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"O mundo tem de saber o que se passa"

Published2 Mar 2012

Tags barhein primavera árabe

Polícias xiitas sem armas, médicos detidos por prestarem assistência a feridos, um helicóptero que sobrevoa Manamá 24 horas por dia, unhas arrancadas e mãos queimadas com pontas de cigarros... Sousa Ribeiro, jornalista que viaja pelo mundo, andou à boleia no Bahrein, fotografou e escreveu sobre um país dividido.

- Conhece algum polícia que ande desarmado? 
A pergunta de Jaber, um polícia xiita, apanha-me de surpresa na manhã que desponta limpa e bonita. 
- Os polícias xiitas, todos sem excepção, receberam ordens para devolver as armas. 
Ao chegar ao templo Barbar, um conjunto de ruínas dos séculos II e III a.C., o homem com a farda verde-azeitona, sem cinto, desvia os olhos do motor do carro vermelho estacionado na terra esfarelada pelo sol e vem ao meu encontro.
- Ah, você já sabe... 
Mohamed, sempre sorridente, apenas se limita a confirmar a versão do companheiro, mas de uma forma que indicia um maior conformismo. Permite a minha errância por aquelas pedras cansadas da vida e volta a dedicar atenção à viatura. 
- Está a ver aqueles prédios ali ao fundo?
Um conjunto de edifícios, envolto numa espécie de bruma, ergue-se no horizonte, recortado contra o céu azul.
- Por que têm de ser todos propriedade do mesmo?
E depois, sempre de uma forma serena, sem alguma vez alterar o tom de voz, Jaber volta a perguntar:
- E aqueles terrenos, daquele lado, que são cultivados, por que têm de pertencer todos à mesma pessoa?
Eu caminho pela rua bordejada de casas e escuto os raros e fracos sons da manhã enquanto vou pousando o olhar nas paredes repletas de graffiti na aldeia de Al Maqsha. "Abaixo o Khalifa" e "Nós voltaremos" misturam-se com o rosto pintado a tinta vermelha e preta de Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezzbollah. Alguns foram pintados por cima mas as inscrições em inglês permanecem intactas, como se a censura soubesse de antemão que ninguém lhes prestaria atenção. 
- Tens de escrever sobre o que se está a passar no Bahrein. O mundo tem de saber qual é a verdadeira situação do país. Já mataram 53 pessoas e ainda ontem prenderam mais dois defensores dos direitos humanos, a juntar a tantos outros, brutalmente espancados, detidos e alguns deles a cumprirem penas de prisão perpétua.
O jovem Hassan, na irreverência própria dos seus 17 anos, faz-se acompanhar de três outros amigos e fala em voz alta até se conter por desconfiar da presença de um elemento da secreta dentro do autocarro que os leva desde Manamá a Muharraq. 
Mais a sul, em frente ao Museu do Petróleo, não muito longe da cidade de Awali, há um carro que pára para me dar boleia.
- O Governo dá uma imagem de democracia para o exterior que está longe de corresponder à realidade. Sou engenheiro mecânico e não tenho emprego. Por ser xiita, sou obrigado a obter um certificado e todo o processo é demorado. Não temos as mesmas oportunidades e a isso chama-se discriminação. Quero ir embora daqui, para a Europa ou para os Estados Unidos, porque os países do Golfo são todos iguais. 
Uns quilómetros mais à frente, Hussein devolve-me à minha solidão e, enquanto espero nova boleia, penso nas palavras de Ammar, proferidas, pouco antes, no interior da carrinha de caixa aberta, enquanto percorríamos um trecho da auto-estrada que liga Riffa a Durrat al-Bahrein, onde está a ser construída uma ponte que ligará o país ao Qatar. 
- Vê só a dimensão da fábrica que tens à tua direita, chama-se Alba e é uma das maiores do Golfo. Sou formado em tecnologia, bati-lhes à porta e disseram-me que, por agora, não tinham vagas. Como sou xiita, resta-me a alternativa de ser motorista. 
Quadro superior numa empresa, em Sitra, Radhi fala pausadamente. "O país tem uma população essencialmente jovem. Muitos não têm emprego e sentem-se envergonhados por terem de pedir um ou dois dinares (dois e quatro euros) aos pais todos os dias. Sendo xiitas, o acesso ao emprego é dificultado e nos últimos tempos, face aos acontecimentos, tem-se assistido a um elevado número de despedimentos entre os xiitas. Para agravar a situação, há muitos estrangeiros a trabalhar no país."
A carrinha pára na rotunda de Riffa e eu subo. É um antigo polícia, agora transformado em motorista de uma escola, nascido em Lahore, no Paquistão, quem me leva até Sitra. Do cruzamento até ao Yacht Club, a escassos quilómetros, é um sudanês que me conduz. Compro o bilhete de barco a uma jovem do Sri Lanka que tem como companheira de serviço uma filipina e, minutos mais tarde, a lancha sulca as águas prateadas, a caminho da ilha Dar, com um indiano de Kerala ao leme. 
O poder dos Al-Khalifa
