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"Becoming: photographs from the Wedge Collection"

Published10 Aug 2011

Tags fotografia kenneth montague wedge collection

Camilo José Vergara, Girls, Barbies, Harlem, 1970.

Photo credit:  Dr. Kenneth Montague / The Wedge Collection

A partir de amanhã, 11 de Agosto de 2011, é possível ver a exposição itinerante "Becoming: photographs from the Wedge Collection" no Nasher Museum of Art / Duke University, na cidade de Durham (Carolina do Norte), realizando-se a 27 de Setembro uma palestra com o curador da colecção e da exposição: Dr. Kenneth Montague.

Tanto o título como o tema foram inspirados numa frase do teórico cultural de origem jamaicana Stuart Hall: "Cultural Identity is a matter of 'becoming' as well as 'being'. It belongs to the future as much as to the past… identities are the names we give to the different ways we are positioned by, and position ourselves within, the narrative of the past" (Stuart Hall, ‘Cultural Identity and Diaspora’, 1990).

Montague foi um dos conferencistas do 5.º Workshop de Investigação do Programa Gulbenkian PRÓXIMO FUTURO, dedicado ao "Estado das Artes em África e na América do Sul", e foi também um dos Dj's do "Baile" que teve lugar na Garagem da Gulbenkian logo após a abertura dos 8.ºs Encontros Fotográficos de Bamako no edifício-sede.

Mais sobre a Wedge Collection aqui, e mais sobre a exposição "Becoming" aqui.

Abertura de FRONTEIRAS e "Baile" na Garagem

Yo-Yo Gonthier, "O Vigia" (série "A Praia"), 2008.

Logo depois das Grandes Lições de hoje, há abertura às 22h das "Fronteiras" da 8.ª Bienal de Fotografia Africana de Bamako (Mali), em plena sede da Fundação Calouste Gulbenkian.

A questão das fronteiras mantém-se eminentemente actual e paradoxal num mundo em que, por um lado, se proclama e pratica o esbatimento das fronteiras mas, por outro, se erguem muros destinados a protegê-las. Com efeito, a globalização e o liberalismo económico impuseram a porosidade de determinados territórios, sem contudo impedir a multiplicação de medidas dissuasoras e repressivas para conter os fluxos migratórios, induzidos por outros imperativos. 

(Início do texto das curadoras da 8.ª Bienal de Fotografia de Bamako, Michket Krifa e Laura Serani, disponível no jornal da exposição)

E ainda nesta 6f, mas mais perto das 24h, começa o "Baile" na Garagem da Gulbenkian, com os DJ's Kenneth Montague e Lyndon Barry...!

VISITAS GUIADAS à exposição "Fronteiras":

14 de Maio (sábado), às 16h30: com as curadoras Michket Krifa e Laura Serani (em francês)

18 de Maio (quarta-feira, Dia Internacional dos Museus), às 18h00: com Lúcia Marques 

22 de Maio, 29 de Maio e 5 de Junho (domingos), às 15h30: com Lúcia Marques

(Encontram demais Informações, Calendário e Bilheteiras on-line no site do Próximo Futuro)

O Estado das Artes em África e na América do Sul: SESSÃO PÚBLICA do workshop a 12 de Maio!

(na foto: capa do jornal com download disponível aqui)

É já amanhã, dia 12 de Maio (das 9h30 às 17h30), que tem lugar no edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian a sessão pública do 5º workshop de investigação e produção teórica do Programa Próximo Futuro, dedicado ao “Estado das Artes em África e na América do Sul”. Sendo este um programa centrado nestas regiões geográficas e nas diásporas dos países que delas fazem parte, pretende-se, assim, estudar e problematizar o estado das várias artes nestes países e nas suas diásporas, quer no que diz respeito às práticas artísticas, quer no que diz respeito às narrativas sobre as artes, em especial no período pós-independentista, muito diferente conforme os países e os continentes geográficos a que nos referimos.

O objectivo também passa por fazer um levantamento do sistema das artes no contexto dos mercados, das organizações de artistas, de formação e de distribuição. Durante o workshop serão referidos estudos de caso e haverá reflexões sobre a produção local e a sua internacionalização.

