A partir de amanhã
Publicado17 Jun 2010
Começa já esta sexta-feira, 18 de Junho, uma nova fase no Programa Próximo Futuro, que se dedica à criação teórica e artística na Europa, América Latina, Caraíbas e África. Até dia 11 de Julho, os auditórios e o Jardim da Fundação Gulbenkian, em Lisboa, vão ser animados com instalações artísticas, conferências, espectáculos de música, teatro e dança, um ciclo de cinema, e ainda uma série de actividades educativas dirigidas a públicos de todas as idades.
O Brilhante Futuro da Cana-de-Açúcar, mural na garagem da Fundação Gulbenkian
© Pauliana Pimentel
A programação arranca com a exposição de um conjunto de obras criadas expressamente para a ocasião: em frente ao Museu, apresenta-se a instalação Liberty leading the people, criada pelo camaronês Barthélemy Toguo, que se inspirou livremente na obra de Eugène Delacroix; no estacionamento subterrâneo da sede da Fundação – um espaço raramente utilizado para intervenções artísticas – será apresentado um mural de grandes dimensões que se intitula O Brilhante Futuro da Cana-de-Açúcar, do artista brasileiro Kilian Glasner. O objectivo é proporcionar o confronto dos visitantes habituais e ocasionais dos espaços públicos da Fundação com estas e outras instalações, contribuindo para o debate sobre a intervenção das obras de arte no espaço público.
Instalação Natureza Morta no Jardim Gulbenkian (em frente ao lago)
© Pauliana Pimentel
A 18 de Junho, terá também início um ciclo de Lições, com a presença de alguns dos mais prestigiados conferencistas portugueses e estrangeiros. As primeiras Lições estarão a cargo do argentino Néstor Canclini (18 Junho) e da indiana Gayatri Chakravorty Spivak (19 Junho). As restantes Lições do ciclo contarão ainda com a presença de nomes como José Tolentino Mendonça, Ruth Simbao (África do Sul), José Del Pozo (Chile) e Alan Pauls (Argentina).
O filme Metropolis será projectado ao ar livre com acompanhamento musical ao vivo
Os meses de Junho e Julho marcam igualmente o regresso dos espectáculos no Jardim, onde será repetida a experiência do ano passado, com concertos e a projecção de filmes no anfiteatro ao ar livre. A 18 de Junho, o argentino Martín Matalon apresenta Metropolis, a sua composição musical de forte componente electrónica, que concebeu em 1995 a partir do filme Metropolis (1927), obra de referência de Fritz Lang que será projectada em simultâneo com o concerto da Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo próprio compositor. No dia seguinte (19 Junho), haverá uma Conferência com Martín Matalon sobre a concepção desta partitura.
Lula Pena vai apresentar o seu novo álbum na Fundação Gulbenkian
Pelo anfiteatro ao ar livre irão passar outros nomes a descobrir, como a lendária Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou (27 Junho) e Lucas Santtana (4 Julho), colaborador habitual de Tom Zé, Arto Lindsay ou João Brasil. A programação de concertos também celebra o regresso da portuguesa Lula Pena (2 Julho), que irá apresentar a sua nova obra "Troubadour", depois de uma espera de 12 anos desde a gravação do seu último álbum de temas originais.
Também ao ar livre, as sessões da Cinemateca Próximo Futuro começam no dia 22 de Junho, com o filme peruano La Teta Asustada, vencedor em 2009 do Urso de Ouro em Berlim e nomeado este ano para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. O ciclo apresentará ao longo de várias sessões outras obras latino-americanas e africanas.
Este ano também o Grande Auditório da Fundação vai receber teatro e dança, no âmbito da programação do Próximo Futuro, com os espectáculos chilenos Neva (19 e 20 Junho) e Hechos Consumados (25 e 26 Junho), e ainda Cribles (3 de Julho), uma peça para 10 intérpretes da coreógrafa francesa Emmanuelle Huynh, que também passará pelo Auditório de Serralves a 7 de Julho.
Tenda dos Ecos, onde todos os domingos serão contadas histórias no Jardim
© Márcia Lessa
Todos os domingos, entre 18 de Junho e 11 de Julho, haverá também Palavras Daqui, Dali e Dacolá, uma iniciativa artística entre o Próximo Futuro e o Descobrir que contempla oficinas e outras actividades para públicos de diferentes idades, em que as palavras ocuparão um estatuto especial. É no âmbito desta colaboração, que se realiza no dia 11 de Julho a última apresentação no anfiteatro ao ar livre, com o espectáculo de “spoken word” Palavras na Cidade (com direcção artística de Carla isidoro e Chullage).
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