Logótipo Próximo Futuro

In and Out of Brussels

Publicado31 Jan 2013

O Museu de Arte Contemporânea de Barcelona recebe nos dias 15 e 16 de Fevereiro o seminário African Postcolonial Imaginaries, uma das actividades do projecto In and Out Brussels. 

The seminar African Postcolonial Imaginaries combines a debate on the postcolonial condition and with the presentation of a series of documentaries specially produced for this project. Included in the selection are authors such as Herman Asselberghs, Sven Augustijnen, Renzo Martens and Els Opsomer. Starting with their works and the debates they have prompted, T.J. Demos and Hilde Van Gelder, art historians and authors of a publicationentitled In and Out of Brussels, will conduct an open seminar organised by MACBA. The main theme of the seminar will be the eternal question of how to relate the history of colonialism and, in particular, how can the relationship between Europe and Africa be represented from a contemporary perspective rooted in the conditions of the present and marked by a moment in time when Europe itself is being identified as a crisis zone.

In and Out Brussels é também o nome da edição em livro com cd da pesquisa internacional e interdiciplinar realizada por teóricos, artistas, críticos e curadores, realizada enmtre 2010 e 2012.

Specifically, the project addresses the diverse ways in which these artists have investigated sub-Saharan Africa both as a site of political conflict, poverty, and migration, as well as an imaginary screen for the construction of European identity, humanitarian concern, and political engagement.

Sobre o projecto pode ler-se mais aqui

Barcelona capital do crime... literário

Publicado31 Jan 2013

De 1 a 9 de Fevereiro a cidade de Barcelona converte-se na capital europeia do Policial negro. Autores e leitores num programa alargado de conferências, exposições e conversas.

"Más de sesenta actividades gratuitas conforman la programación de la octava edición deBCNegra, que cuenta con la participación de sesenta autores del género, de aquí y de toda Europa. Entre las presencias confirmadas destaca Maj Sjövall a quien se le hará entrega del VII Premio Pepe Carvalho. La escritora sueca está considerada una de las fundadoras de la novela negra europea moderna.

 Yasmina Khadra, Javier Cercas, Santiago Roncacoglio, Flavio Sorigó, Alicia Giménez Bartlett son algunos de los autores de esta edición que culminará en el ya tradicional encuentro entre lectores y autores en la librería Negra y Criminal, del comisario Paco Camarasa, el sábado 9 al mediodía ." 

No Fly Zone

A partir de hoje e até 30 de Março no Museu Berardo, seis artistas angolanos refletem sobre Angola de hoje. No dia 1 de Fevereiro, às 18h00será discutida a exposição “No Fly Zone” e o contexto que justifica a sua realização, tendo como plano alargado o artista africano na arte contemporânea, bem como a 3ª edição da Trienal de Luanda. Suzana Sousa, Simon Njami, Fernando Alvim e Pedro Lapa serão as presenças nesta mesa redonda de acesso livre.

"Como se olha para um país que foi colonizado, que se tornou independente, que viveu uma guerra civil, que vive agora a explosão económica antes sequer de ter tempo de se pensar? Essa é a grande pergunta de Kiluanji Kia Henda. "O que fazer com este legado?" E o legado são estátuas, são canhões, mas são também preconceitos e modos de pensar. "Temos de refletir sobre isto e evitar uma amnésia coletiva. É impossível olhar para a história de Angola e não fazer uma abordagem política", diz Kiluanji."

Pode ler-se um pouco mais sobre a exposição aqui

Evocações da arte performática (2010 - 2013)

Publicado30 Jan 2013

Etiquetas Artes Instituto Inhumas publicação artes performativas

Evocações da arte performática (2010 - 2013) é uma publicação impressa trienal produzida pelo Instituto das Artes de Inhumas. Este projeto fornece uma documentação sobre a arte da performance nos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste), tendendo a difundir os trabalhos de artistas individuais / grupos. O prazo de inscrição para integrar o livro Evocações da arte performática (2010 - 2013) decorrerá até o dia 31 de Dezembro de 2013. O livro será lançado em 2014.

