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Sessão única

Publicado18 Jun 2010

Etiquetas metropolis

Ensaio geral, 17 de Junho 2010. Foto de Pauliana Pimentel.

Esta sexta-feira à noite, METROPOLIS. Projecção do filme de Fritz Lang com música ao vivo de Martin Matalón, interpretada pela Orquestra Gulbenkian e convidados. Direcção de Martin Matalón. No Anfiteatro ao ar livre, 21h30.

Esta semana, a não perder

Publicado14 Jun 2010

Etiquetas martín matalon metropolis

METROPOLIS

18 de Junho, sexta-feira, 21:30

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

Música de Martín Matalon para 16 instrumentistas & electrónica

Direcção de Martín Matalon

Músicos da Orquestra Gulbenkian e convidados

Projecção do filme de Fritz Lang (1927), na versão de 1995 (Cinemateca de Munique)

140’

Metropolis de Fritz Lang foi um marco nos primórdios do cinema fantástico e de ficção científica. A produção exuberante, com um estilo art déco ultra-moderno, as suas legiões de figurantes, e efeitos especiais que envolviam tecnologia de ponta, fizeram com que se tornasse um dos filmes mais visualmente assombrosos da sua era. Foi também a produção mais cara feita até então. As imagens da tecnologia dominam o filme e são tão importantes quanto a narrativa. Mas é sobretudo o Maschinenmensch (máquina-humano), o celebrado robô de Lang, que representa de forma mais expressiva a crítica à tecnologia que estava na agenda cultural daquela época.

O filme é mudo, prestando-se naturalmente ao acompanhamento musical. Ao longo dos anos, vários compositores escreveram música para Metropolis, mas a banda-sonora do argentino Martín Matalon é uma das mais brilhantes e pungentes. A sua visão plástica do som torna os elementos musicais quase tangíveis, correspondendo perfeitamente às exigências da sétima arte. Desde a primeira encomenda que lhe fizeram para cinema – a partitura para Metropolis de Fritz Lang –, que o compositor soube tecer um contraponto entre imagem e música, com base na estrutura rítmica que a montagem proporciona.

A componente electrónica contribui muito para o mundo sonoro que Matalon cria. Este espectáculo implica um sistema de som altamente sofisticado, de que os espectadores irão usufruir no Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian e que permite efeitos espaciais de cortar o fôlego. Os instrumentos são amplificados e os sons instrumentais e electrónicos misturam-se até se tornarem indistintos, criando um efeito desorientador que costuma ter um impacto dramático considerável. O compositor também se aproxima muitas vezes do Jazz, com os saxofones ou os trompetes em surdina, recorrendo igualmente a uma variedade de instrumentos de percussão não-ocidentais.

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