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Retratos de reconciliação

Pub­lished8 Apr 2014

Uma sobrevivente e um assassino do genocídio em Rwanda

De­ogra­tias Hab­ya­ri­mana, as­sas­sino(à di­re­ita) e Ce­sarie Muk­abutera, sobe­vivente.

Pieter Hugo re­gres­sou ao Rwanda no mês pas­sado e fo­tografou as­sas­si­nos e so­bre­viventes que hoje em dia vivem lado a lado.

HAB­YA­RI­MANA: “When I was still in jail, Pres­i­dent Kagame stated that the pris­on­ers who would plead guilty and ask par­don would be re­leased. I was among the first ones to do this. Once I was out­side, it was also nec­es­sary to ask par­don to the vic­tim. Mother Muk­abutera Cae­sarea could not have known I was in­volved in the killings of her chil­dren, but I told her what hap­pened. When she granted me par­don, all the things in my heart that had made her look at me like a wicked man faded away.”

MUK­ABUTERA: “Many among us had ex­pe­ri­enced the evils of war many times, and I was ask­ing my­self what I was cre­ated for. The in­ter­nal voice used to tell me, ‘‘It is not fair to avenge your beloved one.’’ It took time, but in the end we re­al­ized that we are all Rwan­dans. The geno­cide was due to bad gov­er­nance that set neigh­bors, broth­ers and sis­ters against one an­other. Now you ac­cept and you for­give. The per­son you have for­given be­comes a good neigh­bor. One feels peace­ful and thinks well of the fu­ture.”

Leiam o ar­tigo.

Poesia negra

Pub­lished7 Apr 2014

Imagem da página da crítica no jornal Expresso


Poe­sia ne­gra 
A violência e as frat­uras so­ci­ais da África Aus­tral nas im­a­gens de um fotógrafo con­tem­porâneo    

 
A criação do pro­grama "Próximo Fu­turo" pela Fundação Calouste Gul­benkian — e, nomeada­mente, a in­clusão sis­temática nele dos En­con­tros de Ba­mako de Fo­tografia — teve o condão de ir tor­nando visível na cap­i­tal por­tuguesa o essen­cial da fo­tografia africana con­tem­porânea. É nesse âmbito, e de­pois da pre­sença nos en­con­tros da cap­i­tal do Mali, que o fotógrafo sul-africano Pieter Hugo (n. Joanes­burgo, 1976) ap­re­senta em Lis­boa a sua primeira ex­posição an­tológica.  
 
Nomeado para o Deutsche Börse Pho­tog­ra­phy em 2012, Hugo tem uma car­reira de pouco mais de dez anos, ainda que a quan­ti­dade, qual­i­dade e di­ver­si­dade da sua produção jus­ti­fiquem ple­na­mente esta recolha. En­tre as várias séries ap­re­sen­tadas en­con­tra-se "Hyena & Other Men", o seu tra­balho mais con­hecido, um con­junto de im­a­gens feitas en­tre os do­madores de feras nige­ri­anos que coloca questões rela­cionadas com o poder e a sub­missão. Esse é um tema trans­ver­sal nes­tas im­a­gens, mas o tra­balho de Hugo abrange um es­pec­tro mais largo de in­ter­esses, muitos dos quais ron­dam a questão da iden­ti­dade, um as­sunto imerso em drama­tismo na África do Sul pós-apartheid.  
 
Veja-se a este propósito a série "Km", re­al­izada nos últi­mos oito anos e na qual Hugo sur­preende uma pais­agem étnica, so­cial e eco­nomi­ca­mente con­tra­ditória, ou "There Is a Place in Hell for Me and My Friends", na qual mostra os seus ami­gos em im­a­gens onde os tons surgem ex­ager­ada­mente es­cure­ci­dos, deixando as­sim claro que so­mos to­dos col­ori­dos.  
 
