A entrevista de António Pinto Ribeiro, curador do Programa Gulbenkian Próximo Futuro à RDP África, a propósito da programação deste ano que tem como tema proncipal o sul da África pode ser ouvida aqui
A Cinemateca do Próximo Futuro abre hoje com a estreia mundial do filme Cadjigue de Sana Na N'Hada, às 22h00 no Anfiteatro ao Ar Livre, com a presença do realizador.
"Earlier this year I was invited to join a film crew on assignment to one of Africa's least known archipelagos - the Bijagós. The plan was to make a feature film by director Sana N'hada about these islands' ancient culture and the dangers it faces nowadays. As I boarded the airplane my mind was filled with exciting expectations about my first experience in Africa and as part of a cinema production team."
Para saber mais sobre as filmagens pode navegar-se por aqui
Por motivos alheios ao programa Próximo Futuro e à Fundação Calouste Gulbenkian foi cancelada a apresentação do espetáculo "Uma História à Margem" de Ricardo Chacal, agendado para 5 de Julho às 23h30 no São Luiz Teatro Municipal.
A devolução do valor dos bilhetes já adquiridos será feita nas bilheteiras onde os mesmos foram comprados.
"Para um mundo Sustentável" e "Present Tense" são dois bons motivos para estar mais atento à informação que encontra nos autocarros da Carris. Os transportes públicos de Lisboa criaram um "acesso" especial de acesso às duas exposições. Para isso é preciso encontrar os flyers do Próximo Futuro que estão nos autocarros.
Começa hoje o Verão do Próximo Futuro. Há eventos gratuítos, pagos e outros que precisam de convite. A Festa começa às 17h30 com as inaugurações da arte pública no Jardim. Ainda há passes disponíveis com acesso a todos os eventos.
"Velório Chileno" é uma peça sobre um episódio banal, de uma noite entre amigos que comemoram o Golpe de Estado de Pinochet, na noite de 11 de setembro de 1973. Para ser vista dias 5 e 6 de Julho, às 22:00 no Teatro do Bairro.
“Me gusta porque es una historia cruda, que raya en lo patético, pero contada con un humor negro finísimo”, dice Cristián Plana, el director de Velorio chileno.
Pode saber-se mais sobre esta peça aqui, aqui e aqui
A poesia africana na diáspora tem uma voz particular. Normalmente jovem, interventiva e pouco conformada. Badilisha Poetry Radio é a plataforma podcast onde estas vozes se encontram.
Ver alguns destes autores ao vivo será possível no próximo dia 23 de Junho às 18:00 na Cabana
"Tempo e Espaço: Os Solos da Marrabenta" é a peça que Panaíbra Gabriel, coreógrafo moçambicano, traz ao Verão do Próximo Futuro. Trata-se de um solo que o bailarino executará dividindo o palco com o guitarrista Jorge Domingos. E em palco estarão também Gonçalo Mabunda e Fanny Mfumo, Pedro Homem de Mello e Amália Rodrigues, numa viagem sobre a identidade e o corpo. Tudo isto nos dias 22 e 23 de Junho às 21h00 no São Luiz Teatro Municipal (Sala Principal)
"Desde a independência, em 1975, Moçambique tem sido uma terra de transformações sociais e políticas, passou de um modelo inflexível comunista, abrindo-se gradualmente para uma frágil democracia. A performance explora essa noção de corpo africano de hoje: um corpo pós-colonial, um corpo plural que absorveu os ideais de nacionalismo, modernidade, socialismo e liberdade de expressão, o meu próprio corpo."
A peça foi apresentada no Festival Panorama em 2010, onde foi gravado o registo que se pode ver aqui. Há mais informações aqui e sobre os mais recentes trabalhos de Panaíbra e dos seus bailarinos pode saber-se aqui
Notre monde est-il durable?Bakari Emmanule Daou, artista do Mali, põe-nos a pensar com o título de uma série de fotografias que realizou em 2010. Em toda a parte a interacção humana com o ambiente precisa ser reinventada.
Nesta visita iremos explorar as questões da sustentabilidade pelo lado mais belo e positivo: desde a própria cenografia da exposição até às obras de artistas que reflectem as suas preocupações ambientais em torno da salvaguarda da vida, dos lugares e da beleza.
Como diz Fatoumata Diabaté, também do Mali, a propósito do seu trabalho L´Homme en animal, de 2011: Sinto que a vida só pode ser sustentável se se basear em valores e costumes não superficiais.
As datas das próximas visitas podem ser consultadas aqui
Oito dias de Cinemateca com 12 filmes, incluindo estreias, 9 espetáculos de dança, teatro e música, e um baile de garagem. O passe para esta festa está à venda só até 21 de Junho.Com um custo de 49€, o passe dá acesso a todos os espetáculos e resulta num desconto de 60% no custo total das entradas.
