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Os escritores latinos na literatura norte americana

Published25 Jan 2013

Tags literatura eua autores latinos El País

Foi um poeta de origem cubana que o presidente dos Estados Unidos convidou para a sua cerimónia de tomada de posse. Este convite reflecte o panorama autoral da literatura norte americana.

"De mitades armónicas. De raíces transnacionales, bilingües y multiculturales. De eso está hecha y a eso suena la literatura de Estados Unidos en los últimos sesenta años en la que ahora empiezan a sonar, cada vez con fuerza, los escritores de origen hispanohablante.

La mayoría de los autores de origen hispano, según Paz Soldán, "escribe en un inglés flexible, aderezado de palabras, giros idiomáticos e incluso algo de la sintaxis del español". Inevitable. Natural. Instintivo. Con un recorrido que el autor boliviano traza así: “El español se va filtrando de contrabando en el inglés y lo va cambiando desde adentro; en un país con una literatura tan oficialmente monolingüe —una literatura que no refleja la diversidad de la experiencia idiomática en los Estados Unidos—, se trata de un gesto notable que, gracias a estos autores, pronto dejará de serlo”.

O artigo completo do jornal El País pode ser lido aqui

"El temor de Estados Unidos a la cultura hispanohablante"

Published1 Feb 2012

Tags colômbia cultura hispânica eua hay festival

El papel de la cultura hispanohablante aumenta veloz en Estados Unidos. No solo númericamente, ya son la minoría mayoritaria, sino como influencia y presencia cultural real. "Y tienen pánico". Esta es una de las conclusiones de la mesa redonda convocada por este diario en su especial EL PAÍS en el Hay Cartagena de Indias 2012, con la participación de cuatro autores nacidos y criados en Estados Unidos y/o muy vinculados a ese país: los escritores Francisco Goldman, Edmundo Paz Soldán y el historiador Morris Berman.

En este vídeo los cuatro invitados dan algunas de las claves de la transformación vivida tanto por la cultura hispana como por la manera como Estados Unidos ha asumido y está asumiendo ese protagonismo emergente. El afloramiento del racismo o la discriminación y las medidas contra los inmigrantes son la expresión del miedo a una situación real. "Los republicanos creen que están en el apocalipsis. Tienen pánico", dicen los invitados.

Para ler o artigo completo e ver o vídeo, basta clicar aqui.

save the date: 15 e 16 de Novembro (Lisboa)

O Jornal PRÓXIMO FUTURO N.º 8 já está no prelo! A capa é da artista americana de origem sul-africana Ayana V. Jackson (n. 1977), que participou nos Encontros Fotográficos de Bamako que estiveram expostos na Gulbenkian (em Lisboa) até Agosto passado, no âmbito do Programa PRÓXIMO FUTURO.

PROGRAMA GULBENKIAN PRÓXIMO FUTURO – NOVEMBRO 2011

Em parceria com o PROGRAMA GULBENKIAN DE AJUDA AO DESENVOLVIMENTO, co-produzido com o THÉÂTRE DE LA VILLE (Paris) e a Casa da América Latina (Lisboa), com o apoio da CML e da Embaixada do Peru.

CONFERÊNCIAS LISBOA - PARIS

15 Terça / 09h30 - 17h30

“Observatório de África e da América Latina”

SEMINÁRIO

Edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Aud. 3

Entrada livre

Oradores/investigadores: Alexandre Abreu (CEAD, ISEG/UTL), Ana Sécio (FCH/UCP), António Pinto Ribeiro (PGPF, UCP), Fátima Proença (ACEP), Frederico Duarte (FBAUL), Luísa Veloso (CIES, IUL), Magdalena López (CEC, FLUL), Sofiane Hadjadj (Éditions Barzakh, Argélia)

Primeira apresentação do “Observatório de África e da América Latina”, resultante dos workshops de investigação que o Programa Gulbenkian Próximo Futuro concretizou desde 2009, no qual serão proferidas comunicações de investigadores ligados a universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais.

