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último dia de espectáculos Próximo Futuro/VERÃO 2011!

Hoje é o último dia da programação de espectáculos do PRÓXIMO FUTURO neste Verão de 2011: há um concerto único em Portugal dos Tshetsha Boys, Nozinja e DJ Spoko ("SHANGAAN ELECTRO") e a última oportunidade para assistir à avassaladora peça chilena "Villa+Discurso", de Guillermo Calderón, com as extraordinárias actrizes Carla Romero, Francisca Lewin e Macarena Zamudio (Compañia Playa).

Entretanto, continuam as intervenções dos artistas no Jardim da Gulbenkian e a exposição "Fronteiras"(8.os Encontros Fotográficos de Bamako) no edifício-sede da Fundação. Encontra o calendário completo das actividades PRÓXIMO FUTURO aqui, com novidades, demais informações e contactos.

HOJE, 3 de Julho (sábado)

19h00 Anfiteatro ao Ar Livre MÚSICA / Cada bilhete: 10 Eur

SHANGAAN ELECTRO (África do Sul), com NozinjaTshetsha Boys e DJ Spoko

“Shangaan Electro: New Wave Dance Music from South Africa” (Honest Jon's) foi um dos discos mais importantes de 2010, compilando alguns dos maiores êxitos shangaan. O shangaan provém da cidade de Malamulele, na província de Limpopo (região mais setentrional da África do Sul, na fronteira com o Botswana, o Zimbabwe e Moçambique) e caracteriza-se pela velocidade dos beats, conduzindo a uma dança que tem tanto de eléctrica como de divertida. O shangaan posiciona-se na intersecção da tradição e de uma África da tecnologia digital caseira, que pode ser encontrada na produção cinematográfica de Nollywood, na Luanda do kuduro ou na África das transferências de dinheiro via telemóvel. 

22h00 Sala Polivalente do CAM TEATRO / Cada bilhete: 15 Eur

Villa+Discurso (Chile), de Guillermo Calderón, com Compañia Playa

O tema da primeira parte – “Villa” – é aparentemente simples: que fazer àquela casa que tem esse passado tão histórico e é uma memória a preservar da luta clandestina e da tortura? Três actrizes discutem frente a uma mesa sobre a qual está uma maqueta da Villa Grimaldi. A partir deste dispositivo realista, aparentemente simples, até banal num campo mediático, Calderón constrói uma das mais fortes, sólidas, profundas dramaturgias sobre a criação humana das artes, a validade da arte contemporânea, o debate democrático, os conflitos ideológicos, o papel da museografia. E em nenhuma situação há qualquer sinal da introdução ideológica possível do autor.

 

E chega a segunda parte – “Discurso” –, que decorre na mesma sala e com as mesmas actrizes. É uma  ficção da despedida da Presidente Michelle Bachelet quando deixou o Palácio presidencial. Começa «Hoje não vos vou falar com palavras dóceis e esperadas…». E segue-se um manifesto do exercício do poder do ponto de vista de alguém que se assume como mulher, pediatra, optimista e socialista. E é fascinante como Calderón pega numa matéria tão arriscada, numa personagem que é considerada como a melhor presidente da história do Chile e interroga o que é o poder.