O Baile de Garagem com o DJ Rui Miguel Abreu e os Analog Africa Soundsystem (com Samy Ben Redjeb e Pedo Knopp) a partir das 24:00 do dia 21 de Junho é um dos bónus do Passe do Próximo Futuro.
Na Festa da Literatura e do Pensamento do sul da África estarão presentes alguns dos nomes mais importantes da produção literária daquela zona no continente. O queniano Binyavanga Wainaina, com o sul africanoIvan Vladislavic e o angolano Ondjaki são os convidados para uma conversa moderada por Teolinda Gersão, que certamente abordará as narrativas sobre África feitas e os africanos.
"Wainaina found worldwide acclaim through How to write about Africa, his scathing satirical essay that is a mock tip-sheet for Western journalists writing about the African continent.
It includes lines such as: "Among your characters you must always include The Starving African, who wanders the refugee camp nearly naked, and waits for the benevolence of the West. Her children have flies on their eyelids and pot bellies, and her breasts are flat and empty. She must look utterly helpless."
A entrevista de António Pinto Ribeiro, curador do Próximo Futuro ao jornal Le Monde, na semana em que Portugal ocupou Paris com a sua mais recente criação artística.
Antonio Pinto Ribeiro est le commissaire général de "Proximo Futuro", vaste programme artistique lancé en 2009 par la Fondation Calouste Gulbenkian, et que l'on peut traduire par "le prochain futur", ou "le futur proche".
Essayiste, cofondateur en 1992 de Culturgest, principal centre culturel de Lisbonne financé par la banque Caixa Geral de depositos, il réfléchit à une esthétique portugaise dans la sérénité de cette fondation atypique, musée d'art contemporain cerné de jardins, centre d'art, fondé au début des années 1950 par un magnat du pétrole et devenu un rouage essentiel de la culture portugaise avec 90 millions d'euros de budget annuel en 2013.
On a souvent comparé la Fondation Gulbenkian à un ministère de la culture "bis"...
La Fondation a été un des principaux soutiens à la culture pendant le salazarisme, puis pendant les premières années de la démocratie, jusqu'aux années 1980. A cette époque, l'Etat portugais s'est mis à investir dans le cinéma, le théâtre, les arts contemporains.
Mais avec la crise actuelle et l'absence totale de vision culturelle du gouvernement [dirigé depuis 2011 par Pedro Passos Coelho (PPD/PSD), centre droit], les artistes se tournent à nouveau vers la Fondation Gulbenkian. Je n'ai pas le souvenir d'autant d'indigence politique depuis la dictature.
C'est une lente négligence. Par exemple, le Centre culturel de Belém (CCB), inauguré en 1992, a très bien fonctionné jusqu'en 2007. Mais aujourd'hui les salles de concert sont vides, le Musée d'art moderne Berardo, abrité par le CCB, est semi-privé. Il a beaucoup contribué à la valorisation de la collection de son propriétaire.
Comment le Portugal se situe-t-il aujourd'hui, culturellement ?
Le Portugal est un pays étrange, inégal, contradictoire. Nous avons une élite très instruite, très créative, des cinéastes, des architectes, des intellectuels d'une grande qualité. Mais la classe moyenne n'est pas au fait de la création. On lui a proposé un modèle de nouveau riche.
Nous avons vécu cinquante ans de salazarisme en étant à côté du monde. Nous n'avions accès à rien de contemporain, nous avons raté toutes les révolutions esthétiques. Puis l'Europe a apporté quantité d'argent, qui a servi à construire des bâtiments, des infrastructures, pas une nouvelle identité.
Par élimination. Ni espagnole, ni française, ni, ni... Je dirais que nous continuons à cultiver la mélancolie, la nostalgie, et que nous sommes imprégnés d'un certain expressionnisme du Sud. Bizarrement, la création portugaise a délaissé le baroque, elle est très incarnée, claire, nettoyée. Et bien sûr tournée vers l'Afrique et le Brésil, principalement pour les arts plastiques.
Et par rapport à l'Europe ?
Les Chantiers d'Europe, qui mettent cette année le Portugal à l'honneur, auraient pu être l'occasion d'un débat en profondeur, dont nous ne pouvons pas faire l'économie. La diffusion artistique est orientée vers l'Europe. Tous les créateurs se tournent vers elle, Paris étant une porte essentielle. Mais ils découvrent que ce n'est pas si simple, que cela ne fonctionne pas naturellement. D'où cette sensation d'être toujours à la périphérie. C'est un signe, auquel il convient de réfléchir.
La culture africaine est très présente à Lisbonne...
