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SANFIC5

Published21 Aug 2009


Agosto, Santiago do Chile
É Inverno no Chile. Um Inverno longo e frio. Santiago aquece-se ao sol enquanto a cordilheira em redor, majestosa, está coberta de neve e brilha, ainda é manhã e muito cedo. Em Santiago do Chile decorre o SANFIC5, um festival de cinema indie. Com apenas cinco anos de existência, já conquistou o seu lugar no panorama dos festivais internacionais de cinema. Centrado na cinematografia latino-americana, mas nao só, também apresenta filmes alemães, americanos independentes, romenos, etc...
A cinematografia latino-americana, de há sete anos a esta parte, é uma cinematografia invulgarmente criadora e, com os modelos novos de produção e de associação de produtores, consegue uma quantidade de produções anuais substantiva e inimaginável. Confirma-o as presenças dos filmes em Cannes, Locarno, San Sebastián, Sundance, etc... O Brasil é uma potência de produção e de distribuição (com o fenómeno dos multiplexes a mostrarem documentários brasileiros nas cidades de S. Paulo e Rio de Janeiro), o Chile, há cinco anos iniciou um processo de criação que o torna num dos países de referência no cinema do século xxi, há um novo cinema mexicano rodado entre o México e Los Angeles e até a Colômbia começou a filmar e o Uruguai mostra casos sempre singulares.
Navidad do realizador Sebastián Lelio (1974), nascido argentino mas a viver no Chile, é o segundo filme deste cineasta, depois de uma estreia em 2005 com "La Sagrada Familia". "Natividad" confirma o enorme talento do realizador. Tem por tema a família, que o cineasta considera um dos núcleos sociais mais fascinantes de filmar no mundo contemporâneo, fazendo dele um realizador etnógrafo profundamente urbano. A homossexualidade é o outro tema do realizador tambem presente neste filme como expressão de liberdade política, mas nunca planfetária. "Navidad" é um conto erótico de noite de natal. O guião é poderoso nos detalhes, que supreendem a todo o momento o espectador e produzem uma narrativa de desvios e ambiguidades, o cenário - uma casa na floresta, mas a 10 minutos da cidade! - uma casa que é uma máquina de multiplicação de planos. As cenas de amor são de uma plasticidade contagiante, os actores, jovens actores, são brilhantes nas suas performances.
apr

Morreu Merce Cunningham

Published29 Jul 2009


Obituário aqui

Sem título

Published20 Jul 2009

O Programa Próximo Futuro regressa nos dias 12 e 13 de Novembro, com a realização da 1ª Workshop de Investigação e com a participação de vários centros de investigação universitários de todo o país (a lista dos centros participantes pode ser consultada na área de "Produção de Teoria" do site Próximo Futuro).

Para 2010 está previsto um programa intenso de conferências, espectáculos, concertos, exposições, entre diversas outras propostas.

Este blog estará activo durante todo o período de existência do programa, ou seja, até ao final de 2011.

[continuação]

Published12 Jul 2009





Próximo Futuro: as fotografias de Catarina Botelho

Published12 Jul 2009




Ontem à noite

Published12 Jul 2009



(Fotografias de Catarina Botelho)

Gala Drop. Amanhã

Published10 Jul 2009


Último concerto Próximo Futuro deste Verão, amanhã às 21h30 no Anfiteatro ao Ar Livre.
Em cima 'Crystals', vídeo de Alexandre Estrela

Hamaca Paraguaya, hoje às 22h

Published10 Jul 2009


Hamaca Paraguaya (2006), obra-prima de María Paz Encina, afirma-se como a grande longa-metragem paraguaia em muitas décadas, essencial para a breve história do cinema nacional, e a primeira do terceiro milénio. Um feito auspicioso que adivinha futuras produções dado o interesse, a importância e o desconhecimento que rodeia este misterioso país mediterrânico da América do Sul. Sendo uma película de onze planos trabalhados sistematicamente em não-acção, as performances dos actores em situações contemplativas, baseiam-se num ponto de vista de câmara que acentua um olhar em fuga fora de campo. Um pai e de uma mãe que, em 1935 numa floresta paraguaia, esperam notícias do filho único que partiu para a guerra fratricida com a Bolívia, a guerra do Chaco.
Jorge La Ferla in Obscena Julho/Agosto 2009

