António Cícero não publicava poesia há dez anos. O último livro chamava-se "A cidade e os Livros" (publicou ensaio entretanto). Acaba de sair um livro notável, "Porventura" é o título. Uma obra evocando permanentemente os autores clássicos helenistas e latinos que ele tão bem conhece e manuseia com a sabedoria de quem tem estes autores como seus convivas.
On the Move (OTM) aims to facilitate cross-border mobility in the arts and culture sector contributing to build up a vibrant European shared cultural space strongly connected worldwide.
Latest mobility opportunities: Find out more in our NEWS section!
Do projecto “A Rota dos Escravos”, da UNESCO, resultou a exposição “Os Africanos em Portugal: História e Memória (séculos XV-XXI)", coordenada pela Prof. Isabel Castro Henriques, que estará patente no átrio da Biblioteca do ISEG, até ao próximo dia 9 de Novembro.
Mais sobre a exposição no site do nosso parceiro CEsA-Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento (ISEG), aqui.
CONGRESSO INTERNACIONAL SABER TROPICAL EM MOÇAMBIQUE: HISTÓRIA, MEMÓRIA E CIÊNCIA
LISBOA, IICT – JBT / Palácio dos Condes da Calheta, 24- 26 DE OUTUBRO DE 2012
O Congresso Internacional Saber Tropical em Moçambique: História, Memória e Ciência resulta de uma parceria interna entre vários projectos do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito do Programa História da Ciência, e visa apresentar e partilhar estudos e resultados de trabalhos de investigação em curso sobre Moçambique, nas várias áreas do saber científico, parte dos quais desenvolvidos em parceria com instituições moçambicanas.
Reflectindo uma história de séculos de contactos, influências e intercâmbios com o Oriente e o Ocidente, Moçambique assume-se no contexto da África Austral como um espaço privilegiado de articulação do continente africano com o Índico e com o Atlântico, atestado pelo crescente número de trabalhos de investigação e de projectos de cooperação. Nesse sentido, este Congresso pretende dar mais visibilidade à investigação que tem vindo a ser feita, criando oportunidades para os investigadores das diversas áreas científicas apresentarem os seus trabalhos contribuindo para dinamizar o interesse por Moçambique e sublinhando o papel desempenhado pela investigação científica e pelo envolvimento directo no desenvolvimento e na cooperação.
Privilegiar-se-á uma abordagem comparativa e interdisciplinar que tenha em conta perspectivas históricas, antropológicas, sociológicas, culturais, económicas, políticas, biológicas e ambientais, incluindo ainda aspectos técnicos do tratamento e preservação do património, que permita não só uma perspectiva histórica em termos regionais e mundiais mas também em termos do reconhecimento da importância dos saberes e do conhecimento científico no contexto actual desta sociedade; sendo que, para tal, o Congresso será também enquadrado por uma mostra documental e material que testemunha e reflecte a diversidade e transversalidade da abordagem proposta e a riqueza do património documental e material em que se apoia uma boa parte do trabalho de investigação.
Deste modo, espera-se que este Congresso contribua para uma compreensão mais global e abrangente, que permita uma melhor percepção da situação presente de Moçambique, ajudando a identificar desafios actuais e a cooperar na sua resolução.
Áreas temáticas propostas Património Histórico e Científico Ocupação, História Pre-colonial e Escravatura Colonialismo, Território e Definição de fronteiras Missões científicas e Antropologia colonial Descolonização e Estado independente Etnobotânica, Medicina tradicional Biodiversidade, Gestão e Uso sustentável de recursos naturais Saúde e Alimentação Alterações climáticas e riscos associados Arquitectura e Urbanismo Literatura, Cultura e Educação Políticas de Desenvolvimento e Cooperação
"Brazaville, con 1,5 millones de habitantes, es la capital y la ciudad más importante de la República del Congo. Situada a orillas del río Congo vive a la sombra de Kinshasa, capital de R.D. del Congo, una megalópolis con diez millones de habitantes que se encuentra al otro lado del río y nutre económica y culturalmente a la pequeña Brazzaville. La ciudad verde que acogió a Charles de Gaulle cuando era la capital la “Francia libre”, ha dejado de serlo para convertirse en el “Brazzaville basurero”, en el imaginario porque se puede parecer a muchas otras ciudades africanas, pero gran desconocida para muchos.
