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Il était une fois l’indépendance/ Salah: an African toubab? - Hoje, às 22h

Publicado9 Jul 2009


Il était une fois l’indépendance (Mali, 2008, 21’), de Daouda Coulibaly
Ao misturar a história pessoal e íntima de um homem e de uma mulher com a História africana, o realizador mergulhou no que melhor define as histórias africanas: o conto. Inspirou-se em Les Trois Choix du Marabout [As Três Escolhas do Marabu], um conto de Amadou Hampâté Bâ, que adaptou livremente. Daouda Coulibaly respeitou a narrativa, mas inseriu a narrativa política que atravessa a História africana dos últimos 50 anos, resultando numa parábola com uma “moral da história”, contida na última frase do filme: «Se aguentares o fumo, podes aquecer-te com as brasas.» É assim que o realizador entende a definição de progresso, com os seus fracassos, as desilusões, para se chegar um dia àquilo que se quer construir.
Salah: an African toubab? (Holanda, 2008, 65’), de Margriet Jansen
Nem todos os africanos querem ir para a Europa.
A percepção comum na opinião pública europeia é de que todos os africanos querem ir para a Europa, que os jovens e os mais enérgicos sonham com a oportunidade de encontrar uma vida melhor na Europa ou nos Estados Unidos, como se não tivessem nada a perder. Mas há africanos a escolher outros caminhos. Pessoas que querem todas as regalias de uma vida profissional estável e preenchida, mas na condição de poderem alcançar isso no seu país. Pessoas que amam a sua terra natal e que percebem que a felicidade não é um bem facilmente acessível numa terra estrangeira.