"Inhumas, cidade serena do interior do estado de GO, é um lugar estratégico escolhido para investir um sério laboratório de pesquisa aprofundada em artes, sob a finalidade de desvencilhar o foco mais óbvio ditado pelos mesmos amplos núcleos artísticos que estão situados no sudeste brasileiro. A estratégia, a partir da construção deste instituto, foi justamente buscar o isolamento com relação a estes polos, sob a finalidade de procurar novos horizontes em ambientes pueris para consolidar um possante grupo de pesquisa em arte, com foco num treino rigoroso, sob a ânsia de obter o aprofundamento da qualidade técnica através de intensos processos de criação."
Mais sobre o Instituto e a publicação aqui

Da Argélia

Publicado29 Jan 2013

Etiquetas literatura argélia Yasmina Khadra Mohamed Moulessehoul

Yasmina Khadra definia-se como escritora, muçulmana praticante, casada aos 18 anos e mãe de dois filhos. Durante anos a situação argelina através dos seus policiais.

Yasmina Khadra é Mohamed Moulessehoul, um ex comandante do exército argelino que importa conhecer. É um dos autores importantes da literatura do Magreb que já não trata apenas as questões da Argélia mas tomou o terrorismo como matéria das suas obras.

"Ante las sospechas del periodista de que había algo raro en su identidad, entre otras cosas porque sus novelas relevan un conocimiento profunda de las sentinas del estado argelino y de la lucha feroz contra el terrorismo, utilizando a veces métodos similares, Khadra repondía: "No practico un estúpido juego del escondite. Para hacerme perdonar el anonimato le invito a que se dé una vuelta por nuestros cementerios. No es que tenga miedo: creo que Argelia cuenta ya con bastantes mártires y nuestro deber es seguir con vida, por y para ella".

Pode ler-se o artigo completo aqui

Mobilidade

Publicado28 Jan 2013

Etiquetas on the move mobilidade

On the move é um site com oportunidades de mobilidade para diversos destinos e artistas de diversas origens com informação recolhida através de uma rede de mais de 30 membros em 20 países.

O site disponibiliza informação regular sobre residências, festivais, concursos entre outras iniciativas, agregando informação útil sobre oportunidades em diversos pontos do mundo, na sua maioria com apoios à mobilidade dos artistas.

"On the Move (OTM) is a cultural mobility information network with more than 30 members in over 20 countries across Europe and beyond. Our mission is to encourage and facilitate cross-border mobility and cooperation, contributing to building up a vibrant and shared European cultural space that is strongly connected worldwide."

The On the Move network has established a strategic plan 2011-2013 focusing on three priority activities:information provisionadvocacy for a sustainable and responsible cultural mobility, and strengthening of its network. In line with its strategic plan, OTM constantly implements and improve its information service about cultural mobility and related issues (mainly through this website); and works on aCharter for sustainable and responsible cultural mobility together with its members. 

Todas as informações aqui

459º aniversário

Publicado25 Jan 2013

Alguma coisa acontece no meu coração

Que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

Os escritores latinos na literatura norte americana

Publicado25 Jan 2013

Etiquetas literatura eua autores latinos El País

Foi um poeta de origem cubana que o presidente dos Estados Unidos convidou para a sua cerimónia de tomada de posse. Este convite reflecte o panorama autoral da literatura norte americana.

"De mitades armónicas. De raíces transnacionales, bilingües y multiculturales. De eso está hecha y a eso suena la literatura de Estados Unidos en los últimos sesenta años en la que ahora empiezan a sonar, cada vez con fuerza, los escritores de origen hispanohablante.

La mayoría de los autores de origen hispano, según Paz Soldán, "escribe en un inglés flexible, aderezado de palabras, giros idiomáticos e incluso algo de la sintaxis del español". Inevitable. Natural. Instintivo. Con un recorrido que el autor boliviano traza así: “El español se va filtrando de contrabando en el inglés y lo va cambiando desde adentro; en un país con una literatura tan oficialmente monolingüe —una literatura que no refleja la diversidad de la experiencia idiomática en los Estados Unidos—, se trata de un gesto notable que, gracias a estos autores, pronto dejará de serlo”.