A de­se­qui­li­brada vida da África Aus­tral e os seus blo­queios são, aliás, pre­senças con­stantes nos tra­bal­hos de Hugo, em­b­ora o seu ol­har so­bre ela os­cile com frequência en­tre o doc­u­men­tal e o alegórico, ape­sar de sofr­erem sem­pre uma leitura política in­evitável, como di­ante da série "Per­ma­nent Er­ror", cap­tada numa lix­eira do Gana onde ado­les­centes apan­ham lixo eletrónico e onde a nor­mal­i­dade é a própria dev­astação. Ainda que Hugo con­torne o exótico, há nas suas im­a­gens uma es­tran­heza e uma força de­scon­cer­tante na qual cabem, nunca suavizadas, a violência, o so­bre­nat­ural e a morte.  
 
A série "Nol­ly­wood", cap­tada na Nigéria no seio de uma das maiores indústrias cin­e­matográfi­cas do mundo, é um bom ex­em­plo de como Hugo usa a fo­tografia para es­ta­b­ele­cer um ol­har ne­go­ci­ado — si­mul­tane­a­mente fac­tual e fic­cional — com o mundo que o rodeia, us­ando a teatral­i­dade e a fan­ta­sia para pen­e­trar o ima­ginário da África Aus­tral con­tem­porânea.  
 
Hugo olha a re­al­i­dade dura da África do Sul e dos seus viz­in­hos cap­turando im­a­gens que são sem­pre mais poderosas do que a soma dos seus el­e­men­tos burle­scos, trági­cos ou anedóticos. Con­sciente de to­dos os trau­mas e violências iden­titárias, o fotógrafo não se deixa cir­cun­scr­ever pela retórica cor­rente so­bre elas. As suas im­a­gens não são nunca ilus­trações dóceis. Essa é a sua força de­ci­siva. 

Crítica de Celso Mar­tins pub­li­cada no su­ple­mento "At­ual" do jor­nal "Ex­presso" a 5 de Abril de 2014.

Ce que murmurent les colines

Pub­lished7 Apr 2014

Capa do livro de Scholastique Mukasonga

Scholas­tique Muka­songa, au­tora de "Notre-Dame du Nil", acaba de ap­re­sen­tar o seu novo livro "Ce que mur­murent les co­l­ines".

"La Mar­itza, c'est ma rivière..." a chanté Sylvie Var­tan. Moi qui n'os­erai pas chanter, je me con­tenterai de mur­murer : "La Rukarara, c'est ma rivière..." Oui, je suis bien née au bord de la Rukarara, mais je n'en ai au­cun sou­venir, les sou­venirs que j'en ai sont ceux de ma mère et de son in­con­solable nos­tal­gie.

Adonis iconoclaste

Pub­lished5 Apr 2014

Adonis, poeta sírio

En­tre­vista do po­eta sítio Ado­nis à France Cul­ture.

A 84 ans, le doyen des poètes arabes, qui pub­lie depuis 1947, con­tinue de chem­iner sur la voie de la rébel­lion et de la rad­i­calité fon­da­tri­ces de son œuvre. Œuvre qui dès le com­mence­ment procède d’une cri­tique sans con­ces­sion du système re­ligieux is­lamique sclérosé qui s’est im­posé au corps so­cial pour l’en­fer­mer dans l’ex­clu­sivisme, la non-re­con­nais­sance de la moin­dre altérité, le lais­sant prospérer dans la médi­ocrité de l’être."

Oiçam a en­tre­vista.

Rwanda 2004: Vestiges of a genocide

Pub­lished4 Apr 2014

Ini­ciam-se hoje as comem­orações do 20º aniversário do genocídio dos Tutsi no Rwanda.

"Rwanda 2004: Ves­tiges of a geno­cide" é um livro prati­ca­mente es­go­tado, com fo­tografias de Pieter Hugo e texto da in­ves­ti­gadora Linda Melvern.