Fruto da parceria com o Théâtre de La Ville de Paris, este modelo de seminário será concretizado no dia 17 de Novembro, na capital francesa com investigadores aí radicados.

16 Quarta / 10h00 - 18h00

“Percepção e representação contemporâneas de África e da América Latina”

LIÇÕES PRÓXIMO FUTURO

Edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Aud. 2

Entrada livre

Conferencistas: Gustavo Franco (Brasil), Benjamin Arditi (México/Paraguai), Serge Michailof (França), Elikia M’Bokolo (República Democrática do Congo/França)

Ciclo de conferências do Programa Gulbenkian Próximo Futuro, co-produzido com o Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento e o Théâtre de La Ville de Paris, onde as Lições serão proferidas no dia 18 de Novembro.

EXPOSIÇÕES LISBOA - PARIS

  

16 Quarta / 19h00 (inauguração)

“Subtil Violência”, de Roberto Huarcaya

Curadoria: António Pinto Ribeiro

Palácio Galveias

Horário: Ter a Sex 10h-19h; Sáb, Dom 14h-19h

Entrada livre

18 Sexta / 19h00 (inauguração)

“Nollywood”, de Pieter Hugo

Co-curadoria: Federica Angelucci e António Pinto Ribeiro

Théâtre de La Ville, PARIS

 

Mais informações no site do Próximo Futuro e/ou através do email [email protected]

Passer de l'histoire comparée aux "histoires en conversation"...

 

Sanjay Subrahmanyam, historiador indiano

Professeur d'histoire à l'université de Californie à Los Angeles (UCLA), Sanjay Subrahmanyam a aussi enseigné à New Delhi, à l'Ecole des hautes études en sciences sociales à Paris, puis à Oxford. Il est l'un des principaux promoteurs de l'histoire globale, ou histoires connectées, comme contre-proposition aux aires culturelles, les area studies. Son livre sur Vasco de Gama, qui élargit la recherche au-delà des sources portugaises, doit être publié en France en 2012.

Assiste-t-on à une mondialisation de l'histoire comme à une mondialisation économique au détriment de l'eurocentrisme ?

Il y a encore un problème d'articulation : en Inde, ce que l'on étudie dans les universités, c'est l'histoire indienne. Si vous cherchez un spécialiste de l'histoire du Japon en Inde, vous n'en trouverez pas. Même chose pour la Chine, des spécialistes de l'histoire indienne, il y en a peut-être deux. Entre la Chine et le Japon, c'est différent, parce qu'il y a une tradition japonaise de sinologie. Mais peu d'historiens chinois travaillent sur le Japon. Alors qu'est-ce que la mondialisation ? Souvent, cela revient au rapport avec l'Occident : la Chine et l'Occident, l'Inde et l'Occident... Il est difficile d'établir des passerelles entre l'Inde et la Chine. On est toujours dans un rapport centre-périphérie. Y a-t-il en Inde des historiens spécialistes de l'Amérique latine ? Pas plus qu'en Chine... Donc, pour aborder ce sujet, on va traduire des chercheurs américains ou européens.

La domination intellectuelle occidentale sur l'Orient n'est donc pas entamée ?

Non, loin de là. Ça ne peut pas se faire du jour au lendemain.

C'est une bonne ou une mauvaise nouvelle ?

Il y a des éléments positifs. Quand on a une grande tradition et des ressources, cela vaut quelque chose. Il serait stupide de dire que, parce que les Français ont colonisé l'Indochine, ce qu'on produit sur l'Indochine en France ne vaut rien. Mais en même temps, sans tomber dans une forme d'indigénisme qui voudrait que seuls les Chinois peuvent écrire sur la Chine, c'est inquiétant.

Prenez deux cas extrêmes : sur l'histoire turque et ottomane, les Turcs sont très, très forts. Il y a de grands chercheurs, des revues en turc, donc ils n'ont pas besoin de passer par l'Occident. En revanche, sur l'histoire de l'Indonésie, ce sont les Australiens qui ont fait ce travail, les Français, les Américains, un peu les Britanniques et les Néerlandais. Et même les Japonais ! Mais les vrais spécialistes, en Indonésie, de l'histoire indonésienne se comptent sur les doigts d'une main.

