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Em preparação

A ser preparada há vários meses, Present Tense é a exposição de fotografia que ocupará a galeria do piso 01 em Lisboa a partir de 21 de Junho, e que depois seguirá para Paris.

António Pinto Ribeiro, curador da mostra, propõe uma reflexão sobre a contemporaneidade do sul da África e sobre a prática fotográfica naquela região. Délio Jasse, Dillon Marsh, Filipe Branquinho, Guy Tillim, Jo Ractliffe, Kiluanji Kia Henda, Mack Magagane, Malala Andrialavidrazana, Mauro Pinto, Paul Samuels, Pieter Hugo, Sabelo Mlangeni, Sammy Baloji e Tsvangirayi Mukwazhi são os fotógrafos convidados, alguns deles trazendo series produzidas especificamente para o Póximo Futuro.

"Independentemente dos géneros – retrato, paisagem documento, fotojornalismo – são as fotografias sobre o “Present Tense” que queremos mostrar e, este conceito de “Present Tense”, engloba também a tensão entre as linguagens, a opção pela cor ou pelo preto e branco e o detalhe divergindo do panorâmico."

Há mais informações aqui

Veneza - fábrica de arte contemporânea

Oito artistas africanos emergentes fizeram residência em Veneza entre 2008 e 2011. Kiluanji Kia Henda, o fotógrafo angolano que em Junho estará no Próximo Futuro, foi um dos residentes que "reinventou" o Mercador de Veneza.

"La Bienal de Arte de Venecia ha convertido la vieja urbe en la capital del arte contemporáneo. Cada dos años se repite el mismo guion: cuando en junio arranca, crecen como hongos muestras de arte contemporáneo en museos, fundaciones y organizaciones privadas. Una buena ocasión para pillar nuevos clientes, o bien, el auge de "las sedes parásito que viven a costa del trabajo de la Bienal", según el director de la Fundación Peggy Gugghenhiem, Philip Rylands. Y en cuanto soplan los primeros vientos invernales, en noviembre, la Bienal concluye; mientras, "los parásitos" cierran la billetería hasta que se mueva de nuevo la máquina de la Bienal."

Sobre a Bienal de Veneza e estas residências pode ler-se mais aqui

No Fly Zone

A partir de hoje e até 30 de Março no Museu Berardo, seis artistas angolanos refletem sobre Angola de hoje. No dia 1 de Fevereiro, às 18h00será discutida a exposição “No Fly Zone” e o contexto que justifica a sua realização, tendo como plano alargado o artista africano na arte contemporânea, bem como a 3ª edição da Trienal de Luanda. Suzana Sousa, Simon Njami, Fernando Alvim e Pedro Lapa serão as presenças nesta mesa redonda de acesso livre.

"Como se olha para um país que foi colonizado, que se tornou independente, que viveu uma guerra civil, que vive agora a explosão económica antes sequer de ter tempo de se pensar? Essa é a grande pergunta de Kiluanji Kia Henda. "O que fazer com este legado?" E o legado são estátuas, são canhões, mas são também preconceitos e modos de pensar. "Temos de refletir sobre isto e evitar uma amnésia coletiva. É impossível olhar para a história de Angola e não fazer uma abordagem política", diz Kiluanji."

Pode ler-se um pouco mais sobre a exposição aqui

KILUANJI KIA HENDA: soma e segue…!

Published12 Apr 2011

Tags angola besphoto fotografia kiluanji kia henda soso

KILUANJI KIA HENDA em frente ao seu trabalho “Ngola Bar” (2006), na 52.ª Bienal de Veneza, em 2007.

Foto: Christine Eyene

Com exposições realizadas em importantes iniciativas e espaços de diferentes países nos continentes africano, europeu e americano, Kiluanji Kia Henda (n. 1979, Luanda) é um dos artistas angolanos com maior reconhecimento internacional no panorama artístico da actualidade.

Artista autodidata, tem-se destacado pelo trabalho fotográfico que tem vindo a desenvolver sobre o país onde nasceu e vive, paralelamente à criação de séries relacionadas com outros lugares e contextos, decorrentes das várias residências artísticas em que tem participado. Depois da sua primeira residência artística na I Trienal de Luanda, em 2005, integrou programas de residências como os da galeria ZDB (Lisboa, 2007), espaço Blank Projects (Cidade do Cabo, 2008) e Fondazione di Venezia (Veneza, 2010), participando também na 52.ª Bienal de Veneza (Itália, 2007), na 3.ª Trienal de Guangzhou (China, 2008) e na 29.ª Bienal de São Paulo (Brasil, 2010).

Kia Henda realizou a sua primeira exposição invidual em Luanda, na Galeria SOSO (“Estórias e Diligências”, 2009) e um ano depois apresentou, no espaço da SOSO em São Paulo, a nova individual, intitulada “Trans It”, que entretanto desenvolvera em Bordéus (França, exposição “Evento”).

O trabalho “Self-Portrait as a White Man”, desenvolvido entre Veneza e Luanda no âmbito da residência internacional “Art Enclosures”, seguiu logo depois para Itália e deu lugar à sua individual com o mesmo nome na Galleria Fonti (ler artigo aqui).

Neste ano de 2011, algumas das suas obras já foram “apanhadas” no meio de uma revolução (exposição “Propaganda by Monuments”, concebida para o CIC no Cairo, Egipto). Outras podem ser vistas, até final desta semana, na Airspace Residency (Nova Iorque, EUA), na mostra “The Days of This Society Are Numbered”, com curadoria de Miguel Amado. E há ainda trabalhos seus a concurso em Lisboa (no CCB-Centro Cultural de Belém), depois da nomeação para o Prémio BES Photo, que na sua 7.ª edição se abriu aos países da CPLP e cujos resultados são divulgados hoje mesmo, dia 12 de Abril…!

No CCB, Kia Henda expõe ao lado de Mauro Restiffe (Brasil), Manuela Marques (Portugal), Mário Macilau (Moçambique) e Carlos Lobo (Portugal). Aqui um breve depoimento do artista no âmbito da exposição e aqui uma entrevista elucidativa feita pela Lígia Afonso (assistente curatorial na 29.ª Bienal de São Paulo), publicada no catálogo do BES Photo 2011. Para uma biografia mais detalhada é ir aqui.

Vale também a pena ler o artigo que o próprio Kiluanji escreveu em Maio de 2010 sobre “O sonho de Niemeyer e o Universo Paralelo” e ouvi-lo a apresentar os seus projectos na Tate Modern: “Talks & Discussions: After Post-Colonialism: Transnationalism or Essentialism?”.

Lúcia Marques

Revolução em processo, também na exposição “Propaganda by Monuments”, no CAIRO

Com data de inauguração programada à partida para 30 de Janeiro de 2011 – dia em que consecutivas manifestações nas ruas originaram a primeira nomeação em 30 anos de um vice-presidente no Egipto! –, a exposição “Propaganda by Monuments” foi adiada sine die, tendo a curadora Clare Butcher iniciado um diário que relata as experiências vividas durante a montagem e justificado a opção de refazer o enquadramento conceptual da mostra, de modo a incluir esta inesperada revolução popular egípcia.

Entretanto, algures numa Cairo ainda em processo revolucionário, estarão os trabalhos de Hasan & Husain Essop, Ângela Ferreira, Dan Halter, Runa Islam, Iman Issa, Ahmed Kamel e Kiluanji Kia Henda, escolhidos para uma iniciativa que, curiosamente, já propunha uma reflexão sobre o que acontece quando a revolução se torna realidade e quando a revolução acaba.

Imperdíveis, as palavras e imagens de Clare Butcher aqui.

LM