O que já se fala no "novo" Sudão
Published31 Jan 2011
O mais novo país de África já fala a língua das ONGs. Aqui
Published31 Jan 2011
O mais novo país de África já fala a língua das ONGs. Aqui
Published31 Jan 2011
"Botswana is in many ways a model African country - wealthy, democratic and not obviously corrupt."
Published28 Jan 2011
Um dos discos mais falados neste final de ano foi a compilação Shangaan Electro: New Wave Music from South Africa (Honest Jon's). Música que pode ser encontrada em Joanesburgo, mas da autoria de naturais da província de Limpopo, no norte do país (região que se estende para Moçambique). Esta música caracteriza-se pela velocidade dos beats. É um dos discos mais entusiasmantes a ser lançados em 2010.
Neste vídeo, uma breve conversa com Richard "Nozinja" Mthetwa, música, produtor e dono da editora de discos que mais tem feito pela popularidade do Shangaan, a Nozinja Music Productions.
Published27 Jan 2011
Published27 Jan 2011
Published26 Jan 2011
Em Santiago, na Universidade Católica do Chile, decorre até hoje (26 Jan) o Seminário de dois dias dedicado ao tema: “La Cultura Arquitectónica y Publicaciones Períodicas” (A Cultura Arquitectónica e Publicações Periódicas). Conta com a participação de 17 convidados nacionais e internacionais, entre os quais o arquitecto e editor Pablo Brugnoli, que em Junho passado apresentou em Lisboa, no Próximo Futuro, a sua lição sobre a “Ciudade Sur” (Cidade Sul).
LM
Published25 Jan 2011
E sendo hoje o aniversário da cidade de Luanda, vale a pena recordar o papel de Liceu Vieira Dias contra o colonialismo português através do documentário que o realizador Jorge António (n. 1966 Lisboa, residente em Luanda) lhe dedicou, intitulado “O Lendário ‘Tio Liceu’ e os Ngola Ritmos” (2009). Aqui há uma extensa entrevista a Jorge António pela jornalista e editora Marta Lança.
O filme já foi mostrado pelo IndieLisboa mas para quem não viu ou queira rever, passa hoje, às 21h30, no Teatro da Trindade, em Lisboa, e a sessão – de entrada livre – conta com a presença do cineasta.
LM
Published25 Jan 2011
Para além de S. Paulo, também Luanda celebra o seu aniversário, o 435º!. O blog Luanda Azul publica um texto de Pereira Dinis, do Jornal de Angola, sobre a cidade em dia de anos. Aqui.
Published25 Jan 2011
Comemora-se hoje, dia 25 de Janeiro, o aniversário dos 457 anos da Cidade de São Paulo, no Brasil, e não muito longe daquele que é considerado o “marco zero” da sua fundação (o Pátio do Colégio), o “centro” da cidade, ainda é possível ver a mais recente instalação do artista brasileiro Carlito Carvalhosa, intitulada “Melhor Assim” (2010) e que ocupa todo o espaço cultural SOSO+ (integrado no antigo Hotel Central, projectado por Ramos de Azevedo) situado em plena Avenida São João. “Soso” significa 'fagulha/faísca” em quicongo (uma das línguas nacionais de Angola) e, em São Paulo, com a implementação da galeria Soso em Fevereiro de 2009 – da qual derivou um ano e meio depois o espaço cultural SOSO+ (também propriedade do empresário angolano Mário Almeida), que começou por acolher o projecto “3PONTES” da Trienal de Luanda –, já é sinónimo de espaço dedicado à arte contemporânea e símbolo da revitalização recente do centro paulistano a partir de uma das suas principais artérias. Por isso, “Melhor Assim” é particularmente eficaz enquanto intervenção artística destinada a provocar novas relações entre o espaço arquitectónico e os seus transeuntes, reconfigurando radicalmente, através da luz (que nos permite ver, mas que também nos pode cegar), o próprio espaço SOSO+: nele encontram-se agora colocadas no chão, tecto e paredes, cerca de 330 lâmpadas de 40 watts (mais de 10.000 de potência), criando um ambiente que busca outras formas de percepção sensorial e que, portanto, aprofunda anteriores pesquisas do artista (como a levada a cabo na exposição “Soma dos Dias”, patente ao público na Pinacoteca de São Paulo durante a última Bienal de Artes desta cidade).
