Logótipo Próximo Futuro

George Hallett: retrospectiva

Publicado30 Abr 2014

Fotografia de George HAllett

George Hallett, "Proud Woman", District Six, 1968

A National Gallery da Cidade do Cabo apresenta uma retrospectiva do fotógrafo George Hallett.

"Acutely sensitive to the beauty of living, yet forever mindful of injustice and its deleterious effects on the human psyche, these images are mini photographic miracles. Textured, nuanced and always thought provoking, with a delightful interplay of composition and light, Hallett’s career is an enthralling testament to the intrinsic dignity of mankind, from the slums of Cape Town to the farthest corners of the world."

Leiam o artigo.

Bastidores Fanzine

Publicado29 Abr 2014

Publicação Bastidores Fanzine

Bastidores Fanzine é um projecto para uma publicação alternativa, lançado em Maputo por um grupo de jovens criativos de raízes e áreas profissionais diversas. A sua mais recente edição tem como tema “Moçambiques: uma sociedade, várias realidades” e foi lançada a 12 de Março em Maputo sob coordenação de Filipa Pontes e Nuno Fulane. 

Mais sobre este projecto no Buala.

Prémio Calouste Gulbenkian 2014

Publicado28 Abr 2014

Prémio Calouste Gulbenkian

Estão abertas até 15 de Maio as candidaturas ao Prémio Calouste Gulbenlkian 2014. No valor de 250 mil euros, o Prémio é atribuído anualmente a uma instituição ou a uma pessoa, portuguesa ou estrangeira, que se tenha distinguido internacionalmente na defesa dos valores essenciais da condição humana. Mais informações.

Sugestões de leitura de Sandro Mezzadra

Publicado24 Abr 2014

Sandro Mezzandra

Sandro Mezzadra (Sociólogo, Universidade de Bologna e Universidade de Western Sidney) é outro dos oradores na próxima sessão do Observatório. A propósito da sua comunicação, propõe-nos as seguintes leituras:

The right to escape

Taking Care: Migration and the Political Economy of Affective Labor

e ainda esta entrevista.
 

A próxima sessão do Observatório tem lugar no dia 26 de Abril às 15h. Mais informações.

"Macbeth" de Brett Bailey

Publicado23 Abr 2014

Imagem da ópera Macbeth

Owen Metsileng (Macbeth) and Nobulumko Mngxekeza (Lady Macbeth). Copyright: Mome van Zyl e Brett Bailey

A ópera "Macbeth", encenada por Brett Bailey, estreia hoje no Artscape Theatre na Cidade do Cabo. O cenário para o clássico de Shakespeare é a República Democrática do Congo.

Perhaps people will complain that this is just another portrayal of a black dictator, which is a stereotype. But there are so many stereotypes. There’s Idi Amin and Robert Mugabe but then there’s also Putin and Milosevic. It’s just part of the landscape of who we are.

Leiam o artigo de Shirley Aprthorp.

Periferias e semiperiferias no capitalismo financeirizado

Publicado22 Abr 2014

Nuno Teles

Nuno Teles (Foto: Patrícia de Melo Moreira)

A promoção do fluxo internacional irrestrito de capitais, mercadorias e, em menor medida, de pessoas é uma das características centrais do regime neoliberal. A sua hipótese central é a de que a afectação eficiente de recursos, coordenada à escala pelo mercado, produziria espontaneamente prosperidade para todos, à escala global.

Nesta apresentação procurar-se-á mostrar o carácter hierárquico e imperial desta nova configuração do capitalismo internacional, através da sua face dominante - a financeirização da economia. Dois países distintos – a África do Sul e Portugal - serão utilizados como ilustração das variadas configurações que o poder estrutural da finança produz hoje. No primeiro caso, será discutida a forma como a liberalização financeira se tornou um poderoso mecanismo de instabilidade e dependência externa, favorável ao seu complexo minério-energético e ao capital financeiro. No segundo caso, indicar-se-á a lógica de uma financeirização semiperiférica, que combinou acesso ilimitado a capital a baixo custo com um desfavorável quadro de integração económica na zona euro. A análise da integração económica destes dois países nos mercados internacionais de capitais e de mercadorias permitirá assim a identificação das assimétricas formas de relação de poder presentes entre centro, semiperiferia e periferia, bem como dos limites ao desenvolvimento das duas últimas.

Neste quadro da economia política, serão identificadas algumas pistas de uma política económica autónoma, produto da deliberação democrática soberana. Esta passa por uma política cambial ajustada, por controlos de capitais, pelo proteccionismo selectivo ou pela política industrial. Só assim é possível construir um “espaço de desenvolvimento” que, alicerçado numa aliança popular, soberana e democrática, produza uma ruptura nas cadeias de poder da finança internacional.

