In Mozambique, a New Prosperity for Some
Published21 Dec 2012
Credit: Benedicte Kurzen for The New York Times
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Para ler o artigo que enquadra o slideshow, basta clicar aqui.
Published21 Dec 2012
Credit: Benedicte Kurzen for The New York Times
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Published19 Dec 2012
(Fotografia de Maimuna Adam)
Desde 6 de Dezembro, Maputo está temporariamente ocupada por seis intervenções artísticas de igual número de artistas, tendo como mote a palavra “Estrangeiros”.
Esta proposta temática para a terceira edição desta mostra de arte contemporânea surge depois de muitos debates sobre migrações, legais e ilegais, fluxos de pessoas e trocas inerentes, por se entender que resta ainda espaço para falar “dos de fora”; porque a aldeia que se diz global continua a classificar dicotomicamente os seus habitantes: “os de dentro” e “os de fora”. Este estatuto, que parece exclusivamente geográfico, tem também um eixo temporal que retira a pátria aos “de dentro”, se estes permanecem muito tempo fora. Quando regressam, ou quando chegam, passam a ser olhados como “de fora”. São estrangeiros na terra natal.
“Estrangeiros” nas OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS 20.12 realiza-se em Maputo no mês em que todos os “de fora” parecem ocupar a cidade. Os turistas estrangeiros que chegam de avião ou nos cruzeiros, os moçambicanos do estrangeiro que voltam para as férias de família e praia, os estrangeiros que aqui trabalham, e que ainda não saíram para as suas terras de origem.
A exposição toma as linhas de perspectiva, de trajecto e de trabalho de alguns destes estrangeiros, no caso, cinco artistas moçambicanos que estudaram e viveram ou ainda vivem fora do país, e um angolano.
São muito diversas as obras e as abordagens que os autores fazem e o termo “estrangeiros” é transmitido sem recurso a discursos óbvios.
(Sandra Muendane/Fotografia de Maimuna Adam)
Sandra Muendane no Aeroporto de Mavalane apresenta “Outra moda é possível” que propõem uma reflexão sobre a origem daquilo que enunciamos como património identitário, a partir de objectos quotidianos.
(Eugénia Mussa/Fotografia de Maimuna Adam)
Eugénia Mussa, com o seu tríptico de pintura exposto no exterior do Restaurante Cristal (Av. 24 de Julho, nº 554), obriga-nos a uma leitura mais atenta do que são as paisagens conhecidas. “Fata Morgana”, assim se chama o seu trabalho, vai para além da miragem, recorre à memória e ao envolvimento emocional, para que possamos ver para além do imediato.
(Rui Tenreiro, video still)
Rui Tenreiro ocupa o interior da Embaixada Real da Noruega (Av. Julius Nyerere, nº 1162). O visitante começa por experienciar a condição de estrangeiro ao sujeitar-se ao horário da embaixada (exposição visível apenas no horário da instituição) e também com a necessidade de se identificar. Este “ritual” próprio de quem parte para um território estrangeiro, completa-se no visionamento dos três vídeos e dos textos que nos levam em “Viagem ao Centro de Capricórnio” onde, como em qualquer viagem reconheceremos paisagens ou pelo menos traçaremos paralelos com os nossos territórios de origem.
(Tiago Correia-Paulo/Fotografia de Maimuna Adam)
Tiago Correia-Paulo sai da sua área profissional, a música, e apresenta-nos “5:59” uma instalação com objectos e vídeo na Embaixada Sul-Africana (Av. Eduardo Mondlane, nº 41). Aqui, a abordagem é feita a partir do confronto com a rotina, que poderíamos associar à esperança e muitas vezes à desilusão de alguém que num país estrangeiro se vê obrigado a procurar o cumprimento do seu próprio sonho.
(João Petit Graça/Fotografia de Maimuna Adam)
A instalação visual e sonora de João Petit Graça na Embaixada de Portugal (Av. Julius Nyerere, nº 720) deixa-nos, literalmente, uma janela aberta para nos debruçarmos sobre os imensos fluxos que o termo “estrangeiros” pode encerrar. “HOYO-OYOH”, leitura em espelho da expressão de boas vindas, é também uma singular visão do que pode ser o fluxo de imigrantes em Maputo, a partir de uma porção de cerveja.
As reproduções das obras do artista angolano Paulo Kapela podem ser observadas em diferentes pontos da cidade como sejam a Av. Eduardo Mondlane, frente à Ronil, a Escola 1º de Maio da Av. 24 de Julho ou o mural de graffiti na Av. OUA. Estas “Obras” de Paulo Kapela têm associada uma mensagem recorrente de paz e unificação que pretende eliminar o estigma do estrageiro e que se reflecte também no uso indiscriminado de objectos, ícones e referências que o artista faz nas suas colagens e na construção das suas obras que são, normalmente, apresentadas em instalações.
