Logótipo Próximo Futuro

Corpo, imagem e memória: o trabalho de Wura-Natasha Ogunji

Publicado19 Mai 2015

Etiquetas Wura-Natasha Ogunji memória corpo

Imagem: Wura-Natasha Ogunji, beauty, 2013. Photo: Soibifaa Dokubo

Wura-Natasha Ogunji é uma artista nigeriana, fotógrafa, performer, professora e antropóloga. Inquieta com a escassez de imagens da negritude a História da fotografia, iniciou uma série de auto-retratos num processo de busca identitária relacionada com a noção de memória e ancestralidade. Em entrevista ao site Contemporary And, a artista fala do seu percurso e obra.

C&: How is the notion of (collective) memory in relation to the body (being physical, social, etc.) important to you?

WNO: Our bodies are such great containers of memory. And our consciousness holds so much information about our histories, even our futures. Scientifically speaking, we’re carrying this genetic material that is millions of years old. These bodies know a lot and tell a lot. I love how performance taps into this information; I love what it pulls out and where it can take us.

C&: We were recently asked by a journalist why we think global art tends more and more to look the same. You can’t look at a work from Nigeria any longer and say, hah!, that’s Nigerian. What do you think about that development?

WNO: To say that global art looks more and more the same is to miss out on the innovative ways in which artists are working today, and it also misses the nuances and specificity of place and experience. I think the more exciting and important questions have to do with the changing ways we create, as well as write about, talk about, curate, teach, and experience art in this historical moment. The range and diversity of art practice today, naturally, moves beyond and across geographic boundaries. Artists have totally expanded the landscape for making and sharing their work, so the language that we use to understand this work must also shift.

A entrevista completa, aqui

Novo filme do realizador chileno Patricio Guzmán

Publicado10 Fev 2015

Etiquetas Cinema chileno memória Pinochet

Patricio Guzmán, realizador chileno, estreia no Festival Internacional de Cinema de Berlim, a decorrer este mês, o segundo filme de uma triologia dedicada à memória da ditadura. Filmado na Patagónia, 'El boton de Nacar', guardado em segredo e sem trailler disponível, segue-se a 'Nostalgia de La Luz', mostrado no Próximo Futuro. 

Patricio, ‘Nostalgia de la Luz’ es el documental chileno más visto en el extranjero, ¿Qué significa eso para ud. a la hora de plantearse sus siguientes películas?

En realidad la respuesta del público no influye directamente en mis trabajos. Tengo en cierto modo un público fiel que busca mis películas cuando aparece una nueva. Pero no pienso nunca en el público a la hora de buscar una temática en particular. Lo que me preocupa es la claridad en la exposición, en la línea del desarrollo, en la intriga, especialmente cuando trabajo en la estructura, porque una película debe contar bien una historia para que interese al público. Pero tiene que ser una historia abierta. Es decir, que el espectador saque sus propias conclusiones.

¿Por qué escogió Berlín para el estreno?

A nosotros nos seducía entrar en la competencia oficial de Berlín, un certamen al que no íbamos hace mucho tiempo, y al ver la película su director Dieter Kosslick nos ofreció inmediatamente esa sección.

Con respecto a la trilogía que comenzó con Nostalgia de la Luz y que sigue con El Botón de Nácar, cuyas locaciones y paisajes recorren Chile ¿Por qué decidió seguir con la Patagonia? ¿Cómo determinó que la historia se situaba allí?

La respuesta es bastante sencilla. Yo no conocía nada del extremo sur aunque conocía una parte de su historia. Después de Atacama nos parecía necesario entrar en la Patagonia.

Entrevista aqui

Memória do colonialismo na obra de Nomusa Makhubu

Publicado7 Fev 2015

Etiquetas Colonialismo áfrica do sul memória

Nomusa Makhubu, nascida em 1984 na África do Sul, trabalha as questões da memória colonial,através de auto-retratos fotográficos inseridos em imagens de arquivo. Presente na Dak'Art 2014 e distinguida com Le Fresnoy Studio National des Arts Contemporains Prize, fala agora, em entrevista ao site Contemporay and, da sua obra e dos seus projectos.

CH: How did this series come about?