País rico em petróleo, cuja descoberta, em 1932, coincidiu com o colapso do até então rentável negócio de pérolas, o Bahrein escancarou as portas aos imigrantes e, actualmente, a percentagem de mão-de-obra vinda do exterior ascende a quase 50 por cento. "Mesmo na polícia, a maior parte dos agentes são estrangeiros, provenientes do Paquistão, do Iémen, da Jordânia, da Arábia Saudita e dos Emirados. O Governo tem tentado passar a mensagem de que os xiitas são violentos e que odeiam os sunitas, o que não é verdade, porque somos irmãos. Queimam pneus, derramam óleo na estrada para atearem fogos, erguem barreiras e lançam pedras e cocktails molotov para expressarem a sua revolta face à agressividade revelada por polícias que os agridem no seu próprio país e que nem sequer são capazes de se expressar em árabe", observa Radhi, sempre com uma calma maternal.
- Eu vou enviar-te vídeos e fotos. Olha para esta. Não viste as notícias ontem, que davam conta de um morto? Eles disseram que se tratou de um acidente mas tu repara bem, o jipe a atropelar este homem. E olha para esta, para veres como eles forjam situações. Colocaram armas e uma bandeira do Hezzbollah na bagageira de um carro e prenderam o proprietário da viatura. O mundo tem de saber o que se passa no Bahrein, porque o mundo está a esquecer-se de nós.
O jovem Hassan, mais exaltado do que nunca, coloca-me nas mãos o telemóvel para que eu analise o conteúdo com os meus próprios olhos. Através da janela do autocarro, vejo a lua subindo no céu. 
No dia anterior, as fotos de homens desaparecidos e vítimas de tortura, afixadas nos muros de cimento em Al Maqsha, a menos de um quilómetro onde os portugueses construíram um forte no século XVI, entraram-me pelos olhos com a mesma intensidade com que agora ouço, a caminho de Manamá, Radhi. "Temos conhecimento de pelo menos quatro mortos dentro das prisões. Agora mesmo vou visitar um amigo que esteve detido durante 45 dias. Nem faz ideia dos horrores que são cometidos. Primeiro, penduram-nos no tecto durante três dias. Quando, finalmente, os colocam no chão, as pernas não aguentam, simplesmente caem para o lado e logo são pontapeados. Depois, convidam-nos a assinar uma nota de culpa e, se não o fazem, voltam a ficar suspensos pelos braços durante mais três dias. Perante nova recusa, enfiam-lhes um pano na cabeça e batem-lhes até que o sangue lhes salte pelos ouvidos. Queimam-lhes as mãos com pontas de cigarros e arrancam-lhes as unhas. Nada do que lhe conto é ficção, o meu amigo conheceu essa realidade e continuou a dizer que preferia morrer do que assinar qualquer documento. Agora está em casa, privado do passaporte, à espera do julgamento. No mínimo, apanhará dois ou três anos de cadeia." 
A família Al-Khalifa chegou ao Bahrein em meados do século XVIII, expulsando os persas do território em 1782 e aí se mantendo até ser obrigada ao exílio durante a invasão omani. Em 1820, regressou para não mais partir, contando, durante o século XIX, com o apoio dos ingleses, desejosos de terem alguém de confiança que se opusesse à pirataria reinante na zona e que lhes garantisse, ao mesmo tempo, segurança nas rotas comerciais com a Índia. Já neste século, a riqueza dos Al-Khalifa ia aumentando à medida que o petróleo jorrava dos poços, proporcionando-lhes uma fortuna que, forçosamente, teria de provocar natural descontentamento entre parte da população que conhece o significado da palavra provação. "Havia de ver como vivem algumas pessoas nas aldeias e nos subúrbios de Manamá. Você até chora", continua Radhi, que agora conduz o carro pelas ruas da capital impregnadas de jipes da polícia, enquanto um helicóptero sobrevoa a cidade. "Já pensou quanto gasta o Governo num helicóptero para vigiar Manamá 24 horas por dia? Todos nós, sem excepção, xiitas ou sunitas, temos os nossos direitos. Tudo o que nós desejamos é igualdade e mais liberdade. Não lhe parecem aspirações legítimas?", questiona Radhi ao mesmo tempo que abana a cabeça em sinal de reprovação face ao que vê em cada cruzamento ou em cada rotunda. 
Liberdade
Os primeiros sinais de convulsão surgiram na última década do século passado e resultaram em esporádicas detenções, agravando-se em 1994, altura em que o emir se recusou a aceitar uma petição exigindo mais democracia. As manifestações e os protestos continuaram, em maior ou menor escala, culminando com um atentado, em 1996, que destruiu parcialmente o Hotel Diplomat, actualmente o Ritz-Carlton Bahrein. Em Março de 1999, com a morte do xeque Isa Bin Sulman al-Khalifa, a gestão do país passou para as mãos do filho, xeque Hamad bin Isa al-Khalifa, que logo promoveu eleições parlamentares e municipais e instituiu uma monarquia constitucional. Quase em simultâneo, ordenou a libertação dos presos políticos, permitiu o regresso dos dissidentes no exílio e declarou igualdade de direitos para todos os cidadãos nacionais. "O nosso rei é bom para o povo. Não é dele que temos razões de queixa", releva Radhi, um xiita. "Não é nada. Ele apoia os terroristas, a Al-Qaeda, como apoia muitos dos ditadores, entre eles o presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh", contradiz Hassan, sentado na última fila do autocarro que está prestes a chegar à derradeira paragem, na ilha de Muharraq.
