Nova imigração sul-sul
Publicado23 Nov 2009
Publicado23 Nov 2009
Publicado20 Nov 2009
Publicado18 Nov 2009
Publicado18 Nov 2009
Publicado16 Nov 2009
Publicado14 Nov 2009
Publicado12 Nov 2009
Em inglês chama-se Dead Aid e em francês o título é L'Aide Fatale. A sua autora é a zambiana Dambisa Moyo (n. 1969), economista que faz parte da nova geração de africanos da diáspora com formações académicas de excelência (Harvard e Oxford). Tem uma carreira profissional onde se destacam os cargos de directora do Banco Mundial e da Goldman Sachs. A revista Time considerou-a como uma das mulheres mais influentes na actualidade.
A publicação do seu livro tem provocado uma polémica global dadas as soluções que propõe para o desenvolvimento africano, que vão contra a corrente das estratégias actuais de ajuda ao desenvolvimento. A sua tese mais radical defende o fim da ajuda internacional no espaço dos próximos cinco anos. Ou, como ela sugere, que os responsáveis do banco Mundial, do FMI, da União Europeia e de outras organizações internacionais telefonem aos presidentes dos países africanos anunciando-lhes que a "torneira" da ajuda ao desenvolvimento será fechada dentro de cinco anos, e que, por isso, é urgente que se encontrem alternativas ao seu financiamento.
O diagnóstico que faz é detalhado e acompanhado de uma História Social e Económica de África, onde a geografia e a sociologia política são uma ajuda preciosa aos números, factos e relatos do desenvolvimento do século 20 naquele continente. A pergunta de partida para o seu livro é: Porque é que a África continua tão pobre apesar dos biliões de dólares que recebeu para a ajuda ao desenvolvimento? Seguidamente, coloca a interrogação sobre a comparação com o desenvolvimento de países da Ásia, quando muitos países africanos partiram há cinquenta anos atrás de um nível de desenvolvimento superior a muitos países asiáticos.
Aponta como razões evidentes a corrupção, a enorme diversidade dos países africanos, facto que não tem sido considerado fulcral nas estratégias seguidas até agora. Mas, Dambisa Moyo aponta também a erros crassos aos dadores, a começar pela denúncia de ser a ajuda ao desenvolvimento uma actividade de geração de empregos (mais de 500.000 nos países dos doadores) difícil de estancar, como difícil de parar é a disputa destes países, num conflito silencioso de influência e de interesses comerciais. Aponta ainda a incapacidade dos países dadores, e muito em particular os europeus, de conseguirem pensar noutra solução mais imaginativa que vá para lá da cópia do plano Marshall, criado pelos EUA para a Europa no pós -guerra.
No estado da arte que descreve, Dambisa Moyo destaca a importância que a China tem vindo a adquirir em todos os países africanos, sendo hoje o maior investidor no continente, a par de exportador de mão de obra e de ocupação silenciosa territorial. Mas, os outros países do BIC (Brasil, Índia e China) têm também um papel importante na alteração do modo como se estão a tornar parceiros africanos e como as suas economias, bem como as economias dos países onde investem, têm usufruído destas parcerias inovadoras que, naturalmente, estão a alterar a ordem mundial. De uma forma muito sintética, como soluções a curto prazo para que o desenvolvimento africano seja eficaz e realista, Dambisa Moyo aponta: a) seguir o exemplo dos países asiáticos emergentes, nomeadamente, a sua aproximação aos mercados internacionais de capitais, recorrendo à emissão de obrigações, b) estimular a política chinesa de investimentos directos em grande escala em infra-estruturas, c) manter a pressão à escala internacional para criar um mercado autenticamente livre dos produtos agrícolas, o que favoreceria fortemente os produtores africanos, d) implantar outras formas de pequenos financiamentos, como as versões do micro-crédito aplicadas noutros países, que têm sido reconhecidas com assinalável sucesso.
Não há nunca neste livro uma abordagem moralista aos problemas, e é nele evidente uma vontade autêntica, com recursos a instrumentos inteligentes, de contribuir para acabar com a "droga" do apoio ao desenvolvimento, para que os africanos possam ser autónomos e capazes de gerir o seu futuro. Estando mais ou menos próximos das soluções de Dambisa Moyo, este é um livro que é fundamental ler e discutir.
