror, passam em Londres (onde Mário de Andrade faleceu há 21 anos) precisamente dois dos filmes iniciais da cineasta, profundamente comprometidos com a luta anticolonial: “Monangambé” (1969/71) e “Sambizanga” (1972).

“Monangambé” era o chamamento usado pelas forças anticoloniais para as reuniões nas aldeias e deu título ao seu primeiro filme, dedicado à tortura e incompreensão da língua.

Filmada na Argélia com actores amadores, esta curta-metragem baseou-se no conto “O fato completo de Lucas Matesso” do activista e escritor branco angolano Luandino Vieira, nascido português e preso por mais de 14 anos pela polícia política de Salazar (PIDE-Polícia Internacional e de Defesa do Estado), chegando mesmo a ser deportado para o campo de concentração no Tarrafal.

Sintomaticamente, numa das cenas uma pessoa conversa com um lagarto: “é a metáfora da solidão completa. O lagarto era o único ser vivo com quem aquela personagem podia falar sobre liberdade”, disse Sarah Maldoror na entrevista de 2008 ao "Novo Jornal".

“Sambizanga” foi rodado no Congo Brazzaville – contando mesmo com a participação de militantes do MPLA que aí operavam – e ganhou, logo no seu ano de estreia, a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cartago. Sarah Maldoror partiu novamente de uma obra de Luandino Vieira (“A Vida Verdadeira de Domingos Xavier”), mas desta vez o argumento foi trabalhado também por Mário Pinto de Andrade e pelo escritor, jornalista, editor e comediante amador Maurice Pons.

Nome de um bairro de operários em Luanda, no qual se localizava uma prisão do regime colonial português – cujo assalto em 1961 constituiu o primeiro acto coordenado de sublevação armada contra essa ditadura fascista –, “Sambizanga” em versão fílmica mostra como as mulheres também participaram na luta armada de libertação anticolonial e conta a história de Maria: “uma mulher que, com o seu filho às costas, viaja do interior até Luanda à procura do seu marido, Domingos, preso por razões políticas”. O herói surge confinado nessa prisão, onde é torturado até à morte, terminando o filme com a preparação do histórico ataque de 1961 (altura em que Andrade era Presidente do MPLA).

Portanto, dois filmes imperdíveis para ver e conversar com Sarah Maldoror, em Londres, esta 4f, no Ciné Lumière, numa apresentação moderada por Mathieu Kleyebe Abonnenc e enquadrada no projecto “Foreword to Guns for Banta”.

Manthieu Kleyebe Abonnenc (nascido na Guiana Francesa) é um dos três artistas actualmente em residência na Gasworks, juntamente com Umesh Kumar (Índia) e André Guedes (Portugal). É também curador, pesquisador e o autor do projecto “Foreword to Guns for Banta”, com enfoque na produção cinematográfica de Sarah Maldoror e, em especial, no conturbado “Guns for Banta”: filmado entre os guerrilheiros de Amílcar Cabral no mato da Guiné-Bissau em 1970, mas sem ter chegado a sair da mesa de edição.

Lúcia Marques

Mais Nollywood

Published10 Jan 2011

Tags África cinema nigéria nollywood

It is hard to avoid Nigerian films in Africa. Public buses show them, as do many restaurants and hotels. Nollywood, as the business is known, churns out about 50 full-length features a week, making it the world’s second most prolific film industry after India’s Bollywood. The Nigerian business capital, Lagos, is said by locals to have produced more films than there are stars in the sky. The streets are flooded with camera crews shooting on location. Only the government employs more people.

Agradecimentos a Frederico Duarte pela sugestão.

Festival Internacional de Cinema de Marraquexe

Mesmo aqui ao lado, a pouco mais de uma hora de voo de Lisboa, existe uma indústria cinematográfica que dá sinais de uma vitalidade significativa. A pretexto da realização do Festival Internacional de Marraquexe, é-nos permitido saber um pouco mais sobre como este sector funciona em Marrocos. Neste festival, entre visitas das mais ilustres figuras do cinema actual como Coppola, Scorsese ou Marion Cottillard, o cinema local apresenta-se com um impressionante vigor, com a estreia de 18 longas-metragens. Marrocos é um destino de  grandes produções desde que “Lawrence da Arábia” foi lá filmado, mas mais significativos e dignos de nota são os valores que resultam para a economia local assim como os mecanismos governamentais de financiamento da indústria cinematográfica marroquina. Um relato completo, aqui