O Centro em Rede de Investigação em Antropologia é uma unidade de investigação inter-institucional vocacionada para a investigação em antropologia social e cultural. Os interesses científicos dos investigadores que compõem esta nova unidade de I&D serão agregados em quatro linhas temáticas:
1. “Identidades Sociais e Diferenciação/Social Identities and Differentiation”;
2. “Práticas e Políticas da Cultura/Culture: Practices, Politics, Displays“
3.“Migrações, Etnicidade e Cidadania / Migrations, Ethnicity, Citizenship”;
4.“Poder, Saberes, Mediações/Power, Knowledge, Mediations”.
Mais sobre o CRIA
O convite da Artecapital era obviamente muito estimulante, mas absolutamente irrealizável, dado o tempo e os recursos humanos que seriam necessários para realizar uma investigação apropriada e exaustiva sobre o tema proposto. Ficam aqui apenas algumas premissas de um possível trabalho para uma equipa de investigadores, e algumas notas relativas a um conjunto específico de países, de algum modo representativo da situação da produção e difusão das artes visuais contemporâneas fora dos circuitos e dos países até há pouco tempo tidos como primeiros e históricos produtores.
Há que, desde logo, partir da diferenciação das condições de produção, da expectativa de valorização nos mercados e dos valores financeiros que separam as artes visuais das artes performativas, ocupando estas últimas, em termos de transacção comercial, uma importância bastante residual, mesmo considerando a Ópera e as suas mega-produções. Relativamente às artes visuais, há ainda que diferenciar a criação não contemporânea cujos objectos constituem maioritariamente um valor simbólico − nada desprezível, bem pelo contrário −, sendo as suas transacções mais raras e sempre espectaculares pelos montantes obtidos. Existe ainda uma terceira diferença, que diz essencialmente respeito aos valores quantitativos e qualitativos das peças, caso se esteja a falar do circuito de Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Munique, Paris e Zurique/Basel, ou dos circuitos mais emergentes como o de São Paulo, Xangai, Dubai, México. Estes últimos, embora sendo já mercados em forte ascensão, são difusos nas formas de implantação, acantamento de clientes − pequenos e grandes coleccionadores − nas trajectórias das obras e na sua valorização. Também os motivos de exposição, como os de aquisição de obras, são sociologicamente ainda pouco estudados. Finalmente, aspectos relevantes como a existência ou não de mercados locais cruzando-se com o circuito internacional, o estímulo por parte das organizações governamentais, onde se incluem os museus, os mecanismos de apoio à produção e à difusão dos criadores, as formas de acolhimento de artistas estrangeiros e, finalmente, os mecanismos de criação e de visibilidade, como bolsas de artes e residências artísticas, fazem a diferença entre aquelas cidades ou países que na actualidade mais expectativas podem gerar.
No âmbito deste trabalho inventariam-se oito casos de estudo de situações emergentes e tradicionalmente tidas como periféricas: Brasil, Chile, China e Hong Kong, Grécia, Turquia, África do Sul e Moçambique, sendo que não há um modelo que lhes seja comum e muito menos um estado das artes semelhante.
Para continuar a ler, aqui
António Pinto Ribeiro, in Arte Capital
No CIES desenvolvem-se projectos de investigação fundamental na área da sociologia, e ciências sociais afins, nomeadamente a ciência política, as ciências da comunicação, as ciências da educação e a antropologia urbana.
A página do CIES, aqui.
The mission of CIAUD is to promote the production, development and innovation in scientific, technological and artistic knowledge in the realms of architecture, urban planning and design and to interact with other disciplinary areas as well as with education and with society as a whole.
Mais sobre o CIAUD, na página do centro. Aqui
Acaba de sair um pequeno livro que resulta de uma conferência dada pelo filósofo francês Jean-Luc Nancy a crianças com mais de dez anos. O tema é a beleza. Dita - e depois passada a livro numa linguagem simples e clara - a conversa de filosofia com os interlocutores, activos e perguntadores, aborda o conceito de Beleza, os equívocos gerados por vocábulos que se avizinham como bonito, prazenteiro, simpático, etc.
