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Um museu que investe muito seriamente na apresentação de arte africana tradicional e erudita. É o Museu Dapper que apresenta até 10 de Julho de 2011 a EXPOSIÇÃO Angola Figures de Pouvoir. Um exposição composta por uma primeira parte dedicada à obra do artista plástico António Olé e uma segunda parte que reune peças extraordinárias provenientes de várias colecções públicas e privadas de escultura, estatuária, máscaras, tecidos e utensílios de rito de Angola, ou mais precisamente, do antigo reino do Congo. A ver, aqui, ou lá.
(CHOKWE) Angola, figures de pouvoir
E uma exposição de fotografia de artistas sul-americanos com obras desde os anos 30 do século passado à actualidade: Fragments Latino-Américains. São dezasseis fotógrafos de nove países e é uma exposição a ver para conhecer a excelência desta tradição fotográfica. Na Casa da América Latina em Paris.
Roberto Humacaya
The opening ceremony for the World Festival of Black Arts and Cultures, which runs from Friday through Dec. 31 in Dakar, Senegal, will feature performances by Angélique Kidjo, Youssou N’Dour, Carlinhos Brown and the Mahotella Queens.
“The first festival in 1966 in Dakar, Senegal, was to make a statement about the newly independent African states,” said Kwame Kwei-Armah, a British playwright and actor who is the festival’s artistic director. “This is the third one, and the theme of this festival is the African Renaissance. It’s about the Africa we want to create for tomorrow. It’s about artists across disciplines talking about the future of their art form.”
Agradecimentos à Maria Vlachou
de Elisa Santos
É assim uma combinação de cartas de longe a um sobrinho com pequenas narrativas fílmicas sobre lugares, personagens, situações, paisagens e ainda um conjunto de aporias disfarçadas de conselhos de tia. E tudo isto vem de África para o Continente, mais exactamente para o Porto como é identificado pelas ruas e lugares desta cidade referenciadas ao longo dos textos. O livro nada tem de textos inocentes - se os há?!- sobre a vida em lugares da áfrica sub-sariana, pelo contrário são textos de enorme investimento da autora sobre a vida das populações, a mutação das cidades, a política dos governantes e o seu reflexo no quotidiano. Digamos que nestas curtas histórias há uma manifesta intenção de partilha de saberes sobre lugares de que supostamente o Nuno - assim se chama o sobrinho- desconhece mas que lhe são interessados como experiência de crescimento no mundo.
Há momentos particularmente encantatórios feitos a partir de uma realidade, ela própria em mutação e em crescimento, seja na aprendizagem da língua, seja na ocupação do espaço urbano. Por exemplo uma mensagem do Sebastião às 6h 18m : " DIA BOSS O GIRADOR ESTA VARIADA ASSIM PEDIMOS COM AMASSIMA URGENCIA".
Um outro aspecto, uma qualidade literária, sim, é a delicadeza com que todas as personagens são tratadas: na descrição dos membros de uma família muçulmana, na nomeação dos frutos e dos alimentos, na descrição das paisagens - tanta imensidão e tanta delicadeza. E as metáforas, poucas, quando aparecem, também elas são respeitosas: " A Beira é uma cidade feminina. Uma espécie de tia idosa, que usa bâton e pó-de-arroz, que mantém a elegância mas não esconde as ruas." Crescer a aprender África desta maneira é um privilégio de leitor.
O livro tem ainda a participação cuidada e inventiva do designer João Oliveira, do artista plástico Pinto e do fotógrafo Mauro Pinto.
Análise a 5 artistas participantes no Global Africa Project, exposição patente no Museum of Arts and Design, em Nova Iorque. Aqui.
E crítica completa, Africa is everywhere, so pervasive in our lives that we barely see it.
Algumas revistas e projectos sul-americanos, ou dedicados à América do Sul, de referência
Ramona (Argentina)
PopularDeLujo (Colômbia)
Modelos para armar (Espanha)
Arte Nuevo (Peru)
Trópico (Brasil)
Revista Valdez (Colômbia)
Pulgar (Venezuela)
Com os devidos agradecimentos a Ana Barata
A residência tem piscina e banheira de hidromassagem.