Nuno Teles, Economista, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Sugestões de leitura:

Globalização e utopia de mercado: O "vício ricardiano" à prova da história

Compreender a Crise: A economia portuguesa num quadro europeu
desfavorável (a partir da pág. 12)

A próxima sessão do Observatório tem lugar no dia 26 de Abril às 15h. Mais informações.

Observatório

Publicado20 Abr 2014

Jose Neves

Não resisto a partilhar as minhas expectativas quanto à próxima sessão do ciclo Novos Poderes, organizado pelo Próximo Futuro - Gulbenkian e pela Unipop. A sessão será no dia 26 de abril, sábado, e junta Nuno Teles e Sandro Mezzadra, devidamente moderados pelo antropólogo José Mapril. Qual o motivo de interesse? Entre outras coisas, explorarmos que zonas de conflito e que pontos de convergência são possíveis entre duas linhas de análise e de política que nem sempre se dão bem.

A primeira, que podemos associar, entre outros, ao economista Nuno Teles (e de que encontramos um bom acervo de textos no blogue Ladrões de Bicicletas, onde escrevem também economistas como João Rodrigues e Alexandre Abreu), tem defendido a necessidade de um reforço dos poderes políticos de estados nacionais como Portugal. Tal reforço permitirá contrariar o crescente poder económico do comércio e da finança globais (e a questão da financeirização tem sido particularmente trabalhada por Nuno Teles, por exemplo a propósito de um caso como o da África do Sul), assim como de estados nacionais mais desenvolvidos, caso da Alemanha.

A segunda, que podemos associar a Sandro Mezzadra e a um conjunto de autores e militantes reunidos no sitewww.euronomade.info, como é o caso de Antonio Negri, tem antes pugnado por uma ampliação da escala da democracia política, contrapondo a necessidade de uma globalização política (de pendor mais movimentista, é certo) à efectiva globalização económica. Tal ampliação permitirá, por exemplo, aproximar-nos da existência de uma cidadania de tipo universal, questão que Mezzadra tem vindo a discutir no âmbito dos seus estudos sobre migrações.

Enfim, o debate é mais complicado do que isto, há no que escrevi um conjunto de aporias que valeria a pena deslindar, bem o sei, mas é justamente por aqui que reside, julgo eu, o interesse da sessão de dia 26 de abril. A entrada é gratuita e a inscrição deve ser feita para [email protected] 

Publicado no Facebook por José Neves (UNIPOP) a 17 de Abril. Mais informações sobre a próxima sessão do Observatório.

Morreu Gabriel García Marquez.

Publicado18 Abr 2014

Gabriel García Marquez

Todo estaba en penumbra, un hombre tocaba piano en la sombra, y los pocos clientes que había eran parejas de enamorados. Esa tarde supe que si no fuera escritor, hubiera querido ser el hombre que tocaba el piano sin que nadie le viera la cara, solo para que los enamorados se quisieran más.

Morreu hoje Gabriel García Marquez. Artigo no El País. 

All your holes are on the inside and no one visits the wounds

Publicado17 Abr 2014

 I love the politics of South Africa, every street has a history and you can’t walk without someone’s poem in your head. Man, you can’t walk next to, or past people without a poem in your head depending on how they say or don’t say hello to you. I cannot speak for the future of South African poetry…I would like for more South African poetry to make it into our classrooms, especially spoken word poetry. 

Entrevista com Vuyelwa Malulekem, uma dos finalistas do The Brunel University African Poetry Prize.

Festival de Teatro de Bogotá

Publicado16 Abr 2014

Quase três décadas após o seu nascimento, o Festival Internacional de Teatro de Bogotá reúne 1200 artistas de 25 países. O El País escreve sobre o maior festival latinoamericano de teatro. Leiam o artigo.

Josephine Baker e Le Corbusier no Rio - Um caso transatlântico

Publicado15 Abr 2014

Começa hoje no Museu de Arte do Rio a mostra de performances da exposição "Josephine Baker e Le Corbusier no Rio - Um caso transatlântico", com o sul-africano Steven Cohen a apresentar "Chandelier". Partindo da experiência de sexualidade, religiosidade e origem do próprio artista, o trabalho lança um olhar sobre questões marginalizadas pela sociedade. 

Mais sobre a exposição.