O autor que se posiciona numa linha de pensamento estético onde a metafísica subsiste, faz entender a beleza como conceito sem finitude, mas operatório de que as coisas participam ou não, para a qual caminham ou não. Os aspectos mais pertinentes desta conferência, e note-se que ela foi feita para crianças, são: a manifesta insistência de que ainda hoje se pode falar de beleza no meio de um contexto mediático de excesso de opinião e de valorização de obras por autoridades subjectivas, da insistência do pensador de que há sempre uma equivalência entre beleza e verdade e, finalmente, a de que a beleza se pode manifestar de modos inquietantes. A sua interpretação do mito do Narciso, distante da interpretação psicanalítica de Freud, é uma metáfora inteligente e pedagógica para explicar porque nós, enquanto espectadores, nos debruçamos sobre a arte correndo o risco de nos afogarmos. As perguntas das crianças são na sua aparente inocência de bastante dificuldade obrigando o filósofo a uma argumentação sólida e eficaz.
La Beauté, de Jean-Luc Nancy, Ed. Bayrad, Paris 2010
apr
Um projecto politicamente importante, desenvolvido pela artista Jackie Sumell. Uma breve explicação no blog View on Canadian Art, um trailer do documentário sobre o projecto, aqui, e um artigo NYTimes.
O CIAC resulta da fusão de dois centros não financiados: o Centro de Investigação em Ciências da Comunicação e Artes (Universidade do Algarve) e o Centro de Investigação em Teatro e Cinema (Escola Superior de Teatro e Cinema do IPL). Esta fusão exprime a vontade explícita de partilhar massa crítica e recursos humanos e materiais das duas instituições, tanto no domínio da investigação como no da sua aplicação a programas de formação pós-graduada, ao nível do 2º Ciclo, do 3º Ciclo e de pós-doutoramentos. Tem como objectivo desenvolver investigação aplicada e redes de investigação em artes e comunicação, implementar laboratórios de criação artística nas áreas do Teatro, Cinema e outras artes, com enfoque na região do Mediterrâneo.
Mais sobre o CIAC, aqui .
Promovida pelo Sistema Fiep, a CICI2010 trará mais de 80 especialistas nacionais e internacionais para debater soluções que promovam a sustentabilidade e a prosperidade econômica e social nas cidades
Entre os dias 10 e 13 de março, Curitiba receberá mais de 80 especialistas de todo o mundo que irão debater caminhos para a construção de realidades urbanas mais inovadoras, prósperas e humanizadas. Uma iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI2010) trará experiências de sucesso em planejamento urbano, sustentabilidade, mobilidade, gestão e políticas públicas, entre outras, que transformaram cidades em ambientes propícios ao desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Entre os nomes de peso que participarão da conferência estão Steve Johnson (EUA), autor de seis best-sellers que influenciaram desde ações de planejamento urbano até a luta contra o terrorismo; Pierre Lévy (Canadá), filósofo que estuda o conceito de inteligência colet iva; Marc Giget (França), diretor-fundador do Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação; Jaime Lerner (Brasil), arquiteto e urbanista, ex-prefeito de Curitiba; Jeff Olson (EUA), arquiteto e urbanista envolvido em projetos que contemplam espaços verdes e meios de transporte alternativos; Marc Weiss (EUA), presidente do Global Urban Development e líder do projeto Climate Prosperity; Clay Shirk (EUA), professor de Efeitos Econômicos e Sociais das Tecnologias da Internet e de New Media na New York University; e o arquiteto Mitsuru Senda (Japão). A lista completa e o currículo dos palestrantes estão no site www.cici2010.org.br.
Representantes de mais de 50 cidades, de todos os continentes, já confirmaram presença na CICI2010. O evento acontecerá dentro da área de mais de 80 mil metros quadrados do Cietep, sede da Fiep no Jardim Botânico que tem localização estratégica, com acesso fácil e rápido ao Aeroporto Internacional Afonso Pena e a apenas 5 quilômetros do centro de Curitiba. São esperados cerca de 1.500 inscritos, que participarão de uma série de atividades durante os quatro dias da conferência.
“A inovação é o único caminho para construirmos uma sociedade sustentá vel. E para que as empresas brasileiras e todo o País inovem é preciso, antes de tudo, que nossas cidades sejam inovadoras”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. “A CICI2010 será uma grande oportunidade para que possamos pôr nossas cidades definitivamente na rota da inovação”, acrescenta.