Il était une fois l’indépendance/ Salah: an African toubab? - Hoje, às 22h

Published9 Jul 2009


Il était une fois l’indépendance (Mali, 2008, 21’), de Daouda Coulibaly
Ao misturar a história pessoal e íntima de um homem e de uma mulher com a História africana, o realizador mergulhou no que melhor define as histórias africanas: o conto. Inspirou-se em Les Trois Choix du Marabout [As Três Escolhas do Marabu], um conto de Amadou Hampâté Bâ, que adaptou livremente. Daouda Coulibaly respeitou a narrativa, mas inseriu a narrativa política que atravessa a História africana dos últimos 50 anos, resultando numa parábola com uma “moral da história”, contida na última frase do filme: «Se aguentares o fumo, podes aquecer-te com as brasas.» É assim que o realizador entende a definição de progresso, com os seus fracassos, as desilusões, para se chegar um dia àquilo que se quer construir.
Salah: an African toubab? (Holanda, 2008, 65’), de Margriet Jansen
Nem todos os africanos querem ir para a Europa.
A percepção comum na opinião pública europeia é de que todos os africanos querem ir para a Europa, que os jovens e os mais enérgicos sonham com a oportunidade de encontrar uma vida melhor na Europa ou nos Estados Unidos, como se não tivessem nada a perder. Mas há africanos a escolher outros caminhos. Pessoas que querem todas as regalias de uma vida profissional estável e preenchida, mas na condição de poderem alcançar isso no seu país. Pessoas que amam a sua terra natal e que percebem que a felicidade não é um bem facilmente acessível numa terra estrangeira.

Gala Drop ou música do quinto mundo

Published9 Jul 2009


O trompetista Jon Hassell cunhou o termo 'música do quarto mundo' para definir a sua música, uma fusão de formas musicais primitivas e a utlização de modernas formas electrónicas. Para a música de Gala Drop, o termo correcto poderá ser uma evolução do conceito de Hassell, ou seja, uma 'música do quinto mundo', uma música que se move através do tempo e do espaço formando algo totalmente novo. Gala Drop são Nelson Gomes, Tiago Miranda (regressado aos concertos), Afonso Simões e Guilherme Gonçalves e tocam no Anfiteatro ao Ar Livre, no Sábado, às 21h30. O desenho de luz é da artista Joana da Conceição.
Ver aqui, longa entrevista com a banda, na revista Fact.

Paul Virilio: Penser la Vitesse, hoje às 22h

Published8 Jul 2009


Em Outubro de 2007, no catálogo de Um Atlas de Acontecimentos, exposição realizada no âmbito do fórum cultural O Estado do Mundo (por ocasião das comemorações do cinquentenário da Fundação Gulbenkian), os seus curadores, António Pinto Ribeiro, Debra Singer e Esra Sarigedik Öktem, escreveram:
«A velocidade como princípio estrutural fundamental do mundo contemporâneo é uma proposição central da obra do influente teórico urbano Paul Virilio. Na sua visão do mundo, foi a busca da humanidade pela velocidade – ou por uma “aceleração lógica” – que operou uma transformação fundamental na sociedade moderna, visto estar na base do progresso tecnológico. A velocidade, para Virilio, é a essência da inovação na guerra e nos media, que, por sua vez, são os principais agentes que enformam o curso da História. Se concordarmos em assumir, então, que a velocidade e a aceleração – como fins em si próprias – caracterizam o mundo contemporâneo, então talvez não seja descabido pensarmos que estamos cada vez mais incluídos no meio de um contínuo de acontecimentos, onde um substitui o outro sem pausas para considerações ou para consequências (...)»

[continuação]

Published6 Jul 2009



E o concerto de ontem

Published6 Jul 2009





Orquestra Imperial no passado Sábado

Published6 Jul 2009




(Fotografias de Catarina Botelho)

Orquestra Imperial e Rodrigo Amarante, 'Pela primeira vez'