Comparte con su vecina Kinshasa el patrimonio de la S.A.P.E. (Societe des Ambianceurs et des Personnes Elegantes), el catch africano y el hiphop. Asuntos atractivos para seres curiosos, como Enric y Adrià, que ávidos de ofrecer una imagen diferente del continente, cogieron sus bártulos rumbo al Congo: “Queríamos mostrar el África urbana, que no sale tanto en los medios occidentales, desde una óptica no paternalista que repitiera los discursos de siempre. La ciudad era el punto de partida; nos daba juego, porque nos permitía dejar patente que pese a las diferencias de recursos e infraestructuras la vida urbana puede ser parecida en cualquier lado”.
From left: Emel Mathlouthi, Jon Germain, Wanting Qu, Rodrigo Costa Félix (publicity photos)
Fall is a serious season. It's when movie studios roll out their fanciest, most self-important movies, when publishers hard-sell their weighty novels from weighty novelists, and when the commercials for new TV dramas fall over one another assuring the viewer of the meaningfulness and addictiveness of their shows. It's also the perfect season for the musical equivalent of Oscar bait: big, emotional ballads that sweep the listener up in their particular world. Whitney Houston's "I Will Always Love You" and Céline Dion's "My Heart Will Go On" were creatures of the Oscar season, as were, more recently, OneRepublic's "Apologize," Bruno Mars's "Just the Way You Are," and Adele's "Someone Like You."
This year, no consensus English-language song has so far emerged as the year's big ballad. Gotye's trickily rhythmic "Somebody That I Used to Know" and Katy Perry's self-helpy "Wide Awake" may be potential nominees, while Miguel's "Adorn" has emerged as dark horse from the artsy R&B world. Then again, the season's only just begun, and if American listeners can't find an appropriately sweeping heartstring-tugger at home, there's always the rest of the world. Ballad production is cranking up globally for the many different markets served by pop internationally, and even though half the world is entering spring, not fall, songs of love and its complications are an infinitely renewable resource.
Here are 12 low-tempo songs from around the world that can strike a chord regardless of language. If you're the susceptible sort, you may wish to grab a box of Kleenex before you get very far into the videos.
Para continuar a ler o artigo que destaca a voz do nosso concerto de abertura este verão que passou (Emel Mathlouthi), basta ir aqui.
Congo in Four Acts, Forum 2010, Demokratische Republik Kongo/ZAF 2010
DIRECTOR: Dieudo Hamadi, Divita Wa Lusala, Patrick Ken Kalala, Kiripi Katembo Siku
SYNOPSIS - As the "Heart of Darkness", Congo remains to this day a huge space onto which the rest of the world can project certain ideas. With this film, young Congolese directors react to these projections by offering an inside view. Their cameras delve into different microcosms. The film begins with the absurd everyday life of a maternity ward. Many mothers cannot leave the hospital after giving birth because they cannot pay the bill. Right from the start of their new life, these women and their babies are trapped in the clutches of poverty and bureaucracy. A journey through the breathtaking labyrinth of Kinshasa's transformed infrastructure follows. The life of a young female journalist, whose father – a government opponent – was murdered, is portrayed. Grace Ngyke continues the fight for freedom of speech in the changed, but no less complicated, present. The film ends in one of the many haunting mining towns to which Congo owes its immense wealth. A woman and children, who can barely walk, work like Sisyphus and break stones. With Congo in Four Acts, the filmmakers have successfully completed their experiment to win back a space onto which others project ideas and turned it into a screen.
É já neste sábado, dia 20 de Outubro, que inaugura no espaço do Carpe Diem-Arte e Pesquisa, em boa companhia, a mais recente instalação de Hélène Veiga Gomes, concebida no âmbito do Programa Gulbenkian Próximo Futuro. Fruto de uma parceria entre o Próximo Futuro e o Carpe Diem, a instalação continuará visitável até 26 de Janeiro de 2013, de 4f a sábado, das 13h às 19h. Para ler o texto que a artista-antropóloga publicou a este propósito no Jornal Próximo Futuro n.º 11 (Outubro-Novembro/2012), basta clicar aqui.
Awards for NEFIAC 2012 - Short Film: "Viento sur / South Wind" for its innovative use of image, sound, and the Guarani language to draw attention to neglected victims.
Um homem foi queimado vivo e outro foi baleado nesta quinta-feira durante violentos confrontos junto a uma mina de platina nos arredores de Rusterburg, na África do Sul, onde os mineiros estão em greve desde 12 de Setembro, no dia em que foi rejeitada uma proposta do patronato para tentar pôr fim às paralisações em várias minas no país.