Publicado11 Nov 2009
Publicado11 Nov 2009
O presente é confuso, o futuro muito incerto, sabemos muito pouco uns dos outros, do que nos é comum e do que nos é diferenciado, mas podemos intervir. E, com certeza, uma das formas, é certo que pouco espectacular, não necessariamente muito mediática mas eficaz e, sobretudo, fundamental, é a investigação. Isto é, os vários métodos e protocolos de investigação e a produção da teoria. É conhecida a importância que esta actividade tem na Fundação Gulbenkian. No entanto ela é sempre insuficiente e sempre urgente, apesar de ser paradoxalmente uma actividade com tempos lentos e que vive de tentativas, sucessos e falhas e, de novo, de mais tentativas e sempre a partir da discussão, a maioria das vezes entre pares com as linguagens adequadas e os calendários próprios. Neste Programa Gulbenkian, que terá diversos formatos, uma parte substantiva é dedicado à produção da teoria e à sua comunicação. Assim, ao longo do período da sua realização, o Próximo Futuro vai organizar workshops, encontros e debates entre pares, com um formato mais fechado, longe das arenas de discussão pública, para os quais os investigadores dos centros convidados, e que aderiram a este projecto, vão produzir teoria a partir das suas linhas de investigação particulares, transferidas para a plataforma que constitui o calendário do programa. A estes investigadores se associarão outros internacionais que também contribuirão com os seus problemas e hipóteses de trabalho que, a posteriori, e validadas pelos seus pares, serão publicadas em suportes específicos. À parte deste trabalho mais discreto, mas em perfeita colaboração com outro mais visível publicamente, serão organizados ciclos de conferências e Grandes Lições, com temas e intervenientes a indicar posteriormente. E o trabalho só terá sentido quando parte desta teoria produzida puder ser comunicada em círculos difusos a outros investigadores, a públicos anónimos mas interessados e aos estudantes do Próximo Futuro.
Programa completo e extractos das comunicações já disponíveis na página do Próximo Futuro.
Publicado11 Nov 2009
Publicado10 Nov 2009
Publicado10 Nov 2009
Publicado10 Nov 2009
Publicado10 Nov 2009
Publicado9 Nov 2009
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No dia 13 de Novembro serão apresentadas as seguintes comunicações:
Manhã
- "Alternativas à crise do emprego: desafios à educação e formação e novas formas de regulação” de Ilona Kovács e Margarida Chagas Lopes (SOCIUS/ISEG)
- "Os Estudos Literários no séc. XXI: o passado próximo, a crise e o próximo futuro" de Isabel Fernandes (Centro de Estudos Anglísticos/UL)
- "A crise e o discurso adaptativo dos economistas" de José Luís Cardoso (ICS)
- "Qual crise? As várias frentes da relação entre normalidade e quebra sistémica na contemporaneidade" de João Pina Cabral (ICS)
Tarde
- "Lições das crises económicas de 2008: como gerir uma solução política?" de Miguel Rocha de Sousa (NICPRI/ UM-UE)
- Cultura e Cognição - ou o poder do conhecimento tácito" de Peter Hanenberg (CECC/ UCP)
- "Da impossibilidade de superar a actual crise do capitalismo" de José Maria Carvalho Ferreira (SOCIUS/ ISEG)
- "A crise é a vida normal. A Antropologia face à crise", autoria colectiva (CRIA/UNL, ISCTE, UC, UM)
Entrada livre
Publicado9 Nov 2009
Publicado9 Nov 2009
Publicado9 Nov 2009
Publicado9 Nov 2009
Publicado9 Nov 2009
Publicado9 Nov 2009
Publicado4 Nov 2009
Publicado3 Nov 2009
Publicado3 Nov 2009
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No dia 13 de Novembro serão apresentadas as seguintes comunicações:
Manhã
- "Alternativas à crise do emprego: desafios à educação e formação e novas formas de regulação” de Ilona Kovács e Margarida Chagas Lopes (SOCIUS/ISEG)
- "Os Estudos Literários no séc. XXI: o passado próximo, a crise e o próximo futuro" de Isabel Fernandes (Centro de Estudos Anglísticos/UL)
- "A crise e o discurso adaptativo dos economistas" de José Luís Cardoso (ICS)
- "Qual crise? As várias frentes da relação entre normalidade e quebra sistémica na contemporaneidade" de João Pina Cabral (ICS)
Tarde
- "Lições das crises económicas de 2008: como gerir uma solução política?" de Miguel Rocha de Sousa (NICPRI/ UM-UE)
- Cultura e Cognição - ou o poder do conhecimento tácito" de Peter Hanenberg (CECC/ UCP)
- "Da impossibilidade de superar a actual crise do capitalismo" de José Maria Carvalho Ferreira (SOCIUS/ ISEG)
- "A crise é a vida normal. A Antropologia face à crise", autoria colectiva (CRIA)
Entrada livre
Publicado2 Nov 2009
Publicado2 Nov 2009