Para continuar a ler a entrevista basta ir ao Le Monde por aqui.

E que mais há de imperdível em JUNHO?

ACHILLE MBEMBE no Centre for Creative Arts (University of KwaZulu-Natal)

Em Junho, esperamos que se junte a nós logo no dia 16 (quinta-feira), às 17h00, na inauguração das intervenções propostas para o JARDIM da Gulbenkian pelos artistas Bárbara Assis Pacheco (Portugal), Délio Jasse (Angola), Isaías Correa (Chile), Kboco (Brasil), Nandipha Mntambo (África do Sul), Rachel Korman (Brasil), e o colectivo Raqs Media (Índia).

No dia seguinte, 17 de Junho (sexta-feira), às 09h30, terá início a segunda parte das LIÇÕES do Próximo Futuro (2011), reunindo investigadores, poetas e professores de diversas geografias (Brasil, Camarões, EUA e Portugal), em torno de reflexões sobre “Democracia e a Ética do Mutualismo” (a partir da “experiência Sul-africana”), “Qual o futuro próximo da Poesia?”, “As grandes incertezas da historiografia africanista” e “Produção, utilização e partilha do conhecimento na economia global”.

Alguns links (complementares às respectivas bios no Jornal) para conhecer os conferencistas de dia 17 de Junho:

Achille Mbembe (Camarões)

What is a postcolonial thinking?

Donors have a simple notion of development

The invention of Johannesburg

Eucanaã Ferraz (Brasil)

Não saberia dizer a hora…

Entrevista

Errática

Margarida Chagas Lopes (Portugal)

Entrevista Antena 1

Desemprego e Interioridade

Principais actividades e trabalhos em Economia da Educação e da Formação

Ralph Austen (EUA)

The Department of History

Trans-Saharan Africa in World History

Postcolonial African Literature

CHILE-EUA-CABO VERDE-PORTUGAL: na rota de Magaly Ponce

Published10 May 2011

Tags cabo-verde chile eua instalação magaly ponce

Inaugura hoje às 18h, no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa, a exposição InSight-s: Uma Instalação Multimédia em três Continentes da artista chilena MAGALY PONCE, produzida por Natércia Caneira com o apoio da Embaixada do Chile em Portugal.

No seu texto sobre esta instalação de Ponce, a directora da Sheldon Art Galleries em Sant Luis (EUA), Olivia Lahs Gonzales, explica:

Magaly Ponce explora a interacção entre a sua vida interior e a sua história pessoal num diálogo com a história das paisagens com que escolhe trabalhar e com o movimento de pessoas nesses cenários. O seu trabalho consiste geralmente de vídeos e instalações multimédia, por sua vez apoiado e reforçado na sua mensagem por meio da utilização de diversas formas de expressão incluindo a projecção, som, escultura, impressão digital, fotografia ou desenho. Nascida em Maria Elena, no Chile, uma cidade mineira de nitratos, situada no deserto de Atacama e que já não existe, as primeiras obras de Ponce versam sobre a complexidade de sentimentos por que passou enquanto crescia sob a influência de uma agressiva ditadura militar e do catolicismo – duas instituições poderosas que contribuíam fortemente para a promoção do medo e da autocensura. Ponce estudou Design Gráfico na Universidade de Valparaíso no Chile, onde ganhou a Bolsa de Vídeo Criatividade da Fundação Rockefeller, MacArthur e Lampadia. Desde que deixou o Chile em 1996 para estudar na Universidade de Syracuse, como bolseira da Fulbright, tem regressado frequentemente a casa para visitar a sua família e reflectir sobre a história de seu país e do seu papel dentro dele.