Ed­i­tora: Oodee

Bangui

Pub­lished3 Apr 2014

Capa da banda desenhada Bangui

Depuis dix ans, ce pays plus grand que la France, re­bon­dit de crise en crise. Celle de 2013-2014 est sa troisième guerre civile de la décen­nie. La plus vi­o­lente, la plus meur­trière, mais aussi celle dont le monde com­mence à percevoir l’écho. Et le drame.

Di­dier Kas­sai conta-nos através da banda de­sen­hada o drama dos ciadadãos da República Cen­troafricana. Neste link  poderão ler qua­tro episódios. 

Entrevista de Pieter Hugo a Wim Van Sinderen

Pub­lished2 Apr 2014

Abertura da Biblioteca Parque Estadual

Pub­lished1 Apr 2014

Im­agem da ex­posição ded­i­cada a Vini­cius de Moraes

A Bib­lioteca Par­que Es­tad­ual abriu as suas por­tas no Rio de Janeiro no pas­sado Sábado. Mais de 200 mil livros de ficção e não-ficção, livros de arte, bib­lioteca in­fan­til, 20 mil filmes, três milhões de músicas dig­i­tal­izadas. A bib­lioteca pro­move também ex­periências com ofic­i­nas, lab­o­ratórios, platafor­mas mul­timédia e uma di­ver­si­dade de lin­gua­gens artísti­cas. Neste mo­mento, ap­re­senta uma ex­posição que cel­e­bra o cen­tenário do nasci­mento de Vinícius de Moraes. 

Con­sul­tem o web­site.

Intellectuals lost their way and the nation is bleeding

Pub­lished31 Mar 2014

Wachanga Ndirangu

Wachanga Ndi­rangu, Pro­fes­sor As­so­ci­ado de Jor­nal­ismo na Uni­ver­si­dade de Wis­con­sin, es­creve so­bre a re­spon­s­abil­i­dade dos in­t­elec­tu­ais que­ni­anos de guiar a nação.

Our na­tional fail­ure to pause and eval­u­ate post-in­de­pen­dence short­com­ings and tri­umphs has clearly led to the omis­sion and re­gret­table re­pres­sion of col­lec­tive his­to­ries and mem­o­ries. Yet what is re­pressed al­ways re­turns to haunt, as it did in tragic ways in 2007.

It should be the work of Kenyan in­tel­lec­tu­als to guide the na­tion in de­bat­ing and un­der­stand­ing these is­sues, trans­lat­ing Kenyans to other Kenyans.

Leiam o texto na ínte­gra.

MOKO

Pub­lished28 Mar 2014

Capa do jornal Moko

Moko é uma re­vista caribenha de arte e lit­er­atura. O novo número (Março 2014) já está disponível on­line.

Jornal Próximo Futuro nº 15

Pub­lished27 Mar 2014

Capa do Jornal Próximo Futuro

O 15º jor­nal do Próximo Fu­turo está in­teira­mente ded­i­cado a Pieter Hugo, cuja ex­posição "This Must Be the Place | Este é o lu­gar" in­au­gura hoje às 18h30.

Sugestões de leitura de José Neves

Pub­lished26 Mar 2014

José Neves

José Neves, também orador na sessão do OIb­ser­vatório no próximo Sábado, propõe-nos as seguintes leituras:

Pablo Luke Ida­hosa, Go­ing to the Peo­ple. Amílcar Cabral's Ma­te­ri­al­ist The­ory and Prac­tice of Cul­ture and Eth­nic­ity  

José Neves e Bruno Peixe Dias, in­trodução a A Política dos Muitos – Povo, Classes e Mul­tidão

José Neves, The role of Por­tu­gal in the World cre­ated by Im­pe­ri­al­ism: com­mu­nism, na­tion­al­ism and colo­nial­ism 1930-1960

 

A 3ª sessão do Ob­ser­vatório de África, América Latina e Caraíbas in­ti­t­ula-se "Uma História de Protesto Pop­u­lar e Luta An­ti­colo­nial: Política em Por­tu­gal e no Império Por­tuguês do Século XIX ao 25 de Abril" e terá lu­gar no dia 29 de Março, às 15h, no au­ditório 3 da Fundação Calouste Gul­benkian.

