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'O Humano além do Humano' na FLIP, de Paraty (II)

Café na FLIP

"O Humano além do Humano": Miguel Nicolelia (Neurocientista) e Luiz Felipe Ponde (Filósofo)

Nicolelis pode ser candidato ao Nobel por suas descobertas sobre o funcionamento do cérebro. Ele mostrou como nosso cérebro pode continuar com consciência a viagem pelo mundo liberto do seu corpo.
Pode-se criar ação com as descargas elétricas, para recuperar funções motoras e vice-versa. Isso é uma vitória da ciência brasileira.
Quer na Copa que uma criança paraplégica chute o primeiro gole. Ele está muito próximo de alcançar isso.
Então foi um debate entre a ciência e o filósofo que acredita que o ser humano não é confiável, que esse projeto de superação vem desde a República de Platão, como um projeto da eugenia.
Que depois que os cristãos perdem a fé, surge a fé na ciência para substituir (Nietzsche).
Ele coloca que a vida humana não se sabe de onde veio, nem para onde vai e que o homem não se pode confiar em si mesmo.
O ser humano não é linear. O sofrimento sempre nos encontra, e sofrer é que nos faz humanos. E a vida dá sempre errado ao final.
Foi um debate mas eu acho que as 2 opções não são tão opostas ou distantes. Vêm do mesmo lugar. Essa coisa da vida dar sempre errado tem um algo darwinista, que está ligado a evolução que está ligado na ciência de certo modo e nessa busca por melhorar, ou sobreviver.
No final o Ponde diz que não. É que não temos que tentar ir para além do Humano para resolver os problemas, mas que vão se criar outros problemas.
Discutiu-se fé versus ciência, como ciência e religião estão próximos, etc...
Os 2 eram muito carismáticos, e são também professores, foi legal essa mesa.

Imagem e texto de Madame de Stael, correspondente em Paraty