Copromovida pelas prefeituras de Curitiba, Lyon (França), Bengaluru (Índia) e Austin (Estados Unidos) e com apoio institucional das Nações Unidas, a conferência é dirigida a empresários, gestores públicos, pesquisadores, estudantes e interessados em inovação. O evento está dividido em quatro grandes temas: “O reflorescimento das cidades”, com experiências de inovações sociais e tecnológicas para a construção de um novo ambiente urbano; “A reinvenção do governo a partir das cidades”, que trará inovações em gestão e experiências de inovações políticas e da cidade como sistema vivo; “A governança do desenvolvimento nas cidades”, uma mostra de experiências de inovações para o desenvolvimento local e apresentação de experiências de inovações para a sustentabilidade; e “Cidade-rede e redes de cidades”, que servirá para a formação do núcleo da Rede de Cidades Inovadoras.
Paralelamente à CICI2010 serão realizados outros eventos integrados, c omo a Conferência Internacional sobre Redes Sociais, o 1º Encontro Internacional de Cidades de Médio Porte e o 2º Encontro de Governos Locais da Índia, Brasil e África do Sul. E será lançado o projeto “Curitiba, Cidade Inovadora 2030”, que visa transformar a cidade e sua região metropolitana em um espaço propício à inovação, à educação e ao surgimento de uma indústria mais sustentável.
As inscrições para a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras podem ser feitas pelo site www.cici2010.org.br. Até 21 de fevereiro, o pacote completo para acompanhar o evento, com acesso liberado a toda a programação da conferência, tem preço promocional de R$ 440,00. Estudantes têm 50% de desconto. Também é possível adquirir pacotes menores, para acompanhar uma ou mais conferências da noite, onde estarão alguns dos principais palestrantes da CICI2010. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito ou depósito bancário.
Saiba mais: http://www.cici2010.org.br/
A missão do CESOP é desenvolver conhecimento próprio no campo das realidades políticas, sociais e culturais da sociedade Portuguesa e contribuir com as suas análises e interpretações para que as políticas sociais sejam adequadas às necessidades do povo português.
A área prioritária de investigação do CESOP é constituída por tudo o que se refira à opinião pública, seja no âmbito político, seja no âmbito social e cultural. Não são prioritárias as áreas de carácter vincadamente comercial, como estudos de mercado, de imagem de pessoas e de produtos, etc..
Mais sobre o CESOP, aqui
Centro Cultural Franco Moçambicano (Fevereiro 2010)
A primeira exposição do ano do CCFM é uma retrospectiva do pintor Valdemiro Matsone.
Miro, como é conhecido, faleceu em 2002 e é um dos mais plagiados autores moçambicanos. É impossivel passear por Maputo e não ver réplicas (assinadas!!!) do Miro, à venda, encostadas nos muros da 24 de Julho ou nas mãos dos vendedores ambulantes que tentam assim "exportar" o melhor da arte moçambicana. São os "disciplagiadores" da arte Miriana" como diz Gemuce no catálogo da exposição
Pintura, desenho, aguarelas ocupam toda a galeria e mostram a versatilidade do artista. Em tempo de carência de , de dificuldades em chegar aos materiais certos, a sua compulsividade usou de tudo como suporte para as tantas figuras que agora povoam inumeras coleções privadas..
Gonçalo Mabunda é o curador da exposição e diz que "este é o Miro/simples e verdadeiro/Miro" O seu Miro.
Pode ver mais do autor aqui e aqui
Elisa Santos
Tsikaya é o projecto do músico Vítor Gama com músicos angolanos. A página na internet do projecto oferece uma perspectiva muito abrangente de como o projecto se concretiza e vale a pena visitar.
Tsikaya promove músicos que desenvolvem o seu trabalho musical no meio rural em Angola.
Iniciado em 1997 o projecto Tsikaya tem como objectivos estimular a criação de músicos e compositores no meio rural, promover o seu trabalho e encorajar a disseminação e construção de instrumentos musicais tradicionais.
Tsikaya é uma iniciativa que contribui para a preservação, divulgação e investigação do folclore angolano através da documentação do trabalho destes músicos por meio de gravações de campo realizadas em torno das suas comunidades, a gravação de Cds e a criação de um arquivo e interface digitais do material gravado.
O Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM) integra a investigação realizada no âmbito dos Departamentos do Instituto de Letras e Ciências Humanas nas áreas da Literatura, Ciências da Linguagem, Filosofia e Cultura. São seus objectivos prioritários o desenvolvimento e divulgação de investigação transdisciplinar na áreas da teoria da literatura e literatura comparada, linguística, estudos culturais e filosofia, com especial incidência no estudo da língua, literatura e cultura portuguesas, nas suas relações com outras culturas, línguas e literaturas.