Con­sul­tem a pro­gramação do 4º Ob­ser­vatório.

Inauguração

Pub­lished25 Mar 2014

A ex­posição de Pieter Hugo "This Must be the Place | Este é o lu­gar" in­au­gura no próximo dia 27 de Março às 18h30.

Convite inauguração exposição Pieter Hugo

WikiAfrica

Pub­lished24 Mar 2014

Ex­plorem a Wiki­Africa e ve­jam a TED Talk es­clare­ce­dora da gestora do pro­jecto Isla Had­dow-Flood.

Sugestões de leitura de Diego Palacios Cerezales

Pub­lished23 Mar 2014

Diego palacios Cerezales

Dois tex­tos com a assi­natura de um dos nos­sos oradores no próximo Sábado, Diego Pala­cios Cereza­les:

"El movimiento so­cial como forma política. El caso por­tugués" (1834-1910)', in Re­vista On­line do Museu de Lanifícios da Uni­ver­si­dade da Beira In­te­rior (2013)

"Um caso de violência política: o «Verão quente» de 1975", in Análise So­cial (2003), Vol. XXXVII, n. 165, pp. 1127- 1157.

A 3ª sessão do Ob­ser­vatório de África, América Latina e Caraíbas in­ti­t­ula-se "Uma História de Protesto Pop­u­lar e Luta An­ti­colo­nial: Política em Por­tu­gal e no Império Por­tuguês do Século XIX ao 25 de Abril" e terá lu­gar no dia 29 de Março, às 15h, no au­ditório 3 da Fundação Calouste Gul­benkian.

Con­sul­tem a pro­gramação do 4º Ob­ser­vatório.

"This Must be the Place | Este é o Lugar" no Huffington Post

Pub­lished21 Mar 2014

Chris Nkulo e Patience Umeh fotografados por Pieter Hugo

Pieter Hugo, "Chris Nkulo and Pa­tience Umeh, Enugo, Nige­ria" (2008)

Ap­re­sentação do livro "This Must be the Place | Este é o Lu­gar" no jor­nal Huff­in­g­ton Post em 2012:

"Through his por­trai­ture pho­tog­ra­phy and cul­tur­ally em­bed­ded cos­tumery, Hugo toys with the col­lec­tive and in­di­vid­ual iden­ti­ties as­so­ci­ated with race and poverty in African coun­tries."

Leiam o ar­tigo.

Las formas de la protesta. Para una historia de la política que se practica en la calle

Pub­lished20 Mar 2014

Diego Palacios Cerezales

Man­i­festa­ciones, abaixo assi­na­dos, elec­ciones, en­frentamien­tos con la policía, boicots elec­torales… la política tiene mil for­mas. En esta con­fer­en­cia se va a pro­poner una re­flexión histórica so­bre las man­eras de protes­tar en la his­to­ria de Por­tu­gal. Par­tiendo de la idea de que no sólo es in­tere­sante saber quién protesta y qué es lo que ex­ige, sino también cómo lo hace, esta con­fer­en­cia a in­vi­tar a pen­sar en los de­ter­mi­nantes de la forma de la protesta en Por­tu­gal, desde el siglo XIX hasta la ac­tu­al­i­dad.


Diego Palácios Cereza­les en­sina história da Eu­ropa na Uni­ver­si­dade de Stir­ling, na Escócia, e in­ves­tiga a história do protesto pop­u­lar, da policía e do Es­tado na penin­sula ibérica. Em Por­tu­gal tem pub­li­cado os livros O Poder caiu na rua (Lis­boa, ICS, 2003), Por­tu­gal á coron­hada (Lis­boa, Tinta da China, 2012) e Es­tran­hos cor­pos políticos. Protesto e mo­bi­lização no Por­tu­gal do século XIX (Lis­boa, Unipop, 2014). Será um dos oradores na 3ª sessão do 4º Ob­ser­vatório de África, América Latina e Caraíbas, no dia 20 de Março, às 15h, no Au­ditório 3 da Fundação Calouste Gul­benkian.

