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Projecto Unplace: lançamento de dois e-books e inauguração de exposição virtual

Publicado8 Jun 2015

Etiquetas Unplace exposição virtual e-books

Dia 19 de Junho, o projecto Unplace, uma parceria Próximo Futuro, Instituto Superior Técnico e Universidade Nova de Lisboa, apresenta dois e-books com textos seminais da área da arte digital, e inaugura uma exposição virtual, com um modelo expositivo inovador e interactivo.

No decorrer da investigação que preparou esta mostra, e que teve início em março de 2014, participámos em seminários e simpósios relacionados com esta temática e organizámos uma conferência internacional (na Fundação Calouste Gulbenkian, dias 31 de Outubro e 1 de Novembro de 2014), da qual serão apresentadas várias comunicações, entretanto reunidas num dos E-books.

Organizámos ainda um Open Call para Projetos Artísticos, cujos 3 vencedores integram esta exposição virtual: Hanna Husberg e Laura McLean – Contingent Movements Archive; John F. Barber - Radio Nouspace; e LiMac [Sandra Gamarra Heshiki e Antoine Henry Jonquères] - Solo Show. Esta mostra conta assim com trabalhos dos seguintes artistas: Ahmed El Saher (Egito), Ai Weiwei (China) & Olafur Eliasson (Dinamarca/Alemanha), Alfredo Jaar (Chile/EUA), Art is Open Source (Itália), Clement Valla (França/EUA), Giselle Beiguelman (Brasil), MIIAC-João Paulo Serafim (Portugal), JODI (Bélgica/Holanda), John Barber (EUA), Paula Levine (Canadá/EUA), Thomson & Craighead (Reino Unido), Wilfredo Prieto (Cuba), Perry Bard (Canadá), LiMaC - Sandra Gamarra (Peru/Espanha) & Antoine-Henry Jonquères (França/Espanha), Hanna Husberg (Finlândia/Suécia) & Laura McLean (Austrália/Reino Unido), S.A.R.L. group (Portugal).

 

A exposição unplace, com que este projeto finaliza, resulta do trabalho de todos estes meses de pesquisa, investigação e de experiências e recolha de dados, às quais se acrescenta a perspetiva curatorial de António Pinto Ribeiro e Rita Xavier Monteiro que se responsabiliza pelos critérios, opções tomadas e colaboração no desenho do layout deste website.

 

Numa relativa desterritorialização atual, as obras desta exposição têm como singularidade condicionarem a sua receção à exclusividade dos sentidos visual, auditivo e cinestésico, excluindo completamente os sentido táctil e do odor recorrentes nas obras materiais e performativas. Estas obras estão em permanente tráfego e essa é uma das grandes questões abertas deste ‘género artístico’. Elas podem aparecer no meio do fluxo de outras imagens, de dados, de gráficos, de correio virtual, retidas ou furando filtros, sujeitas a protocolos de acessibilidade e codificadas, e podem ser acessíveis em infraestruturas visuais ou acopladas a outras reais. Esta polivalência coloca estas obras em permanente estado de mutabilidade e daqui vem parte do seu fascínio e da sua pertinência.

 

Nas escolhas que aqui fizemos tomámos atenção à sedução fácil que a tecnologia do virtual, servida pelos sofisticados softwares e satélites – enfim, a espetacularidade tecnológica –, pode exercer, para nos centrarmos no efeito artístico, neste novo tipo de choque que este género pode produzir e foi-nos particularmente grato encontrar obras a que subjaz ou até é mesmo explícito um pensamento crítico e um ativismo relativamente aos controladores dos mecanismos de produção, arquivo e difusão ou censura da informação digital nos sistemas operativos globais.

O projeto unplace foi realizado, ao longo de cerca de um ano e meio, por uma equipa que reuniu colaboradores das três instituições. Para além dos investigadores nucleares: Helena Barranha (IR), António Pinto Ribeiro e Susana Martins, destacam-se os contributos de Alexandra Bounia, Raquel Pereira e Rita Xavier Monteiro, assim como a participação temporária mas fundamental de Felisa Perez e Catarina Rebelo Guerra. Para a concretização do projecto foi igualmente decisiva a componente de produção e gestão, destacando-se a colaboração de Lúcia Marques, Vítor Alves Brotas, Rosa Paula Matos e Eduardo Inês. O design do website coube aos WeAreBoq e o layout e implementação da exposição ao GBNT.