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Chapéus-de-sol

Inês Lobo

18 Jun 2010

Jardim Gulbenkian

Entrada livre

Os visitantes mais frequentadores do Jardim da Fundação Gulbenkian recordar-se-ão de, nos anos anteriores, ver fieiras de toldos concebidos pela arquitecta Teresa Nunes da Ponte, que foram sempre tomando formas pictóricas diferentes. Este ano, a arquitecta Inês Lobo (Lisboa, 1966) que, entre outros projectos, foi autora de uma escola para uma cidade africana, concebeu um conjunto de chapéus-de-sol, construídos com material simples e de custos substantivamente baixos.

A ideia segue assim uma lógica da possibilidade da construção em países carentes de recursos, com os objectivos de proteger do calor, de criar sombras de recolhimento e, naturalmente, de intervenção cuidada e atenciosa num espaço tão digno e apetecível ao uso diário e de promenade, como o é este jardim. O resultado final é uma instalação que, desta vez, antropofagia o tropicalismo, a partir de um ponto de vista europeu.

INÊS LOBO abriu o seu próprio ateliê, em 2002, depois da colaboração com o arquitecto João Luís Carrilho da Graça, entre 1990 e 1996, e com o arquitecto Pedro Domingos, entre 1996 e 2001. Formada na FAUTL, em 1989, lecciona Projecto desde essa data, sendo, actualmente, professora convidada no curso de arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa. Desde a sua formação, o ateliê tem desenvolvido projectos em diferentes áreas de trabalho, desde a construção de equipamentos e habitação à requalificação de edifícios e espaços públicos. A sua obra tem, como base, uma continuada reflexão conjunta de técnicos e autores das mais diversas áreas, que garantem, em todas as fases de cada projecto, uma visão ampla, pluralista e concertada, de todas as questões relacionadas com a construção daquele território.