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Baitman

Pu­bli­cado4 Jul 2012

Eti­quetas CIA.​DOS ATORES pró­ximo fu­turo 2012


Após ser tor­tu­rado num am­bi­ente árido e inós­pito, Bait Man (Mar­celo Olinto) inicia uma nar­ra­tiva e assim dá forma aos seus pen­sa­mentos.
Num es­tado de alerta cons­tante, pres­si­o­nado não se sabe por quê ou por quem, Bait Man cons­trói uma subtil e pro­funda aná­lise do homem con­tem­po­râneo, com seus medos, de­sejos e am­bi­ções. Um jogo pe­ri­goso faz-se pre­sente, cri­ando um atrito entre a re­a­li­dade e o ima­gi­nário.O mundo em co­lapso ide­o­ló­gico, à beira do abismo, é o ma­te­rial que Bait Man uti­liza para jogar com humor e tensão, pro­vo­cando uma re­flexão para onde a hu­ma­ni­dade ca­minha. Um quebra-ca­beça mis­te­rioso é apre­sen­tado com vigor, en­vol­vendo todos numa teia dis­creta de in­for­ma­ções. O es­pe­tador é con­vi­dado a par­ti­cipar neste jogo enigma, onde cada ação en­volve todos os sen­tidos. Ge­rald Thomas (Rio de Ja­neiro), en­ce­nador e dra­ma­turgo, co­nhe­cido pelos seus tra­ba­lhos es­té­ticos ar­ro­jados e pelas suas co­la­bo­ra­ções com Sa­muel Bec­kett ou Heiner Müller, ex­plora em “Bait Man” a sua lin­guagem cé­nica e co­loca todos os en­vol­vidos no centro da re­lação entre opressor e opri­mido, cri­ando uma obra onde o ator é o prin­cipal ele­mento de ar­ti­cu­lação deste jogo-enigma. O en­contro de duas ge­ra­ções de cri­a­dores, Ge­rald Thomas e Mar­celo Olinto, que de­sen­volvem tra­ba­lhos au­to­rais dentro de suas pró­prias com­pa­nhias, é um con­vite ao de­safio, sem rede de pro­teção. Ge­rald Thomas es­creveu e di­rigiu “Bait Man” cri­ando uma obra par­ti­cular, onde o ator é o prin­cipal ele­mento de ar­ti­cu­lação deste jogo.

CIA.​DOS ATORES (Brasil, 1988) é for­mada por Bel Garcia, César Au­gusto, Drica Mo­raes, En­rique Diaz, Gus­tavo Gas­pa­rani, Mar­celo Olinto, Mar­celo Valle e Su­sana Ri­beiro. O grupo apre­sentou-se sempre com su­cesso junto do pú­blico e da crí­tica e, du­rante os seus vinte e quatro anos de exis­tência, re­cebeu todos os pré­mios de te­atro no Brasil como Molière, Sharp, Mam­bembe Rio de Ja­neiro e São Paulo, Shell Rio de Ja­neiro e São Paulo, APCA, APTR, Qua­li­dade Brasil e o Gran Prix de la Cri­tique 2005/2006 como me­lhor es­pe­tá­culo es­tran­geiro do ano por “Ensaio.​HAMLET”.