Bien sûr, et les temps changent. Il y avait avant la crise quarante mille Angolais vivant officiellement au Portugal ; aujourd'hui, près de cent mille Portugais sont partis vivre en Angola, à cause de l'effondrement économique ici et de la croissance là-bas. Cette inversion est fascinante.
"Smile if you can" e "Orobroy, Stop!" são as duas peças que o coreógrafo moçambicano Horácio Macuácua traz ao Verão do Próximo Futuro dia 29 de Junho, no S. Luiz Teatro Municipal.
A dança contemporânea moçambicana tem, discretamente, vindo a ocupar espaço nos palcos internacionais. Horácio Macuácua é um dos convidados deste Verão do Próximo Futuro, trazendo duas peças.
No mesmo dia veremos "Orobroy, Stop!" trabalho premiado em 2010 no “Danse l’Afrique danse” realizado no Mali e "Smile if you can", criado em 2012. O mesmo programa repete-se no domingo dia 30 de Junho, no mesmo local.
"¿Qué intención tenías a la hora de montar Smile if you can?
Quería exponer mi visión sobre el valor del pueblo mozambiqueño, que a pesar de las dificultades del día a día, nunca se frustra. En Europa la gente se suicida porque de repente no tiene los mismos recursos económicos que antes. En mi país la gente no sabe si tiene dinero para tomar el transporte público al día siguiente, no sabe cuándo va a poder comer. Y a pesar de todo nunca deja de sonreír. Eso me parece admirable. Al mismo tiempo quería construir una crítica contra los gobernantes y las empresas extranjeras que absorben lo poco que tenemos. Intento alertar a los ciudadanos que debemos despertar y tomar más consciencia con lo que nos ocurre. De otra forma acabaremos vendiendo el país sin darnos cuenta."
Desmontagem da exposição 360º Ciência Descoberta
A montagem da exposição dos 9ª Edição dos Encontros de Fotografia de Bamako já começou. E a sala que a acolhe será completamente alterada. As janelas da galeria de exposições temporárias do edifício sede da Fundação Gulbenkian serão um elemento importante nesta mostra.
"Ecological concerns, formerly limited to a restricted circle of alert visionaries, are now part of our everyday life and at the heart of all debates. Global warming, the exhaustion of mineral and food resources, deforestation, water shortages are today at the centre of all planetary issues and balances. Economic liberalism based on the consumer society has improved productivity and development, but it has also reinforced profit and inequality at the expense of basic respect for people and their environments."
Catarina licenciou-se em arquitectura e é nesta área que desenvolve o seu trabalho. A particularidade da sua produção está na opção pela construção artesanal com materiais locais, numa lógica de sustentabilidade de recursos e de relação com o meio. Na resposta ao convite para a construção deste abrigo para conversas sobre o sul da África, a arquiteta manteve os mesmos princípios e técnicas que caracterizam o seu trabalho. As argilas que veremos na cobertura da construção foram recolhidas em 5 pontos diferentes do país, os tingimentos do sisal, foram efectuados com argila e tintos naturais.
A participação de Catarina Pinto na construção de Nandipha Mntambo, no Verão do Próximo Futuro 2011 pode ser vista aqui. O crescimento da Cabana e das outras instalações do Próximo Futuro podem ser seguidas aqui
Present Tense, a exposição de fotografia do sul da África que inaugura em Lisboa no verão do Próximo Futuro, seguirá depois para Paris, integrando a Saison Afrique du Sud France. Uma mostra da produção mais recente de 14 fotógrafos africanos, algumas trabalhos feitos especialmente para esta exposição, numa abordagem às tensões actuais que ultrapassam o registo continental.
" S’intéresser à l’Afrique revient à s’intéresser à un continent où l’histoire de la photographie est particulièrement importante. Peu visibles en Europe bien que porteurs d’autant de talents que d’un regard aiguisé sur leurs sociétés, deux importantes générations de photographes sont ici présentées. Ces derniers développent deux tendances : alors que certains prouvent qu’ils n’oublient pas leur passé et leur histoire, d’autres se tournent désormais vers l’avenir."
As peças de Catarina Branco e a Cabana de Catarina Pinto não tardarão a tomar conta do Jardim. As Alminhas de papel, depois de uma atlântica viagem, serão companhia de "peregrinações" nos trilhos dos Jardins da Fundação Gulbenkian.
A Cabana já se constrói e será abrigo de conversas e de meteorologias para se usufruir todo o Verão. No Próximo Futuro, a partir das 17.30 de 21 de Junho.
A Bienal de Veneza vista por Sean O'toole, o crítico de arte e editor sul africano. Um texto importante para compreender a presença da arte africana nesta bienal.