Tal como nas edições anteriores, as “Ocupações Temporárias” podem ser vistas intencionalmente, como um percurso que se realiza de uma só vez, ou em etapas, feitas ao acaso ou de acordo com a agenda de cada um.
Mais uma vez, a ocupação de espaços não vocacionados para a apresentação de obras de arte constitui a “originalidade” do projecto, sendo relevante o facto de em 2012 se terem aberto à proposta instituições que à partida poderiam ser assumidas como de pouco flexibilidade como são as embaixadas.
O apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian à realização deste evento é também uma nota a reter no apoio à divulgação e à circulação da criação contemporânea moçambicana, no seguimento de outras acções anteriores realizadas com este e com outros projectos.
Mais informações:
Ana Lúcia Cruz
+258 82 353 79 21
Nota: Os artistas podem ainda ser contactados em Maputo. Uma visita à exposição pode ser agendada com a produtora Ana Lúcia Cruz.
Published17 Dec 2012
Convenors
Tatiana Ferreira (ICS-UL/ISCTE-IUL) [email protected]
Marzia Grassi (ICS-UL) [email protected]
The aim of this panel is to discuss the impact of migration experience across generations and how family's intergenerational relationships are reconfigured in a post-migratory context. This panel welcomes all researchers working on intra and inter-generational relations within migrant families.
The migration experience has an impact in the transmission of family practices across generations. The intergenerational relationships are stretched and reshaped and family life is reconstructed in a new socio-cultural setting. Several questions concerning for example communication, authority, gender roles, cultural practices are reconfigured and rearranged in the post-migration context. It is also important, in a transnational perspective to take into account the links (and how they are transmitted) to families in the country of origin and the role, for example, of the older generations and the care networks.
The aim of this panel is to reflect the importance in adopting an intergenerational frame in the migration studies. Migration experience can be very different from one generation to another and this can cause generational differences that are significant and must be acknowledge. The panel also aims to contribute to the discussion of the methodological strategies adopted in the intergenerational studies. For example, the importance of the comparative approach of two or more generations within the family with recourse to different methods of data collection, the use of mixed methods or the importance of the longitudinal studies in the understanding of the impact of migration across generations.
This panel welcomes all researchers working on intra and inter-generational relations within migrant families. Papers addressing impact of migration experience in intra and inter relationships in a gender perspective; conflicts, life transitions, care networks, social mobility and legal status reproduction across generations are welcome.
Abstract submission
Proposals should consist of a paper title, a (very) short abstract of less than 300 characters, and an abstract of 250 words. Proposals can be written in English or Portuguese.
All proposals must be made via the bespoke on-line facility that ECAS2013 is using to handle all proposals.
http://www.nomadit.co.uk/ecas/ecas2013/paperproposal.php5?PanelID=2177
Proposals should not be sent by email
16th January 2013 – Final date for submission of abstracts
1st February and then 1st March (second round) - Notification of accepted papers
Published14 Dec 2012
e também a ler, no Jornal "Notícias" de Maputo (a 13 de Dezembro), aqui.
Published11 Dec 2012
Published10 Dec 2012
[Imagem da instalação de Tiago Correia-Paulo, no projeto "Ocupações Temporárias", em Maputo]
“Estrangeiros”: a reflexão de cinco jovens artistas moçambicanos
Mais notícias, aqui.
Published7 Dec 2012
Nov. 8th 2012 to January 13, 2013
Visit www.regardbenin.net and www.facebook.com/RegardBeninBiennial for installation shots.
press images on drop box – link on request
The “Journal officiel de la Biennale Regard Benin” 114 p. available now.
All exhibitions and components of the Biennale Regard Benin are “international” and “special” in the true sense of the word. They encourage dialogues of local artists and researchers and those who come from far away and are open to the public free of charge. For updated opening hours please contact: [email protected]
Kulturforum Süd-Nord features the theme show Take, Take, Take and..? - artistsreflecting on the overexploitation of natural resources. Curated by Stephan Köhler with the committee of Art History Students of the university UAC Cotonou and the curatorial Advisors: Georges Adéagbo, Ines Johnson Spain, Yuki Asai (Japon) and Ricardo Sardenberg (Brazil) and Didier Houenoudè in nine locations:
Porto Novo: “Journal Officiel” The National Printshop of Benin
In the historical halls of the print shop, amidst old Heidelberger printing machines: Georges Adéagbo, José Bento, Daphne Bitchatch, Radovan Cerevka, Théodore Dakpogan, Cecilia Edefalk, Harun Farocki, Carlos Garaicoa, Isaac Julien, Clemencia Labin, Christiane Löhr, Tara Mahapatra, Christelle Yaovi and HFBK (Academy of Fine Arts Hamburg) Project 4: Eylien König, Martina Mahlknecht, Doris M. Schmidt and Martin Prinoth.
[...]