Con­sul­tem a pro­gramação do 4º Ob­ser­vatório.

António Pinto Ribeiro sobre Pieter Hugo

Pub­lished19 Mar 2014

Pieter Hugo e António Pinto Ribeiro em Bamako

Pieter Hugo e António Pinto Ribeiro em Ba­mako, 2011.

Pieter Hugo pos­sui duas qual­i­dades artísti­cas que fazem dele um fotógrafo fun­da­men­tal na cena artística in­ter­na­cional. É um ex­ce­lente re­tratista, na senda aliás, da tradição de uma história de fo­tografia de África onde os fo­tografa­dos são tanto per­son­agens da rua, viz­in­hos, como ami­gos e a família mais próxima como a mul­her e o filho na mais pro­funda in­tim­i­dade. A outra qual­i­dade é o modo como, nómada, vi­aja pelo con­ti­nente africano ou norte-amer­i­cano doc­u­men­tando as con­tradições pro­fun­das deste mundo e onde dá a ver tanto as lix­eiras tec­nológi­cas na Nigéria para o lixo eu­ropeu, como as ce­nas de filmes de Nol­ly­wood ou os caçadores de hienas em pose. Um fotógrafo a mostrar a crueza do mundo, sem­pre "on the road".

António Pinto Ribeiro

De sufragistas a presidentas: avances y desafíos de la participación política de las mujeres en América Latina

Pub­lished19 Mar 2014

Cartaz da conferência

A con­ferência De sufrag­is­tas a pres­i­den­tas: avances y de­safíos de la par­tic­i­pación política de las mu­jeres en América Latina com Sarah Cerna Vil­la­gra (Uni­ver­si­dade Na­cional Autónoma de México) tem lu­gar no dia 20 de Março, às 18h, no ISCTE-IUL. Será seguida da pro­jecção do doc­u­mentário Las sufrag­is­tas de Ana Cruz (México, 2012).

Mais in­formações.

José Neves na terceira sessão do Observatório

Pub­lished17 Mar 2014

José Neves

Parte im­por­tante dos dis­cur­sos memo­ri­al­is­tas e his­to­ri­ográfi­cos que assi­nalam o 25 de Abril de 1974 ref­er­en­cia-o como um dos even­tos ful­crais da História Con­tem­porânea de Por­tu­gal, nomeada­mente con­siderando-o como mo­mento fun­dador do regime democrático por­tuguês. Se este ar­gu­mento não merece con­testação, uma ge­nealo­gia do evento menos atenta à sua reper­cussão na­cional con­vi­dará a que o com­preen­damos não ape­nas na sequência de lu­tas travadas con­tra a di­tadura mas também con­tra o colo­nial­ismo. Dito por out­ras palavras, o 25 de Abril de­verá ser en­ten­dido não ape­nas como fim do Es­tado Novo mas também como o fim do Império Por­tuguês e, seguindo uma for­mulação anti-im­pe­ri­al­ista rel­a­ti­va­mente clássica, podemos dizer que houve uma relação vir­tu­osa en­tre as lu­tas so­ci­ais travadas na Eu­ropa e as lu­tas na­cionais travadas em África. O re­con­hec­i­mento desta relação vir­tu­osa é, to­davia, ape­nas uma parte da história que pre­tendemos con­tar. Se par­til­hamos uma ge­nealo­gia do 25 de Abril que não o con­fina a um sen­tido histórico por­tuguês, igual­mente pre­tendemos con­tribuir para uma ge­nealo­gia que não con­fine na­cional­mente a história do an­ti­colo­nial­ismo. Isto é, pre­tendemos elab­o­rar uma ge­nealo­gia das lu­tas an­ti­colo­ni­ais que não re­duza o seu sen­tido ao de uma etapa preparatória dos regimes políticos ed­i­fi­ca­dos após as in­de­pendências. Para este efeito, nesta co­mu­nicação, seguindo em par­tic­u­lar o processo de con­strução do dis­curso de um dos mais im­por­tantes diri­gentes an­ti­colo­ni­ais, Amílcar Cabral, propo­mos elab­o­rar uma história par­tic­u­lar­mente atenta à cir­culação e trans­formação de cer­tas tec­nolo­gias de poder en­tre ter­ritórios met­ro­pol­i­tanos e ter­ritórios colo­ni­ais, nos domínios científico, político e mil­i­tar. 