Published3 Jul 2009


Eles são os principais responsáveis por resgatar o charme dos antigos bailes e dar às gafieiras a sofisticação da música brasileira contemporânea: com 19 integrantes, a Orquestra Imperial começou com a despretensão de uma brincadeira de carnaval e acabou virando álbum de inéditas, além de ter uma agenda repleta de shows por todo o Brasil.
“A gente era a fim de tocar junto esse tipo de música, foi fazendo shows e compondo. Aí quando pintou a oportunidade de gravar o disco, achamos legal porque tínhamos várias músicas prontas”, diz a bela Thalma de Freitas, que divide os holofotes com Nina Becker – todos os outros integrantes são homens. “Com tanta música boa bem gravada pra caramba, não fazia sentido fazer regravação.”
Thalma é responsável por um dos pontos altos do álbum, “Rue de mes souvenirs” – canção com letra em francês composta pelo veterano Wilson das Neves em parceria com Stephane San Juan. “O Stephane fez a música, a gente era casado até um tempo atrás”, conta a cantora. “Fui acompanhando todo o processo, ele me mostrou e eu aprendi a letra. Ficou bonita, né?”
A mistura de samba, bossa nova e tropicália de “Carnaval só ano que vem” rende ótimos momentos, como “O mar e o ar”, de autoria de Domenico Lancellotti e Rodrigo Amarante, vocalista, guitarrista e compositor do Los Hermanos. A verve bem-humorada do grupo fica explícita em “Ereção”, cujo título dispensa explicações. A participação especial fica a cargo de Jorge Mautner – é dele, ainda, a canção “Ela rebola”.
Diante de tanta consistência – e críticas positivas – parece mentira que tudo começou como uma mera brincadeira. “Cada vez que a gente foi renovando as temporadas, a gente foi entendendo que ali existia alguma coisa realmente muito legal, desde o começo”, diz Thalma. “A gente não sabia que ia durar tanto, ninguém tinha a expectativa de virar uma banda e lançar um disco bacana como esse.”
“Mas acho que formar coletivos é algo que está acontecendo com muita freqüência em todo lugar. Eu mesma faço parte de vários grupos de gente que faz música junto e é muito enriquecedor. Eu gosto muito e, inclusive, prefiro assim.”

(Fonte: G1 - Globo.com)

Angola: histórias da música popular, hoje à noite

Published3 Jul 2009

Desde o lendário Liceu Vieira Días e os Ngola Ritmos nos finais dos anos 40, até aos dias de hoje, Angola – Histórias da Música Popular é uma viagem ao universo da música popular angolana, através da voz dos artistas mais importantes de todas as gerações, tendo como pano de fundo a história política e social de Angola.
Baseado nas pesquisas e recolhas do músico e historiador angolano Mário Rui Silva, Angola – Histórias da Música Popular é, nas palavras do seu realizador, «… um exercício de síntese e montagem, pois conseguimos contar 50 anos de História em 52 minutos.»
Uma das particularidades deste filme é o de apresentar imagens de arquivo recuperadas e esquecidas de alguns dos maiores nomes da música angolana, como Liceu Vieira Dias ou o estranho dueto de Mestre Kamosso com António Victorino de Almeida, bem como a última aparição do mítico Beto Gourgel.

El baño del Papa, hoje no Anfiteatro ao Ar Livre

Published2 Jul 2009


Em 1988, a pequena cidade uruguaia de Melo, junto à fronteira com o Brasil, aguarda a passagem do Papa João Paulo II, em périplo pela América do Sul. Os media apontam para várias dezenas de milhares de pessoas que vão acorrer à cidade e os habitantes de Melo, humildes, vêem nesta visita do Papa uma oportunidade de enriquecer. O surto de empreendedorismo entre a população gera várias ideias, entre as quais a construção de uma casa de banho paga onde os peregrinos poderão aliviar-se…
El Baño del Papa é uma comédia em forma de parábola agridoce sobre os pobres. O filme contrapõe com um humor irresistível as palavras grandiosas do discurso do Papa e dos meios de comunicação, e a realidade da vida quotidiana de gente que é obrigada a viver do contrabando. Mostra a dureza da vida desses homens, a corrupção policial a que estão sujeitos, mas também a solidariedade que os une.

Orquestra Imperial: alguns músicos

Published1 Jul 2009


Rodrigo Amarante (guitarrista, baixista, vocalista e compositor) - foi membros do grupo carioca Los Hermanos. Após o fim da banda dedicou-se também à Orquestra Imperial e posteriormente ao grupo Little Joy com Fabrizio Moretti, baterista dos Strokes.
Moreno Veloso (percussão e voz)- Lançou o disco “Máquina de Escrever Música”, ao lado dos músicos, também integrantes da Orquestra, Kassin e Domenico. Na Orquestra, apresenta clássicos românticos e sambas com sua bela voz e também toca percussão.
Wilson das Neves (voz e percussões) - Um dos maiores bateristas da música brasileira, gravou e tocou com meia MPB (Chico Buarque, Elza Soares, Elis Regina). Tem dois discos lançados, o segundo, nomeado para um Grammy Latino. É um dos componentes da velha guarda da escola de samba Império Serrano.
Kassin (baixo) - Produtor e mentor da Orquestra, sócio do estúdio MONAURAL e da PING PONG discos, vem trabalhando com importantes nomes como Fernanda Abreu, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, Los Hermanos, Vanessa da Matta, Otto, além de fazer bandas sonoras de filmes, como “Dois Filhos de Francisco” e “Árido Movie”.
Domenico Lacelotti (bateria) – músico e artista plástico, tocou com Adriana Calcanhotto e Danilo Caymmi entre outros. Lançou em 2004 seu CD “Sincerely Hot”, com a assinatura Domenico+2 (+Kassin e Moreno).