O artigo completo do jornal El País pode ser lido aqui

Afrobeats não é Afrobeat e já está por todo o lado

Publicado24 Jan 2013

Diferente do Afrobeat de Fela Kuti, o Afrobeats é um estilo musical que a pretende apenas animar e divertir quem o escuta e dança,  O Afrobeats deixa as questões políticas para trás e contagia pistas de dança em todo o mundo, a partir de Lagos - Nigéria.

"Africa can be very stressful," he explains. "So you need things to make you loosen up and make you happy -- and music makes Nigerians happy."

Hammond says that Nigerian music today has changed a lot since the days of Kuti, who died in August 1997.

"Nigerian artists don't really want to get into politics," says Hammond. "They tend to stay far away from it because at the end of the day, you have different political parties, you don't want anyone to say you belong to this party or that party."

Pode ler-se e ouvir-se mais aqui

Fresquíssimo - como que acabado de fazer

Publicado23 Jan 2013

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Escuela - a história de um falhanço

Publicado23 Jan 2013

© M Paz Gonzalez

A última encenação de Guillermo Calderón - encenador de Neva, Villa+Discurso - chama-se Escuela, e acaba de estrear em Santiago do Chile. É um acto de coragem e de ousadia raros.

Coragem de muitas maneiras: a de enfrentar a expectativa de uma centena de programadores para a maioria dos quais se torrnou, em apenas quatro anos, numa das referências fundamentais do teatro contemporâneo e que aguardavam e fantasiavam sobre mais uma obra heróica de Calderón; a de ousar escrever e encenar uma obra sobre o falhanço da resistência na luta contra a ditadura de Pinochet.

Escuela trata da história de um grupo de militantes de extrema-esquerda que na década de 80 recebem instrução paramilitar para resistir e derrotar a ditadura usando todos os meios para o conseguir, sempre a partir de uma postura ideológica extremista e utópica. Mas o que o texto e a encenação revelam e expressam é a história de um falhanço, de um falhanço anunciado.

Como se tem a coragem de fazer uma encenação sobre os falhados. Não, não se trata de anti-heróis, mas de falhados: nos objectivos, nas convicções, na capacidade de comunicar com o povo, na capacidade de transformarem o país, de atingirem a justiça e a liberdade pela qual lutavam mas que não acreditavam que fosse possível. Eles fizeram parte daqueles que não acreditaram na possibilidade do plebiscito que acabaria por destituir Pinochet e acabar com a ditadura, são o grupo condenado a uma extinção solitária e sem qualquer glória ou reconhecimento.

É pois de uma enorme coragem esta Escuela, a história de um falhanço.

António Pinto Ribeiro

“Ahora son los afroamericanos los que mandan en la cultura de EE UU” - Toni Morrisson

Publicado22 Jan 2013

Toni Morrisson, prémio Nobel da Literatura, para ser lida numa longa entrevista ao El País, partindo do seu último livro "Volver" (Home, na versão original).

 "Siempre he buscado producir un impacto poderoso en el lector con lo que escribo. Y con la brevedad como norma hay que ser muy cuidadoso en las descripciones para preservar lo que se desea transmitir. No quiero que la gente se distraiga ni un instante."

“Quiero descubrir una verdad sobre la vida cotidiana de Estados Unidos, la vida de los afroamericanos viviendo en un contexto histórico crítico que se ha ocultado. Existe la idea de que los años cincuenta eran como un cuento de hadas donde todos tenían trabajo, la sociedad iba bien, había programas de televisión con familias felices y una buena vida social y política. Ha proliferado la idea de unos años maravillosos, pero no era así. La verdad es que había luchas visibles y subterráneas. EnVolver busco llevar luz sobre temas como la segregación, las secuelas de guerras como la de Corea, racismo, prejuicios, persecuciones por temas como el comunismo, desigualdades... Temas que la sociedad ha querido ocultar y olvidar”.