José Neves é His­to­ri­ador no In­sti­tuto de História Con­tem­porânea da Uni­ver­si­dade Nova de Lis­boa. Será um dos oradores na 3ª sessão do Ob­ser­vatório de África, América Latina e Caraíbas no dia 29 de Março.

Con­sul­tem a pro­gramação do 4º Ob­ser­vatório.

Uma História de Protesto Popular e Luta Anticolonial

Pub­lished17 Mar 2014

4º Observatório

"Uma História de Protesto Pop­u­lar e Luta An­ti­colo­nial: Política em Por­tu­gal e no Império Por­tuguês do Século XIX ao 25 de Abril" é o tema da 3ª sessão do Ob­ser­vatório, que será re­al­izada no dia 29 de Março às 15h no Au­ditório 3 da Fundação Calouste Gul­benkian. Os oradores serão Diego Pala­cios Cereza­les (His­to­ri­ador, Uni­ver­si­dade de Stir­ling) e José Neves (His­to­ri­ador, In­sti­tuto de História Con­tem­porânea da Uni­ver­si­dade Nova de Lis­boa). Serão mod­er­a­dos por Fátima Sá e Melo Fer­reira (His­to­ri­adora, ISCTE-IUL).

Na época con­tem­porânea, da re­sistência às in­vasões france­sas até aos anos do PREC, Por­tu­gal foi atrav­es­sado por vários episódios de re­volta e con­testação pop­u­lar. A história deste protesto é muitas vezes remetida a um es­tatuto se­cundário, sendo dada pri­mazia ao es­tudo dos con­fli­tos en­tre os ac­tores in­sti­tu­cionais. Neste de­bate, ir-se-á anal­isar as difer­entes for­mas da política ’a par­tir de baixo‘, aten­dendo tanto a períodos de nor­mal­i­dade in­sti­tu­cional como de crise de regime. Si­mul­tane­a­mente ten­tar-se-á que esta história do protesto pop­u­lar, no Por­tu­gal con­tem­porâneo, seja igual­mente in­ter­pelada pela análise do pas­sado colo­nial e das lu­tas an­ti­colo­ni­ais. Esta in­ter­pelação, cuja razão de ser mais visível pode­ria ser o facto da de­moc­ra­tização e da de­s­col­o­nização terem co­in­ci­dido no processo rev­olu­cionário de 1974/75, con­vida a ol­har para a cir­culação de con­ceitos e práticas de re­sistência, a cam­inho de uma história da Eu­ropa que de­verá ser uma história dos seus espaços im­pe­ri­ais e vice-versa.

Ve­jam a pro­gramação do 4º Ob­ser­vatório de África, América Latina e Caraíbas.

Stuart Hall: uma conversa inacabada sobre cultura, pós-colonialismo e neoliberalismo

Pub­lished14 Mar 2014

Stuart Hall

A UNIPOP e a re­vista imprópria or­ga­ni­zam no dia 22 de Março, na Casa da Achada em Lis­boa (ver lo­cal­ização aqui), "Stu­art Hall: uma con­versa in­acabada so­bre cul­tura, pós-colo­nial­ismo e ne­olib­er­al­ismo", as­sim como a pro­jecção do filme The Stu­art Hall Pro­ject.

