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As galerias da nova cena artística mexicana

Publicado5 Fev 2015

Etiquetas cidade do méxico Arte Contemporânea Galerias

Imagem: “A few horifying moments of lucidity #1” (2013) an installation by Julieta Aranda, exhibited at Galeria OMRCourtesy of Galeria OMR

Decorre esta semana, entre 4 e 8 de Fevereiro, a Zona Maco 2015, a feira de arte contemporânea criada em 2002 por Zélika Garcia que reune mais de uma centena de galerias e museus locais e estrangeiros. Considerado um dos eventos mais relevantes da América Latina, a Zona Maco acontece na Cidade do México, recentemente indicada pelo El Pais como o local da erupção artística do continente.

No site DazedDgital, são destacadas algumas galerias e artistas que marcam a cena artística actualmente, como Curro y Poncho, House of Gaga e Kurimanzutto.

Gone are the days when art tourism to Mexico means just a visit to Frida Kahlo’s Blue House. Sure, it can still be a priority, but Mexico’s contemporary art scene should not be overlooked. On a slow but steady rise over the years, Mexican galleries and artists have been gaining the attentive eye of independent curators, arts writers, and passionate international collectors. With art non-profits like SOMA (which offers artist residencies, puts up exhibitions, and is a source of education), and publishing houses such as Alias, run by artist Damian Ortega to translate texts essential to the study of contemporary art into Spanish, along with an increasing number of contemporary art museums and initiatives, people should be looking at the art scene in Mexico more. For a country gripped with political, social, and cultural clashes and changes, it is no surprise that the arts are flourishing. So, with Mexico City’s contemporary art fair season kicking off today with Zona Maco and the new but promising Material Art Fair (starting tomorrow), here we celebrate our favourite galleries from Mexico, galleries that have been, and still are, invigorating the scene there, with shows that are both internationally and locally viable.

Mais em Mexico’s best contemporary art hotspots

"Lush Walls Rise to Fight a Blanket of Pollution"

Publicado11 Abr 2012

Etiquetas cidade do méxico cidades méxico urbanismo

MEXICO CITY — “We must cultivate our garden,” Voltaire famously wrote at the end of “Candide,” but even he could not have imagined this: a towering arch of 50,000 plants rising over a traffic-clogged avenue in a metropolis once called “Mexsicko City” because of its pollution.

The vertical garden aims to scrub away both the filth and the image. One of three eco-sculptures installed across the city by a nonprofit called VerdMX, the arch is both art and oxygenator. It catches the eye. And it also helps clean the air.

“The main priority for vertical gardens is to transform the city,” said Fernando Ortiz Monasterio, 30, the architect who designed the sculptures. “It’s a way to intervene in the environment.”

Continuar a ler no New York Times.

Fragmentos de uma cidade impossível

Publicado22 Abr 2010

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Cidade do México

São 7:00h da manhã. A Rádio Panorama anuncia vários bloqueios no acesso ao centro da cidade e a circular periférica está muito lenta. São três minutos sobre o trânsito informando que este está lento, muito lento. O táxi avança devagar e pára de 100 em 100 metros. Através da janela pode ver-se um condutor lendo o jornal ao volante. Na fila do lado esquerdo, uma senhora aproveita as paragens do carro para arranjar as sobrancelhas. Avançarão vagarosamente outros carros, motos, camiões, e é todo um conjunto de actividades que acontecem dentro dos veículos antes de se começar a jornada de trabalho: uma mãe amamenta um bebé no banco traseiro, um condutor de camião come um peixe seco à janela, um rapaz de empresa de entregas bebe de um termo florido, uma senhora tricota sempre que o carro pára, dois condutores em faixas paralelas conversam ao longo do percurso, ajeitando as suas viaturas de modo a mantê-las lado a lado, um homem chora ao volante. A Rádio Panorama informa que uma lei impondo exercícios físicos diários em todas as escolas do país foi promulgada de modo a combater a obesidade, e o número de sequestros aumentou em relação ao ano anterior, sendo estimado em mais de 1400 no ano de 2009.

Como vai ser possível às pessoas deslocarem-se nesta cidade daqui a 10 anos?

A cidade tem 28 milhões de habitantes. Pontes, viadutos, aquedutos, avenidas que sucedem a avenidas, que por sua vez sucedem a vias de circulação periférica, que se sucedem a outras vias, numa rede de milhares de kms no seu interior. É humanamente impossível ter dela uma visão geral; na melhor das hipóteses ficamo-nos pela apreensão espacial de dois ou três bairros, de uma visão particular desta cidade infinita.

Numa pequena praça, ao fim da tarde, uma mexicana de cabelo negro e trança atada com uma fita vermelha vende ramos de alcachofras e sorri.

As primeiras páginas dos jornais têm invariavelmente nas suas manchetes sequestros, assassinatos, raptos, fuzilamentos, que as fotos ilustram. Os cartéis têm um poder de armas superior à polícia, controlam as fronteiras, controlam sectores da cidade e ditam as leis. Que projectos políticos, sociais, urbanos e económicos poderão ter ainda alguma eficácia para retardar este processo de uma cidade-refém?

Carros negros de alta cilindrada, de vidros fumados, percorrem as ruas da cidade, assíduas vezes escoltados por outros carros negros de alta cilindrada, de vidros fumados.

Tapetes de folhas de jacarandás tapam os passeios que se transformam em passeios roxos.

Há uma cultura da morte latente nesta cidade: nas conversas, nas canções, no vestuário, nas narrativas literárias, nos ritos escondidos.

Há um bairro cujos nomes das ruas são uma elegia ao que de mais humanista produziu o mundo. As ruas chamam-se: Aristóteles, Calderon de la Barca, Horacio, Tasso, Hegel, Petrarca, Arquimedes, Júlio Verne, Galileu, Temistocles, Newton e muitos mais. Todas elas acabam rematadas pelo glamour da Avenida dos Campos Elísios e pelo universalismo da Av. Mahatma Gandhi.

A cidade tem dezenas de museus excelentes e uma história rara de literatura e de pintura.

Nas ruas transversais do centro filas de "sem-abrigo" estendem-se ao longo dos passeios, numa imundíce inaceitável.

Miami é um fantasma permanente: para os que se transportam nos carros negros de grande cilindrada e passam férias nas suas casas em Miami, e para os imigrantes que sonham poder entrar em Miami e assim entrar na América.

Cidade do México, uma cidade fortaleza, uma cidade murada no interior, uma cidade prisão, uma cidade-refém.

apr

Cidade do México

Publicado16 Abr 2010

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O México - e muito em particular a Cidade do México - surgiu na última década como um dos lugares fundamentais no universo latino-americano (e não só) em relação à arte contemporânea. Uma nova geração que viaja entre a Cidade do México e Los Angeles, entre Nova Iorque e São Paulo, o investimento de muitas empresas no coleccionismo e a feira de arte MACO (que está a decorrer neste momento), foram fundamentais para que hoje a Cidade do México seja incontornável nas artes contemporâneas visuais. Veja-se o exemplo da Fundación/Colección Jumex e do novo Museu Soumaya que o milionário Carlos Slim está a construir. Também o Cinema aqui tem sido uma arte em crescimento, em termos de produção e visibilidade.

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