Com um parlamento dominado pelo Al-Wefaq, o partido xiita mais representativo, o principal motivo dos protestos parece ser, pelo menos aos olhos da maior parte, o primeiro-ministro, xeque Khalifa bin Sulman al-Khalifa, sunita da linha dura, no Governo desde 1971. "Queremos eleições parlamentares livres mas temos a noção de que tudo leva o seu tempo e que ainda não estamos preparados para uma democracia como as que conhecem os países europeus ou os Estados Unidos", enfatiza Radhi.
Apanho mais uma boleia, agora em Zallaq, vila cem por cento sunita, mesmo em frente à casa do primeiro-ministro, cuja entrada é vigiada por dois polícias. Passo fugazmente pela praia de Al-Jazayer e, uma vez mais à boleia, ouço as lamentações de Abdul, socorrista e sunita. "A nossa vida é casa, trabalho e mesquita. E tem de ser um pouco mais. Precisamos de liberdade." Sentado no banco de trás, Asheem, também sunita, é menos pragmático. "Isto é uma merda de país. Quero ir embora para a Arábia Saudita." Abdul contrapõe: "Mas na Arábia Saudita vais encontrar os mesmos problemas." Radhi também o sabe. "A Arábia Saudita enviou mais de mil polícias e umas dezenas de carros blindados para ajudar o Bahrein depois dos tumultos de Fevereiro e Março. Se o Governo do Bahrein cair, eles sabem que serão os próximos e, por isso, tentam a todo o custo evitar uma mudança política." 
Ao princípio da manhã do dia seguinte, passo por A"Ali, uma vila famosa pela cerâmica. As paredes das casas e os muros estão cheias de graffiti, apelando à retirada da família Al-Khalifa do poder e pedindo a libertação dos prisioneiros políticos. Moldando potes de barro e ignorando o que se passa, dois paquistaneses e um indiano falam da sua vida e dos ordenados que garantem ao fim do mês, mediante 12 horas de trabalho diário - entre 160 e 240 euros. Entro na loja anexa à fábrica para comprar uma recordação e um homem, xiita, mostra-me uma fotografia num telemóvel.
- Vê só, um bebé com cinco dias. Inalou gás lacrimogéneo e a mãe não conseguiu chegar a tempo de o salvar ao hospital, porque as ruas estavam todas bloqueadas pela polícia. 
Relembro, por momentos, frases dispersas de Radhi. "Muitos médicos que prestaram assistência aos feridos foram detidos. Os hospitais estão cheios de militares. Eu prefiro pagar e deslocar-me mais longe do que correr riscos." 
Gás lacrimogéneo
Regresso a Manamá e os jipes da polícia estendem-se ao longo da auto-estrada King Faisal. Há arame farpado por todo o lado, para evitar que os manifestantes se aproximem de uma das principais vias de acesso à capital. Tanques e jipes estão estrategicamente colocados nas ruas paralelas, próximos das grandes superfícies comerciais. Para se chegar a um dos mais concorridos, perto da Rotunda da Pérola, a Praça Tahir dos revoltosos do Bahrein, caminhar ao longo da auto-estrada é a única alternativa. Um enorme placard mostra a figura suprema e omnipresente do xeque Hamad bin Isa al-Khalifa com a mão direita levantada, o que poderia ser entendido como uma saudação, não fosse dar-se o caso de, na mesma fotografia, estarem os tanques do Exército para os quais o rei olha de lado. 
Uma ameaça que vai ganhando contornos bem definidos. Naquela noite, na varanda do meu quarto, num quinto andar de um hotel, sinto os olhos a arder e dificuldade em respirar. Desço à recepção e noto uma tensão que não é habitual e uma presença humana de todo invulgar. As ruas estão desertas e confirma-se que o cheiro do gás lacrimogéneo lançado sobre os manifestantes chega ao centro da cidade. 
- Tem uma chamada para si - diz-me a recepcionista.
Do outro lado da linha, está Ahmed, um segurança que conhecera na véspera e que prometera visitar-me no hotel para me levar a ver "um filme ao vivo", tendo como protagonistas polícias e manifestantes. 
- A situação está feia e perigosa. Cortaram a estrada que liga Manama a Budaiya e sinto o cheiro a gás. As notícias dão conta de um morto. Tem cuidado.
Registei as palavras mas nunca me senti inseguro no Bahrein ao longo de uma semana, quase sempre à boleia. Caminhando na auto-estrada, no dia seguinte, um polícia paquistanês veio ao meu encontro para me oferecer uma garrafa de água. Agora, à hora do crepúsculo, viajo de táxi entre Muharraq e o aeroporto. É o dia nacional, as bandeiras agitam-se no ar e o som das buzinas ecoa por todo o lado. Mas só os sunitas festejam porque os xiitas evocam, nesse mesmo dia, os mártires de um tempo tumultuoso. E é então que me vem à memória a imagem de dois polícias que me pediram para tirar uma fotografia, ajoelhados em frente a um coração feito por eles com tampas brancas e vermelhas (as cores da bandeira do Bahrein) de garrafas. Eram sunitas e estavam armados. Jaber, um pouco mais longe, xiita, também deseja a paz, tanto como igualdade de direitos, mais oportunidades, menos discriminação:
- Conhece algum polícia que ande desarmado?