Com curadoria de Daniel Rangel (diretor dos Museu do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, que já havia trabalhado com Carlito Carvalhosa na dinamização do Palácio da Aclamação, em Salvador), “Melhor Assim” marca também o arranque do programa “Conexão+”. Trata-se de uma iniciativa programática concebida por Rangel em parceria com Fernando Alvim (artista, autor da Trienal de Luanda e Vice-Presidente da Fundação Sindika Dokolo) e Mário Almeida, que resulta do entendimento do SOSO+ como um lugar “voltado para a experimentação”, onde os “sites-specifics surgem como resultados de um processo criativo contínuo, de pesquisa e montagem”, no sentido de ampliar a proposta inicial deste espaço cultural enquanto “ponto de encontro e diálogo entre o que há de melhor na produção atual de artes visuais do Brasil e de países africanos”. Carlito Carvalhosa soma e segue com a sua luz e em breve será o primeiro artista brasileiro a intervir no átrio do MoMA de Nova Iorque.
Lúcia Marques
Published24 Jan 2011
Published24 Jan 2011
Ainda a acompanhar a situação pós-referendo no Sudão.
Published22 Jan 2011
Chama-se “Homenagem de afectos a Malangatana Valente Ngwenya”, a iniciativa que a Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, em Almada, organizou para hoje, prolongando a última exposição individual realizada pelo grande mestre Malangatana (1936-2011). Intitulada “Novos Sonhos a Preto e Branco” esta mostra abriu ao público a 23 de Outubro de 2010, reunindo “uma série de 15 desenhos inéditos” entre outras obras, e decorreu paralelamente à exposição dedicada ao arquitecto José Forjaz. Outro amigo de longa data de Malangatana, também arquitecto e também com ampla obra realizada em Moçambique é Pancho Guedes, cuja colecção de arte africana, reunida sobretudo durante as suas vivências em África, inclui um importante núcleo de pinturas precisamente do início da produção artística de Malangatana, podendo ser vistas na outra margem do rio Tejo, no Mercado de Santa Clara de Lisboa (em plena Feira da Ladra).
Programa para dia 22 de Janeiro, das 14h30 às 18h30, na CASA da CERCA, (entrada livre):
14h30
Encontro informal de amigos do artista
Visita à exposição Novos Sonhos a Preto e Branco e José Forjaz Arquitecto, Ideias e Projectos.
15h30
Intervenções informais / Apresentação de elementos pessoais da relação com o artista.
16h30/17h00
Actuação do Coral TAB (Barreiro). Cânticos em Ronga.
Lúcia Marques
Published21 Jan 2011
São os últimos dias, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, da mais recente exposição “Fendas” do artista brasileiro José Bechara, que em Junho de 2009 participou no Próximo Futuro com a instalação de um dos seus projectos de maior fôlego: “A Casa”.
No MAM, sob curadoria de Luiz Camillo Osorio, Bechara apresenta até este próximo domingo – 23 de Janeiro – uma antologia de trabalhos que atravessa a sua obra pictórica até à ao domínio da escultura, em íntima relação com a arquitectura de cada lugar. Nesse último dia da exposição, “serão promovidos laboratórios experimentais de respostas poéticas com som, corpo, texto e desenho” (pelo Núcleo Experimental de Educação e Arte) a partir de uma conversa com o artista sobre o seu processo de criação. Haverá também a apresentação especial de Vera Terra com uma “Performance para um piano de brinquedo de John Cage”, contando ainda com as participações da actriz Andreza Bittencourt, do músico Leonardo Stefano, dos artistas visuais Anita Sobar e Leonardo Campos e da pesquisadora Madalena Vaz Pinto.