Miriam Leitão, na edição online do Jornal Globo de 28 de Novembro
Na orla da Zona Sul tudo parece quase normal. É o que verifiquei na minha caminhada por Leblon, Ipanema, Copacabana num domingo que começou com sol, às vezes nubla, depois o sol volta. O assunto das atenções é um só: o Alemão.
Ontem fui dormir quando já era hoje. A uma da manhã. Os meninos do @vozdacomunidade avisavam no tuiter que se ouvia no Alemão " muitoooo tiro". Acordei às seis. No Globo Online e no Voz a informação era que a invasão não tinha começado. Demorei um pouco a sair de casa, mas às sete e meia já estava na praia, naquele comecinho do Leblon onde está a estátua do Zózimo. Saudade do Zózimo. "Nada mais será surpresa para esta coluna", pensei, lembrando dele.
Mas havia uma surpresa. Pensei que a praia estaria vazia e estava na maior agitação com um grupo de corredores preparados, de camiseta igual e aquela estrutura dos eventos esportivos. Agrupavam-se, aqueciam-se, animavam-se sob o comando do som. Resolvi ouvir minha música, escolhi internacional.
O dia está lindo, aberto, mar azul. Passei por uma criança branca com sua babá negra. Depois por uma criança e mãe negras. Perto da água vi pouca gente ainda, brancos e negros se misturando. Mas há muito perdi a ingenuidade e sei das partições dessa suposta democracia das praias.
Na orla caminho passando pelos corredores a minutos da largada. Sempre quis correr. Não sei. Ando rápido, apenas. Cruzo com uma moça simpática que me diz coisas de aquecer o coração sobre o meu trabalho, ando mais rápida, animada. O lixeiro me dá um sorriso de alegrar ainda mais a vida. Retribuo.
A largada começa. Eu ando rápida na parte da calçada onde ficam os andadores, crianças com suas babás, velhinhos com suas artrites, turistas e apenas caminhadores como eu. Os corredores ficam na pista que nos dias normais é dos carros. As bicicletas dividem a pista delas com os skates. Tudo normal demais para um dia tão anormal. "Nos vamos estar sempre juntos" canta a música no meu ouvido.
Tem um pouco menos de gente do que o normal, mas os corredores tratam de suprir a falta dos faltantes. E são tantos, aglomerados ali no caminho do Arpoador que desisto de ir até o fim. Viro, atravesso, passo perto do Fasano, e entro pela rua lateral no caminho de Copacabana. Na esquina entre Joaquim Nabuco e Nossa Senhora de Copacabana uma aglomeração olha fixo para dentro de uma farmácia. É a TV ligada na Globonews contando que tudo pode começar a qualquer momento. Vou para a Avenida Artlântica retomar a caminhada. Esbarro sem querer num velhinho atravessando a rua, peço desculpas. E retorno recebo um carinho no braço e um sorriso encantadores Na orla mais corredores. Eles nunca se cansam? Resolvo ficar do lado de cá a avenida, na calçada dos prédios.
-Bom Dia! Diz enfático um porteiro do prédio
Velhos sentam nos bancos, bebês e babás passam. Jovens desfilam sua beleza a caminho do mar. Eu apresso o passo para compensar o cuidado nas travessias das ruas, Na Figueiredo de Magalhães, quase perto do Posto 3, decido entrar em Copabana atrás de um taxi. Outro grupo em frente a um bar, um já com cerveja pouco antes das nove. Todos olhos vidrados para dentro do bar: na TV a manchete: Começou a invasão do Alemão.
Peguei o terceiro taxi que passou. Sorte. Ele estava com a TV ligada na Globo, Márcio Gomes dando as últimas notícias e o motorista completa.
-Lá tá muito cheio de gente, mas as ruas estão mais vazias do que o normal.
- Mas voce tem ido "lá"?
-Estou lá o tempo todo. Estou com um grupo de jornalistas de Porto Alegre, da Zero Hora. Ontem fiquei lá o dia inteiro. O que a imprensa chama de tiroteio, eu chamo de tiro a esmo. Quando o helicóptero passa eles atiram. A comunidade está muito tensa. Com medo né? Natural. Eu deixei os jornalistas lá cedinho. Agora vim aqui para comprar um remédio para minha esposa e voltar para lá. Só te peguei porque a farmácia abre `as dez. A gente tem esperança, mas é difícil. Muito cheio de ruela lá, os bandidos é que conhecem o terreno.