As duas mortes foram confirmadas pela polícia e ocorreram na mina da empresa Anglo American Platinum (Amplats) em Rustenburg. “Eram cerca de 6h [5h em Lisboa], quando a polícia foi informada de que 400 pessoas se tinham juntado em Nkaneng, junto a uma mina da Amplats. Logo que a polícia chegou ao local, constataram que um homem tinha sido baleado”, contou à AFP o porta-voz da polícia, Dennis Adriao. Esse homem viria a morrer depois no hospital, e Adriao adiantou ainda que “a polícia encontrou, a poucos metros, um homem que tinha sido queimado, que ainda estava vivo mas acabou por morrer no local”.
Na África do Sul cerca de 100 mil trabalhadores estão em greve desde Agosto, dos quais 75.000 são mineiros, e nesta quinta-feira o principal sindicato do sector do país, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Minas (NUM, na sigla em inglês), rejeitou uma proposta do patronato para pôr fim à paralisação. A proposta, segundo o sindicato, previa um aumento salarial dos 7000 para os 10.000 rands (620 para 890 euros, aproximadamente), menos do que o que é reivindicado pelos mineiros que têm exigido um aumento salarial para os 12.500 rands (cerca de 1100 euros), mais do dobro do que muitos deles ganham actualmente.
Sir Ken Robinson, experto que preconiza un sistema educativo que enseñe a innovar
Tengo 60 años: irrelevantes cuando eres capaz de crear como un niño, y todos somos capaces si queremos. Nací en un barrio humilde de Liverpool, como los Beatles, creativos sin escuela. No soy buen gregario, así que no tengo partido, pero sí política. Colaboro con el Foro HSM
Un día visitando un cole vi a una niña de seis años concentradísima dibujando. Le pregunté: "¿Qué dibujas?". Y me contestó: "La cara de Dios".
¡. ..!
"Nadie sabe cómo es", observé. "Mejor - dijo ella sin dejar de dibujar-,ahora lo sabrán".
Todo niño es un artista.
Porque todo niño cree ciegamente en su propio talento. La razón es que no tienen ningún miedo a equivocarse... Hasta que el sistema les va enseñando poco a poco que el error existe y que deben avergonzarse de él.
Los niños también se equivocan.
Si compara el dibujo de esa niña con la Capilla Sixtina, desde luego que sí, pero si la deja dibujar a Dios a su manera, esa niña seguirá intentándolo. El único error en un colegio es penalizar el riesgo creativo.
Los exámenes hacen exactamente eso.
No estoy en contra de los exámenes, pero sí de convertirlos en el centro del sistema educativo y a las notas en su única finalidad. La niña que dibujaba nos dio una lección: si no estás preparado para equivocarte, nunca acertarás, sólo copiarás. No serás original.
¿Se puede medir la inteligencia?
La pregunta no es cuánta inteligencia, sino qué clase de inteligencia tienes. La educación debería ayudarnos a todos a encontrar la nuestra y no limitarse a encauzarnos hacia el mismo tipo de talento.
¿Cuál es ese tipo de talento?
Nuestro sistema educativo fue concebido para satisfacer las necesidades de la industrialización: talento sólo para ser mano de obra disciplinada con preparación técnica jerarquizada en distintos grados y funcionarios para servir al Estado moderno.
I have yet to meet anyone who enjoys having ID pictures taken. Should one smile at the camera or go for a serious look at the risk of having your picture compared to a mug shot? In some areas of the world, these pictures are named after their size, a mere “3x4” centimeters, whereas in others, they are called “passport photos” or “document pictures.” Despite our expressive choices made when photographed, most people dislike how those identification cards turn out because of the distorted presentation of how one might like her image to be perceived.
Playing with the anxieties associated with photography and its institutional framings, Camila de Sousa titles her photographic series 3x4 (2011). This up-and-coming Mozambican artist chooses to represent women who are known to society as inmates—some from a detention center in Maputo, and others from one in Ndlhavela. Intrigued by the women’s position as prisoners, De Sousa attempts to look at perspectives different from the representations made by the legal system, comparing the conventional archetypes of these women to “3x4” photographs.
In the hope of complicating the “3x4” representation of the women living in Mozambican prisons, the artist applied her training as an anthropologist and inhabited both prisons, along with her subjects, for several months. De Sousa’s artistic process developed organically through her day-to-day contact with these women; the photographs reveal a negotiation between the artist and her subjects regarding how the finished piece would look. Speaking to David Durbach for the South African Magazine Mahala, De Sousa explains: “My foundation in anthropology helped me a lot. I went there for three months and didn’t take anything—I just talked to them. But then suddenly, they started to open up.”