Toda a entrevista pode ser lida aqui

TABU visto de fora

Publicado21 Jan 2013

A crítica do El País sobre o filme de Miguel Gomes, recentemente estreado em Espanha, pode ser lida aqui
"Lo que nos queda entonces es una obra en cierto modo efímera, algo a lo que contribuye la composición clásica y relativamente estática de Gomes, dando una verdadera clase sobre cómo y donde colocar la cámara, pues su posición fija solo se altera en contados planos. Esta delicadeza no hace sino incidir en la naturaleza pictórica y fragmentada de una obra que también puede calificarse de mágica y luminosa, pese a la aparente sobriedad de la fotografía. Una obra, como ya hemos dicho, única, y también especial, que parece exigir el mismo cuidado que el que se tiene con las cosas frágiles y antiguas."Ignacio Navarro.crítico de cine.

Velório Chileno

Publicado19 Jan 2013

Para quem conhece mal a História do Chile ou para quem acha que os tempos de hoje devem ser tão ligeiros e vividos - tão velozmente quanto a informação que circula este trabalho de análise das narrativas sobre o período da ditadura de Pinochet feito há anos por muitas companhias de teatro - até parece uma obsessão "local", um problema "deles" que vivem do outro lado da Cordilheira. E, contudo, estes trabalhos ajudam a alguma reconciliação, são instrumentos de análise do passado histórico que já tantas vezes, impediram o branqueamento de crimes e de factos atrozes e são ferramentas de análise do presente. Para que haja alguma paz é fundamental este trabalho de encenação das questões da História recente, coisa que se nós tivéssemos feito com mais pertinência e "localismo", nos teria acautelado para alguns desvios de autoritarismo e demagogia.

Velorio Chileno a partir de um texto de Sergio Vodanovic (1926-2001) dirigida por Cristián Plana é uma peça sobre um episódio banal, de uma noite entre amigos que comemoram o golpe de Estado de Pinochet. Assim se pode ver como o ressentimento motivado pela perda de "posição de classe", pelo medo dos outros vizinhos desconhecidos, pela frustração conjugal, pela atracção pelo poder e pelo autoritarismo cria os cúmplices directos desse mesmo autoritarismo.

A sexualidade ou a frustração de  não ser capaz de a realizar toma nesta peça uma dimensão que muitos historiadores, por pudor ou incapacidade, poucas vezes associaram às manifestações deste tipo de ditaduras. E ela aqui está: de uma forma lúcidamente analisada e contextualizada. A violência tem muitas formas e neste campo ela pode ser fascista também.


Os actores são maravilhosos.

António Pinto Ribeiro

CALLs

Publicado18 Jan 2013

Estão abertas candidaturas para duas proposta de reflexão diferentes. Em Jo'burg sobre as práticas curatoriais contemporâneas com o ICI e o Bag Factory Artists’ Studios; na web sobre Corpo e precariedade com o Buala

CURATORIAL INTENSIVE IN JOHANNESBURG

Program dates:

March 7–12, 2013

Developed by Independent Curators International in collaboration with the Bag Factory Artists’ Studios, the Curatorial Intensive: Contemporary Curatorial Practice will examine the pragmatics of organizing exhibitions, while addressing the specificities of curating in the African context.

Mais informações aqui

REFLEXÃO SOBRE CORPO E PRECARIEDADE

Durante o ano de 2013 a equipa BUALA vai trabalhar, pela primeira vez, numa temática específica, sem abandonar o trabalho de arquivo de materiais sobre temas diversos. Pensar sobre o CORPO, nos seus múltiplos tentáculos, desdobramentos, conflitos, realidades e utopias, é o nosso desafio para chegar ao resultado de uma publicação em papel (possível devido a uma campanha bem sucedida de crowdfunding). 

Convidamos os leitores e colaboradores do BUALA a produzir textos e imagens relacionados com estes e outros temas. Os registos podem ser de todas as naturezas: poético, ensaístico, jornalístico, impressionista, manifestos, provocações, convém é não ultrapassar as 1500 palavras nem o dia 15 março 2013.