Pergunto que se ele já viveu algum episódio de violência. Levou tiros há quatro anos. Estava conversando com policiais e bandidos passaram atirando. Ele recebeu um na tíbia, outro no abdomen. Mas se salvou.
-Não fiquei com sequelas, mas as cicatrizes são feias. Chato, por que eu não tinha marca nenhuma.
O telefone dele toca. Mais um do grupo do Zero Hora que não tinha ido e quer ir para o Alemão, ele conta.
Ruas mais vazias na subida da Gávea. Chego em casa, abro o computador no Globo e a notícia é que a Polícia tomou o Alemão.
Na sexta feira passei pelo maior sufoco no aeroporto de Belo Horizonte tentando voltar para o Rio. Voo cancelado, depois tempo fechado e por cinco horas lutei para chegar. Quando desembarquei tuitei:
_Cheguei ao Rio, ufa!
Foi um tal de gente curtir com a minha cara: "Devia dizer, saí do Rio, ufa!" ou "Saia enquanto é tempo". Um pergunta por que moro aqui.
Os tuites me surpreenderam. Ora, por que moro aqui? Bom, não me passa pela cabeça sair.
Fico por tudo isso que contei acima. Porque escolhi. Porque tudo aqui é intenso e familiar, bonito e aflitivo, complexo e promissor.
Nina Simone no meu ouvido canta: "Oh senhor, não me deixe ser mal compreendida" (oh Lord, don't let me be misunderstood". É isso. A mensagem não tem como ser confundida: fico por amor, e amor não se discute, nem se explica.
Miriam Leitão, na edição online do Jornal Globo, de 27 de Novembro
Quem mora no Rio já viu várias vezes as autoridades dizendo que acabariam com o tráfico, ou o Exército sendo chamado e ocupando espaços, ou passeatas pedindo paz. Desta vez há várias coisas diferentes no ar. Vamos fazer um balanço aqui, até para fortalecer nossa esperança nesse momento difícil. Estamos mais conectados nesta cidade. Em todos os sentidos. A imprensa nunca chegou tão perto mostrando uma operação. Normalmente tudo se passava longe das câmeras e olhos dos repórteres. No fim a Polícia dava a versão dela que prevalecia. Depois um ou outro jornalista conseguia ouvir os moradores e as versões frequentemente eram diferentes. Desta vez a imprensa está lá. Pode ver, contar, e mostrar que é o nosso papel. O que possibilita isso em parte é o que veio acontecendo nos últimos anos no jornalismo e nas políticas públicas.
As UPPs quando libertam uma área da cidade abre alas para a imprensa. Até alguns anos atrás o jornalismo do Rio parecia cobrir bolhas, partes da cidade, em outras nem se entrava. Para entrar era preciso negociar com o tráfico. E isso era inaceitável. Outra forma era entrar com ONGs que trabalham nas favelas. Já fui a vários lugares com o Afroreggae e o Centro de Democratização da Informática. Hoje os jornalistas entram e saem de várias favelas ocupadas pelas UPPs. Isso ajuda a cobrir não apenas os momentos de tensão, mas o dia a dia, o cotidiano, a vida como ela é. E aí as favelas aparecem de forma diferente dos estigmas e estereótipos. A internet amplia enormemente a capacidade de comunicação e de ligação entre moradores de uma mesma cidade, dos bairros de classe média ou dos ricos, aos bairros chamados comunidades, onde ficam pobres .
Há iniciativas incríveis como a do jovem René que fez um jornalzinho no Alemão desde os 11 anos. Hoje ele tem 17 anos e o jornal tem 5.000 exemplares, tem anúncios do comércio local, ele é conhecido. O Voz da Comunidade é um sucesso impresso, na internet e agora no tuiter. O perfil @vozdacomunidade tinha ontem de manhã 180 seguidores, agora em que escrevo tem quase 2.000. Isso em um dia. O engraçado é que René @Rene_Silva_RJ que agora está com 3.000 seguidores diz no seu perfil que quer ser jornalista. Você já é menino, você já é. Continue mandando seus tuites, notas, fazendo seu jornal, e cresça. Sua torcida é grande, você construiu sua própria audiência.