Lúcia Marques
Published21 Jan 2011
Falta apenas 1 dia para abrir a VIP Art Fair, apresentada como “a primeira a combinar a força colectiva das principais galerias de arte do mundo com o alcance ilimitado da internet”, conforme se lê no press-release também divulgado em português. A Feira funcionará apenas online – apostando no contacto virtual com as obras e os marchands. – através do webiste http://vipartfair.com/ e durante a semana de 22 a 30 de Janeiro 2011, sendo a navegação gratuita. Mas para “acessar a capacidade interactiva” o utilizador deverá adquirir um “Ticket VIP” que custará US$ 100,00 nos primeiros dois dias e US$ 20,00 nos seguintes. Entre as galerias fundadoras da iniciativa contam-se as famosas Gagosian Gallery (Nova Iorque, Londres, Beverly Hills, Roma e Atenas) e a White Cube, constituíndo no total um grupo de mais de dez sediadas em diversas cidades de diferentes continentes (tais como Seul, Sydney, Tóquio, Zurique, Xangai, etc). Já é possível ver a lista dos expositores e encontrar várias presenças da América do Sul, com claro destaque para a participação do Brasil (5 galerias, quatro das quais de São Paulo e uma do Rio de Janeiro), para além da Argentina, do Chile e do México. De África nota-se, até ao momento, a participação exclusiva da Goodman Gallery, inscrita via Joanesburgo e Cape Town.
Lúcia Marques
Published20 Jan 2011
Interessante artigo sobre casas em contentores, no Sudão. Aqui
Published20 Jan 2011
Para quem não teve a (rara) oportunidade de ver o trabalho documental que Phill Niblock realizou a partir de uma breve estadia pela Bahia no início da década de 80, aqui fica um pequeno excerto do surpreendente “Brasil’84” que, no sábado passado, foi mostrado pelo próprio na galeria ZDB, em Lisboa.
Phill Niblock (n. 1933, Indiana, EUA) é sobejamente reconhecido pelo percurso artístico interdisciplinar e marcadamente experimental que tem desenvolvido no último meio século, dedicando-se de modo particular a pesquisas em torno de frequências contínuas e manipuladas. As suas peças exploram muitas vezes na longa duração combinações de sons e imagens capazes de gerar ambientes intermedia propositadamente disruptivos, tal como aconteceu no referido concerto na ZDB, onde a mostra de “Brasil’84”, sonorizada ao vivo, foi antecedida por outras experimentações de Niblock, e que serviram de pano de fundo à performance do lendário poeta Gerd Stern, com edição vídeo de Katherine Liberovskaya.
Neste seu breve mas marcante regresso a Portugal, Niblock não só presidiu uma vez mais ao júri da Bolsa Ernesto de Sousa (que criou em 1992, já enquanto director da Intermedia Foundation, após contacto próximo com o pioneiro do experimentalismo multimedia em Portugal), como também deu um concerto na Culturgest do Porto (comissariado por “filho único”) e ainda voltou a Lisboa a tempo de apresentar outro filme, desta vez inserido na programação do Oporto, numa iniciativa do artista Alexandre Estrela em colaboração com o colectivo Barbara Says (António Gomes e Cláudia Castelo). Obrigada Phill pela energia contagiante e surpreendente pesquisa nos intervalos (dos sons) das imagens.
Lúcia Marques
Published19 Jan 2011
What can Nigeria do to live up the promise of its postcolonial dream? Pergunta - e tenta responder - Chinua Achebe, sobre a sua Nigéria. Aqui.