O mais recente filme do realizador brasileiro-moçambicano Licínio de Azevedo Moçambique/Portugal/França 2012 cores, 87 min
ESTREIA EUROPEIA!
Moçambique, anos 70. Após a independência, o país está mergulhado em ideais revolucionários. Margarida, camponesa adolescente, quer comprar seu enxoval de casamento em Maputo. Indocumentada, é levada em machimbombos para um campo de concentração, junto com prostitutas reais ou supostas. Trabalho agricola e disciplina miltar fazem base do processo para as transformar em “novas mulheres“.
A exibição de Virgem Margarida será seguida de um debate com o produtor do filme e diretor do Festival de cinema de Maputo DOCKANEMA, Pedro Pimenta.
Pedro Pimenta nasceu na República Centro-Africana. Estabelece-se em Moçambique a partir de 1975. Trabalha em cinema como produtor, Ébano Filmes. É o criador e diretor do Festival Dockanema, Maputo.
Licínio de Azevedo nasceu em 1951 em Porto Alegre, Brasil, e vive há cerca de 40 anos em Moçambique. Vencedor de inúmeros prémios internacionais, Licínio de Azevedo é considerado um dos maiores cineastas moçambicanos da atualidade.
une proposition de description d'un territoire (2e volet)Paris | France | 11|10|2012 > 07|11|201
Comment donner à voir un territoire aussi complexe que le "Bilad es Sudan" ("Pays des Noirs", nom d'origine du pays en arabe) désormais scindé en deux États historiquement opposés, sans se laisser happer par l'immédiateté de l'urgence et de son traitement médiatique ? Le photographe Claude Iverné, familier des sociétés, des enjeux politiques et économiques de ces contrées méconnues, tente d'y répondre par une exposition en trois volets : · ses propres travaux depuis quatorze ans, présentés comme un corpus de documents visuels, par séries typologiques (Maison des métallos) ; · les archives photographiques d'Elnour, bureau de documentation fondée par l'artiste avec seize photographes soudanais et des chercheurs internationaux, qui offrent un point de vue cette fois de l'intérieur (Usine Spring Court) ; · une exposition de rue élaborée au jour le jour par les visiteurs et riverains eux-mêmes sur les murs du quartier, à partir des deux premières expositions (rues du quartier de Belleville).
(...)
PHOTOGRAPHIE SOUDANAISE, ARCHIVES ELNOUR (1885/2010, extraits) Rashid Mahdi (1923-2008) Mohamed ABDARASSUL, né en 1922 Amin Rashid, né en 1945 Gadalla GUBARA, 1920 - 2008 Richard LOKIDEN WANI, né en 1978 Ahmed JOUA, né en 1957 Madani A. A. GAHORY, né en 1952 Mohamed YAHIA ISSA, né en 1952 Abbas HABIBALLA, né en 1950 Fouad HAMZA TIBIN, né en 1952
Encontros no lago Titicaca, Perú (2009), por Luis Lander
COLOQUIO ACT 29 - 11 e 12 de Abril de 2013
Literaturas e Culturas Em Portugal e na América Hispânica: Novas Perspectivas Em Diálogo
Centro de Estudos Comparatistas - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em colaboração com o Programa Gulbenkian Próximo Futuro
O colóquio ACT 29 – Literaturas e culturas em Portugal e na América Hispânica: Novas perspectivas em diálogo pretende promover o conhecimento e suscitar a discussão em torno de problemáticas em comum nas literaturas e produções culturais dos séculos XX e XXI nos universos português e hispano-americanos. Sem esquecer a pluralidade de temas e contextos face aos quais se foram posicionando as criações artísticas nestes universos, serão privilegiadas certas linhas temáticas que se afiguram especialmente pertinentes nesta perspectivação cruzada das literaturas e culturas em Portugal e na América Hispânica:
Identidade, etnia, género.
Nação, pós-colonialidade e globalização.
Memória, ditadura, guerra.
Exílio, diásporas.
Utopia e desencanto.
Auto-Reflexividade.
Envio de propostas de comunicação até 15 de Novembro de 2012.
Notificação da selecção de propostas de comunicação a 15 de Janeiro de 2013.
Os participantes seleccionados dispõem de 15 minutos de exposição.
A publicação em volume dos ensaios apresentados resultará de um processo de avaliação “peer review”. O envio dos ensaios finais (máximo de 5000 palavras) deverá acontecer até 15 de Junho de 2013.