Desta vez há mais apoio dos moradores à ação das forças de segurança. Tomara que dure e que a Polícia faça por merecer essa confiança. Há riscos, todos sabemos. Riscos de ser só mais um espetáculo, de que a parte podre da Polícia acabe tomando o terreno para si, outra chaga das várias que temos aqui no Rio. Riscos imensos de que um inocente seja atingido nessa guerra, por isso não basta superioridade numérica, equipamentos, união de forças, o estado precisa ter sempre estratégia e bom senso. Hoje há quem possa mediar. O Junior do AfroReggae não começou nisso ontem. Ele faz há anos negociação em áreas de conflitos. É experiente e respeitado. Foi chamado lá por traficantes, por moradores. Há mediadores treinados da própria Polícia. O que vai acontecer nas próximas horas no Alemão ninguém sabe. O local é imenso. Várias comunidades que foram crescendo e um dia se misturaram. Tempos atrás fui lá com os meninos do AfroReggae para fazer uma gravação. A ideia era o Junior ir para a redação do Globo e eu para o Alemão. Fizemos isso. Foi um dia em que aprendi muito andando, conversando, gravando em cima de uma laje onde se descortinava aquele mar de favelas. Vi jovens com fuzis, tão jovens, tão jovens! Subimos pelas ruelas, passei por local de vendas de drogas. E vi os trabalhadores indo para as obras do PAC. O poder público estava lá nas obras do PAC, mas não estava inteiro. Tanto que as obras de melhoria conviviam com o que não deveriam conviver. Hoje a Polícia e as Forças Armadas estão lá, nas bordas do imenso Complexo do Alemão. O que acontecerá esta noite? É um momento decisivo. Hoje a cidade está mais unida do que jamais esteve, pela internet, pelos avanços da política de segurança, pelos mesmos sonhos. Hoje todos os olhos - e nossos corações - estão no Alemão. O momento é dificil e riscos existem, mas nunca tivemos tanta esperança de que o país avance na direção que se quer: a de não haver territórios onde o poder público não possa entrar.
Já pode ser descarregado no site do Próximo Futuro
Kitintale 2008-09, Yann Gross
Kampala area & the first East African skatepark constructed by local youngsters.
Uganda
Com agradecimentos a José Miguel Abreu, byappointmentto
A Dança Contemporânea criada, coreografada e dançada por Moçambicanos, premiada na semana passada na Bienal "Danse Afrique Danse!", em Bamako. No blog Ocupações Temporárias.
En tus brazos
água-forte
À beira de você, toda a paisagem
se resume a isto: nenhuma urgência
que seu rosto brilhe, mas ele arde
como se quisesse compensar em luz
o seu silêncio. Gastaria a vida assim,
à orla do céu que reflecte
na água quieta que rola no intervalo
entre nós. Demoro-me aqui,
à roda desse engano,
dessa infinitamente triste alegria.
E quanto mais me sinto afogar,
mais permaneço,
se o amador a nadar para fora
prefere morrer na coisa amada.
In, Cinemateca, Cia das Letras
Grandes mexidas no Ministério da Cultura em Moçambique. Aqui
Hindi Zahra nasceu em 1979 em Khouribgha, Marrocos, e vive em França desde 1993. Acaba de publicar o seu primeiro álbum, Handmade.
e uma corvina
vomita o mar
no prato do pescador
e um afogado
espeta os pulmões
na garganta do marinheiro
fomos ao mar
pescar corvinas
e trazemos entre dedos
a água
cheia de rios
(Poema retirado de Minarete de Medos e Outros Poemas, Indico, 2009)
Mbate Pedro, nasceu na Cidade de Maputo, capital de Moçambique. Desde muito cedo interessou-se pela literatura, tendo, no entanto, iniciado o seu percurso na década de 90. Participou em vários movimentos literários surgidos na cidade de Maputo. É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos e da União Mundial dos Escritores Médicos. Colabora na revista brasileira de literaturas africanas Sarará. Publicou "O Mel Amargo" (2006) e "Minarete de Medos e Outros Poemas" (2009). É licenciado em Medicina pela Universidade Eduardo Mondlane.
