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A arte do comum e a produção da cultura

Publicado17 Fev 2014

Na segunda metade do século XX, os movimentos anticoloniais tornaram-se objecto de inúmeras representações artísticas, grande parte das quais visando reforçar a efectividade desses mesmos movimentos. Entretanto, o trabalho de representação artística reforçou a dinâmica dos movimentos anticoloniais e enformou a própria ideia de militância que lhes era subjacente. Tais representações caracterizaram-se pelo recurso a novos meios de comunicação, nos quais, além da palavra, também a imagem assumiria preponderância. Caracterizaram-se ainda pela capacidade de circulação trans-nacional, que conferiria um novo entusiasmo internacional a muitas das práticas militantes de então. E, finalmente, por o seu modo de produção procurar, em vários casos, fazer a crítica da soberania e do individualismo autoral (recorrendo a relações de maior reciprocidade entre representante e representado, bem como à figura do autor colectivo).

A segunda sessão do Observatório de África, América Latina e Caraíbas será realizada no dia 1 de Março, às 15h, no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian. O tema será A arte do comum e a produção da cultura: o anticolonialismo da imagem militante à guerra das escritas.

Oradores:

Ros Gray, Estudos Artísticos, Goldsmith College, Universidade de Londres

Maria-Benedita Basto, Estudos Literários, Universidade de Paris IV

Comentador: 

Luís Trindade, Historiador, Birkbeck College – Universidade de Londres