PRO­GRAMA


17h-20h
de­bate com a par­tic­ipação de:

Ri­cardo Noronha – his­to­ri­ador e in­ves­ti­gador do In­sti­tuto de História Con­tem­porânea (FCSH-UNL)

Nuno Domin­gos – sociólogo e in­ves­ti­gador do In­sti­tuto de Ciências So­ci­ais da Uni­ver­si­dade de Lis­boa

Sofia Sam­paio – doutorada em Es­tu­dos Cul­tur­ais e in­ves­ti­gadora do Cen­tro em Rede de In­ves­tigação em Antropolo­gia – CRIA

Manuela Ribeiro Sanches – pro­fes­sora na Fac­ul­dade de Le­tras da Uni­ver­si­dade de Lis­boa e di­rec­tora do Cen­tro de Es­tu­dos Com­para­tis­tas

Mar­cos Cardão (mod­eração) – his­to­ri­ador e in­ves­ti­gador do In­sti­tuto de História Con­tem­porânea (FCSH-UNL)

 

21h30-23h – pro­jecção do filme The Stu­art Hall Pro­ject

 

Au­tor prolífico e het­erogéneo, Stu­art Hall foi pre­pon­der­ante para a con­sol­idação académica dos es­tu­dos cul­tur­ais e para a emergência da «nova es­querda», tor­nando-se um dos ed­i­tores da re­vista New Left Re­view. A sua de­ter­minação em anal­isar ob­jec­tos de baixo es­tatuto cul­tural, rela­cio­nando cul­tura, poder e política, abriu cam­pos de pesquisa e in­flu­en­ciou múlti­p­los leitores. A sua obra foi igual­mente vi­tal para os de­bates so­bre et­ni­ci­dade, mul­ti­cul­tur­al­ismo e diferença, mas também so­bre o sig­nifi­cado político do thatch­erismo, cuja emergência política foi anal­isada em Polic­ing the Cri­sis (1978). A obra, in­fluência e legado de Stu­art Hall vai servir de pre­texto para uma con­versa com Ri­cardo Noronha, Nuno Domin­gos, Sofia Sam­paio e Manuela Ribeiro Sanches. A sessão in­cluirá ainda a pro­jecção do filme The Stu­art Hall Pro­ject (2013), re­al­izado por John Akom­frah.

Sobre "This Must be the Place | Este é o Lugar"

Pub­lished13 Mar 2014

Nigeriano com hiena

(...) Hugo of­ten works in, and un­der­cuts, es­tab­lished tra­di­tions. If his por­trai­ture ques­tions the very va­lid­ity of the por­trait as a means of ex­press­ing any­thing mean­ing­ful about the sub­ject, his hu­man ty­polo­gies – honey col­lec­tors, work­ers on a vast tech­nol­ogy dump in Ghana, ac­tors work­ing in "Nol­ly­wood", the Niger­ian film in­dus­try – are no­table, too, for the ways in which they com­ment on iden­tity, be­long­ing and self-ex­pres­sion in post-colo­nial Africa.

Leiam a crítica do Guardian.

A ex­posição Este é o Lu­gar abre ao público no próximo dia 28 de Março.

Pieter Hugo: This Must be the Place

Pub­lished12 Mar 2014

Uma en­tre­vista com o cu­rador da ex­posição "This Must be the Place | Este é o lu­gar", Wim van Sin­deren, aquando da ap­re­sentação da ex­posição no Fo­to­mu­seum em Haia.

E uma en­tre­vista com o fotógrafo, Pieter Hugo.

A ex­posição Este é o Lu­gar abre ao público no próximo dia 28 de Março. 

Concurso para bolseiros no âmbito do projecto UNPLACE

Pub­lished11 Mar 2014

Estão aber­tos dois con­cur­sos para a atribuição de bol­sas de in­ves­tigação no âmbito do pro­jecto "UN­PLACE - Um museu sem lu­gar: museografia in­tangível e ex­posições vir­tu­ais" do In­sti­tuto de História da Arte da FCSH/UNL.

Mais in­formações aqui e aqui.