Interessante texto sobre o Chile de 2010, o país que no ano do seu bicentenário esteve no centro das atenções do mundo com um terramoto, um novo presidente e que viu salvos 33 mineiros numa inédita operação de salvamento. Aqui, na n+1
Artigo sobre a arte contemporânea da América Latina numa edição desta semana do Finantial Times na sequência da Bienal de S. Paulo. Aqui
O sabor é simples, a dedicação total. Cozinhar um Vatapá ou uma Açorda de Marisco é uma tarefa que nos empurra para processos de mistura calculada de diversos ingredientes. No ponto certo adquirem textura, cheiro e um aspecto mais ou menos consistente.
O Vatapá, mais do que uma comida, representa um ritual do fazer e da partilha da cultura Afro-Brasileira. Cozinhado um pouco por todo o Brasil, adquire versões diversificadas, com a introdução de peixe ou carne, consoante a região onde é cozinhado. Na Bahia, encontra-se facilmente em cada esquina, nos tradicionais pontos de Acarajé - um pastel de feijão frade frito em óleo de palma que acompanha o vatapá e o caruru. No Rio Vermelho (zona urbana de salvador) podemos encontrar o Acarajé da Dinha próximo do mar onde frequentemente se lança uma cesta com oferendas a Iemanjá, na qual se inclui o vatapá.
A açorda é famosa pela sua simplicidade e é habitualmente conectada ao sul de Portugal. Do Alentejo ou do Algarve, as açordas proliferaram pelo país e estão hoje implementadas em muitos restaurantes que apresentam as suas criativas e sofisticadas versões. Nas zonas costeiras do Algarve, aproveitando a abundância de bivalves e de outros frutos do mar, vale a pena degustar uma açorda de marisco, regada como a perícia de cozinheiros como o famoso Vila Lisa. Aqui não se escolhe o prato, deliciam-se as refeições.
Bom proveito!
Vatapá
150 gramas de camarão seco
600 gramas de camarões frescos
400 gramas de cação
1 lt de leite de coco
100 gramas de amendoim torrado
100 gramas de caju torrado
1 pequeno molho de salsa
1 pequeno molho de coentros
2 cebolas médias picadas
1 chávena de óleo de palma
1500 gr de pão de forma
Sal
Legenda: Culinária Expansiva ao domicílio, Performance de Jorge Rocha, 2008
Coloque o óleo de palma num tacho e quando estiver bem quente adicione a cebola deixando refogar. Junte o cação cortado aos cubos e frite um pouco. Adicione 200 ml de leite coco e mantenha em lume médio de forma a cozinhar o cação. Durante esse processo, com a ajuda de uma colher de pau, pressione-o para que no final se desfaça. Quando este processo estiver concluído, adicione o pão previamente desfeito e demolhado no restante leite de coco e água. Adicione a salsa, os coentros moídos e o sal.
Deixe ferver, mexendo sempre. Quando a pasta estiver mais espessa, adicione o caju e o amendoim previamente triturados e o camarão seco moído. Continue a mexer e quando a pasta começar a borbulhar adicione o camarão fresco descascado e deixe cozer. Sirva com um arroz ou acompanhado de Acarajé.
Açorda de Marisco
2 kg de bivalves (berbigão, amêijoas)
1/kg de camarão fresco
1000 gramas de pão
3 ovos
3 dentes de alho
1 dl de azeite
1 cebola média
1 pequeno ramo de coentros
Sal e pimenta q.b.
Numa panela coloque os bivalves e 2 copos de água. Deixe ferver e retire do lume. Retire as cascas e reserve o miolo e a água da fervura.
Num tacho coloque o pão em pedaços, previamente humedecido com a água do marisco. Numa frigideira leve o azeite a aquecer e junte a cebola e o alho deixando refogar. Regue o pão com este refogado e junte os coentros picados, levando ao lume e batendo com uma colher de pau até ficar uma mistura uniforme. Junte os ovos batidos, mexa bem e sirva.
Jorge Rocha
A Esperança no Chile transformou a realidade, em La Nación
"África, naturalmente; Europa, naturalmente; Brasil, com certeza. Com ou sem acordo ortográfico." Kalaf no palco do Canecão liderava os Buraka Som Sistema. O português fala-se, canta-se, dança-se, em múltiplas cores, latitudes, sotaques.
João Amaro Correia
No próximo dia 5 de Novembro. Entrada livre.