in Público, 2.3.2012

8 Realizadoras Árabes - Marwa Zein

Published2 Mar 2012

Tags cinema egipto primavera árabe

8 Realizadoras Árabes - Marwa Zein

Published2 Mar 2012

Tags cinema egipto primavera árabe

 A Game, Marwa Zein, Egipto, 2009

Uma mãe divorciada e a sua pequena filha, que lhe propõe um jogo. No desenrolar do jogo, revela-se a verdadeira natureza da relação entre elas. Esta curta-metragem é uma adaptação do conto “La vita è gioco” do escritor italiano Alberto Moravia.

Marwa Zein (1986, Cairo), graduada da Academia de Artes do Cairo. Da filmografia constam Salma (2007), Randa (2008), A Game (2009). Premiada com o prémio do júri do International Ismailia Film Festival para melhor curta-metragem de ficção (2009), National Egyptian Film Festival para melhor curta-metragem de ficção (2009).

Fonds Roberto Cimetta

Published1 Mar 2012

Tags bolsas mobilidade

Fonds Roberto Cimetta

Published1 Mar 2012

Tags bolsas mobilidade

Programa de bolsas e mobilidade, Europa, Magrebe, Médio Oriente.

8 Realizadoras Árabes - Pamela Ghanime

Published1 Mar 2012

Tags cinema líbano primavera árabe

 still de Lemon Flowers, Pamela Ghamineh, Líbano, 2007

Com a eclosão da guerra civil em 1975, as comunidades cristãs de Haret Hreyk, um bairro nos subúrbios ao sul de Beirute, deslocaram-se para outros bairros da cidade. A família Ghanimeh, aí residente, foi das últimas a sair. No mesmo período, a área conheceu um boom da construção impulsionado pela chegada dos xiitas do sul do país para os subúrbios de Beirute, devido aos ataques do exército israelita. Para a família Ghanimeh tudo o que resta da sua vida em Haret Hreyk são algumas memórias memórias.

Pamela Ghanimeh (Líbano), graduou-se no Institut d’Études Scéniques Audiovisuelles et Cinématographiques de Beirute em 2003. Escreveu e realizou Very Nice (Helo Kteer, 2002), The Distance of a Ride (Masefit Tarik, 2003), A Day in my Life (Yom Min Omri, 2002) e Lemon Flowers (Zahr el-Laymoon, 2007). Trabalhou com importantes realizadores libaneses como Mohammad Soueid e Michel Kammoun.

8 Realizadoras Árabes - May Ying Welsh

Published29 Feb 2012

Tags barhein cinema primavera árabe

 Bahrain: Shouting in the Dark, May Ying Welsh, 2011

Um país esquecido pelo mundo, com a população à mercê do seu ditador: Bahrain: Shouting in the Dark revela a sitação dramática que a sociedade do Barhein enfrenta. A tentativa popular de ser uma das bem sucedidas histórias da Primavera Árabe diante da atitude intransigente e implacável dos seus opressores.

Documentário produzido para o canal de televisão Al Jazeera English acerca das sublevações e protestos no Bahrein, em 2011, transmitido a 4 de Agosto do mesmo ano, inclui imagens gravadas durante as manifestações reprimidas pelas forças de segurança, entrevistas activistas e populares.

May Ying Welsh, jornalista norte-americana, trabalha para a estação de televisão Al Jazeera.

