Morreu Pina Bausch, aquela que foi uma das últimas heroínas do século xx. Deixou um reportório único, invulgar que condensa a história da condição humana. Os heróis e as heroínas das suas peças eram demasiado homens, eram demasiado mulheres; nas suas contradições como nos seus modos singulares de habitarem este mundo. Quantas vezes quisemos ser como aqueles homens crianças, homens deuses, mulheres submissas, mulheres rebeldes?! Quantas vezes aquelas obras de culto foram as obras que ligaram comunidades?! E nunca nos esqueceremos: " não importa tanto o modo como as pessoas dançam, mas a razão porque o fazem". António Pinto Ribeiro