Mais informações aqui 

África subsariana cresce em 2013

Publicado16 Jan 2013

O relatório do Banco Mundial dá conta de uma previsão de crescimento robusto para a África subsariana para 2013. Porém, há riscos que podem travar as ambições africanas. Em todo o caso, quase metade dos países da África subsariana deverá crescer acima dos 6%.

Também o relatório “Foresight Africa: Top Priorities for the Continent in 2013”, lançado em janeiro pela Brookings Institution, identifica os aspetos-chave e as oportunidades a ter em conta para que em 2013 África possa continuar a “emergir”.

As notícias podem ler-se aqui e aqui

Sobre o El Dorado do crescimento moçambicano pode ouvir-se aqui

O silêncio da Chuva

Publicado16 Jan 2013

Etiquetas Luiz Alfredo Garcia-Rosa literatura brasil

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Uma descoberta inesperada: autor e um livro.

Trata-se de Luiz Alfredo Garcia-Roza, formado em filosofia e psicologia; psicanalista escreveu este policial (o primeiro) aos 60 anos. O enredo de uma inteligência arrebatadora passa-se no bairro de Copacabana, o detective chama-se Espinosa e a trama decorre por camadas como se fosse um trabalho de limpeza de um palimpsesto...a leitura é compulsiva.

António Pinto Ribeiro

Amílcar Cabral - Quarenta anos depois

Publicado15 Jan 2013

"Amílcar Cabral foi assassinado em Conacri, no dia 20 de Janeiro de 1973. Após a sua morte, intensificou-se a luta armada de libertação e a independência da Guiné-Bissau foi proclamada unilateralmente a 24 de Setembro desse mesmo ano.

O Arquivo Amílcar Cabral, disponibilizado na internet a partir de 20 de Janeiro de 2013, 40 anos após o seu assassinato, foi recuperado e tratado pela Fundação Mário Soares a pedido das autoridades guineenses e caboverdeanas e com o especial empenho de Aristides Pereira, Iva Cabral e Pedro Pires."

A propósito do 40º aniversário da morte de Amílcar Cabral, o  Instituto de História Contemporânea (IHC) e Fundação Mário Soares (FMS) organizam no próximo dia 21 de Janeiro o seminário "Amílcar Cabral - um projeto interrompido". Todo o programa pode ser consultado aqui.

Para conhecer a biografia deste líder africano  "O fazedor de utopias" de António Tomás é uma das leituras possíveis.

O Fazedor de Utopias, uma biografia de Amílcar Cabral da autoria de António Tomás, é um livro fundamental para entender porque é que o fim do Colonialismo português era uma inevitabilidade. Mas também porque, simultaneamente, destrói o que era a propaganda nacionalista sobre o terrorismo, e revela a excelência da pessoa que foi o líder Amílcar Cabral.  

António Pinto Ribeiro - Revista Obscena, #2, Jan 2008

"Aflam du sud": 2.ª edição até 14 de Janeiro

aflam du sud

La 2ème édition de "Aflam du sud" festival du cinéma arabe propose du 11 au 14 janvier 2013, des longs et des courts métrages, documentaires, des séances scolaires, un débat et une exposition dans 3 lieux de projections. Cinéma Vendôme/Centre Culturel Arabe/Bozar [Bruxelas]

Festival "Aflam du sud" interroge les frontières entre l’Orient et l’Occident à travers des fictions, des documentaires et des courts-métrages inédits ou peu connus en Belgique. Un moment où le monde arabe est en bouillonnement de créativité cinématographique, défendant des points de vue importants,  pour s'investir dans un avenir différent. cette édition de "Aflam du sud" permet de découvrir un septième art au féminin avec un regard incisif et dérangeant.

Para saber mais sobre o "Aflam du sud", aqui

E para ver o video promocional da 2.ª edição, é aqui.