Published18 Jan 2011
Um site a visitar: Design Indaba
Published18 Jan 2011
Published18 Jan 2011
Inaugurou na semana passada mais uma mostra a partir da Colecção da Fundação PLMJ, mas desta vez dedicada a artistas da CPLP (sobretudo de Angola e Moçambique, mas também com presenças de Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil, estes dois últimos através de descendentes de pais dessas nacionalidades). Trata-se de uma atenção muito recente a estas geografias, que certamente acompanha o crescente interesse por determinadas economias emergentes enquanto potenciais áreas para expansão de negócios num momento em que a Europa atravessa uma crise generalizada (financeira, política, social).
“Idioma Comum” reúne assim, sob curadoria de Miguel Amado, as obras recentemente adquiridas a 14 artistas, na maior parte das vezes representados por dois trabalhos cada, considerando que existe um “idioma artístico comum aos jovens criadores da CPLP”, cujas produções, também segundo Amado, se caracterizam “por uma linguagem contemporânea, marcada por uma visão do mundo de matriz cosmopolita, abordando tanto a realidade cultural local como a ordem social global num cenário pós-colonial” (cf. Comunicado de Imprensa no Sítio da Fundação)
É o início de uma mudança de atitude num meio que continua com resistências à aposta na criação artística de contextos culturais com os quais deveríamos estar mais familiarizados. Por isso mesmo é preciso pesquisar mais, conhecer e partilhar mais, para se considerar tanto as diferenças como os pontos realmente comuns e combater a ignorância generalizada. É fundamental arriscar abordagens mais informadas para que o destaque dado a estes artistas tenha efectivas consequências a médio e longo prazo.
Lúcia Marques
Published18 Jan 2011
Os filhos da ditadura
A encenadora e autora argentina Lola Arias apresentou Mi Vida Después. Como subtítulo poderíamos colocar Os filhos da ditadura. Trata-se de uma peça no formato de teatro documental (conhecemos as referências dos The Third Angel), que começa nos anos da ditadura argentina em 1982, e termina num hipotético ano de 2056. O elenco é constituído por actores que foram crianças ou adolescentes neste período e as histórias, com múltiplas saídas e versões, referem-se a este período e são ilustradas por documentos reais ou forjados arquivados ao longo dos anos da ditadura. A peça tem uma energia rara, para o qual conta a presença de actores músicos-cantores rock e a utilização recorrente de bateria e guitarra elécticra. O humor e a ironia são muito inteligentes e, mais uma vez, o teatro inovador consegue combinar uma reflexão sobre a história recente, uma qualidade dramatúrgica, excelência de representação e prazer de performance.
Published17 Jan 2011
Sabem o que é sair de um espectáculo de teatro com os pelos dos braços eriçados? Ainda se lembravam? Perguntava-se um espectador à saída do último espectáculo de Guillermo Calderón, na verdade do díptico constituído por Discurso e Villa. As duas peças decorrem na Villa Grimaldi, conhecida na Ditadura por Londres 38, uma casa que está associada ao regime de Pinochet, um sítio que foi um dos lugares mais tenebrosos de tortura de presos políticos e onde morrerram 93 pessoas entre Setembro de 73 e setembro de 74. A casa - hoje monumento da História do Chile - está no seu interior sinalizada por uma planta indicando os lugares e o tipo de actividades dos torturadores: identificação dos presos, tortura, sala dos guardas, arquivo dos ficheiros, etc.