Da Teoria da Dependência ao Direito de Fuga

Publicado13 Abr 2014

A recente crise mundial tem colocado em novos termos o debate sobre a natureza e a escala da organização política e económica das comunidades. As questões da mobilidade, da territorialidade e da identidade das pessoas têm sido discutidas, observando fenómenos como as migrações, os nacionalismos e o racismo ou, ainda, o tema do cosmopolitismo. Simultaneamente, o debate em torno da liberdade, da regulação ou da protecção dos fluxos de mercadorias tem motivado a reflexão em torno das relações norte/sul, da hegemonia norte-americana ou da integração europeia e de reconfigurações geo-políticas. Neste debate, trata-se de procurar interpelar a circulação mundial das mercadorias e das pessoas, evitando a ilusão de um mundo plano, que marcou os elogios à globalização no início do século XXI, e os perigos de um fechamento nacionalista, de que o século XX foi testemunha.

Sandro Mezzadra, Sociólogo, Universidade de Bologna e Universidade de Western Sidney

Nuno Teles, Economista, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Comentador: José Mapril, Antropólogo, CRIA


A próxima sessão do Observatório de África, América Latina e Caraíbas realiza-se no dia 26 de Abril, às 15h, no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian. A entrada é livre, mediante inscrição prévia. Mais informações

Este é o Lugar

Publicado11 Abr 2014

"Et pourtant ils créent!"

Publicado10 Abr 2014

Cartaz da exposição no Institut des Cultures d´Islam

A exposição com obras de artistas contemporâneos sírios abre hoje no Institut des Cultures d' Islam em Paris.

L’Institut des Cultures d’Islam accueille les œuvres de plasticiens contemporains syriens aux pratiques, expressions et écritures variées et qui ont en commun d’être postérieures au déclenchement de la révolution syrienne. Alors que certains artistes ont dû cesser de créer, d’autres ont accueilli dans leurs œuvres, de façon souvent directe, parfois oblique, la violence qui sévit dans leur pays. Certains encore manifestent leur refus obstiné de voir l’horizon de leur création réduit à la guerre encore, encore et encore.

Mais no website do ICI.

Scent of Revolution

Publicado9 Abr 2014

O documentário "Scent of Revolution" da realizadora egípcia Viola Shafik estreou no mês passado no Cairo durante a Goethe Film Week. 

The four protagonists and their stories reflect my own development from hope to depression, up to finding new means to cope with failed expectations or – in other words – with the fading fragrance of revolution.

Retratos de reconciliação

Publicado8 Abr 2014

Uma sobrevivente e um assassino do genocídio em Rwanda

Deogratias Habyarimana, assassino(à direita) e Cesarie Mukabutera, sobevivente.

Pieter Hugo regressou ao Rwanda no mês passado e fotografou assassinos e sobreviventes que hoje em dia vivem lado a lado.

HABYARIMANA: “When I was still in jail, President Kagame stated that the prisoners who would plead guilty and ask pardon would be released. I was among the first ones to do this. Once I was outside, it was also necessary to ask pardon to the victim. Mother Mukabutera Caesarea could not have known I was involved in the killings of her children, but I told her what happened. When she granted me pardon, all the things in my heart that had made her look at me like a wicked man faded away.”

MUKABUTERA: “Many among us had experienced the evils of war many times, and I was asking myself what I was created for. The internal voice used to tell me, ‘‘It is not fair to avenge your beloved one.’’ It took time, but in the end we realized that we are all Rwandans. The genocide was due to bad governance that set neighbors, brothers and sisters against one another. Now you accept and you forgive. The person you have forgiven becomes a good neighbor. One feels peaceful and thinks well of the future.”

Leiam o artigo.

Poesia negra

Publicado7 Abr 2014

Imagem da página da crítica no jornal Expresso


Poesia negra 
A violência e as fraturas sociais da África Austral nas imagens de um fotógrafo contemporâneo    

 
A criação do programa "Próximo Futuro" pela Fundação Calouste Gulbenkian — e, nomeadamente, a inclusão sistemática nele dos Encontros de Bamako de Fotografia — teve o condão de ir tornando visível na capital portuguesa o essencial da fotografia africana contemporânea. É nesse âmbito, e depois da presença nos encontros da capital do Mali, que o fotógrafo sul-africano Pieter Hugo (n. Joanesburgo, 1976) apresenta em Lisboa a sua primeira exposição antológica.  
 
Nomeado para o Deutsche Börse Photography em 2012, Hugo tem uma carreira de pouco mais de dez anos, ainda que a quantidade, qualidade e diversidade da sua produção justifiquem plenamente esta recolha. Entre as várias séries apresentadas encontra-se "Hyena & Other Men", o seu trabalho mais conhecido, um conjunto de imagens feitas entre os domadores de feras nigerianos que coloca questões relacionadas com o poder e a submissão. Esse é um tema transversal nestas imagens, mas o trabalho de Hugo abrange um espectro mais largo de interesses, muitos dos quais rondam a questão da identidade, um assunto imerso em dramatismo na África do Sul pós-apartheid.  
 