8 Realizadoras Árabes - Habiba Djahnine

Published28 Feb 2012

Tags argélia cinema

Carta à Minha Irmã, Habiba Djahnine, Argélia, 2006

A 15 fevereiro de 1995, Nabila, irmã da realizadora Habiba Djahnine é assassinada em Tizi-Ouzou: esta é a primeira vez que uma activista cai sob violência dos islamitas durante a décadanegra do regime argelino. "Carta à minha irmã/Nabila", lançado onze anos mais tarde, traz de regresso Nabila através do testemunho dos seus próximos. 

Habiba Djahnine (Argélia, 1968), realizadora, activista política, graduada na École Supérieure des Beaux-Arts de Genebra.  

Trabalhou como editora para a TSR (Télévision Suisse Romande) antes de iniciar o seu percurso de realizadora. Vive e trabalha entre a Suíça e a Argélia.

"Repensar los modernismos latinoamericanos. Flujos y desbordamientos."

Published28 Feb 2012

Tags américa latina crítica europa

 Gego, Proyecto Lausanne, c. 1975

El presente seminario trata de construir una constelación de miradas críticas en torno al arte moderno en América Latina. Se abordan los problemas de los orígenes de la abstracción geométrica, las influencias recíprocas entre Europa y América Latina, y los procesos complejos de hibridación entre tradiciones y modernidades. Los modos de narrar dichas historias, además de los modelos expositivos para presentar las vanguardias, constituyen otro de los focos del seminario. De esta forma, articula una genealogía de los recientes planteamientos expositivos e historiográficos que han pensado estas obras y movimientos. El seminario pretende así también ser el sustrato crítico que permita pensar la futura exposición de la Colección de arte moderno Patricia Phelps de Cisneros (CPPC) que el Museo Reina Sofía organizará en 2013.

Continuar a ler.

8 Realizadoras Árabes - Nadia El Fani

Published27 Feb 2012

Tags cinema primavera árabe tunísia

Incluído na programação do último festival de Cannes, a projecção de Ni Allah, ni maitre, rendeu homenagem à realizadora Nadia El Fani.

O filme aborda o secularismo na Tunísia, país de maioria muçulmana, no momento mais alto das revoluções que estavam a ocorrer nos países do norte de África.

Ni Allah, ni maitre fez de Nadia El Fani alvo de inúmeros ataques de sectores do islamismo mais radical, por oposição às posições em defesa do secularismo e da liberdade de consciência expostas no filme.

Nadia El Fani, (Paris, 1960), franco-tunisina, depois de 20 anos a trabalhar como veterinária, inicia carreira no cinema como assistente de Jerry Schatzberg. Trabalhou como assistente de realização com Romain Goupil, Roman Polanski, Franco Zeffirelli, Alexandre Arcadi, entre outros.

A partir dos anos 90 realiza diversas curtas metragens e cria a própria produtora, Z'Yeux Noirs Movies. A estreia na longa metragem data de 2003 com Bedwin Hacker.

Fur

Published27 Feb 2012

Tags brasil poesia portugal

Prosa & Verso, O Globo, 25.02.2012

Fur

                                                 com cara de Whitman

foi assim que você pensou que eu viria ao mundo

foi assim que que você me viu na floresta

foi assim que você me viu pendurado no poste elétrico

sempre pendurado num ramo qualquer, sempre usando

o verão.

você se lembra daquele verão no Brooklin

em que ficámos perseguindo os bombeiros

durante todo o dia apenas para ver

uma vez e depois outra vez

o leque aquático que se abria sobre o fogo?

você citava poetas húngaros mas nesse tempo

eu só queria saber de inventar uma língua

que não existisse.

você se lembra do concierge que nos recebia

na pensão do Brooklin como se nunca

nos houvesse visto antes?

e não havia semana que passasse

em que nós não dormíssemos

pelo menos uma madrugada

na pensão do Brooklin.

me lembro dos dólares amassados

que eu semanalmente tirava do bolso

para pagar a Doug

eu sabia o nome de Doug

o Doug nos tratava disfarçadamente

por menina e menino.

você falava que os dólares vinham

sempre com uma forma diferente

eu adoro como você consegue tirar um coelho do bolso

eu adoro como você consegue tirar uma lâmpada do bolso

eu adoro como você consegue tirar a Beretta 92fs do bolso

foi assim que você pensou que eu ficaria

no mundo

com corpo de besta vestida

usando um lápis pousado na orelha

foi assim que você me viu

pedindo três ovos para Miss Elsie

a senhora da mercearia na Court Street

ela me deu oito ovos

porque ela sempre dava alguma coisa

ela me achava uma graça e ela não acreditava

em números ímpares. eu também não.

me lembro de você na mercearia

do Brooklyn

você costumava ficar lá atrás

brincando na secção das ferramentas.

se eu tivesse mais do que um coelho,

uma lâmpada ou uma pistola

eu teria te comprado um Black n' Decker

eu acho que você seria a pessoa mais feliz da ilha

com um Black n’ Decker enfiado no cinto.

foi assim que você pensou que eu ficaria no mundo,

usando flores em meu cabelo negro,

sempre escondidas no emaranhado dos cachos

sempre escondidas no emaranhado do caos

de minha cabeça negra.

só você sabia quantas flores eu usava

porque agora eu já sei

que você dedicava as noites

à contagem. Deus não dorme

e você também não. 

