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Por que juntar o estudo de violência, polícias e governantes? A complexidade dos motins de Maputo

Publicado28 Jan 2014

Paulo Granjo

Paulo Granjo, orador na primeira sessão do 4º Observatório de África, América Latina e Caraíbas no próximo dia 8 de Fevereiro, propõe-nos a leitura do seu texto Por que juntar o estudo de violência, polícias e governantes? A complexidade dos motins de Maputo.

Os estudos de violência pública costumam fragmentar-se de forma especializada entre, por um lado, pesquisas acerca dos perpetradores da violência não-estatal e, por outro, a análise das forças policiais e políticas governativas.Este fenómeno, embora paradoxal face aos princípios holistas predominantes nas ciências sociais (e particularmente na antropologia), é contudo bastante compreensível à luz da predominante tendência científica para a especialização temática, da pragmática dificuldade em acompanhar de forma transversal bibliografias cada vez mais numerosas e sectoriais, ou até da criação e exploração de nichos de mercado para a prática de ciência aplicada. Não obstante, os motins ocorridos em Maputo nos anos de 2008 e 2010 – que tive oportunidade de estudar, a partir da observação direta e de muitas e diversificadas entrevistas informais – apresentam uma complexidade de fatores e de interações entre eles que condena qualquer abordagem parcelar ao estatuto de uma pobre aproximação à sua compreensão.
Leiam o texto na íntegra aqui.  A primeira sessão do 4º Observatório de África, América Latina e Caraíbas, intitulado "Novos Poderes", terá lugar no dia 8 de Fevereiro, Sábado, às 15h, no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian. A entrada é livre, mediante inscrição prévia. Mais informações aqui.