Programa e resumos das comunicações no site do Próximo Futuro
Ecuador es un país maravilloso en la mitad del mundo. Su capital es Quito, está a 2850 msnm, y tiene uno de los cascos coloniales más bellos y mejor preservados de toda América. El país, con sólo 270.000 km2 tiene una población que no supera los 14 millones de habitantes. En su territorio se encuentra la biodiversidad más densa del mundo. Ecuador es el miembro más pequeño de la OPEP con una reserva petrolera de 1470 millones de barriles de petróleo, sin contar los 130 millones de reservas probables (aún no certificadas) en sus territorios amazónicos. En esta región está el parque nacional Yasuní donde el gobierno acertadamente se compromete a mantener indefinidamente bajo tierra las reservas petroleras del campo ITT, a cambio de una contribución internacional equivalente, al menos, a la mitad de las utilidades que recibiría en caso de explotar el petróleo. Las Islas Galápagos pertenecen al Ecuador.
Al ser un país privilegiado en cuento a su geografía y recursos naturales también ha sabido sortear, relativamente, las dificultades de las realidades políticas y sociales de sus dos vecinos fronterizos, Colombia y Perú.
La crisis de los años noventa cambió todo . Ecuador se dolarizó hace ya 10 años. Esta medida controvertida si bien produjo una enorme estabilidad para las inversiones también produjo inicialmente la pérdida del poder adquisitivo de muchas personas y acentuó el desempleo que resultó en el inicio de una migración de su población con menos recursos hacia Europa (España) y Estados Unidos (migración cuyo índice hoy en día es uno de los mayores en AL). Hay ciudades enteras semi abandonadas y comunidades enteras donde los jóvenes están siendo criados por sus abuelos. Hoy en día el Ecuador depende económicamente de las remesas que envían los migrantes al país y estas son uno de los principales ingresos de divisas después del petróleo. Paradójicamente, hay estudios que afirman que la dolarización es sostenida por estas remesas.
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A esto se suma el hecho que el Ecuador durante toda su vida independiente ha sido un país con una enorme inestabilidad política. Como ejemplo, solo en los últimos 13 años hubo 7 presidentes.
Lo sucedido el día jueves de la semana pasada con el presidente Correa (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/09/governo-manda-forcas-armadas-assumirem-seguranca-no-equador.html) sobrepasa toda lógica y sólo demuestra el enorme deterioro que han sufrido las instituciones en el país.
No fue un golpe de estado pues no había una fuerza política ni fuerzas armadas involucradas, ni persona o personas a quienes favorecería el golpe. Fue una típica insubordinación, desordenada, ingenua, y absolutamente irresponsable iniciada por policías que veían afectada su subsistencia. Hacía un tiempo que existía un cierto malestar en elementos de la policía nacional y a esto hay que añadir una inconformidad con la prepotencia y autoritarismo de Correa así como por la sumisión de la Asamblea a lo que diga el ejecutivo.
Desconocer esta hecho es provocador y políticamente poco inteligente y temerario, a no ser que se tenga en mente otros planes, como generar las condiciones para gobernar prescindiendo de los "otros poderes del Estado", restringiendo la libertad de expresión, apelando a la actual constitución creada para perpetuarse en el poder y convocando a elecciones adelantadas, tal como se especula que sería la verdadera intensión de Correa en Ecuador. Esta forma particular de gobernar no hace sino alejar cualquier oportunidad de mejorar las condiciones del país.
Cómo reacciona la sociedad a todo esto? Hay muchas respuestas. Desde la cultura ya hace algún tiempo han aparecido muchos colectivos de arte que trabajan para dar una opinión sobre la situación política del país. Bajo el nombre de Ecuador en Emergencia se agrupan colectivos como WASH, lavandería de arte contemporáneo, el Centro Experimental Oído Salvaje, Sujeto a Cambio y ARTLAB_Creación Contemporánea además de Tranvía Cero, Experimentos Culturales, Pelota Cuadrada, Artes No Decorativas, El Bloque y AequatorLab de Quito; La Limpia y Full Dollar de Guayaquil y Ñukanchik People de Cuenca.
Avelina Crespo
http://ecuadorenemergencia.blogspot.com/
Otros links: http://museoenunacaja.blogspot.com
www.artepatiosquito.com
http://www.arteactual.ec
A música angolana antes e durante a guerra. O blog de Rui Miguel Abreu alerta para um texto de Egon no site da NPR sobre a música de Angola. Inclui pequenos players das raridades encontradas por Egon em Lisboa....
Aqui.