Matilde Campilho

Matilde Campilho nasceu em Lisboa em 1982. Morou em Madrid, Milão, Florença e Moçambique. Mora no Rio de Janeiro, onde escreve.

"El cine no sabe de murallas en Cartagena de Indias"

Published27 Feb 2012

Tags améria latina cinema colômbia

Chocó, Johnny Hendrix

Cuando la nieve cubre las aceras de Manhattan durante los días más fríos de enero, Monika Wagenberg seguro agradece estar bajo el sol y los 31 grados de Cartagena de Indias. La costumbre es nueva. Durante diez años ha estado vinculada a diversos festivales de cine como Tribeca y Miami, donde ejerció de programadora, y es fundadora de la empresa de distribución Cinema Tropical, enfocada en películas latinoamericanas. Aunque nacida en Bogotá, habla con un leve acento que delata los diez meses al año que reside en Nueva York, periodo de gestación necesario para su cargo actual.

En 2011 Wagenberg asumió la dirección del Festival Internacional de Cine de Cartagena de Indias (FICCI) y desde entonces se muda a la ciudad entre enero y febrero. Su visión cosmopolita explica el nuevo carácter del festival, cuyas 52 ediciones lo convierten en el más antiguo de América Latina. Este año se inauguró ayer con la proyección de la película colombiana Chocó, de Jhonny Hendrix Hinestroza, y se clausurará el 29 de febrero con La chispa de la vida, de Álex de la Iglesia. siete días en los que habrá una actividad intensa que se resume en 204 proyecciones y 113 películas y el programa Cine en los barrios.

Continuar a ler no El País. 

8 Realizadoras Árabes - Dahna Abourahme

Kingdom of Women, Dahna Abourahme, Líbano, 2010

Após a invasão israelita do Líbano, em 1982, Ein al-Hilweh – o maior campo de refugiados no Líbano -  é destruído e os seus homens aprisionados. The Kingdom of Women relata e documenta a resiliência, o espírito de comunidade, e o valor do trabalho das mulheres nesse período de ocupação – como reconstruiram o campo, protegeram e providenciaram abrigo e alimento para os familiares, enquanto os homenes permaneciam encarcerados.

Entre o presente e o passado, as memórias e as marcas que ainda subsistem, entre o documentário do quotidiano e a animação, Dahna Abourahme honra as mulheres pela contribuição para a sobrevivência da comunidade palestiniana no exílio.

Nascida em Acre, Israel, Dahna Abourahme cresceu entre Amã, Dubai e Beirute. Master em video/media na New School de Nova Iorque, onde actualmente reside.

Divide o seu trabalho entre Nova Iorque e a Palestina onde, pelo cinema, exerce trabalho de intervenção comunitária.

"O jovem que fotografou a Primavera Árabe acabou morto por ela"

Published23 Feb 2012

Tags fotografia primavera árabe

O fotojornalista Rémi Ochlik, fundador da agência IP3 Press e que ontem perdeu a vida na Síria, era um jovem de 28 anos dedicado ao seu trabalho. Apesar de ainda não ter 30 anos, era um fotojornalista experimentado - cobriu a epidemia de cólera e as presidenciais no Haiti e no ano passado esteve na Tunísia, Egipto e Líbia - e premiado, tendo vencido um galardão do World Press Photo no início deste mês.

Ochlik nasceu em 1983 em Thionville, no leste de França. Estudou fotografia na escola Icart depois de terminar o ensino secundário, tendo pouco depois começado a trabalhar para a agência Wostok Press.

Para ler o artigo completo no Público, clicar aqui.

8 Realizadoras Árabes - Amal Ramsis

Published23 Feb 2012

Tags cinema egipto primavera árabe

Para acompanhar o programa Kunst und Revolte, na Akademie der Künste, em Berlim, de 29 de Fevereiro a 3 de Março, o blogue do Próximo Futuro publicará, nos próximos 8 dias, excertos dos filmes de 8 realizadoras árabes a exibir no mesmo programa.

Forbidden/Mamnou, Amal Ramsis, Egipto, 2011

Amal Ramsis, (Egipto, 1972), vive no Cairo, onde nasceu. Formou-se em Direito e exerceu a profissão de advogada antes de fazer estudos em cinema. Bolseira, em 2002, no curso de realização cinematográfica na Escuela de Cine y Televisión Séptima Ars de Madrid, regressa ao Cairo onde inicia a sua carreira.
Trabalha temas relacionados com a condição da mulher na sociedade egípcia, (Only Dreams, 2005).
Forbidden/Mamnou, 2011, é uma pesquisa em torno do interdito nesta sociedade, tendo iniciado a sua rodagem poucos meses antes do início da revolução de 2011. A cadeia dos eventos levou a que as primeiras imagens captadas da Praça Tahrir fossem as que  Amal Ramsis filmava para o este Forbidden/Mamnou.

