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Achille Mbembe escreve sobre a violência xenófoba na África do Sul

Published21 Apr 2015

Tags violência Zenofobia Achille Mbembe

“Afrophobia”? “Xenophobia”? “Black on black racism”? A “darker” as you can get hacking a “foreigner” under the pretext of his being too dark — self hate par excellence? Of course all of that at once! Yesterday I asked a taxi driver: “why do they need to kill these “foreigners” in this manner?”. His response: “because under Apartheid, fire was the only weapon we Blacks had. We did not have ammunitions, guns and the likes. With fire we could make petrol bombs and throw them at the enemy from a safe distance”. Today there is no need for distance any longer. To kill “these foreigners”, we need to be as close as possible to their body which we then set in flames or dissect, each blow opening a huge wound that can never be healed. Or if it is healed at all, it must leave on “these foreigners” the kinds of scars that can never be erased.

I was here during the last outbreak of violence against “these foreigners”. Since then, the cancer has metastized. The current hunt for “foreigners” is the product of a complex chain of complicities — some vocal and explicit and others tacit. The South African government has recently taken a harsh stance on immigration. New, draconian measures have been passed into law. Their effects are devastating for people already established here legally. A few weeks ago I attended a meeting of “foreign” staff at Wits University. Horrific stories after horrific stories. Work permits not renewed. Visas refused to family members. Children in limbo in schools. A Kafkaian situation that extends to “foreign” students who entered the country legally, had their visas renewed all this time, but who now find themselves in a legal uncertainty, unable to register, and unable to access the money they are entitled to and that had been allocated to them by Foundations. Through its new anti-immigration measures, the government is busy turning previously legal migrants into illegal ones.

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Violência durante a greve de mineiros da África do Sul causa mais dois mortos

Published18 Oct 2012

Tags violência greve áfrica do sul

violência

Um homem foi queimado vivo e outro foi baleado nesta quinta-feira durante violentos confrontos junto a uma mina de platina nos arredores de Rusterburg, na África do Sul, onde os mineiros estão em greve desde 12 de Setembro, no dia em que foi rejeitada uma proposta do patronato para tentar pôr fim às paralisações em várias minas no país.

As duas mortes foram confirmadas pela polícia e ocorreram na mina da empresa Anglo American Platinum (Amplats) em Rustenburg. “Eram cerca de 6h [5h em Lisboa], quando a polícia foi informada de que 400 pessoas se tinham juntado em Nkaneng, junto a uma mina da Amplats. Logo que a polícia chegou ao local, constataram que um homem tinha sido baleado”, contou à AFP o porta-voz da polícia, Dennis Adriao. Esse homem viria a morrer depois no hospital, e Adriao adiantou ainda que “a polícia encontrou, a poucos metros, um homem que tinha sido queimado, que ainda estava vivo mas acabou por morrer no local”.

Na África do Sul cerca de 100 mil trabalhadores estão em greve desde Agosto, dos quais 75.000 são mineiros, e nesta quinta-feira o principal sindicato do sector do país, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Minas (NUM, na sigla em inglês), rejeitou uma proposta do patronato para pôr fim à paralisação. A proposta, segundo o sindicato, previa um aumento salarial dos 7000 para os 10.000 rands (620 para 890 euros, aproximadamente), menos do que o que é reivindicado pelos mineiros que têm exigido um aumento salarial para os 12.500 rands (cerca de 1100 euros), mais do dobro do que muitos deles ganham actualmente.

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