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o reverso do mundo agora, com Mónica Calle

Mário Fer­nan­des, Mónica Calle e René Vi­dal (fo­tografia: Bruno Simão)

O re­verso do mundo dos me­dia e das ac­tu­al­i­dades, o re­verso das nov­e­las, das notícias, da gestão cul­tural, da me­diação cul­tural, dos min­istérios, dos cur­sos de es­crita cria­tiva, das vernissages, da troika, dos teatros na­cionais, dos pa­trocínios, dos ac­tores de nov­ela, dos  fes­ti­vais mul­timédia, dos simpósios so­bre racismo, al­i­mentação nat­ural, das fo­tos es­pec­tac­u­lares, dos talk­shows, dos anúncios dos econ­o­mis­tas, o re­verso do mundo agora. É so­bre ele que Mónica Calle, uma das grandes en­ce­nado­ras eu­ropeias de hoje, tra­balha há anos: per­ma­nen­te­mente, ob­ses­siva e in­teligen­te­mente, de­ci­dida, crua, uns dias sem es­perança, out­ros cheios dela. É as­sim há vinte anos. Agora pode ser visto na casa con­ve­niente “A Missão”, esse texto so­bre a rev­olução, o seu fal­hanço, a ressaca, a ne­ces­si­dade (a or­dem dos fac­tores aqui é ar­bitrária) de H. Müller. Céptica ou magoada ou cheia de amor a en­ce­nadora faz essa coisa bril­hante que é pe­gar no re­portório e aniquilá-lo para não o deixar mor­rer e “A Missão” é de uma ac­tu­al­i­dade que parece ter sido es­crita hoje ou em 1979. Vemo-nos ao es­pelho, hoje! Com ac­tores sóli­dos e com cor­pos que dançam ful­gu­rantes a rev­olução.

António Pinto Ribeiro

Um es­pectáculo de Mónica Calle a par­tir de “A Missão” de Heiner Müller

Com Mário Fer­nan­des, Mónica Calle e René Vi­dal

De 21 a 31 de Julho de 2011

(to­dos os dias, em sessões du­plas: 1ª sessão: 20h / 2ª sessão: 22h)