Terra Estrangeira de Walter Salles e Daniela Thomas, hoje, às 22h

Published1 Jul 2009

Tendo o Plano Collor como pano de fundo para a sua ficção, Terra Estrangeira é um road-movie que retrata uma geração em crise, onde o êxodo da juventude é seguido nos passos de um filho de emigrantes espanhóis, Paco, que deixa São Paulo para encontrar Alex em Portugal e enfrentar novos cenários de tensão. Inteiramente rodado a preto e branco, a fotografia de Walter Carvalho contribui para o clima noir do filme, que também utiliza imagens reais do anúncio do “confisco” na televisão.

Pina Bausch

Published30 Jun 2009

Morreu Pina Bausch, aquela que foi uma das últimas heroínas do século xx. Deixou um reportório único, invulgar que condensa a história da condição humana. Os heróis e as heroínas das suas peças eram demasiado homens, eram demasiado mulheres; nas suas contradições como nos seus modos singulares de habitarem este mundo. Quantas vezes quisemos ser como aqueles homens crianças, homens deuses, mulheres submissas, mulheres rebeldes?! Quantas vezes aquelas obras de culto foram as obras que ligaram comunidades?! E nunca nos esqueceremos: " não importa tanto o modo como as pessoas dançam, mas a razão porque o fazem".
António Pinto Ribeiro

Orquestra Imperial este fim de semana

Published30 Jun 2009

Em 2002, um grupo de amigos se reuniu para realizar um antigo desejo: formar uma típica orquestra de gafieira. A idéia era interpretar um repertório variado, boleros e temas dos anos 60, os clássicos da cultura de salão, com novos arranjos. A diferença era que estes amigos formavam a vanguarda da cena musical carioca. Quando a Orquestra Imperial estreou, reuniu em um só palco representantes das mais diversas vertentes da nova música brasileira.
Tornou-se uma das maiores sensações da cena cultural carioca, atraindo e animando grande público durante seus concorridos baile-shows. Já que a idéia era reunir os amigos, convidados ilustres foram aparecendo naturalmente: Caetano Veloso, Jorge Mautner, Marisa Monte, Erasmo Carlos... O palco, sempre aberto a participações especiais, fez da “big band” uma sala de estar dos mais diversos estilos musicais. Seu Jorge, único ex-integrante do grupo, Elza Soares, Fernanda Abreu, Ed Motta, Andreas Kisser (Sepultura), Jards Macalé, Miúcha, Luiz Melodia, Bebel Gilberto, Ney Matogrosso, Marcelo Camelo, Arnaldo Antunes, Sandra de Sá, Lobão, Chrissie Hynde (do Pretenders) são alguns dos artistas que já participaram dos shows. Isso sem contar o pessoal do samba, Beth Carvalho, Dudu Nobre, Zeca Pagodinho, Délcio Carvalho e muitos mais. Aliás, depois de muitas canjas, o grande sambista da Império Serrano,Wilson das Neves, juntou-se ao grupo.

Dema y su Orquesta Petitera

Published29 Jun 2009




(Fotos de Catarina Botelho)

A. J. Holmes no passado Sábado

Published29 Jun 2009



(Fotos de Catarina Botelho)

Dema y su Orquesta Petitera na Sala Polvalente

Published28 Jun 2009

Devido à chuva, o concerto de hoje com Dema y su Orquesta Petitera foi transferido para a Sala Polivalente do CAMJAP.

A. J. Holmes, hoje, na Sala Polivalente do CAMJAP

Published27 Jun 2009


Dada a possibilidade de chuva hoje à noite, o concerto de A. J. Holmes foi transferido do Anfiteatro ao Ar Livre para a Sala Polivalente do CAMJAP.