About the Biennale Regard Benin:
The Biennale Regard Benin informally premiered in June 2010 on the 50th Anniversary of Independence of the Republic of Benin. The Biennial Regard Benin breaks with the conventions of curatorial branding by renouncing the vertical structure of inviting a general commissioner with a top-down curated exhibition. Purposely risking the label of dilettantism, the event will be unfolded by a local team of operators who will have occasional exchange with distant, yet close advisors. The noble sense of Levy Strauss’s term “bricolage” might be the most appropriate way to describe this new format. Based on the successful, innovative nature of this pilot event, participating members of a federation of a dozen independent art-spaces andtheir activities, founded the non-profit association Biennale Regard Benin in March 2011, which organizes this edition with a balanced network of partners. Therefore the name of this event remains unchanged Biennale Regard Benin, as decreed by the Minister of culture of Benin in May 2012.
E muito mais, aqui.
Published6 Dec 2012
FESTIVAL | MAPUTO | MOZAMBIQUE | 06-12-2012 > 27-12-2012
Cinq artistes mozambicains et un angolais participent à la 3è édition des Occupations Temporaires des rues de Maputo, du 6 au 27 décembre, dans un circuit qui passe par le restaurant Cristal, l'ambassade du Portugal, l'ambassade de la Norvège, l'ambassade d'Afrique du Sud et l'aéroport de Maputo.
"Etrangers" est la devise qui sert de point de départ à l'intervention de ces six artistes, de différentes disciplines. Les occupants sont basés dans des territoires liés à la thématique et nous propose des approches différentes de ce que peut signifier ou faire résonner le mot "étranger".
Eugénia Mussa, João Petit Graça, Rui Tenreiro, Sandra Muendane et Tiago Correia-Paulo sont les cinq mozambicains présentés cette année. Ils utilisent comme support la peinture, la vidéo, le son et les installations pour aborder un concept qui leur est familier, puisqu'une partie de leur parcours universitaire ou professionnel est passé par l'étranger. Pour cette exposition réalisée chez eux, en territoire "familier", les artistes approfondissent le regard sur les dimensions de ce qui peut se vivre comme "autre", comme "étrangers", au-delà de la dimension géographique ou frontalière que le thème comprend.
Paulo Kapela, artiste angolais, évoque les thèmes de la culture bantoue, au-delà des frontières politiques. Dans un discours transnational en faveur de la paix et de l'union des peuples, il crée et recrée des manifestes qui allient religion, mysticisme et tradition avec des icônes, réalités et matériaux contemporains. Maître Kapela est le premier invité non mozambicain à intégrer le projet Occupations Temporaires et des reproductions de ses oeuvres plus récentes pourront être vues dans les rues de la ville.
La Fondation Calouste Gulbenkian soutient cette édition des Occupations Temporaires.
Published5 Dec 2012
Hoje (5 Dez.), "véspera da inauguração das 'Ocupações Temporárias 20.12', uma conversa sobre o projecto, com artistas, curadores, jornalistas e todos os interessados: às 18:00 no Instituto Camões".
Mais... aqui.
Published4 Dec 2012
French women of African descend talk about the play les Afropéennes, a play which has been staged in October in Paris. They tackle issues such as race, gender, sexuality, injustice, stereotypes, cultural heritage and alienation.
'les Afropéennes' means 'the Afropeans' and it's the title of a play that has been adapted from two texts of Léonora Miano, a French Cameroonian-born author, 'Blues pour Elise' and 'Femme in a city'.
Her texts are biting in an era where minorities, especially the Black community, are still seen as different whereas they have been around for a very long time.
Published3 Dec 2012
Uma parceria entre o Programa Gulbenkian Próximo Futuro (PGPF) e o Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento (PGAD), com curadoria de Elisa Santos
“Estrangeiros” é a palavra mote que serve de ponto de partida para a intervenção artística de 5 artistas moçambicanos e 1 angolano, de diferentes áreas de criação. Os ocupantes estão baseados em territórios que facilmente se identificam com a temática proposta, e trazem-nos abordagens muito distintas, tanto ao nível da linguagem quanto ao nível do discurso daquilo que podem ser as leituras e os significados da palavra estrangeiro.
Eugénia Mussa, João Petit Graça, Rui Tenreiro, Sandra Muendane e Tiago Correia-Paulo, são os cinco moçambicanos que se apresentam este ano, utilizando como suporte a pintura, o vídeo, o som e a instalação de objectos, para abordarem um conceito que lhes é familiar, dado o seu percurso académico e profissional que passou pela saída do país.
Nesta exposição feita “em casa”, feita em território “familiar”, os artistas aprofundam o olhar sobre as dimensões do que pode ser viver-se como “outro”, como “estranho”, para lá da dimensão geográfica ou fronteiriça que o tema encerra.
Paulo Kapela, artista angolano que aborda as temáticas da cultura bantu muito para além das fronteiras políticas trará um discurso transnacional, incitando a paz e a união dos povos,pela criação e recriação manifestos que aliam religiosidade, misticismo e a tradição com ícones, realidades e materiais contemporâneos.
Mais sobre as "Ocupações temporárias", aqui.