Para participar neste workshop, o Próximo Futuro tem como convidados:


  • Magdalena López (Centro de Estudos Comparatistas/UL, dedicada aos “Imaginarios post-utópicos en la actual narrativa cubana”;

  • Margarida Louro e Francisco Oliveira (Centro de Investigação de Arquitectura, Urbanismo e Design/FAUTL), com “Casas para um planeta pequeno. Arte, Arquitectura e Território: a condição urbana contemporânea dos Musseques em Luanda”;

  • Mirian Tavares (Centro de Investigação de Artes e Comunicação/ESTC-UA), em torno do “Cinema Africano: um possível, e necessário, olhar”;

  • Sara Martins (Dept.º de Sociologia/Goldsmiths College), sobre “A Arte da Fronteira: Notas sobre a problemática da circulação artística em território africano”;

  • Cergio Prudencio (Investigador boliviano, docente, compositor e director da Orquestra Experimental de Instrumentos Nativos; dedicado ao estudo das raízes andinas ancestrais, pré-hispânicas, no seu trabalho com instrumentos musicais tradicionais do Planalto dos Andes);

  • Kenneth Montague (Dentista, colecionador de arte e curador canadiano de ascendência jamaicana; fundador da Wedge Curatorial Projects: uma ONG promotora da arte contemporânea que investiga a “identidade negra”);

  • Bárbara Alves (Portuguesa, professora e designer de comunicação; focará as primeiras experiências em comunidades com forte presença africana na periferia de Lisboa, exemplificando com ações como as desenvolvidas com o Grupo de Teatro do Oprimido de Maputo em Hulene ou no âmbito do projecto ZONA, dando uma perspectiva sobre a cultura material moçambicana);

  • Federica Angelucci (Italiana a viver na Cidade do Cabo/África do Sul, onde dirige a galeria Michael Stevenson e é curadora de fotografia; procurará traçar um panorama global da fotografia contemporânea africana, a partir das principais mostras da última década).

E a entrada é livre!

SAVE THE DATE: 12 de Maio!

[Lilla Benzid / Cortesia da artista]

É já no mês de Maio que arranca oficialmente a nova temporada de actividades teórico-práticas do Próximo Futuro, marcando assim a entrada no seu terceiro ano de existência.

Iniciado em Janeiro de 2009 como um exercício de investigação e criação sobre a realidade pós-colonial no triângulo Europa-África-América Latina e Caraíbas, este Programa tem proposto diversas abordagens culturais e artísticas através da realização de workshops de investigação e conferências, espectáculos de teatro e dança, concertos, ciclos de cinema e exposições, procurando reflectir sobre as novas “vizinhanças” no espaço e no tempo. E como elas fazem sentido num presente cheio de contestações sociais e mudanças políticas (ou a sua tentativa) nesta geografia triangular e nas suas ramificações!…

A 12 de Maio realiza-se precisamente o 5.º workshop de investigação, aberto ao público interessado e dedicado ao “ESTADO DAS ARTES EM ÁFRICA E NA AMÉRICA DO SUL”. 

À semelhança dos anteriores, é organizado em parceria com centros de estudos universitários e conta com as comunicações de:

o      Magdalena López (Centro de Estudos Comparatistas/UL, dedicada aos “Imaginarios post-utópicos en la actual narrativa cubana”;

o      Margarida Louro e Francisco Oliveira (Centro de Investigação de Arquitectura, Urbanismo e Design/FAUTL), com “Casas para um planeta pequeno. Arte, Arquitectura e Território: a condição urbana contemporânea dos Musseques em Luanda”;

o      Mirian Tavares (Centro de Investigação de Artes e Comunicação/ESTC-UA), em torno do “Cinema Africano: um possível, e necessário, olhar”;

o      Sara Martins (Dept.º de Sociologia/Goldsmiths College), sobre “A Arte da Fronteira: Notas sobre a problemática da circulação artística em território africano”.

O painel de convidados internacionais, que também contribuirá para esta percepção das possibilidades e limites da convivialidade entre estas “vizinhaças”, trará também ao Auditório 3 da Gulbenkian:


  • Cergio Prudencio (Investigador boliviano, docente, compositor e director da Orquestra Experimental de Instrumentos Nativos; dedicado ao estudo das raízes andinas ancestrais, pré-hispânicas, no seu trabalho com instrumentos musicais tradicionais do Planalto dos Andes);



  • Kenneth Montague (Dentista, colecionador de arte e curador canadiano de ascendência jamaicana; fundador da Wedge Curatorial Projects: uma ONG promotora da arte contemporânea que investiga a “identidade negra”); 



  • Bárbara Alves (Portuguesa, professora e designer de comunicação; focará as primeiras experiências em comunidades com forte presença africana na periferia de Lisboa, exemplificando com ações como as desenvolvidas com o Grupo de Teatro do Oprimido de Maputo em Hulene ou no âmbito do projecto ZONA, dando uma perspectiva sobre a cultura material moçambicana);



  • Federica Angelucci (Italiana a viver na Cidade do Cabo/África do Sul, onde dirige a galeria Michael Stevenson e é curadora de fotografia; procurará traçar um panorama global da fotografia contemporânea africana, a partir das principais mostras da última década).

Portanto: muito para ouvir, pensar, reequacionar, e a entrada é livre!

LM