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CHIFLÓN, El Silencio Del Carbón

Companhia Silencio Blanco

Palco Grande Auditório (dias 9, 10 e 11, às 20:30)

Casa-Arquivo (dias 12 e 13, às 16:00)

M/6 (50')

9 Set - 20:30 | 10 Set - 20:30 | 11 Set - 20:30 | 12 Set - 16:00 | 13 Set - 16:00 | 2015

Entrada 15 €

A mina colapsa. Um jovem mineiro é expelido da mina de carvão em que trabalha. A sua única hipótese de continuar empregado na empresa de exploração mineira é rumar para a área de Chiflón del Diablo, um dos locais mais perigosos desta atividade. Situações quotidianas permitem-nos conhecer a intimidade e as fragilidades das personagens, o seu heroísmo diário, a espera incondicional e a incerteza vivenciadas pelas suas mulheres, sem saber se os mineiros regressarão. São realidades esquecidas pela história ou talvez enterradas profundamente nas minas de carvão, soterradas sob um sombrio silêncio. Silencio Blanco faz uma releitura da história "El Chiflón del Diablo" de Baldomero Lillo, eminente autor chileno, que expressa o lado humano das personagens através de marionetas de papel branco, que não falam e contam a história através do seu movimento, gestos e universo sonoro sem recurso a qualquer diálogo. O público deve submeter-se também ao silêncio, dando significado à narrativa pela sua própria experiência.

 

Em colaboração com o Programa Gulbenkian Educação para a Cultura e a Ciência

Chiflón

Chiflón © Lorenzo Mella

A Companhia Silencio Blanco distingue-se por trabalhar com marionetas brancas, construídas à base de papel de jornal e que atuam em silêncio; não se recorre a diálogos e as marionetas não falam. Na montagem, as sensações humanas são representadas pelas situações quotidianas através de movimentos gestuais. Isto demonstra que o movimento humano transmitido pela marioneta pode provocar uma tal ilusão que parece que o bater do coração dos personagens se pode ouvir. A companhia, criada em 2010 com De papel, depois com El Pescador, concentra na sua terceira peça Chiflón, el silencio del carbón (Chiflón, o silêncio do carvão) cujo processo criativo durou mais de dois anos, que inclui uma viagem de pesquisa à cidade mineira de Lota onde as marionetas foram construídas. Ao prescindir de qualquer texto ou diálogo, a companhia conseguiu abranger um vasto público, sem necessidade de superar limitações de linguagem ou legendas. O público não tem qualquer reserva cultural, social ou etária.