 

Yto Barrada

Published22 Feb 2012

Tags artes visuais marrocos

Morocco's mystique is synonymous with its famous fans: William Burroughs and the beats in the 1950s, who hung out in Tangier when the city was an international zone, and the Rolling Stones, who went seeking thrills in Marrakech a generation later. It's the go-to place to get inspired and indulge in druggy dalliances – or at least that's the view from Europe. The Tangier-based artist Yto Barrada's photos, films and sculptures give us a different picture – of the struggles of the people who live there.

Para ler o artigo completo no Guardian, clicar aqui.

"Spring Awakening"

Published22 Feb 2012

Tags egipto primavera árabe

Wael Ghonim

How an Egyptian Revolution Began on Facebook

In the embryonic, ever evolving era of social media — when milestones come by the day, if not by the second — June 8, 2010, has secured a rightful place in history. That was the day Wael Ghonim, a 29-year-old Google marketing executive, was browsing Facebook in his home in Dubai and found a startling image: a photo­graph of a bloodied and disfigured face, its jaw broken, a young life taken away. That life, he soon learned, had belonged to Khaled Mohamed Said, a 28-year-old from Alexandria who had been beaten to death by the Egyptian police.

Para ler o artigo completo no The New York Times, clicar aqui.

On the Move

Published22 Feb 2012

On the Move.

Website sobre a mobilidade dos artistas: trabalhos, formação, informações. A consultar periodicamente. Recomenda-se

"Brazilian rapper Criolo sings the street story of São Paulo"

Published21 Feb 2012

Tags brasil música rappeurs

Kleber Gomes was 10 when he penned his first song about São Paulo. The year: 1985. The 1985 track: a punk rock tune about his home on its gritty southside.

One of five brothers and sisters born to migrants from north-east Brazil, the budding composers knew more than most about issues plaguing megacities – entrenched poverty, police violence, social discrimination.

Few, however, could have predicted how far such compositions would take Gomes. Today, the 36-year-old is one of Brazil's most critically acclaimed artists, a rapper, composer and urban poet, known by his stage name Criolo.

Since his album Nó na Orelha was released last April to rave reviews, an avalanche of awards has transformed a once-struggling ghetto MC into a modern-day bard for the megacity: Criolo recently played his first gig in New York and will tour Europe and the US later this year.

Para ler o artigo completo no Guardian, clicar aqui.

"Thandi Sibisi: the new face of South African visual arts"

Published20 Feb 2012

Tags áfrica do sul artes visuais

Thandi Sibisi, a daughter of farmers in the Zulu heartland, remembers arriving in the big city for the first time. "The bus dropped me in Gandhi Square in Johannesburg," she recalled. "I was 17 and had never even seen a double-storey building in my life. I looked around and it was like, 'I'm going to own this city'."

Eight years later, she has not yet quite conquered it all. But on Thursday she became the first black woman to open a major art gallery – named Sibisi, naturally enough, for someone so ambitious – in South Africa.

It is a sign, she believes, that anything is possible for the country's "born free" generation. "All I have to do is look at myself and my background," she said. "Growing up, I would never have thought I'd be exposed to so many opportunities. South Africa is free.

"I go all over the world and people are closed up and they can't express themselves. South Africa allows you to be you and to be whatever it is you want to be."

The country's visual arts scene, dominated by the white minority during racial apartheid, has not transformed as quickly as some would like.Gallery Momo, the first 100% black-owned gallery, opened in Johannesburg in 2003, while the national gallery in Cape Town has anon-white director for the first time in its 140-year history.

Para ler o artigo completo no Guardian, clicar aqui.

"Memoria y color en la creación latinoamericana"

Published20 Feb 2012

Tags améria latina artes visuais

La galería Isabel Aninat, de Santiago de Chile, era una parada obligada el jueves para los visitantes de Arco. La propia artista Valuspa Jarpa (Rancagua, Chile, en 1971), hablaba con unos y otros de su instalación,Minimal secret (a la venta por 75.000 euros). Lo que parece ser un bello cortinaje elaborado con planchas de impresión es en realidad un bosque colgante de secretos. Un gran enigma esculpido con textos procedentes de los documentos desclasificados por la CIA sobre el golpe de Estado contra el presidente chileno Salvador Allende.

Esta pieza de Jarpa es una de las más destacadas de las llegadas a la feria madrileña desde los distintos polos del imán de la vibrante escena latinoamericana. Se reparten entre los pabellones 10 y 8 de Arco. Pero sobre todo llaman poderosamente la atención de los paseantes del espacio Solo Projets Latinoamérica. Un solo artista, una obra y una galería. Y todas, 23 en total, latinoamericanas. Juntas resultan una de las propuestas más deslumbrantes de la actual edición de Arco. Comprometidos y rompedores, estos creadores no parecen haber sido uniformados por la globalización.