"Que resta das fronteiras africanas?"

kader attia

Kader Attia, 'Rochers Carres' (2009)

Artigo de Anne-Cécile Robert publicado na edição portuguesa do Le monde diplomatique (dezembro 2012) e ilustrado com imagens da 8.ª Bienal de Bamako, que esteve na Gulbenkian no verão de 2011 no âmbito do Programa Próximo Futuro, dedicada precisamente ao tema "Fronteiras".

A 9.ª edição Bienal, dedicada à questão "Por um mundo sustentável", será apresentada na Sede da Gulbenkian, no âmbito do Programa Próximo Futuro, no verão de 2013.


«Somos favoráveis a negociações e a que se encontre uma solução definitiva neste conflito entre o Mali e o Azawad», declarou em 16 de Novembro Bilal Ag Achérif, porta-voz dos rebeldes em Uagadugu (Burquina Faso), onde foi organizada uma mediação internacional. Por seu turno, as Nações Unidas discutem a possibilidade de uma intervenção militar. A divisão do Mali ilustra a fragilidade das fronteiras africanas, patente desde o fim da Guerra Fria.


Misteriosa, a explosão na fábrica de armamento de Yarmuk, perto de Cartum, em 23 de Outubro passado, continua a ser motivo de discórdia entre o Sudão, os países vizinhos e as organizações internacionais. Os edifícios destruídos, onde se fabricavam armas ligeiras, eram também armazém de outros equipamentos militares importados da China, segundo o centro de investigação suíço Small Arms Survey[[i]]. Na Organização das Nações Unidas (ONU), Cartum acusa Israel – sem adiantar provas – de os ter sabotado, ou mesmo de ter bombardeado as instalações, consideradas por Telavive como parte de um tráfico com destino à Faixa de Gaza e ao Irão.

Vasto país com quase dois milhões de quilómetros quadrados, o Sudão afronta a rebelião do Darfur no seu flanco oeste[[ii]]. Além disso, desde Julho de 2011, está amputado de uma parte dos seus territórios do Sul, que após décadas de guerra civil se tornaram independentes, com o nome de Sudão do Sul. Apesar de vários acordos a respeito do traçado das fronteiras e da divisão dos recursos, os dois Estados estão longe de ter alcançado a paz[[iii]].

O Sudão, atravessado por conflitos, ameaçado por movimentos centrífugos, não é um caso isolado no continente africano. Com efeito, embora as tensões no Sahel monopolizem a atenção diplomática e mediática, os acontecimentos que ali se desenrolam têm paralelo noutras regiões de África: aspirações autonómicas, insurreições armadas, incapacidade das autoridades para manter a ordem, tráficos transnacionais de armas e munições, ingerências estrangeiras, corrida aos recursos naturais, etc. Os Estados deliquescentes perderam o domínio das «zonas cinzentas», situadas à distância das capitais e com frequência autoadministradas de forma criminosa. Entre o Níger e a Nigéria estende-se agora uma faixa de trinta a quarenta quilómetros que se furta à supervisão de Niamei e de Abuja. As fronteiras, traçadas no tempo da colonização, deixaram por vezes de ter realidade, de tal modo são importantes os fluxos de migrantes, viajantes e comerciantes que as ignoram.

Para ler o artigo completo da Anne-Cécile Robert, via Buala, basta navegar até aqui.

"Santiago a Mil" já começou!

festival santiago a mil

O Festival "Santiago a Mil" começou no passado dia 3 a sua 20.ª edição, que se prolongará até 20 de Janeiro de 2013, apresentando 71 obras, entre propostas nacionais e internacionais, para além da realização de oficinas, mesas redondas e encontros com artistas.

Celebrando 20 anos de existência, este Festival dedica-se este ano ao tema genérico "En la medida de lo imposible" (na medida do impossível), elucidando bem a continuidade e ambição de um dos mais importantes eventos no domínio das artes performativas a partir da América Latina.

Lembram-se de "Gladys", que foi apontado pelos críticos do jornal Público como o melhor espetáculo de teatro em Portugal no ano 2012? Veio da 19.ª edição de "Santiago a Mil".

Mais sobre o Festival, aqui.

Mais sobre "Gladys", apresentado no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian no âmbito do Programa Próximo Futuro, aqui.

