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Fanáticos contra la cultura

Publicado5 Jul 2012

Etiquetas património mali


En 2001, los talibanes afganos dinamitaron dos gigantescas estatuas de Buda en Bamiyan. Aquellas imágenes reflejaron cómo actúan los fanáticos islamistas contra el patrimonio cultural y el sentido histórico. Las presiones internacionales no lograron evitarlo, sino que llevaron a los talibanes a convertir su criminal acción en un acto de propaganda global.

Ahora este afán destructor ha llegado a la ciudad de los 333 santos, Tombuctú, de la mano de Ansar Dine (Defensores de la Fe), un movimiento tuareg. Ansar Dine, que ocupó el norte de Malí con un grupo independentista que posteriormente expulsó, pretende imponer una interpretación estricta de la sharía, la ley islámica según la cual no se debe construir nada sobre las tumbas. De ahí que hayan destruido al menos ya 7 de los 16 mausoleos existentes en la ciudad, y piensen en derrumbar también las tumbas de la dinastía de los Askia en la región de Gao.

De poco habrá servido que el pasado jueves los ministros de la Unesco reunidos en San Petersburgo incluyeran a Tombuctú entre los patrimonios culturales en peligro, un instrumento con poca efectividad ante la guerra y el fanatismo. La destrucción ha proseguido, incluida la famosa puerta de la mezquita de Sidi Yahia, que, según la leyenda, el día que se abriera habría una desgracia. Es una profecía autocumplida, pues la desgracia no es otra que este vandalismo cultural, dictado, según estos extremistas, por una “orden divina”.

Como pide la Unesco ante estos “actos repugnantes”, también deben los musulmanes contribuir a la salvación de este patrimonio, a través de la Organización Islámica para la Educación, la Cultura y la Ciencia y la Organización de la Cooperación Islámica.

Tombuctú, centro universitario islámico de enorme proyección hace siglos, tiene millares de manuscritos antiguos, algunos de ellos preislámicos. Afortunadamente en este caso, parece que están en manos de familias de la ciudad que los guardan celosamente.

Es necesario ayudar al Gobierno de Malí a recuperar estos territorios, con urgencia, por razones geopolíticas, pero también culturales. Aunque el daño está hecho.

in El País.

O que se está a passar em Tombuctu “é uma loucura”

Publicado3 Jul 2012

Etiquetas mali património

A situação em Tombuctu é grave e não tem, para já, uma solução à vista. Quem o diz é o maliano Lassana Cissé, do comité científico do ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios) e responsável pelo património mundial no Mali, que teme pela destruição total do património, depois de esta segunda-feira a mesquita Sidi Yahia ter sido atacada pelos combatentes islamistas.
 

“A situação é muito grave porque os islamistas já destruíram seis mausoléus dos 16 que estão inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO”, disse ao PÚBLICO, por email, Lassana Cissé, que está no Mali a acompanhar de perto a situação, lamentando a actual falta de resposta. 

A cidade de Tombuctu, que é considerada a jóia africana, foi tomada pelo Ansar Dine, um grupo com ligações à Al-Qaeda e que quer impor no Mali a sharia (lei islâmica), que não aceita que a população local, sufista, venere mausoléus de santos. O grupo islamista prometeu destruir todos os mausoléus e locais de culto e segundo Cissé a ameaça é para levar a sério. 

Já em Abril, o responsável pelo património tinha alertado para a situação. “Num momento de guerra, a destruição do património edificado e do enorme tesouro que são os manuscritos é muito possível”, disse então Lassana Cissé ao PÚBLICO e voltou esta segunda-feira a reafirmar, explicando que o que está a acontecer em Tombuctu, cidade Património Mundial desde 1988, “é uma loucura”.

“Eles [combatentes islamistas] arrombaram a porta de entrada de uma das mesquitas classificadas (a de Sidi Yahia) e prometem destruir todos os lugares considerados sagrados, incluindo os cemitérios e os locais com símbolos artísticos”, contou Lassana Cissé, explicando que os islamistas “querem destruir todo o património significativo ligado a um Santo ou uma tradição ancestral (crença em fenómenos sobrenaturais e lendas)”. “A única razão é o extremismo religioso, o fanatismo e o obscurantismo cultural.”

