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Eduardo Galeano (1940-2015)

Publicado14 Abr 2015

Etiquetas eduardo galeano américa latina

Eduardo Galeano nasceu a 13 de Setembro em Montevideo, capital do Uruguai, onde morreu a 13 de Abril de 2015. Autor de dezenas de títulos, entre os quais de destacam As Veias Abertas da América Latina, Memória do Fogo, e Futebol: Sol e Sombra, é considerado um nome fundamental da literatura da América Latina, e um homem que se destacou pelo discurso e intervenção  políticos, enquanto pensador, tendo vivido exilado do seu país até 1985. Quis ser jogador de futebol, santo, pintor e finalmente escritor. Também foi jornalista. Confessou, no programa O Tempo e o Modo, na RTP2, que nunca deixou de ficar nervoso perante a folha branca, "omo quando se faz amor pela primeira vez com uma mulher"

En 1973, se exilió en Buenos Aires donde fundó y dirigió la revista Crisis durante sus 40 primeros números. Después, cuando la represión en Argentina no le dejó margen, pasó a residir en España en 1976. 

Dos años más tarde ganó el premio Casa de las Américas con Días y noches de amor y de guerra (1978), en el que compiló recuerdos, reflexiones, anécdotas y noticias, en breves, sobrias y sentenciosas narraciones, casi tan íntimas como tensas.

Las voces narrativas del autor, que fueron absorbiendo géneros literarios en un proceso de progresiva superposición, culminaron en una trilogía de acento épico, Memoria del fuego, cada uno de cuyos tomos llevaron como subtítulos Los nacimientos (1982), Las caras y las máscaras (1984) y El siglo del viento (1986). A principios de 1985, con la recuperación democrática regresó a Uruguay. 

Dueño de un estilo personal, depurado e incisivo para sus fieles y renovados lectores, reiterativo según sus detractores, sumó otros títulos: Conversaciones con Raimón, Contraseña, El libro de los abrazos, Nosotros decimos no, Ser como ellos y otros artículos, Las palabras andantes, El fútbol a sol y sombra, Patas arriba. La escuela del mundo al revés, Bocas del tiempo, Espejos. Una historia casi universal. Entre varios importantes premios, recibió el American Book Award, el Aloa el premio a la Libertad Cultural de la Fundación Lannan y el Stig Dagerman.

Murió el escritor uruguayo Eduardo Galeano, El Pays (Uruguai)


Galeano publicou As Veias Abertas da América Latina em 1971, quando tinha 31 anos. O livro, que foi publicado em Portugal em 1998 (ed. Dinossauro), é uma análise da história da América Latina, da colonização europeia à contemporaneidade, sob o ponto de vista da sua dominação e exploração por potências exteriores – europeias e norte-americanas. Nele, Galeano argumenta que os recursos que começaram por atrair os colonizadores europeus, como o ouro e o açúcar, conduziram a um sistema de exploração que persiste na actualidade e é responsável pela pobreza e pelo subdesenvolvimento na América Latina.

O livro converteu-se numa bíblia da esquerda latino-americana, tendo sido proibido no Uruguai, Argentina, Chile e Brasil nas décadas de 1970 e 1980, quando esses países eram governados por ditaduras militares apoiadas pelos Estados Unidos. Isso não impediu o livro de se tornar popular no continente. Especialista em História da América Latina, William Hamilton, da Universidade da Carolina do Norte, notou em 2009 ao Washington Times que “ler Galeano é um rito de passagem para qualquer jovem na América Latina, ano após ano.” “Durante as ditaduras militares dos anos 1970 e 80, os seus livros eram proibidos nas escolas mas eram bastante lidos. Amigos meus contaram-me que enterravam os seus exemplares no quintal para que as suas famílias não tivessem problemas com os militares.”

Por isso, há um ano, quando Galeano fez questão de se distanciar do seu próprio livro, afirmando publicamente que não seria capaz de reler a sua obra mais conhecida e celebrada, isso foi notícia. “Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é chatíssima. O meu físico não aguentaria. Seria internado nas urgências”, disse na Bienal do Livro de Brasília, citado pela imprensa brasileira. Descrevendo o livro como uma obra de juventude, disse que As Veias Abertas da América Latina pretendia ser um livro de economia política, só que ele não tinha a formação necessária. “Não estou arrependido de tê-lo escrito, mas foi uma etapa que, para mim, está superada.”

Morreu Eduardo Galeano, o escritor que não releria a sua obra mais famosa, Público (Portugal)


A la espera del homenaje que tendrá lugar el martes a partir de las tres de la tarde hasta las 22.00, el senador José Mujica ha descrito al autor como “un elegido que a lo largo de los últimos 40 años nos dignificó en América Latina”. El expresidente ha añadido que Galeano era “un autodidacta que se fue puliendo a sí mismo y masificó una cultura difícil de encontrar en un universitario”.

Antes de convertirse en un intelectual destacado de la izquierda latinoamericana, Galeano trabajó como obrero de fábrica, dibujante, pintor, mensajero, mecanógrafo y cajero de banco, entre otros oficios. Las venas abiertas de América Latina se publicó cuando Galeano tenía 31 años y, según reconoció después el escritor, en aquella época no tenía los conocimientos suficientes: “[Las venas abiertas] intentó ser una obra de economía política, solo que yo no tenía la formación necesaria. No me arrepiento de haberlo escrito, pero es una etapa que, para mí, está superada”.

Muere el escritor uruguayo Eduardo Galeano a los 74 años, El País (Espanha)


He began working as a journalist in the 1960s, editing Marcha, one of Latin America’s top political and cultural weeklies. In 1973, following a military coup, he fled to Argentina and started a similar review called Crisis. When Argentina’s military dictatorship began its ‘dirty war’ against leftists, he took exile in Spain.

Later in life, he also won acclaim for his book on another of his passions, football. His 1995 celebration of the beautiful game, Football in Sun and Shadow, led the Guardian’s Richard Williams to laud him as “the Pelé of football writing”.

In 2013, speaking to the Guardian about his latest book, Children of the Days, Galeano detailed a world where power and wealth were becoming increasingly concentrated in the hands of a few, weaving in examples from the 15th century to the present day. “History never really says goodbye,” he said at the time. “History says, see you later.”

Eduardo Galeano, leading voice of Latin American left, dies aged 74, The Guardian (Reino Unido)