A primeira peça apresentada – Discurso - é um discurso ficcionado da despedida da Presidenta Michelle Bachelet quando deixou o Palácio presidencial . E começa: “Hoje não vos vou falar com palavras dóceis e esperadas…” E segue-se um manifesto do exercício do poder do ponto de vista de alguém que se assume como mulher, pediatra, optimista e socialista. Não é um discurso vago, nem tão pouco conceptual. É um discurso sobre as expectativas aquando da sua tomada do poder, das suas e das dos chilenos, e uma avaliação da História recente do Chile, a começar nos anos da ditadura. Nada há de demagógico ou sumptuoso neste discurso, que é representado por três jovens actrizes. E é fascinante como Calderón pega numa matéria tão arriscada, numa personagem que é considerada como a melhor presidente da História do Chile – que já começa a ganhar contornos míticos - e interroga o que é o poder; no caso concreto de alguém que o exerceu sempre com o objectivo de transformar socialmente o país. Tendo sido uma presidente que sempre apoiou as artes e o teatro em particular (são memoráveis as suas recepções fraternas e simples aos actores, encenadores e programadores de teatro no Palácio de la Moneda) nunca há nada de narcísico neste Discurso. É uma crença associada a um sentido do real que foram duas características do seu governo:”Esperemos que o capitalismo seja apenas uma fase negra da historia e que depois venham coisas melhores” e “Não sou ingénua, sou optimista”. Que fazer? Como fazer? Interroga-se a Presidenta. Num momento da História em que todos reclamamos por líderes políticos de densidade intelectual, coragem e promessa de futuro, ou seja, num momento em que reclamamos por heróis contemporâneos, Calderón atreve-se a tratá-los.
E depois ? Que se poderia esperar? Parece que o Discurso tinha encerrado a questão. E chega a segunda parte que decorre na mesma sala e com as mesmas actrizes e o tema é aparentemente simples: que fazer àquela casa que tem esse passado tão histórico e é uma memória a preservar da luta clandestina e da tortura? As três actrizes discutem frente a uma mesa sobre a qual está uma maquete da Villa Grimaldi. Trata-se de uma comissão que deve decidir qual a opção a tomar: fazer um museu contemporâneo interactivo e repleto de tecnologia que apresenta a História da casa de uma forma virtual, com detalhes de como eram feitos os interrogatórios –“basta um clic do rato”- ou fazer uma casa do terror onde seja óbvio o tipo e actividades executadas pelos torcionários e, mais tarde, aparecerá uma outra hipótese: uma casa simples por onde se passasse e se pensasse na alegria que seria viver naquela casa antes e depois do período triste. A partir deste dispositivo realista, aparentemente simples, até banal num campo mediático, Calderón constrói uma das mais fortes, sólidas, profundas dramaturgias sobre a criação humana das artes, a validade da arte contemporânea, o debate democrático, os conflitos ideológicos, o papel da museografia; e em nenhuma situação há qualquer sinal da introdução ideológica possível do autor. O final absolutamente inesperado é de uma grandeza humana só possível de conceber por aquele que é hoje um dos mais fundamentais dramaturgos e encenadores contemporâneos. Calderón tem tido a coragem e a sabedoria de trabalhar com temas dolorosos, presentes, utilizando reportório clássico (Neva baseado em Tchekov) ou textos actuais, onde está sempre presente a relação do teatro com a cidade, indo fundo nas suas questões, indo até ao limite do pensável fazendo dele um dramaturgo de descendência directa dos grandes autores gregos da tragédia clássica.
Published17 Jan 2011
A Gastronomia de Santiago está em transformação; já não há só (muitos) restaurantes de carne, mas agora é possível encontrar muitas ementas de culinária peruana! com restaurantes de sucesso que apresentam os pratos típicos como Chevich e Tiritas e, também, restaurantes vegetarianos. Huerto é um desses restaurantes que fica no Bairro da Providência e tem uma ementa vegetariana muito próxima da luxúria.
A carta desta semana:
Mezze de Cleópatra
Namaste de la Cuisine Hindú, Thali
Nuevo México
Chile, fruits de la tierra
Valle de la Luna
Islas Griegas
Sureña Mestiza
Insalata di Riso
Yuppie, Flower Power
e como refresco : Limonada com menta
Published17 Jan 2011
Para ir acompanhando a situação na Tunísia, aqui.
Published14 Jan 2011
O Programa Próximo Futuro - estando atento à produção cultural em outros continentes culturais -, continua atento ao futuro da Europa. É urgente ler o longo e informadíssimo texto de Paul Krugman.