Mais sobre o Centro, na sua página
O Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (CEG-UL) foi fundado, em 1943, pelo Professor Orlando Ribeiro. Actualmente, com uma equipa de 124 investigadores, 43 dos quais doutorados, o CEG-UL constitui a principal referência na investigação e divulgação do conhecimento geográfico em Portugal e uma unidade de pesquisa relevante ao nível europeu.
Actualmente o CEG-UL organiza-se em torno de dez Núcleos de Investigação, que constituem as suas unidades operativas:
- Ambientes Antárcticos e Alterações Climáticas (AntECC)
- Clima e mudanças ambientais (CLIMA)
- História e Ensino da Geografia e da Cartografia (HEGEC)
- Migrações, Espaços e Sociedades (MIGRARE)
- Modelação, Ordenamento e Planeamento Territorial (MOPT)
- Estratégias e Políticas Territoriais (NEST)
- Estudos Urbanos (NETURB)
- Avaliação e Gestão de Perigosidades e Risco Ambiental (RISKam)
- Sistemas Litorais e Fluviais: Dinâmicas, Mudanças Ambientais e Ordenamento do Território (SLIF)
- Turismo, Cultura e Território (TERRITUR)
Mais sobre o Centro de Estudos Geográficos, na sua página
This unit is a permanent research structure affiliated with the Institute of Social Sciences at the University of Minho. It was created in September 2002 to provide an institutional framework for integrating the growing body of research and the increasing number of researchers in the Department of Communication Sciences. CECS aims to promote and strengthen the status of Communication Sciences within the framework of Social Sciences; to develop research on Communication Sciences within the Portuguese Speaking Countries; and to reinforce relations with similar organisations in Portugal and abroad.
Mais sobre o Centro, aqui
As eleições na Costa Rica e a eleição da primeira mulher Presidente, na história do país, aqui.
O CECC (Centro de Estudos de Comunicação e Cultura) tem por missão promover e desenvolver, numa perspectiva multidisciplinar, os estudos de cultura, os estudos literários, os estudos de tradução, as ciências da linguagem e as ciências da comunicação, favorecendo as relações entre estes campos do saber, bem como as relações de cada um deles com outras áreas científicas.
Mais, sobre o Centro, aqui
25 de Fevereiro. Auditório 3
Entrada livre
Programa
- Ana Isabel Queiroz (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional/ FCSH – UNL) Convite para as paisagens literárias urbanas
- Francesca Negro e Manuela Carvalho (Centro de Estudos Comparatistas, FLUL) Viver a cidade: fragilidades e forças
- João Seixas (ICS) e Pedro Costa (Dinâmia/ISCTE-CET) Das Cidades Criativas à Criatividade Urbana? Espaço, Criatividade e Governança na Cidade Contemporânea
- Lourenço Gomes (Universidade de Cabo Verde) Valor Simbólico do Centro Histórico da Cidade da Praia-Cabo Verde
- Miriam Tavares/Sílvia Vieira (CIAC/UAlg e ESTC) Cartografias do desejo: a cidade como o espaço do outro (estudo de caso: a cidade no cinema moçambicano)
- Autoria colectiva (CRIA/ ISCTE, UNL, UC, UM) Muçulmanos em suas cidades
- Renato Miguel do Carmo (CIES-ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa) O mundo é ‘enrugado’: as cidades e os seus múltiplos territórios
Convidados internacionais
- Nelson Brissac (Universidade Católica de S. Paulo) Megacidades: novas configurações urbanas
- Raul Antelo (Universidade Federal de Santa Catarina/ Brasil) De cidade/city/cité a Babel
- Xavier Vilalta (XV Studios/ Basrcelona. Espanha) Melaku Centre, Mekelle, Tigray, Etiópia (apresentação de estudo de caso)
A nova página de internet do Programa Gulbenkian Próximo futuro será colocada online no próximo dia 15 de Fevereiro. Até lá pedimos desculpa pelo incómodo.
O Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa orienta e desenvolve as suas actividades em torno de três áreas privilegiadas (Interculturalidade, Estudos Literários e Culturais Europeus e Estudos Interartes) sem entretanto pôr de lado outras eventuais conexões interdisciplinares essenciais à prossecução do trabalho científico.
Mais informações na página do centro .
O novo design em Lima, Perú. Vacide Erda Zimic
No enquadramento das Ciências Humanas e Sociais, o Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL) reúne grupos de investigadores que se dedicam à pesquisa uni- e multidisciplinar da literatura, da cultura e da linguística no espaço das anglofonias, com especial relevo para a área britânica e norte-americana da contemporaneidade.