Veja-se a este propósito a série "Km", realizada nos últimos oito anos e na qual Hugo surpreende uma paisagem étnica, social e economicamente contraditória, ou "There Is a Place in Hell for Me and My Friends", na qual mostra os seus amigos em imagens onde os tons surgem exageradamente escurecidos, deixando assim claro que somos todos coloridos.  
 
A desequilibrada vida da África Austral e os seus bloqueios são, aliás, presenças constantes nos trabalhos de Hugo, embora o seu olhar sobre ela oscile com frequência entre o documental e o alegórico, apesar de sofrerem sempre uma leitura política inevitável, como diante da série "Permanent Error", captada numa lixeira do Gana onde adolescentes apanham lixo eletrónico e onde a normalidade é a própria devastação. Ainda que Hugo contorne o exótico, há nas suas imagens uma estranheza e uma força desconcertante na qual cabem, nunca suavizadas, a violência, o sobrenatural e a morte.  
 
A série "Nollywood", captada na Nigéria no seio de uma das maiores indústrias cinematográficas do mundo, é um bom exemplo de como Hugo usa a fotografia para estabelecer um olhar negociado — simultaneamente factual e ficcional — com o mundo que o rodeia, usando a teatralidade e a fantasia para penetrar o imaginário da África Austral contemporânea.  
 
Hugo olha a realidade dura da África do Sul e dos seus vizinhos capturando imagens que são sempre mais poderosas do que a soma dos seus elementos burlescos, trágicos ou anedóticos. Consciente de todos os traumas e violências identitárias, o fotógrafo não se deixa circunscrever pela retórica corrente sobre elas. As suas imagens não são nunca ilustrações dóceis. Essa é a sua força decisiva. 

Crítica de Celso Martins publicada no suplemento "Atual" do jornal "Expresso" a 5 de Abril de 2014.

Ce que murmurent les colines

Publicado7 Abr 2014

Capa do livro de Scholastique Mukasonga

Scholastique Mukasonga, autora de "Notre-Dame du Nil", acaba de apresentar o seu novo livro "Ce que murmurent les colines".

"La Maritza, c'est ma rivière..." a chanté Sylvie Vartan. Moi qui n'oserai pas chanter, je me contenterai de murmurer : "La Rukarara, c'est ma rivière..." Oui, je suis bien née au bord de la Rukarara, mais je n'en ai aucun souvenir, les souvenirs que j'en ai sont ceux de ma mère et de son inconsolable nostalgie.

Adonis iconoclaste

Publicado5 Abr 2014

Adonis, poeta sírio

Entrevista do poeta sítio Adonis à France Culture.

A 84 ans, le doyen des poètes arabes, qui publie depuis 1947, continue de cheminer sur la voie de la rébellion et de la radicalité fondatrices de son œuvre. Œuvre qui dès le commencement procède d’une critique sans concession du système religieux islamique sclérosé qui s’est imposé au corps social pour l’enfermer dans l’exclusivisme, la non-reconnaissance de la moindre altérité, le laissant prospérer dans la médiocrité de l’être."

Oiçam a entrevista.

Rwanda 2004: Vestiges of a genocide

Publicado4 Abr 2014

Iniciam-se hoje as comemorações do 20º aniversário do genocídio dos Tutsi no Rwanda.

"Rwanda 2004: Vestiges of a genocide" é um livro praticamente esgotado, com fotografias de Pieter Hugo e texto da investigadora Linda Melvern.

Editora: Oodee

Bangui

Publicado3 Abr 2014

Capa da banda desenhada Bangui

Depuis dix ans, ce pays plus grand que la France, rebondit de crise en crise. Celle de 2013-2014 est sa troisième guerre civile de la décennie. La plus violente, la plus meurtrière, mais aussi celle dont le monde commence à percevoir l’écho. Et le drame.

Didier Kassai conta-nos através da banda desenhada o drama dos ciadadãos da República Centroafricana. Neste link  poderão ler quatro episódios. 

Entrevista de Pieter Hugo a Wim Van Sinderen

Publicado2 Abr 2014

Abertura da Biblioteca Parque Estadual

Publicado1 Abr 2014

Imagem da exposição dedicada a Vinicius de Moraes

A Biblioteca Parque Estadual abriu as suas portas no Rio de Janeiro no passado Sábado. Mais de 200 mil livros de ficção e não-ficção, livros de arte, biblioteca infantil, 20 mil filmes, três milhões de músicas digitalizadas. A biblioteca promove também experiências com oficinas, laboratórios, plataformas multimédia e uma diversidade de linguagens artísticas. Neste momento, apresenta uma exposição que celebra o centenário do nascimento de Vinícius de Moraes. 

Consultem o website.