Published14 Jan 2011
O escritor e professor sul-africano Breyten Breytenbach é um do nomes já confirmados para as Grandes Lições Próximo Futuro 2011, no dia 13 de Maio. Uma breve biografia e bibliografia deste histórico da luta anti-apartheid, aqui.
Published13 Jan 2011
A Companhia dos Actores, companhia brasileira que muitos portugueses conhecem através da apresentação de peças na Culturgest na década de 90, e no CCB há poucos anos, está aqui presente com um conjunto de obras muito representativas do seu reportório. Algumas delas fazem parte de um ciclo de pequenas peças de cerca de 45 a 60 minutos, maioritariamente monólogos e encenadas por encenadores não residentes na Companhia. É o caso da obra Bait man escrita e encenada por Gerald Thomas. É uma obra sobre as ditaduras, sobre o medo e como o ultrapassar. E, curiosamente, é uma obra que explora uma linha completamente diferente da maioria do bom teatro sul-americano que trabalha estes temas. De uma maneira geral, eles são tratados, por exemplo no Chile, de uma forma ressentida, amargurada, de algum modo discorrendo sobre o trauma para, possivelmente, dele se libertarem. Bait man é, ao contrário, uma obra provocadora, iconoclasta, onde a fisicalidade e alguma escatologia associadas ao humor estão sempre presentes. Que se pode dizer quando, alguém ensanguentado que acaba de ser submetido à tortura diz como primeira frase: “o que era bom, mesmo bom agora, era tomar um champanhe”. O actor Marcelo Olinto realiza uma performance de invulgar fisicalidade e ironia. A estratégia da encenação possibilita algum entendimento do que deve ser viver sob a ditadura, qualquer uma.
É tão bom ver bons actores representarem bom teatro. Vale as horas de espera, os dias cheios de espectáculos medianos ou sofríveis, o cansaço, a decepção, o calor das salas ou o seu desconforto. É uma expressão perfeita que o mundo, às vezes, consente. No Teatro Cariola, um teatro muito antigo de um bairro popular de Santiago - quase em ruínas, mas onde ainda eram visíveis sinais do glamour e da riqueza do tempo em que foi construído, no princípio do século XX, com os seus mil lugares e um palco gigantesco -, foi apresentada Chaika, que é a tradução fonética da palavra Gaivota em russo. O texto base era de Tchekov, claro. Apropriado como acontece muitas vezes, mas apropriado com uma dramaturgia correcta, actualizando, sem efeitos, o texto no contexto de uma cidade libertada. Com um texto assim poder-se-ia ficar pela sua leitura, o que já seria bastante, mas não. Vieram os actores deste Colectivo de Montevideu e representaram, com todo o corpo, com uma dicção perfeita, modulações adequadas, suportadas por técnicas de representação eficazmente incorporadas, por timbres de vozes convincentes. Eram excelentes, os actores. É tão bom ver um espectáculo assim.
Published12 Jan 2011
A peça Natureza Morta, criada pelo artista brasileiro Barrão para o Próximo Futuro no passado Verão, foi reinstalada, desta vez no jardim em frente à livraria do edifício sede.
Foto de Jorge Martins Lopes
Published12 Jan 2011
Santiago a Mil, o Festival de Teatro de Santiago do Chile, iniciou a sua edição deste ano com um programa que combina produções europeias de invulgar qualidade com produções latino-americanas, representando a maioria dos países deste continente. Um dos mais importantes e profissionais festivais de teatro do mundo a assumir-se como plataforma mundial do teatro contemporâneo. De tal forma que foi ontem anunciada a criação de um Mercado para as Artes Performativas que ira acontecer na próxima edição de 2012.