NM: The Self-Portrait series was originally part of a body of work and an exhibition calledPre-Served, which focused on representations of African women in colonial photography. This project represented a few challenges: the photographs themselves were problematic because they set up a clear distinction between the photographer and the photographed as male and female, European/ African, white/black – in which the former is always privileged. I wanted explore ways in which it might be possible to subvert that hierarchy, and re-write the political implications in the photograph. I asked: of what use are these photographs to contemporary politics? Of what use are tools of memory if they serve a denigrating history? Since they represent colonialism, should they simply not be erased from memory, forgotten, and delegitimized? The women in the photographs that I selected had come to represent collectivities of women and men who have been subjected to the dehumanizing scientific gaze.

CH: Importantly, the titles of these self-portraits are in Zulu, with English translations in brackets. 

NM: Indeed. Titles like Mfundo, Impahla neBhayibheli [Education, Apparel, and the Bible], (2007/ 2013),  Umasifanisane [Comparison] (2007/2013), and Goduka [Going/ Migrant Labourers] (2013) disturb the meta-narrative. I grew up in the industrial southern parts of Gauteng, in the Vaal Triangle, which was more socio-linguistically “mixed” by comparison to areas that were in former bantustans. I realised that when one is searching for one’s so-called identity, one begins with cultures attributed to socio-linguistic groups. I was looking for Swazi culture but I speak Zulu and thought I was Zulu. I spoke Sotho as well, having learnt it from other children around me. This project made me realise how problematic it is to consider socio-linguistic groups as autonomous cultures. I use performative photography to revise the ways in which post-memory is not only inherited memory without primary experience, but can rupture and interrogate predominantly masculine historical narratives. Performed photography, in which the archive or historical as well as canonical photographic imagery is appropriated, functions as a necessary interruption and a powerful assertion.

A entrevista completa em A disturbing memory

Saber Tropical em Moçambique até 26 de Outubro

Publicado25 Out 2012

Etiquetas congresso moçambique história memória ciência

mozambique

CONGRESSO INTERNACIONAL SABER TROPICAL EM MOÇAMBIQUE: HISTÓRIA, MEMÓRIA E CIÊNCIA

LISBOA, IICT – JBT / Palácio dos Condes da Calheta, 24- 26 DE OUTUBRO DE 2012

O Congresso Internacional Saber Tropical em Moçambique: História, Memória e Ciência resulta de uma parceria interna entre vários projectos do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito do Programa História da Ciência, e visa apresentar e partilhar estudos e resultados de trabalhos de investigação em curso sobre Moçambique, nas várias áreas do saber científico, parte dos quais desenvolvidos em parceria com instituições moçambicanas.

Reflectindo uma história de séculos de contactos, influências e intercâmbios com o Oriente e o Ocidente, Moçambique assume-se no contexto da África Austral como um espaço privilegiado de articulação do continente africano com o Índico e com o Atlântico, atestado pelo crescente número de trabalhos de investigação e de projectos de cooperação. Nesse sentido, este Congresso pretende dar mais visibilidade à investigação que tem vindo a ser feita, criando oportunidades para os investigadores das diversas áreas científicas apresentarem os seus trabalhos contribuindo para dinamizar o interesse por Moçambique e sublinhando o papel desempenhado pela investigação científica e pelo envolvimento directo no desenvolvimento e na cooperação.

Privilegiar-se-á uma abordagem comparativa e interdisciplinar que tenha em conta perspectivas históricas, antropológicas, sociológicas, culturais, económicas, políticas, biológicas e ambientais, incluindo ainda aspectos técnicos do tratamento e preservação do património, que permita não só uma perspectiva histórica em termos regionais e mundiais mas também em termos do reconhecimento da importância dos saberes e do conhecimento científico no contexto actual desta sociedade; sendo que, para tal, o Congresso será também enquadrado por uma mostra documental e material que testemunha e reflecte a diversidade e transversalidade da abordagem proposta e a riqueza do património documental e material em que se apoia uma boa parte do trabalho de investigação.

Deste modo, espera-se que este Congresso contribua para uma compreensão mais global e abrangente, que permita uma melhor percepção da situação presente de Moçambique, ajudando a identificar desafios actuais e a cooperar na sua resolução.

Áreas temáticas propostas
Património Histórico e Científico
Ocupação, História Pre-colonial e Escravatura
Colonialismo, Território e Definição de fronteiras
Missões científicas e Antropologia colonial
Descolonização e Estado independente
Etnobotânica, Medicina tradicional
Biodiversidade, Gestão e Uso sustentável de recursos naturais
Saúde e Alimentação
Alterações climáticas e riscos associados
Arquitectura e Urbanismo
Literatura, Cultura e Educação
Políticas de Desenvolvimento e Cooperação

Mais informações, aqui.