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'Escuela' de Guillermo Calderón e a memória do combate à ditadura

Publicado6 Set 2014

É impossível imaginar um político pinochetista a sair em paz de Escuela e a ir beber um copo a seguir – esta é a peça em que as personagens de Calderón discutem, na tão perturbadora quanto absurda linguagem técnica de uma célula da esquerda radical do final dos anos 80, se a melhor maneira de matar um pinochetista é enfiar-lhe um tiro na cabeça ou nas tripas. Não quer dizer que Calderón se tenha tornado um terrorista – quer dizer que para ele o teatro continua a ser um dos poucos campos de batalha onde ainda é possível derrotar a ditadura, já que institucionalmente essa é uma guerra perdida. “Trabalho sempre sobre temas políticos porque cresci com uma ditadura que continua presente sob muitas formas. Era suposto que Escuela fosse sobre o início dessa ditadura, mas a mim interessava-me mais trabalhar sobre o durante, sobre esse tempo em que os chilenos não tinham a certeza de que o ditador ia deixar o poder e em que uma geração de jovens decidiu derrotar a ditadura através da luta armada”, diz ao Ípsilon. 

Pode ler o artigo completo, assinado por Inês Nadais, "Olhos nos Olhos com o Chile de Pinochet", capa da edição do Ipsilon de 5 de Setembro de 2014