"This year, the fifty-fifth iteration of Venice’s sprawling art extravaganza, Africa is nonetheless a leading presence. Six African states – Angola, Egypt, Ivory Coast, Kenya, South Africa and Zimbabwe – will host national pavilions. Of these, Ivory Coast and Angola will be hosting a pavilion for the first time. Photographer Edson Chagas will represent the oil-rich Lusophone country that in 2007 was at the centre of a fuss when the controversial African Pavilion showcased the work of Luanda-based Congolese businessman Sindika Dokolo, whose African Collection of Contemporary Art included work acquired by German shoemaker and collector Hans Bogatzke. "
Teremos festa no Jardim. Fátima Mendonça e Luís Nobre preparam já as suas intervenções que nos acompanharão até Setembro. A rulote e o passadiço serão de novo objectos de arte na programação do Próximo Futuro.
Borboletas em fundo verde, sombras com padrões vindos de diferentes paragens, mensagens harmoniosas ou leituras mais políticas, as intervenções destes dois artistas não necessitam de convite ou ingresso. Dar-se-ão ao desfrute a partir de 21 de Junho nos Jardins da Fundação Gulbenkian.
A primeira apresentação deste ballet realizou-se 29 de Maio de 1913 em Paris, no Teatro dos Campos Elísios.
"When the ballet was first performed, at the Théâtre des Champs-Élysées on 29 May 1913, the avant-garde nature of the music and choreography caused a sensation and a near-riot in the audience. Although designed as a work for the stage, with specific passages accompanying characters and action, the music achieved equal if not greater recognition as a concert piece, and is widely considered as one of the most influential musical works of the 20th century."
A partir de fotografias e desenhos desta primeira apresentação foram criados seis pequenos vídeos que podem ser vistos aqui
A proposta do Museo de America em Madrid é muito clara: "Pretendemos recoger y mostrar la diversidad y el enriquecimiento cultural que se producen a través de la migración." Fá-lo através de um projeto participativo que contempla as memórias mais antigas e as vivências atuais, sem descriminação de área ou suporte.
O projecto pode ser acompanhado através do site Migrar es Cultura, para além das exposições que o museu organiza e acolhe. Descubre América en tu ciudad é uma delas.
"En 1911, la española Antonia Barba Martínez viajó a Argentina pensando pasar allí una corta temporada de trabajo tras la cual volvería a su país natal, un deseo que jamás se cumplió. Como no sabía escribir, acabó perdiendo el contacto con sus familiares en Linza, cerca a la frontera con Francia. Cien años después, su nieto Juan Luis Sabbatini consiguió localizar a los parientes de Antonia y organizó un viaje en el que llevó consigo una imagen de su abuela a tamaño natural “para presentarla a su familia, fotografiarla y, de alguna manera, 'devolverla' a su tierra natal, a su pueblo enclavado en los Pirineos y a su casa que aún se conserva”. El retrato de la emigrante joven, fotografiada junto a dos tataranietas de su hermana mayor es una de las imágenes que componen la muestra fotográfica Descubre América en tu ciudad,que puede ser vista hasta el domingo 2 de junio en Museo de América, de Madrid."
Há mais para ler aqui e o projecto para acompanhar aqui
A exposição Ocupações Temporárias - Documentos encerra amanhã. Hoje às 17 haverá a última visita guiada. A entrada é livre.
"Terra Longe" de Nenass Almeida e Nuno de Pina, realizado para a edição de 2013 das Ocupações Temporárias apresentadas na cidade do Mindelo, Cabo Verde, é um ds trabalhos que pode ser visto na galeria do piso 01.
O Próximo Futuro traz a 9ª edição dos encontros de fotografia de Bamako para o edifício sede da Fundação Gulbenkian. "Por um mundo sustentável" é o tema da exposição que se espalhará pela galeria de exposições temporárias fazendo uso das grandes janelas que a ligam aos jardins. Os trabalhos de 45 fotógrafos e 10 videastas, oriundos de 27 países, para ver de 22 de junho a 1 de Setembro.
"O tema proposto aos fotógrafos foi “Para um mundo sustentável”. Um tema desta natureza, com as implicações que tem em termos de política ambiental, decisões económicas, defesa do ambiente, regulamentação agrícola, piscatória e industrial, num continente onde, em muitos países, se está longe de atingir os mínimos exigíveis pelo acordo de Quioto, é uma proposta, no mínimo, revolucionária."
A ser preparada há vários meses, Present Tense é a exposição de fotografia que ocupará a galeria do piso 01 em Lisboa a partir de 21 de Junho, e que depois seguirá para Paris.
"Independentemente dos géneros – retrato, paisagem documento, fotojornalismo – são as fotografias sobre o “Present Tense” que queremos mostrar e, este conceito de “Present Tense”, engloba também a tensão entre as linguagens, a opção pela cor ou pelo preto e branco e o detalhe divergindo do panorâmico."