A exposição da designer brasileira Zuzu Angel e o desfile de moda Finalistas ESAD & Modtíssimo completam o programa de abertura da Fábrica de Santo Thyrso. A exposição de moda ZUZU ANGEL – RAÍZES DO BRASIL ATRAVÉS DA MODA propõe a articulação e intercâmbio entre designers de moda portugueses e brasileiros.
Zuzu Angel foi a primeira designer de moda brasileira a lançar uma linha voltada para as raízes do país, com identidade própria, contrapondo-se à inspiração europeia e americana que marcavam o design de moda dos anos 60 e 70. Usou as rendas do nordeste, os estampados da fauna e flora amazónicas, a inspiração baiana, o valor da cultura brasileira. Vestiu celebridades da alta sociedade brasileira e americana e, ao mesmo tempo, foi precursora dos modelos prêt-à-porter. O drama que viveu com o seu filho, assassinado pelo governo brasileiro no âmbito do movimento estudantil contrário à ditadura militar, marcou a sua trajetória, passando a usar a moda como arma e voz de todos os que se pronunciavam contra o regime, e terminando ela também assassinada, embora o facto só tenho sido dado como provado mais de 20 anos depois.
A vida e luta de Zuzu Angel inspiraram Chico Buarque a compor Angélica e o escritor José Louzeiro a escrever Em Carne Viva. Esta exposição é comissariada pela filha de Zuzu, Hildegard Angel, e resulta da ligação da ESAD com o Instituto Zuzu Angel no Brasil. Este evento insere-se na parceria da ESAD com a Câmara de Santo Tirso no âmbito do projeto da Fábrica de Santo Thyrso, integrando-se no Seminário Internacional sobre Quarteirões Culturais, a decorrer de 25 a 27 de Outubro. Integra-se assim no primeiro ato público da Incubadora de Moda e Design e o primeiro evento a decorrer na Nave Cultural da Fábrica.
O termo quilombo é uma herança dos povos da família linguística Bantú, em particular das línguas Kimbundo (kilombo) e Umbundo (ochilombo). O seu significado no Brasil é inseparável da história das rotas do comércio transatlântico de africanos escravizados. A repressão e as más condições a que estavam sujeitos levaram a que cada vez mais escravos, revoltados com a sua condição, fugissem das senzalas para locais remotos onde dificilmente poderiam ser recapturados pelos seus antigos senhores. A fuga de escravos originava pequenas concentrações em locais de difícil acesso denominados por quilombos ou mocambos.
Por toda a América do Sul, nomes diferentes identificaram estes coletivos de resistência: palenques e cumbes (Colômbia, Panamá, Perú), marrons (Jamaica), grand maroonage (Suriname, Guiana Francesa). Com a abolição da escravatura negra no Brasil (1888), essas terras foram doadas pelos antigos senhores, compradas ou naturalmente ocupadas. Contudo, apenas um século depois, em 1988, foram as comunidades quilombolas juridicamente reconhecidas. Apesar desse reconhecimento, ainda hoje os direitos dos quilombolas são violados. Não apenas o direito à propriedade – por via de conflitos violentos – mas igualmente direitos humanos básicos no acesso à saúde, à educação ou a fontes de rendimento sustentáveis.
Kilombos não é um filme sobre a escravatura ou sobre o processo de luta pela titulação das propriedades. Não deixa sê-lo, certamente, por via dos seus protagonistas. Filmado em várias comunidades do estado do Maranhão, Kilombos procura ser o resgate de memórias e narrativas orais de uma cultura contemporânea, um contributo para uma antropologia visual de ideias, práticas e artefactos que são também o Brasil de hoje.
Kilombos é uma iniciativa do projeto “O percurso dos Quilombos: de África para o Brasil e o regresso às origens” que pretende contribuir para o dialogo intercultural.
Following the success of the Royal Opera House Africa Weekend curated by Yinka Shonibare MBE, Guest Projects will launch Guest Projects Africa.
Showcasing cutting edge African Art forms, Guest Projects Africa creates a platform for African artists of all disciplines including spoken word, dance, fashion, architecture, visual arts, and more.
Submissions are now open for Guest Projects Africa 2013.
Closing date for submissions is Monday 7th January 2013.
For application details please contact [email protected] with the email subject 'Guest Projects Africa 2013 Submissions'.
Mais sobre o projeto GUEST PROJECTS do Shonibare Studio, aqui.