Na convergência de interesses profissionais, na confluência das especialidades disciplinares e na programação a médio e longo prazo, o CEAUL desenvolve constante actividade. Sirva de exemplo a organização de jornadas, colóquios e congressos internacionais, a publicação regular da revista Anglo-Saxonica, órgão de comunicação científica, a edição de ensaios e monografias na colecção Cadernos de Anglística e de uma série de traduções literárias, intitulada Textos Chimaera, bem como de outras obras avulsas de investigação.
Mais, na página do Centro, aqui.
África é o seu objecto de investigação, de divulgação, de acção. Investigação científica disciplinar e interdisciplinar, em confronto com a realidade, recebendo e transmitindo conhecimentos, com humildade e perseverança. Divulgação pedagógica, coloquial e editorial, recorrendo aos métodos consagrados ou promovendo a imaginação criadora. Acção cultural e cívica visando uma melhoria das condições de vida.
África e os africanos. Um objecto de estudo para melhor os conhecermos, para melhor nos conhecermos, para melhor conhecermos a humanidade.
O CEAUP é Unidade de Investigação e Desenvolvimento reconhecida e financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Com vários anos de experiência, tem cinco linhas de investigação: Trabalho Forçado Africano, Rumo a Sociedades Auto-sustentadas, Recursos Hídricos e Amabiente Natural em África, Identidades e Conflitos na África Subsariana, Desenvolvimento Económico-Social e Cooperação. Reconhecido como Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento em Fevereiro de 2008, o CEAUP, sozinho ou em colaboração com outras ONGs, organiza projectos de intervenção em África e sobre África
Formar é construir conhecimentos capazes de quebrar as barreiras do pensamento e organizar saberes, criando as asas indestrutíveis da aprendizagem. Assim, tendo em conta que a formação é a condição sine qua non para o crescimento integral do Ser Humano, o Centro de Estudos Africanos constituiu-se Entidade Formadora, através do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, com a finalidade de proporcionar a satisfação dos reptos duma sociedade, ávida de progresso.
Fonte: www.africanos.eu/ceaup/
Neste Programa Gulbenkian, uma parte substantiva do mesmo é dedicado à produção da teoria e à sua comunicação, que terá diversos formatos. Assim, ao longo do período da sua realização, o Próximo Futuro vai organizar workshops, encontros, debates entre pares com um formato mais fechado, longe das arenas de debates para os quais investigadores de centros de investigação excelentes, que aderiram a este projecto, vão produzir teoria a partir das suas linhas de investigação particulares, transferidas para a plataforma que constitui o calendário deste projecto.
A partir de hoje, daremos um breve destaque diário a cada um dos Centros de Investigação, parceiros do Programa Gulbenkian Próximo Futuro.
Bissau é cheiro. Cheiro de terra e panos (a lembrar o índigo que originalmente os tingia). Cidade junto ao mar virada para terra. Sem monumentos que fascinem, nem paisagens que marquem. Bissau não é beleza.
É o apurar dos sentidos e o entranhar da ambiência.
Várias cidades numa só.
Dois centros.
Um, o dos edifícios coloniais, dos restaurantes e cafés para “cooperantes” e elites. O centro da Pensão Central, lugar mítico para os portugueses que passam por esta África, conhecido pelo nome da sua proprietária, “D. Berta”, e do Centro Cultural Francês, que perfaz o cenário cultural de Bissau.
Outro, o do eixo onde pulula a vida, o Mercado do Bandim, grande, mas não descomunal, como noutras cidades africanas. Local de comércio de produtos da Guiné e do mundo, e de encontros (em pontos como as grandes mangueiras a norte) entre os residentes nos diversos bairros: Antula, Belém, Militar, Quélélé, Sintra, Ajuda, Cuntum, Gã-Beafada… Bairros espacial e urbanamente confinados, mas com populações flutuantes, se se contar com todos os parentes que vêm das “tabancas” (aldeias), por uns dias, uns meses ou até uns anos. Numa territorialidade e continuidade étnica que torna a cidade um espelho do país.
Cidade africana pobre, sem electricidade, abastecimento de água, serviços eficazes de saúde, “emprego”… Cidade onde se afadigam, em múltiplas actividades de sobrevivência e laços sociais com raízes no tempo, cerca de 250.000 habitantes (estima-se que na capital esteja perto de ¼ da população do país).