Peças de teatro
Las Analfabetas, texto de Pablo Paredes para duas maravilhosas actrizes: Valentina Muhr e Paly García Diseño. Texto sofisticado, dramaturgia clara e eficaz com detalhes preciosos de linguagem e de trama. As relações de poder entre quem ensina - a professora - e quem aprende, neste caso, uma analfabeta de cinquenta anos; as relações amorosas que acontecem no processo de aprendizagem do acto de ler. Tudo a propósito de alguém que quer aprender a ler só para poder ler uma carta que o pai falecido lhe deixou escrita. Para quem tem acompanhado o teatro chileno, nomeadamente através de Neva e Hechos Consumados, este é mais uma prova da grande tradição do teatro chileno, agora com dramaturgias actuais e actores extraordinários.
Amledi, el tonto, escrita e dirigida por Raúl Ruiz, é o seu último trabalho, e a sua estreia na encenação e direcção teatral. Não é parecido com nada; é um objecto de uma estranheza radical: mistura de fábula de animais combinada com história das religiões, história da convivência entre Mapuchos e Vikings (há provas arqueológicas da presença de Vikings no território que hoje é o Chile). Um espectáculo sincrético, anacrónico, que surpreende em cada momento que passa: imprevisível durante as três horas de duração num cenário que evoca o grande teatro de texto do princípio do século passado ou as grandes narrativas hollywodescas sobre Roma, Grecia, Cleópatra... um texto de uma sabedoria antiga. Fenomenal, como diriam os Chilenos!
Published12 Jan 2011
Balanço - aqui - do Black World Festival, que terminou no passado dia 31 de Dezembro em Dakar.
Published11 Jan 2011
Aqui no Próximo Futuro achamos fundamental ler Dambisa Moyo. Já fizemos anteriormente referência ao trabalho inovador, e provocador, desta economista africana (post de 12 de Novembro de 2009). Vale a pena, por isso, ler este artigo a propósito do seu novo livro. A acompanhar.
Published11 Jan 2011
A encabeçar a lista de sítios a visitar em 2011, para o New York Times, a cidade de Santiago do Chile. As razões aqui.
Published10 Jan 2011
Candidaturas abertas para a participação de artistas e para um curador. Aqui.
(Foto de Ricardo Rangel)
Published10 Jan 2011
Agradecimentos a Frederico Duarte pela sugestão.
Published7 Jan 2011
Published7 Jan 2011
Malangatana (n 1936)
Célula 4 Expectativa, 1967
© Laura Castro Caldas & Paulo Cintra
Colecção Culturgest
Moldura do artista moçambicano Chissano
Exposição Réplica e Rebeldia. Artistas de Angola, Brasil Cabo Verde e Moçambique. 2006/ Instituto Camões
Published6 Jan 2011
Malangatana Valente Ngwenya, pintor Moçambicano, morreu com 74 anos e meio.
Malagatana tinha um andar arrastado lento, arredondado. Transportava o seu peso, as suas maleitas, todos os dias da sua vida sem grandes reclamações. Viajava muito e não reclamava. De Matalane para Maputo, de Maputo para Lisboa, de Lisboa para Maputo. Os seus pés inchados moviam-se pesados e firmes. Malangatana dançava marrabenta.
Malangatana tinha as órbitas salientes e um véu na menina dos olhos que denunciava descuidos de saúde. Pousava as vistas, antes fixava-as, num ponto sem se distrair de tudo em volta. E assim lia o que se passava.
Malangatana falava com voz grossa, profunda, enfumarada, escolhia o momento em que a sua boca se abria. E mordia.
Ngwenya quer dizer Crocodilo
Malangatana Valente Crocodilo morreu com 74 anos e meio.
Nota: Não será difícil encontrar informações sobre Malangatana. Estão no documentário Ngwenya o Crocodilo de Isabel Noronha, aqui, aqui, aqui e em muitos outros sítios
Elisa Santos
Published5 Jan 2011
O balanço de 2010 cultural em Moçambique feito por Jorge Dias no jornal O País, destaca 10 grandes realizações do ano. Pode ler-se aqui
Do blog Ocupações Temporárias