Deslocação, movimento e as complexas relações que as pessoas estabelecem com as paisagens em que vivem têm sido temas fundamentais nas investigações de Ponce, assim como questões sobre identidade, migração e exploração de recursos, tanto humanos como terrestres. No seu projecto mais recente intitulado InSight-s: Uma Instalação multimédia em três continentes, inspirado no historial baleeiro das zonas costeiras, Ponce que reside há cinco anos em Providance, Rhode Island, USA, concebeu uma exposição multimédia cumulativa que investiga variadas facetas sobre as baleias e sobre a sua exploração por parte dos sistemas económicos. Recriando a teia de ligações entre os baleeiros, baleias e os países que as caçam, Ponce apresenta a sua última exposição em vários locais em que a caça à baleia teve um papel central, incluindo Providence em Rhode Island, Praia em Cabo Verde e finalmente em Lisboa e nos Açores - Portugal.

A exposição reúne o trabalho de dois anos que Ponce desenvolveu com baleias ao largo de Plymouth, Massachusetts, contribuindo para a New England Coastal Wildlife Alliance (NEWCA), uma organização sem fins lucrativos que se dedica a proteger e conservar a fauna marinha, através do estabelecimento de um etograma sobre baleias desenvolvido para facilitar o estudo do comportamento especificamente das baleias Jubarte, e assim contribuir para a sua preservação.

Durante estes anos, ela trabalhou no Humpback Whale Ethogram Project, dirigido pela bióloga marinha Carol Carson, presidente do NECWA e  na Faculdade de Biologia do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estatal de Bridgewater. A sua inspiração para realizar InSight-s  partiu do seu encontro com Carson na universidade, quando a bióloga lhe perguntou sobre a melhor forma de catalogar e digitalizar as 90 horas de vídeo captados sobre os hábitos desta espécie de baleia para um banco de dados pesquisáveis relativo ao comportamento das baleias. O etograma consistia em documentos fotográficos, mapas de localização geográfica, desenhos e vídeos do comportamento das baleias que então seriam organizadas num banco de dados de pesquisa. Ponce aceitou, juntamente com os seus alunos, participar no projecto e foi convidada a acompanhar a equipa numa missão de observação das baleias. Maravilhada com a sua dimensão e graciosidade, Ponce começou a investigar a história e diáspora da indústria baleeira e cedo se apercebeu que esta pesquisa se poderia tornar num projecto pessoal significativo.

De acordo com Ponce, a luz desempenha um papel importante na exposição, tanto metafórica como fisicamente. Esta serve não só para iluminar as peças da exposição, mas remete-nos também para os tempos em que as baleias eram importantes para a produção da iluminação antes da utilização do petróleo. Em meados do século XIX, o óleo da baleia e o seu impacto económico era provavelmente equivalente à importância que o petróleo assume na economia contemporânea. Em 1850, no auge da caça à baleia, o óleo atingiu o valor máximo de 2,50 dólares por galão. Outro tipo de luz– empregue nos vídeos de imagens em movimento – é igualmente utilizado na exposição, neste caso com o objectivo de chamar o espectador para um envolvimento mais imediato na temática, mas de uma forma mais directa. A filmagem presente na exposição deriva do trabalho acumulado durante o Verão e Outono de 2009 e da Primavera e Verão de 2010, quando Ponce colaborou nas pesquisas desenvolvidas pelo NEWCA. Ao reintegrar vídeos científicos numa abordagem artística, Ponce baseia a sua instalação na realidade vivida, criando assim uma forte declaração sobre o valor e fragilidade destes animais.

Tomadas como um todo, as partes individuais da exposição mergulham o espectador numa experiência poética relativa à interacção entre seres humanos e baleias. Ao envolver o seu público com uma variedade de materiais e técnicas, algumas fundamentadas no presente, outras no passado, algumas na ciência, e outras ligadas ao uso da metáfora artística, Ponce estimula-nos ajudando-nos a entender a sua matéria de investigação sem o fazer de forma dogmática ou com didactismo. O trabalho é eficaz em demonstrar a complexidade destes mamíferos marinhos e do seu historial com os humanos, reforçando o seu poder e mistério oferecendo simultaneamente uma variedade de imagens enriquecidas de poética e conteúdos.

Haverá uma mesa-redonda a 26 de Maio (às 19h, no Museu) e a exposição estará aberta ao público até 31 Julho de 2011.

Outros links úteis aquiaqui e também aqui.

Lúcia Marques