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Ainda a propósito da escrita - “If you don’t like someone’s story, write your own.”

Published26 Mar 2013

Tags literatura nigéria chinua achebe

O NY Times publica uma crónica sobre a importância da escrita de Chinua Achebe, o nigeriano que nos últimos 50 anos influenciou a literatura africana e o olhar sobre África.

"It’s been more than 50 years since the publication of Mr. Achebe’s pioneering and canonical novel; it no longer seems to stand, to a Western audience at any rate, for African writing as a whole. His talent and success have helped spawn an array of postcolonial writing from across the continent. Among the talented young Nigerian writers alone who cite him as an influence are Chimamanda Ngozi Adichie, Adaobi Tricia Nwaubani and Lola Shoneyin."

Pode ler-se a crónica na íntegra aqui

Achebe

Published23 Mar 2013

Tags chinua achebe

São muitos os artigos que nos meios de comunicação estão a ser escritos a propósito de Chinua Achebe, o escritor nigeriano falecido ontem. Vale a pena seguir o que se diz.

"Escreveu em inglês, mas com uma babel na cabeça. A das palavras que se dizem na transmissão oral das coisas num país de 250 etnias e onde se falam 500 línguas. Ele era o sábio passador de experiências, o que dá nome às coisas e ao mesmo tempo é capaz de as traduzir para prosa, construindo narrativas sobre uma identidade em mudança e dando a cada leitor a ilusão de estar entre os que se sentam à volta da tal grande árvore a ouvir o sábio. A carreira literária e ficcional deste homem natural de Ojidi, sudeste da Nigéria, onde nasceu em 1930 tem como base um contágio civilizacional onde é difícil falar de inocentes – sempre foi um crítico de corruptos e de quem se deixava corromper – mas onde o Ocidente e a literatura que a Europa ia produzindo sobre África ao longo do século XX não saem bem na fotografia. "

para continuar a ler no Público, ou ainda no The Guardian , no The Guardian Nigeria, ou no The Punch também da Nigéria

Chinua Achebe (1930-2013)

Chinua Achebe, autor nigeriano, faleceu hoje nos Estados Unidos. "Things fall apart" , a sua primeira novela, editada em 1958, foi traduzida em cerca de 50 línguas, incluindo português, e é uma obra incontornável da literatura africana.

«Chinua Achebe é uma voz incómoda para alguns intelectuais africanos que, a qualquer pretexto, desfraldam a bandeira da ‘vitimização’ do continente, demitindo-se assim de responsabilidades; e é-o também para um certo Ocidente ‘trendy’ que não se consegue ver livre de um exacerbado complexo de culpa histórica e que, com essa disfarçada atitude ‘paternalista’, mais não faz do que legitimar a hipocrisia e a desgraça. Quando Tudo se Desmorona, uma eloquente obra-prima da literatura, é um bom exemplo da razão dessa incomodidade.»
José Riço Direitinho, Público

Pode ler-se sobre o autor e a sua obra aqui, aqui, aqui e em muitos outros sítios na rede