Bunker Roy: Aprendendo com um movimento de pés-descalços

bunker roy

Em Rajasthan, na Índia, uma escola extraordinária ensina mulheres e homens do meio rural - muitos deles analfabetos - a tornarem-se engenheiros solares, artesãos, dentistas e médicos nas suas próprias aldeias. Chama-se Universidade dos Pés-Descalços, e o seu fundador, Bunker Roy, explica como funciona.

Vídeo aqui.

Mais um texto incontornável do Professor Elísio Macamo

elísio macamo

Parte da entrevista ao Professor Elísio Macamo por altura da sua participação no Observatório de África, América Latina e Caraíbas, no âmbito do Programa Gulbenkian Próximo Futuro.

A África de muitas latitudes tem também várias camadas. Como o mundo inteiro. Ou um país apenas: Moçambique. África pode ser ilusão. Pelo menos como a conhecemos, ou seja, sob a forma de narrativas muito simples que escondem os efeitos acumulados de uma história complexa. As palavras são do académico moçambicano do Centro de Estudos Africanos da Universidade de Basileia na Suíça Elísio Macamo que agarra esta imagem para explicar A Ilusão da África conhecida – título da sua apresentação em Lisboa na conferência O tratamento dado à informação sobre África pelos media inserida no programa Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian no fim de Novembro.

Elísio Macamo falou mais tarde ao PÚBLICO desse fio de narrativas com o qual criamos “a ilusão que entendemos Moçambique”; da oposição política da Renamo que, nos 20 anos dos Acordos de Paz assinados a 4 de Outubro de 1992 em Roma, ameaça voltar à guerra; e de uma Frelimo dominante, produto de uma ideia fantástica porque sobre ela se projectam medos e esperanças. Uma Frelimo com um rosto: Guebuza que deixa a presidência do partido e do país em 2014. O sucessor (daquele que sucedeu a Joaquim Chissano) será uma escolha dentro da Frelimo. “Não da maioria, de uma minoria influente.”

(...)

Para ler mais basta ir aqui.

E para saber mais sobre o Observatório de África, América Latina e Caraíbas no qual o Professor Elísio Macamo participou, basta ir aqui.

exposição em parceria com o CARPE DIEM, prolongada até 16 de Fevereiro!

hélène veiga gomes

Vista da instalação de Hélène Veiga Gomes no CARPE DIEM-Arte e Pesquisa (foto de Fernando Piçarra)

A instalação que Hélène Veiga Gomes concebeu no âmbito do Programa Gulbenkian Próximo Futuro, derivada da sua pesquisa antropológica em torno dos espaços simbólicos de uma mesquita contemporânea, ainda pode ser visitada no CARPE DIEM-Arte e Pesquisa, tendo a exposição sido prolongada até 16 de Fevereiro de 2013.

Mais sobre a instalação "Variações da Fé", aqui.

Mais sobre o nosso parceiro neste projeto: CARPE DIEM-Arte e Pesquisa, aqui.

TEATRO do Próximo Futuro no 1º lugar dos melhores de 2012!

ipsilon

A peça de teatro chilena "Gladys", apresentada no âmbito do Programa PRÓXIMO FUTURO no anfiteatro ao ar livre da Gulbenkian, em pleno verão de 2012, foi a escolha n.º 1 do total de "10 melhores espetáculos de 2012" pelos críticos do jornal Público!

É o terceiro ano que espetáculos apresentados pelo Programa Gulbenkian Próximo Futuro têm o primeiro lugar nas escolhas dos críticos.

Esta peça foi também apresentada no Teatro Municipal de Faro, numa colaboração inédita entre o Programa Próximo Futuro e este Teatro.

gladys na gulbenkian

"Gladys" - da atriz, dramaturga e realizadora chilena Elisa Zulueta -, foi apresentado no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian no verão de 2012, contando com a interpretação de Catalina Saavedra, Sergio Hernández, Cocca Guazzini, Álvaro Viguera, Ignacia Baeza e Antonia Santa María (foto: Tatiana Macedo).