Em Bissau a noite é breu pontuado pelas estrelas, pela iluminação de gerador das raras casas privilegiadas e pelas velas de vendedores de rua.
Em Bissau o dia é teia de vida, é cor.
Amélia Frazão Moreira
Antropóloga
Fotografia de André Barata
En el aeropuerto internacional de El Alto los aviones no aterrizan, parquean“. Lo escuché una vez de alguien, cuando se refería a los más de 3.600 msnm sobre los que se yergue la ciudad de La Paz, en Bolivia.
A esa altura, con la disminución de la presión atmosférica, se tiene menos oxígeno para respirar y, por lo tanto, el cuerpo reacciona –siempre de manera particular– a través de dolores de cabeza, de estómago o vértigo, por ejemplo. El mate (infusión) de hojas de coca combate el mal de altura, pero la belleza de las montañas vuelve a quitar el aliento.
Baja del avión, pon los pies en el altiplano y mira: la sede de gobierno boliviana tiene como vigías inmortales los nevados de la Cordillera Real, Illimani, Illampu y Wayna Potosí, todos envueltos en auras de sosiego. Ahora voltea y observa cómo La Paz se pone a tus pies. El inmenso cuenco que la alberga se abre y te invita a ir hacia ella.
Un límpido cielo de azul intenso acompaña tu descenso. Quizá es el mismo que acompañó la instauración del primer gobierno libre de Hispanoamérica en 1809 con Pedro Domingo Murillo y otros luchadores, tal vez sea el que vio la sangre derramada en la Guerra Federal de 1898 que definió La Paz como sede política del país, o simplemente es aquel cómplice de la infinidad de leyendas que hacen de esta ciudad tan enigmática.
El río Choqueyapu cruza la ciudad, óyelo. En tu camino hacia la hoyada, mira cómo las casas parecen colgar de las laderas de los cerros, como si insistiesen en no quedar fuera de la fotografía que tomas: techos de calamina, paredes de ladrillos y muros de colores.
Un trecho más y ya entras por sus venas. Delante se alza la Basílica de San Francisco con su estilo barroco mestizo –expresión más acabada del mestizaje cultural en los Andes– construida entre los siglos XVI y XVIII. El Atrio de San Francisco y la Plaza de los Héroes, que se encuentra al lado, fue y es escenario de masivas concentraciones sociales y discursos políticos. Sin embargo, el principal movimiento político tiene lugar en la plaza de armas: periodistas con micrófonos y cámaras en mano van y vienen por las aceras y edificios de la administración legislativa y ejecutiva del país. En los alrededores del Palacio Quemado, (denominación del Palacio de Gobierno debido a un incendio ocurrido durante una sublevación en 1875), se encuentran los edificios más antiguos de la ciudad, la Alcaldía, el Banco Central y muchos museos que, desde su asiento sobre calles angostas empedradas de historia, dan fe del pasado.
Ahora atraviesa la Avenida 16 de Julio en dirección sud, siguiendo sus jardines y observando cómo se desarrolla la vida comercial y financiera paceña. Bancos, negocios, cafés, restaurantes, todos anunciándose con colores y mensajes llamativos. No te extrañe si las bocinas de los autos, los puestitos de venta en medio de las aceras, los gritos de los ayudantes de los minibuses que anuncian las rutas de sus líneas, el paso apurado de los transeúntes o la parsimonia de quienes leen los periódicos que cuelgan en los puestos estimulan todos tus sentidos y hacen tu paso más lento.
Pero la magia se extiende un poco más. Con un poco de tiempo, puedes viajar al Titicaca, el lago navegable más alto del mundo, y también visitar sus islas. A más de 3.800 msnm, el azul lago sagrado –cuya superficie se calcula en 56.270 km– sólo puede compararse con el cielo. El aura de este lago sin fondo se reviste del enigma que le dan las leyendas sobre ciudades de oro y plata, bellos cantos de sirenas y deidades tutelares.
El Lago Titicaca es parte de la Cuenca Endorreica, un sistema hídrico cerrado del que participan Bolivia, Perú y Chile. Bolivia ya no tiene mar, pero su irrenunciable derecho a una costa soberana desde 1904 hace a su marina navegar sobre el inmenso lago de agua limpia y dulce.
Aquí en lo alto, donde los condores aletean, intenta ponerte de puntas y estira las manos. Tal vez alcances un poquito de cielo.
26 de enero de 2010
Patricia Cuarita
Diplomata boliviana
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