Para ler o artigo completo no El País, clicar aqui.

"En Ouganda, les rois, l’Etat, la terre"

Published20 Feb 2012

Tags África uganda

Un conflit vieux comme l’indépendance.

Confronté au mécontentement populaire, le président ougandais Yoweri Museveni adopte la manière forte : répression policière, surveillance des médias, intimidation des opposants. En effet, l’augmentation du coût de la vie et les scandales de corruption fragilisent le régime, en place depuis vingt-cinq ans. La crise ravive aussi les tensions avec les monarchies traditionnelles, notamment le royaume du Buganda, qui revendique des droits sur les terres.

« Les terres qui nous appartenaient prennent de plus en plus de valeur. Nous aimerions les récupérer afin de pouvoir nous-mêmes les vendre ou les louer, mais le gouvernement ne veut rien savoir : il agit comme s’il était Dieu », dénonce M. Charles Peter Mayiga, porte-parole du Buganda, le plus important des royaumes traditionnels que compte l’Ouganda. Ils seraient six millions de Bagandas, disséminés entre les rives du lac Victoria, Kampala, la capitale, et le centre d’un pays de trente-deux millions d’habitants (voir la carte). Ces populations « ont l’impression que leurs territoires sont inexorablement accaparés par d’autres, explique l’historien Phares Mutibwa, ce qui suscite un profond ressentiment. La tension monte (...). Les expulseurs d’aujourd’hui pourraient bien être les expulsés de demain».

Para ler o artigo completo no Le Monde Diplomatique, clicar aqui.

"Mulatice de Mário de Andrade é celebrada no Museu Afro Brasil"

Published17 Feb 2012

Tags arte latinoamericana brasil literatura

Para celebrar os 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, o Museu Afro Brasil, em São Paulo, abrirá nesta quinta-feira (16), às 19h, uma exposição cenográfica sobre o escritor Mário de Andrade, um dos líderes do modernismo brasileiro, ao lado de Oswald de Andrade. Com o título inspirado em "Macunaíma" (''Mário - Eu Sou um Tupi Tangendo um Alaúde"), ela trará pinturas, objetos, imagens e poemas. O curador e escultor Emanoel Araújo pretende destacar a "mulatice" do intelectual paulistano.

- É o Mário total. Sou fascinado pela mulatice de Mário de Andrade. Ele encarna essa genialidade mulata. Ele fala da racialidade mulata que deu Domingos Caldas Barbosa, Aleijadinho e todos os outros. Mário entra pela África através da religiosidade, dos ex-votos. E faz aquele lindo livro sobre Jesuíno do Monte Carmelo, de São Paulo. A ideia da exposição é muito mais sobre Mário do que pela Semana de Arte Moderna - explica Araújo.

Para ler o artigo completo no Terra Magazine, clicar aqui.

"Livros brotam no sertão"

Published17 Feb 2012

Tags biblioteca brasil literacia livros

Na Bahia, o povoado com a maior taxa de exemplares por habitante do Brasil

O povoado de São José do Paiaiá, no sertão baiano, tem 500 moradores, igreja, escola, praça e duas ruas. “Na de cima, mora a elite; na de baixo, a classe trabalhadora”, descreveu o historiador Geraldo Moreira Prado, 71 anos, o filho mais ilustre e ilustrado da terra. De cada dez habitantes de Paiaiá, três são analfabetos. Metade da população vive na pobreza, com renda de pouco mais de 200 reais por família a cada mês. Quatro famílias formam a elite local.

Numa região de casas geminadas, ruas de pedra e terra, poucos empregos e quase nenhum saneamento, a soberba taxa de 200 livros por habitante – a média nacional não chega a cinco – é a obra local mais frondosa, graças à Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado. Está sediada em um rudemente majestoso prédio de três andares, o único daquela área da caatinga. Já foi apelidado de “Empire State of Paiaiá”, reunindo os quase 100 mil livros, segundo a contagem oficial, da autodeclarada “maior biblioteca rural do mundo”.

Para ler o artigo completo na Piauí, clicar aqui.

Laerte

Published16 Feb 2012

Tags banda desenhada brasil

Marília Gabriela entrevista Laerte Coutinho.

Laerte Coutinho (1951), é um dos principais cartonistas do Brasil. Participou em diversas publicações, como a Balão e O Pasquim. Colaborou nas revistas Veja e Istoé e nos jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Criou diversos personagens, como os Piratas do Tietê e Overman. Em conjunto com Angeli e Glauco (e mais tarde Adão Iturrusgarai) desenhou Los Três Amigos. Publica os seus desenhos na internet no blogue Manual do Minotauro.