Lassana Cissé lamenta ainda a falta de apoio à população, “abandonada a si mesma”, que nada pode fazer a não ser “assistir impotente à destruição do património que é legado dos seus antepassados desde o século X”. 

Situada às portas do deserto do Sara, Tombuctu fica a mil quilómetros da capital, e tem 30 mil habitantes. É património da humanidade desde 1988 e deve a sua fundação aos tuaregues. Graças à prosperidade que atingiu, sobretudo nos séculos XV e XVI devido ao comércio das grandes caravanas, transformou-se no centro cultural e espiritual de África, pólo a partir do qual o islão se alargou a grande parte do continente.  



in Públco.

"In Patagonia, Caught Between Visions of the Future"

Publicado20 Abr 2012

Etiquetas patagónia património

At the end of a 200-mile stretch of mostly unpaved highway, nearly impassable during the long winter months and only marginally better in summer, sits the quiet community of Cochrane.

For generations, this isolation nurtured a bucolic, if insular, existence where little changed. The grasslands around here were sliced up into cattle and sheep ranches. Folktales romanticized the gaucho lifestyle on the wide open Patagonian steppe, sharing maté around the campfire.

But for all its remoteness, this hamlet has found itself at the heart of a heated national debate over the future — and some would say, the soul — of Patagonia itself.

Continuar a ler no New York Times.

"Timbuktu: Mali's treasure at risk from armed uprising"

Publicado16 Abr 2012

Etiquetas mali património timbuktu

For centuries, Timbuktu has existed in the Western imagination as a byword for the most exotic, far-flung place conceivable.

Situated on the southern edge of the Sahara, it acquired a near-mythical status in distant countries for its fabled inaccessibility, and for the accounts of the dazzling material and intellectual wealth to be found there.

Intrigued visitors continue to be drawn by the treasures that survive from the city's medieval golden age as an important academic, religious and mercantile center -- its great earthen mosques, and hundreds of thousands of scholarly manuscripts held in public and private collections.

The city, today part of present-day Mali and known as the "city of 333 saints" for the Sufi imams, sheiks and scholars buried there, was made a UNESCO World Heritage site in 1988.

Continuar a ler na CNN.

"Lessons from Timbuktu: What Mali's Manuscripts Teach About Peace"

Publicado12 Abr 2012

Etiquetas mali património timbuktu

The brutal Tuareg insurgency in Mali’s northern region sparked a military coup in this West African democracy, and now more than 200,000 Malians have been ousted from their homes, countless wounded have been left to suffer, and even more are dead.

The Malian Government dispatched troops to fight the Tuareg insurgency, but they justifiably felt they were inadequately armed for the vicious battles they were facing. The military’s complaints remained unheeded by President Amadou Toumani Touré—choreographer of the Malian democracy and one of Africa’s senior statesmen. The president’s failure to adequately arm his soldiers led to the military coup, which has now spawned many additional problems.

But there remains a glimmer of hope.

Continuar a ler em World Policy.

"Les manuscrits trouvés à Tombouctou"

Publicado5 Abr 2012

Etiquetas África património timbuktu

A l’orée du Sahara et à quelques encablures du fleuve Niger, Tombouctou, au Mali, a longtemps été une cité fermée aux Européens. Carrefour commercial à l’époque des caravanes, elle fut aussi le siège d’une intense vie intellectuelle. Au cours de cet âge d’or, des milliers de livres ont été écrits à la main puis abandonnés à la poussière du désert. On commence à les exhumer. De la nuit de l’oubli émerge ainsi une passionnante histoire de l’Afrique jusqu’à présent ignorée.

A Tombouctou, la progressive découverte de vieux manuscrits, dont certains remontent au XIIIe siècle, est en passe de devenir un enjeu historique pour toute l’Afrique. Plus de 15 000 documents ont déjà été exhumés et répertoriés sous l’égide de l’Organisation des Nations unies pour l’éducation, la science et la culture (Unesco) ; 80 000 autres dorment encore quelque part dans des malles ou au fond des greniers de la ville mythique (1). Ces précieux écrits qui firent la gloire de la vallée du fleuve Niger entre le XIIIe et le XIXe siècle (2), sont menacés de décomposition et de pillage par des trafiquants.

Continuar a ler no Le Monde Diplomatique.