O Futuro como Vizinho
19 Jun 2010 - 18:30
Auditório 2
Esta comunicação é baseada na ambiguidade da tradução: Próximo Futuro como “O Futuro enquanto ’O‘ Próximo” e não como “O Próximo Futuro” (é assim que prochain é propositadamente mal traduzido em Levinas). Se pensarmos em termos espaciais e não sequenciais, tal como a contemporaneidade global de hoje nos obriga, somos persistentemente forçados a traduzir a Europa como local de intervenção. Como é que, então, nós pensamos o futuro? Referir-me-ei especificamente a Aime Cesaire em “Une Saison au Congo”.
GAYATRI CHAKRAVORTY SPIVAK nasceu em 1942, em Calcutá. Faz crítica literária, teórica, e auto-intitula-se ’marxista-feminista-desconstrucionista prática‘. Ficou famosa pelo artigo “Can the Subaltern Speak?”, considerado um dos textos fundadores do pós-colonialismo, e pela sua tradução de “Gramatologia” de Jacques Derrida. É professora na Columbia University, onde foi nomeada ‘University Professor’ em Março de 2007. Provavelmente, é mas conhecida pela utilização aberta da política das teorias culturais e críticas contemporâneas, que questionam o legado do colonialismo, na forma como os leitores se envolvem com a literatura e a cultura. Concentra-se, frequentemente, nos textos culturais dos marginalizados pela cultura ocidental dominante: o novo imigrante, a classe trabalhadora, as mulheres e o ’objecto pós-colonial‘. É também membro visitante do Centre for Studies in Social Sciences, em Calcultá.